sábado

Movimento que se propõe rediscutir o Projeto de Irrigação da Chapada do Apodi avança nas Discussões.


 


Vital representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Secretário Nacional de Irrigação Ramon, representante do Ministério de Integração
Ontem (12) As Organizações que compõem o FOCAMPO (Fórum do Campo Potiguar) que representam os trabalhadores (as) que atuam no campo no Estado do Rio Grande do Norte juntamente com alguns Agricultores (as) de Assentamentos da Chapada do Apodi estiveram reunidos com o Secretário Nacional de Irrigação Ramon, representante do Ministério de Integração; e com Vital representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
As discussões foram bastante positivas diante das proposições apresentadas pelos movimentos e agricultores, onde o Secretário Nacional de irrigação o Senhor Ramon afirmou que “O Projeto precisa ser rediscutido e revisto de modo que este não venha a prejudicar os agricultores que moram na Chapada do Apodi”.
Ainda estiveram presentes nessa reunião com a Deputada Federal do RN Fátima Bezerra, e o Deputado Estadual Fernando Mineiro.
Por Agnaldo Fernandes.
 

quinta-feira

Dnocs pediu licença para implantar perímetro irrigado de Apodi.

Trabalhadores protestam e afirmam que projeto está suspenso enquanto não houver concordância.

O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) requereu, junto aos órgãos especializados, a licença de instalação da primeira etapa do Perímetro Irrigado Santa Cruz do Apodi. O projeto da ordem de R$ 250 milhões alcançará 5.200 hectares, atendendo os municípios de Apodi e Felipe Guerra, e beneficiará 80 mil pessoas.
Ontem, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Apodi, Francisco Edilson Neto, que está em Teresina (PI), avisou que, de acordo com o último encontro com o ministro da Integração Nacional, Fernando Coelho, o processo de implantação do projeto está suspenso. "Essa decisão foi dada para que houvesse novos diálogos", disse.
De acordo com Edilson, a proposta contém uma série de irregularidades que põem em risco outros projetos. "Estão dizendo que precisarão de 5 metros cúbicos de água por segundo, mas se isso acontecer não sobrará água para abastecer as cidades através da adutora Alto Oeste", reclamou Edilson.
Foi marcada para amanhã outra reunião entre os campesinos, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Ministério da Integração Nacional e o Dnocs, para tentarem chegar a um consenso. Os trabalhadores querem que a água seja acessada por vários setores, principalmente a agricultura familiar. O documento exige ainda que primeiro seja irrigado o Vale do Apodi, aproveitando o projeto piloto de 230 hectares, e que seja perenizado o rio Umari, atendendo às famílias de Apanha-Peixe, em Caraúbas.
O projeto é um sonho antigo da população apodiense desde que foi concluída a barragem Santa Cruz do Apodi, em 2002. No entanto, a maneira como está sendo proposto tem deixado insatisfeitos os pequenos agricultores. Mais de dois mil trabalhadores da agricultura familiar protestam que o perímetro será implantado de forma tradicional, beneficiando o agronegócio.
A preocupação dos trabalhadores é que aconteça em Apodi o mesmo que aconteceu em Baraúna, Ipanguaçu e Limoeiro do Norte (CE), onde as grandes empresas se apossaram das melhores terras para produzir de forma tradicional, prejudicando as terras e transformando os pequenos proprietários em assalariados.
O embate entre poder público e os movimentos sociais já dura alguns meses e já foi notícia até em Portugal. A Prefeitura de Apodi tenta amenizar os desencontros, construindo, inclusive, uma cartilha explicativa sobre o projeto.

JOSÉ DE PAIVA
Da Redação do Jornal De Fato.

quarta-feira

Reforma agrária anda com passos de tartaruga

 Da Página do MST

A Ong Contas Abertas acaba de divulgar o balanço das execuções do orçamento referentes aos investimentos do governo federal em 2011 (veja aqui o estudo).

Entre janeiro e julho, o Ministério do Desenvolvimento Agrário executou apenas R$ 256 milhões, o que representa 24,5% do total previsto para o ano.

Ou seja, mais da metade do ano já passou e os gastos do MDA não passaram de 1/4 do orçamento disponível.
Clique aqui para fazer o download da tabela completa

Os investimentos realizados caíram 27% em relação ao mesmo período em 2010, quando o investimento foi de R$ 351 milhões.

Um levantamento inédito produzido a pedido de CartaCapital pelo Instituto Socioeconômico (Inesc), especializado no tema, revelou também que os gastos efetivos com distribuição de terra declinaram no segundo mandato do governo Lula – e continuam a cair nos primeiros meses de Dilma Rousseff. 

Organizações Sociais apresentam dossiê com denúncias de crimes e impactos dos agrotóxicos em Pernambuco

O Comitê Pernambucano de Combate aos Agrotóxicos elaborou um Dossiê contendo os casos mais emblemáticos e denúncias de crimes e dos impactos causados pelo uso dos Agrotóxicos à saúde da trabalhadora e do trabalhador, ao meio ambiente e a população em geral no Estado de Pernambuco. O Documento será entregue hoje, às 9h, aos Ministérios Públicos Estadual, Federal, do Trabalho e aos órgãos da Administração Pública Executiva, durante a reunião do Fórum Estadual de Combate aos Efeitos do Agrotóxico, na Sede da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), localizada no Parque de Exposições do Cordeiro, em Recife.
O Documento contém relatos e depoimentos de trabalhadores assalariados sobre a aplicação dos agrotóxicos no monocultivo da cana-de-açúcar, além de denúncias dos impactos causados às famílias destes trabalhadores, às comunidades onde vivem e ao meio ambiente. Os relatos foram feitos à Comissão Pastoral da Terra, na ocasião da Jornada contra o Agronegócio e os agrotóxicos, realizada pela Pastoral em abril deste ano nos municípios da Zona da Mata Norte do estado. O Dossiê também apresenta denúncias de trabalhadores e trabalhadoras rurais do MST, que vivem no Assentamento Chico Mendes, localizado em São Lourenço da Mata. As famílias relatam os impactos da pulverização aérea dos agrovenenos - feito pelas Usinas de cana circunvizinhas - nas lavouras do assentamento, ameaçando a produção agroecológica dos assentados e assentadas.
As Entidades que fazem parte do Comitê reivindicam dos Ministérios Públicos abertura imediada de inquérito e investigação in loco dos casos e crimes denunciados e que sejam tomadas providências urgentes e necessárias para que sejam combatidos os efeitos danosos dos agrotóxicos à saúde humana e do trabalhador, à saúde coletiva, à identidade camponesa e ao meio ambiente.

Fonte: Site da CPT/NE.

terça-feira

Presidente do STTR de Apodi vai participar do I Encontro de Acesso à Terra no Semiárido.

Edílson Neto.
Foto: Agnaldo Fernandes

O Encontro Nacional de Acesso à Terra pretende proporcionar reflexões e debate sobre a democratização da terra que garanta a soberania alimentar das famílias agricultoras do Semiárido brasileiro. Para isso, o evento vai reunir quatro temas que serão analisados em oficinas: direito ao território, atingidos e/ou ameaçados pelo agro e hidronegócio, reorganização fundiária e agricultura familiar e crise fundiária. Cada temática será discutido à luz de relatos de experiências reais.
Cerca de 100 agricultores camponeses de todos os estados do Nordeste e Minas Gerais, representantes de organizações da sociedade civil e governantes são aguardados na capital piauiense. Nos dias 11 e 12 de agosto, o Encontro acontecerá na sede da Obra Kolping do Piauí.

O Evento contará com a presença do Fundador e ex-presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), filósofo e teólogo, Dom Tomás Balduíno, que vai participar da abertura do I Encontro de Acesso à Terra no Semiárido. O evento é realizado pela Articulação no Semi-árido (ASA), nos dias 10, 11 e 12 de agosto, em Teresina (PI). A mesa de abertura começará às 19h, no auditório Mestre Expedito do Centro de Artesanato Mestre Dezinho.

Destacado ativista das causas dos povos mais necessitados e entusiasta do movimento dos trabalhadores sem-terra no país, Dom Tomás tem feito críticas ao governo por omissão e aponta o agronegócio, o judiciário e autoridades como responsáveis pela violência no campo. Clique aqui e leia a entrevista que o bispo concedeu em maio deste ano à Revista do Brasil.

A Classe dos Trabalhadores (as) Rurais do Estado do Rio Grande do Norte será representada no Evento pelo Sindicalista e Agricultor Edílson Neto que atualmente coordena o Sindicato dos Trabalhadores (as) Rurais de Apodi.

Ouça aqui o spot de divulgação do evento produzido pela equipe de comunicadores do Fórum Piauiense de Convivência com o Semiárido.

Texto de Paula Andreas e Mariana Gonçalves - comunicadoras populares da ASA
Pedro II – PI.
Com Adaptações de Agnaldo Fernandes.