sexta-feira

Organizações Sociais do Fórum da Agricultura Familiar de Apodi, se reúne em caráter extraordinário e cobram ações do Governo Municipal de Apodi.

 

Aconteceu na manhã de ontem 21, em caráter extraordinário, a reunião do Fórum da Agricultura Familiar de Apodi, esse fórum que reúne diversas organizações sociais do campo que discutem a questão da agricultura familiar no município, entre essas organizações está o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, Centro Terra Viva e entre outras. 

A pauta principal, foi a cobrança de ações do Governo Municipal, no que concerne as ações previstas no Programa de Convivência com a Estiagem, criado pelo município com recursos próprios no valor de cem mil reais. Estavam representando o Prefeito, os secretários Charton Rego da Agricultura, Junior Costa da Urbanismo e Samuel de Obras. Os secretários apresentaram um panorama de ações desenvolvidas pelo município, como também qual o andamento do recurso dos cem mil reais e se comprometeram a fazer os repasses das reivindicações dos agricultoras e agricultoras ao Poder Executivo.
 
Na pauta também estava a discussão com o Banco do Nordeste, que esteve na reunião e apresentou a situação dos Pronafs e negociação de dívidas rurais.
Por Cláudia Moto - Centro Terra.

Famílias e comunidades da Chapada do Apodi recebem moção de apoio dos participantes da Assembleia Regional da CPT-NE II





MOÇÃO DE APOIO
DA 15ª ASSEMBLEIA REGIONAL DA CPT NORDESTE II
ÁS FAMÍLIAS E COMUNIDADES DA CHAPADA DO APODI – RN


A Assembleia Regional  da CPT Nordeste II, reunida em Santa Fé – Arara – PB, nos dias de 20 a 22 de agosto de 2013,   ciente das angustias e incertezas das famílias dos assentamentos e das comunidades  atingidas por grandes projetos de irrigação na Chapada do Apodi – RN e de construção de barragens na região do Seridó, manifesta sua solidariedade e apoio às lutas de resistência e defesa da integridade do território, como também se solidariza com as entidades de apoio,  em especial  o STTR de Apodi e a equipe local da Comissão Pastoral da Terra de Mossoró.

A Assembleia denuncia o atual modelo capitalista que avança com grande projetos de agronegócio, nos território das comunidades camponesas, devastando a natureza e colocando em risco a vida de muitas famílias.

 Os participantes da Assembleia Regional


Arara- PB 22 de agosto de 2013.

segunda-feira

O acampamento da Chapada do Apodi e a busca por uma vida mais digna pelos agricultores/as familiares.

Agricultores/as familiares estão acampados na resistência ao Projeto da Morte | Foto: Janaína Henrique
Por Lêda Mayara - comunicadora popular da ASA
No dia 13 de agosto de 2013, por volta das dez horas da manhã, membros de entidades vinculadas à Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) potiguar fizeram uma visita ao acampamento  da chapada do Apodi. Esse acampamento é formado por cerca de 1.200 famílias que ocupam o território da chapada que possivelmente será ocupado pelo “Projeto da Morte”, oficialmente denominado de projeto do Perímetro Irrigado do Apodi. Na Chapada do Apodi, localizada na divisa dos estados do Rio Grande do Norte e do Ceará, há uma disputa por dois modelos de agricultura.
Um dos modelos está “enraizado” nas comunidades da região, e tem uma preocupação com a biodiversidade, a distribuição de renda e a democratização da água e da terra. O outro, ao contrário, provoca a concentração de terra, de água e de renda e destrói a natureza.
Esse projeto prevê integrar as terras da Chapada do Apodi e a água da barragem de Santa Cruz a cinco grandes empresas da fruticultura irrigada, o que destruiria a constituição econômica dessa cidade a qual é baseada na agricultura familiar, por meio da produção de mel e da criação de caprinos. Esse projeto está propondo irrigar cinco mil hectares de terra em sua primeira fase para produzir cacau – que é totalmente desconhecido na região – uva e goiaba, com base na utilização, em grande escala, de agrotóxicos e sob o domínio de cinco grandes empresas. Grandes nomes buscam transformar um território camponês produtor de alimentos saudáveis em uma zona de exportação, e, com isso, transformar uma pequena parcela da população local em mão-de-obra barata, trabalhando sob condições subumanas, características do agronegócio brasileiro.
No entanto, agricultores, juntamente com o Movimento dos Sem Terra (MST), e várias organizações da sociedade civil estão se organizando na luta de resistência contra a tomada da chapada do Apodi. A luta em defesa da Chapada do Apodi se tornou uma luta nacional de todos aqueles e aquelas que defendem a dignidade das comunidades camponesas. Essa força é expressa inteiramente pelo clamor dos agricultores: Lutar, lutar, lutar e resistir. Lutar e resistir pela Chapada do Apodi!