sábado

Cenas da luta de classes na administração do Estado

Imagem retirada da Internet.

O país precisa urgente de um mutirão de debates sobre a necessidade de um projeto de desenvolvimento para o país

Nos últimos dias assistimos a vários episódios que revelam como se desenvolve a luta de classes em torno do controle dos recursos públicos e da forma de administrar o Estado brasileiro. A análise desses fatos mostra claramente que é preciso mudar a estrutura do atual modelo. Vamos aos fatos.
BNDES e o grupo Pão de açúcar
Os jornais da burguesia, até pelos interesses de frações de classe que cada um deles representa, escancararam a vergonhosa operação em que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - empresa pública federal - esteve envolvido, no financiamento por meio de transferência de recursos públicos para que se resolvessem as batalhas internas da burguesia, entre três setores. De um lado o maior grupo brasileiro da burguesia comercial, do empresário Abílio Diniz, que opera a rede de supermercados Pão de Açúcar e, de outro lado, dois grupos do capital francês, disputando entre si quem seria o privilegiado de abocanhar e repartir a taxa de lucro que os Diniz conseguem com o oligopólio do comércio varejista no território brasileiro. Do capital francês, o grupo Casino – recomenda-se colocar o acento no final, assim: casinô, para não confundir com a jogatina, mas que na prática é quase a mesma coisa - e o conhecido grupo Carrefour.
Até hoje ninguém sabe ao certo qual dos dois grupos franceses vai ser sócio privilegiado da taxa de lucro brasileira, pois de qualquer maneira o Casino já possui parte das ações do grupo Diniz. E o mais provável é que a novela inter-burguesa termine com os três sócios do mesmo butim. Mas a gravidade não está aqui. A gravidade é que o BNDES, com recursos públicos, originários do tesouro, está financiando esta verdadeira jogatina inter-burguesa.
Esperamos que o governo federal intervenha, para evitar que ocorra essa malandragem. Por muito menor valor outros administradores públicos caíram!
Corrupção nos Transportes
Todos sabemos (até as pedras sabem!) que no Brasil as obras públicas financiadas com dinheiro público, no governo federal e na maioria dos governos estaduais, pagam pedágio aos políticos corruptos. Isso pode aparecer no superfaturamento, no financiamento das campanhas e outros subterfúgios que só Deus sabe. Mas que existem, existem. Frequentemente são denunciados, quando uma das partes, na hora de dividir o butim, se sente prejudicada. Agora, os refletores se voltam para cenas no Ministério dos Transportes: a denúncia de um esquema baseado na cobrança de propinas de 4% das empreiteiras e de 5% das empresas de consultoria que elaboram os projetos de obras em rodovias e ferrovias. O governo agiu rápido. Trocou alguns jogadores mais fracos, mas o time continua o mesmo. A sociedade brasileira está cansada disso.
Falta de recursos para a saúde
Não precisa ir aos rincões do país para assistir cenas de tristes episódios vivenciados pelo povo brasileiro, devido à falta de atendimento público na área da saúde. Basta ir a qualquer hospital da periferia das grandes cidades: enormes filas, desatenção, descomprometimento, e o povo largado à sua própria sorte. Uma vergonha! Claro que os recursos sempre serão limitados. Mas saúde e educação devem ser prioridade absoluta em qualquer sociedade.
A classe dominante brasileira, irresponsável, tirou o único imposto justo desse país que era a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que ajudava a aumentar as verbas para saúde. A classe média, egoísta, se protege nos convênios particulares. Há hoje no Brasil mais de 50 milhões de brasileiros que pagam convênios particulares para fugir das filas do Sistema Único de Saúde (SUS). E, mesmo assim, são espoliados, com taxas absurdas. As administradoras de convênios exploram duas vezes: de um lado, os consumidores de classe média, que pagam taxas absurdas; de outro, os profissionais de saúde que prestam atendimento, que recebem abaixo do valor justo.
Projeto de desenvolvimento
Esses três fatos demonstram as disputas da luta de classes na administração dos recursos públicos e do Estado brasileiro. Revelam também que a aliança eleitoral do PT-PCdoB-PSB com o PMDB-PTB-PDT-PP-PR , pode dar votos suficientes para eleger a presidenta da República, mas não consegue ser uma aliança político-social, de classes, para sustentar um projeto de desenvolvimento nacional sério. Isso porque a maioria dos políticos dos partidos burgueses não passam de lúmpen-burgueses, que apenas querem cargos públicos para se locupletarem e aumentarem seus patrimônios pessoais.
O país precisa urgente de um mutirão de debates sobre a necessidade de um projeto de desenvolvimento para o país, que atenda às necessidades do povo, e não apenas aos interesses de partidos e seus políticos. E o primeiro passo é as forças populares, sindicais, sociais, tomarem a iniciativa. Por isso são muito importantes as iniciativas como a jornada de mobilização da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em julho, e as demais mobilizações da classe trabalhadora organizada previstas para o período. Precisamos nos juntar – unidade em torno da classe trabalhadora – para gerar as energias e movimentar a construção de um projeto popular para o Brasil.
Matéria enviada por Valdivan Almeida - CONSULTA POPULAR/MST.

Presidente do Sindicato de Apodi visita a comunidade de Bamburral e faz mobilização acerca do movimento que discute o projeto de Irrigação da Chapada de Apodi

Foto:Agnaldo Fernandes

Foto:Agnaldo Fernandes

No fim da tarde de ontem, na assembleia da comunidade de Bamburral, o agricultor Edilson Neto, que é presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Apodi, esteve fazendo articulação junto aos agricultores da comunidade, para que estes estejam participando de um movimento liderado pelo STTR, que acontecera no dia 25 de julho, dia do agricultor. Esse evento fara uma mobilização em busca da sensibilização dos políticos para que não seja implantado o atual modelo do projeto de Irrigação da Chapada, que desapropriara varias famílias daquela região.

“Sempre lutamos por reforma agraria na chapada do Apodi, e essa discussão tem levado anos e anos, sendo que dificilmente conseguimos um pedaço de terra para o pequeno agricultor, mas por incrível que pareça em uma canetada só, será desapropriado mais de 100 mil hectares para o agronegócio, que vai de encontro à produção familiar que existe naquela região” afirmou Edilson Neto.


O presidente do Sindicato deixou bem claro que o movimento não está contra a ida da água da Barragem de Santa Cruz a Chapada do Apodi, ele afirmou que o movimento está contra o modelo que será implantado, que desapropriará varias famílias, que implantará no solo da chapada a produção escalonada do agronegócio.


A mobilização dos agricultores acontecerá na manhã do dia 25 de julho.
Fonte: Marmota Apodiense 

quinta-feira

O DESENVOLVIMENTO que a Chapada do Apodi Merece.


Algumas pseudopessoas tem se apoiado no Discurso que O Projeto de Irrigação da Chapada do Apodi trará DESENVOLVIMENTO para o município de Apodi, surge então as Perguntas:

1ª - Que tipo de Desenvolvimento estas pessoas está se referindo? Será que é Aquele de Desenvolvimento mascarado prometido pelos Grandes Burgueses do nosso país que Estão no mais alto patamar da Pirâmide Social do Nosso país?

2ª - Ou é um tipo Desenvolvimento que realmente traga Benefícios na Área Econômica e Social comprometido com o Meio Ambiente e as Culturas dos povos que ali residem?

Está mais do que claro que o Desenvolvimento que é ditado pelos ideais Neo Liberais está a serviço da concentração de renda, o que aumenta cada vez mais as Desigualdades Sociais e divide a Sociedade em DOMINANTES e DOMINADOS. Como sabemos que está na mais Alta Classe Social (DOMINANTES) está pouco preocupado com os males assolam a Baixa Classe Social (DOMINADOS).
Dizer sim ao Projeto de Irrigação da Chapada do Apodi é afirmar a hegemonia do agronegócio em nosso município e decretar a falência da Agricultura Familiar/Camponesa e barrar DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL que já existe em várias áreas de Assentamentos que ali existem.
Portanto, é preciso que ficamos bem atento com essa “História de Desenvolvimento ” que está sendo prometida por aí, pois a Única VERDADE que se sabe é que em toda a história do Nosso Brasil não ouve sequer um Grande Projeto destinado a quem é pequeno(Valor total do Projeto de Irrigação da Chapada do Apodi 280 milhões de Reais); Basta ver os exemplos do Vale do Assú, O “Famoso” Projeto da MAISA, Baixo Jaguaribe dentre uma infinidade de Projetos que serviram para a concentração de renda e destruição por onde passaram.
O Modelo de Desenvolvimento que se quer para Chapada do Apodi já está em Curso(Só não ver quem não quer enxergar), pois várias Famílias que ali Moram colocam o estado do RN como o Segundo maior produtor de Mel do País, dando exemplo de conservação Caatinga fazendo o Manejo adequado deste Bioma.
Confira nas Imagens a Seguir o que se ver em uma breve Visita em um Quintal de uma Família Assentada na Chapada do Apodi:    

Agricultor mostra o fruto do Cajueiro

Caju Orgânico

Isaías e sua Esposa Cuidando do Quintal

Hortaliças Orgânicas

Plantação de Pimnetas de Cheiro.

Plantação de Mamão

Quintal Cheio de Riqueza e DESENVOLVIMENTO.

Plantação de Bananeiras.
Esse é o Desenvolvimento que a Chapada do Apodi Merece.
"FORA DNOCS E PELA VIDA EM APODI"  


Por Agnaldo Fernandes

quarta-feira

Sindicatos e movimentos realizam Dia Nacional de Mobilização

Dia 6 de Julho, nesta quarta-feira, os trabalhadores de todo o País já tem compromisso agendado.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e movimentos sociais, entre os quais o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Marcha Mundial de Mulheres, Via Campesina e Central de Movimentos Populares,  realizam o Dia Nacional de Mobilização da CUT.
Cutistas de todas as categorias, urbanos e rurais, paralisarão atividades, atrasarão a entrada em seus locais de trabalho, promoverão panfletagens e passeatas para defender um novo modelo de desenvolvimento em que todos conquistem ganhos reais com o crescimento brasileiro.
As mobilizações do dia 6 de julho têm como objetivo pressionar os patrões e o governo federal, os governos estaduais, as prefeituras, os deputados e os senadores para que eles atendam as reivindicações e promovam as mudanças.

"Lutas demonstram que modelo não corresponde às necessidades dos trabalhadores", afirma Jaime Amorim

 Por Luiz Felipe Albuquerque
Da Página do MST

 

Os trabalhadores assentados e acampados organizados no MST participam das lutas do Dia Nacional de Mobilização em Defesa da Classe Trabalhadora, marcado para quarta-fera (6/7), a partir de proposta da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Trabalhador assassinado em Cachoeira do IPA– Sertão de Pernambuco.

O trabalhador rural acampado José Luiz da Silva foi assassinato neste último sábado, 2 de julho, às 8h da manhã, no acampamento da fazenda conhecida como Cachoeira do IPA, onde residia com sua família, localizado no município de Sertania, sertão pernambucano.

O trabalhador era casado e pai de três filhos. A fazenda pertence ao Governo do Estado e é administrada pelo IPA, Instituto de Pesquisa Agropecuária. A área de 700 hectares é preservada pelas famílias acampadas, onde eles desenvolvem produção agroecológica e criam caprinos.
As famílias acampadas atribuem o crime a pessoas de fora do acampamento que, de forma ilegal, desmatam o local. A área também passou a ser utilizada de forma ilegal para a caça e pesca. Em assembleia as famílias decidiram dialogar com os depredadores com o objetivo de proibir a extração de madeira e a caça. O trabalhador José Luiz da Silva era um dos que mais fiscalizavam a área e denunciava os fatos.
O trabalhador já havia sofrido ameaças no dia 14 de junho, sendo registrada em Boletim de Ocorrência  no dia 15 de junho na delegacia de Sertania. A ameaça se deu quando um homem não identificado apareceu na casa do acampado e, na ocasião, deixou avisado à vizinha de seu Luiz de que iria matar o trabalhador.  Como forma de prevenção, seu Luiz além de fazer a queixa na delegacia, saiu do acampamento onde vivia, mas no dia 28 de julho, não acreditando na concretização da ameaça, voltou ao acampamento, e o assassinato acabou se concretizando, quando dois homens em uma moto dispararam contra Luiz, quando este estava na frente de sua casa. A família e os agricultores que vivem no acampamento registraram um boletim de ocorrência (BO) na delegacia de Sertania ainda no sábado à noite. Após o assassinato e o registro do B.O. na delegacia, a comunidade, formada por 13 famílias, vem sofrendo com a iminência de mais episódios de violência. A trabalhadora rural que testemunhou a ameaça de morte, já foi procurada em sua casa por homens desconhecidos em motos e em carros, durante o sábado e o domingo, dias 2 e 3.
As famílias que vivem no acampamento reivindicam, há mais de 10 anos, a regularização da área que pertence ao Governo do Estado. Várias reuniões foram realizadas com a presença do governo do Estado e do INCRA. O Incra já chegou a realizar um laudo técnico inicial, mas as negociações estão paralisadas há mais de três anos. Para Denis Venceslau, da CPT Pajeú, por causa da inoperância do governo do estado e do Incra em agilizar o processo, as famílias não podem exercer seu pleno direito de acesso a terra e estão vivendo em situação de violência iminente.
Maiores informações:
Denis Venceslau (CPT Pajeú): (87) 9964-3438
Fonte: Site da CPT NE 

segunda-feira

Agricultura Familiar de Apodi terá participação Na Abertura da X-SEAGRA

O Presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Trabalhadoras Rurais de Apodi, Edilson Neto, estará participando hoje (04) da Mesa de Abertura da X-SEAGRA. A Mesa terá como tema: “Código florestal com o avanço dos agrotóxicos.” Para Edilson “É muito importante esses momentos que a Universidade tem proporcionado, ou seja, parado para escutar os Movimentos Sociais e a Agricultura Familiar. Essa parceria de academia e Meio rural todos ganham".   
Debatedores da Noite de Hoje - Sengunda Feira:
Procópio( ASA)
Edilson(STTR)
Junior (CPT)
Local: Auditório do Prédio Administrativo da UFERSA.
Por Agnaldo Fernandes

GVAA REALIZA X-SEMANA DE AGRICULTURA ALTERNATIVA.


GRADE DO EVENTO
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Por Agnaldo Fernandes

FOCAMPO realiza Reunião Amanhã.

Foto: José Bezerra
As Entidades que Componhem o Forúm do Campo Potiguar estarão se reunindo amanhã a partir das 14h00min. na Cidade de São Paulo do Potengi onde etarão debatendo sobre os encaminhamentos com relação ao  grande Movimento que será realizado no Município de Apodi ainda neste mês.
"FORA DNOCS E PELA VIDA EM APODI".

O uso de agrotóxicos no Brasil é abusivo, exagerado e incontrolável

“Os agrotóxicos são usados sem nenhum controle pela sociedade brasileira. Seu uso está sob os interesses do que se chama de agronegócio”. constata o professor José Juliano de Carvalho, na entrevista a seguir, concedida por telefone para a IHU On-Line.
Por IHU On-Line
Professor da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo – USP, Carvalho tem percebido a destruição e a inviabilização da agricultura familiar não apenas pelo agrotóxico, mas pelo conjunto do modelo do agronegócio. “É preciso que se institua a regulação do agronegócio. Senão, pega-se um investimento público feito para a agricultura familiar ou para áreas de assentamento e deixa-se que essa área seja dominada por monoculturas ligadas ao agronegócio, com uso de agrotóxicos, transgênicos, prejudicando assim todas as pessoas que ali estão”.
José Juliano de Carvalho Filho possui graduação e doutorado em Economia pela Universidade de São Paulo, e pós-doutorado pela Ohio State University. Além de professor, integra a Associação Brasileira de Reforma Agrária – Abra.

De pernas pro ar

Apesar de 80% dos brasileiros serem contra as modificações no Código Florestal, a maioria dos deputados votaram a favor da aprovação das mudanças

Uma pesquisa do jornal Folha de S. Paulo demonstrou que 80% dos brasileiros são contra as modificações no Código Florestal propostas pelo deputado Aldo Rebelo. Mas no dia da votação, exatamente 410 deputados votaram a favor das mudanças e apenas 63 votaram contra.
Como explicar tamanha inversão? É que o Congresso em geral representa a sociedade, mas de ponta cabeça. Ali, uma minoria de ruralistas que compõem a sociedade brasileira, por força de sua grana transformada em voto, transforma-se em maioria. A pobre agricultura familiar, embora numericamente represente a esmagadora maioria dos agricultores, precisa pinçar algum parlamentar que ao menos se interesse por sua causa.
É preciso somar aos ruralistas todos aqueles deputados que um dia foram de oposição, que o são na hora de pedir o voto, mas que se elegem com as burras cheias de dinheiro do agronegócio. Na hora “h” seu voto também vai para os interesses de seus padrinhos, mesmo que tenham sido eleitos com os votos do povo. Aí estão também os setores industriais, da mídia e do sistema financeiro, embora nesse caso haja muita
divisão na sociedade real, não naquela representação inversa do Congresso. É óbvio que até a Globo e a Folha de S. Paulo demarcaram uma distância inteligente de mudanças tão obtusas. Mas a Bandeirantes defendeu até o último dia o voto dos interesses explícitos dos ruralistas.
Assim, essas minorias na sociedade tornam-se maioria no Congresso, votam contra os interesses do povo, apenas para se livrarem de suas multas ambientais, para garantir o direito de desmatar os últimos resquícios de nossas florestas.
Seria interessante perceber que não é só nesse caso que ali se defendem os interesses corporativos. Assim o é com todas as reformas estruturais de que o país precisa e que nunca acontecem.
Lutamos muito para readquirir o direito do voto. Conseguimos. Mas vivemos permanentemente traídos. Talvez seja melhor ter um Congresso traidor que viver sob uma ditadura total, mas é bom não depositarmos nessas instituições a nossa confiança. Nada substitui a democracia direta.
Roberto Malvezzi (Gogó)