A Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária já mobilizou 19 estados e o DF, além de ações
na Itália, Inglaterra, Espanha e EUA. Foram realizadas mais de 60
ocupações de terra, prédios públicos e trancamento rodovias. O MST
também promoveu marchas em pelo menos quatro capitais (São Paulo,
Salvador, Belo Horizonte e Recife). A reação do latifúndio foi imediata:
três militantes do MST foram assassinados em menos de uma semana, um no
Paraná e dois no Rio Grande do Norte, além de três
Sem Terra feridos à bala no Ceará.
Em São Paulo, mais de 1500 pessoas do MST, que chegaram em marcha na capital paulista, ocuparam o prédio da empresa
Odebrecht, na região do Butantã, zona oeste, na manhã desta
quinta-feira. A ação construída em conjunto com o Movimento dos
Trabalhadores Sem Teto (MTST) visa denunciar a atuação da empresa que
gera impactos à vida da população do campo e da cidade.
Na Bahia, a marcha, que saiu de Camaçari, chegou hoje (08/5) em Salvador. Os mais de três mil Sem Terras
acamparam em frente da sede do INCRA na capital baiana. Os Sem Terra
reivindicam a apuração do assassinato de Fábio Santos, militante do
Movimento assassinado no dia 2 de abril de 2013, na cidade de Iguaí e a
agilidade na Reforma Agrária.
A Jornada denuncia a estagnação da Reforma Agrária nos últimos três anos, exigindo um plano emergencial do governo federal
para o assentamento das mais de 100 mil famílias acampadas, a
paralisação do Programa Nacional de Habitação Rural, a reivindicação de
um novo crédito para a agricultura familiar, a ampliação e fortalecimento de programas de compra
de alimento direto dos assentados (PAA e Pnae), a retirada do tema da
titulação dos assentados da MP 636 e medidas que garantam educação nos
assentamentos.
RN
Nesta
terça-feira (06/05), após uma mobilização na qual se encontravam 500
trabalhadores acampados da região de Apodi, dois Sem Terra foram
executados. Dois homens em uma moto preta sem placa abordaram os dois
militantes atiram. Ainda não se tem noticias dos assassinos, que fugiram
imediatamente. As vítimas são Francisco Laci Gurgel Fernandes, de 34
anos, mais conhecido por Chacal, e Francisco Alcivan Nunes de Paiva, de
46 anos, o Civan. Os Sem Terras estavam há oito meses no acampamento
Edivan Pinto. Os crimes aconteceram em uma área de acampamento
na qual também está sendo construído o perímetro irrigado do
Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), área onde os Sem
Terra sofrem ameaças constantes de jagunços armados e seguranças da
empresa que faz a obra. No último dia 05 de maio, cerca de 500 pessoas
do MST trancaram a rodovia BR 304, que liga a cidade de Natal a Mossoró,
no Rio Grande do Norte.
PR
Na
noite do dia 04/5, o militante do MST Valdair Roque, conhecido
popularmente como “Sopa”, foi assassinado no assentamento Sétimo
Garibaldi, município de Terra Rica, noroeste do Paraná. Sopa foi alvo de
uma de emboscada na porta de sua casa, quando o agricultor assentado
estava acompanhado de seu filho de sete anos. Por sua atuação destacada
na luta pela Reforma Agrária na região, por várias vezes, Sopa tornou-se alvo da ira dos latifundiários e de outras forças políticas na região.
No dia 01/5, 300 famílias comemoraram o dia do trabalhador com
o lançamento oficial de um acampamento, localizado na comunidade
Arapongas, divisa com a comunidade São Francisco, no Assentamento Ireno
Alves dos Santos. No dia 29/4, cerca de 600 militantes do MST ocuparam a
Superintendência Regional da Caixa Econômica
Federal, no centro de Curitiba. Os Sem Terra cobraram do governo
federal a liberação de recursos para a construção de 1.456 casas nos
novos assentamentos, e a reforma de outras 16.963 casas nos
assentamentos mais antigos do Paraná. Pela manhã, os trabalhadores
rurais participaram de um ato em apoio à greve dos professores e
funcionários da rede estadual de ensino público.
RO
Cerca
de 1300 trabalhadores rurais Sem Terra ocuparam seis prefeituras
municipais no estado de Rondônia, na última quinta-feira (8). Com a
ação, os Sem Terra pretenderam trazer para a sociedade a luta pela
Reforma Agrária Popular, integrando as pautas locais de cada município
com as estaduais. Os Sem Terra reivindicam melhorias em estradas,
educação e saúde para as pessoas que vivem em acampamentos e
assentamentos no país.
Luiz
Roberto de Oliveira, que faz parte da coordenação estadual do MST,
explica que em Ariquemes existem quatro assentamentos e um acampamento, e
que as reivindicações atingem todas as esferas do governo.
“Aqui no município pedimos, principalmente, melhorias na educação,
saúde e estradas. Já marcamos uma audiência com o prefeito para discutir
os assuntos”, conclui.
CE
Em Limoeiro do Norte, cerca de 1000 trabalhadores de diversos movimentos sociais ocuparam o perímetro irrigado na chapada do Apodi. Segundo os movimentos sociais, dos 10 mil hectares do projeto de irrigação,
quatro mil estão invadidos e grilados por empresas nacionais e
transnacionais do agronegócio. As organizações exigem a retomada dessas
áreas pelas famílias camponesas.
Já
no município de Ibaretama, 400 famílias ligadas ao MST fecharam a
rodovia CE-060, conhecida como rodovia do algodão. Os manifestantes
repudiam a ação cometida por jagunços no dia 02/5, quando três Sem Terra
foram feridos após ataque de pistoleiros. Um dos feridos está
hospitalizado em estado grave. Desde o dia 22 de abril, 237 famílias do
MST acampam em frente à Fazenda Bonito e reivindicam a desapropriação
desta e outras áreas, além da construção de 200 casas para os
assentados.
Na mesma data, famílias organizadas pelo MST junto ao Sindicato dos Trabalhadores
Rurais do município de Quixeramobim (CE) também ocuparam a Fazenda Boa
Vista. Outras 100 famílias ocuparam a fazenda Viana, no município de
Itarema.
BA
Cerca
de três mil militantes do MST de todo o estado baiano saíram em marcha
nesta terça-feira (06/5) da cidade de Camaçari em direção à Salvador.
Após a marcha, nesta quinta-feira (8), os Trabalhadores Rurais Sem Terra
ocuparam o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) após
marcharem do município de Camaçari a Salvador
Os
Sem Terra reivindicam a apuração do assassinato de Fábio Santos,
militante do Movimento assassinado no dia 2 de abril de 2013, na cidade
de Iguaí, com nove tiros, além de maior agilidade no andamento da
Reforma Agrária. No dia 29/4, cerca de 400 famílias do oeste, norte e
nordeste da Bahia ocupam o Projeto de irrigação do Baixo de Irecê, no
município de Xique-Xique, próximo a comunidade Boa Vista.
A ocupação visa garantir que os pequenos agricultores e Sem Terra que
residem ao redor do empreendimento tenham acesso à terra e a água,
concentrados nos canais da empresa.
SP
No
dia 06/5, mais de 1000 Sem Terras saíram em marcha da cidade de
Itapevi, rumo à cidade de São Paulo. A Marcha pela Reforma Agrária Luiz
Beltrame busca pressionar os governos federal e estadual a agilizarem
as políticas referentes à Reforma Agrária, além de dialogar com a
população das cidades sobre a importância da luta dos Sem Terra e fazer a
denúncia do modelo do agronegócio. Nesta quinta, os marchantes se
juntaram ao MTST e ocuparam o prédio da empresa Odebrecht, na região do
Butantã.
Cerca
de 450 famílias do MST reocuparam no dia 01/5 a Fazenda Martinópolis,
no município de Serrana, interior do estado de São Paulo. É a 11° vez
que os Sem Terra ocupam a fazenda. O último despejo da área aconteceu no
começo do mês de abril. Na ocasião, o arcebispo da Arquidiocese de
Ribeirão Preto, Dom Moacir Silva, visitou as famílias e declarou apoio à
luta.
AL
Duas agências da Caixa Econômica Federal foram ocupadas pelos Sem Terra no dia 29/4 em defesa do fortalecimento da política de habitação rural:
as de Atalaia e de Piranhas. Na tarde desta terça, o Movimento também
se reúne com o Governador Teotônio Vilela Filho, no Palácio República
dos Palmares.
No
dia 14/04, cerca de 800 trabalhadores do MST bloquearam o acesso ao
canteiro de obras do Canal do Sertão de Alagoas, no município de Inhapi.
No mesmo dia, também foi ocupado o Departamento de Estradas e Rodagens
(DER-AL) e as prefeituras de Olho D’Água do Casado, Pão de Açúcar e
Flexeiras.
Em
Maceió, foi erguido um acampamento com cerca de 1000 Sem Terra no
começo das mobilizações em Alagoas, onde realizaram uma série de
negociações com o poder público sobre as pautas dos Sem Terra no estado.
DF
No
dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária (17 de abril), cerca de 500
trabalhadores e trabalhadoras do MST do Distrito Federal e Entorno
bloquearam trechos das rodovias BR 020 (Belém-Brasília), entre os
municípios Planaltina (DF) e Formosa (GO), na altura do quilômetro 43, e
a BR 070, sentido Águas Lindas de Goiás.
GO
Mais de dois mil camponeses, organizados no Movimento Camponês Popular (MCP), MST, Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar
(Fetraf) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de
Goiás (Fetaeg) ocuparam, em Goiânia, o prédio da Secretaria da Fazenda
nesta terça-feira (06/5). A atividade faz parte do Levante Unitário do
Campo em Goiás, que tem objetivo de cobrar a promessa do governador
Marconi Perillo de aprovar a Lei da Agricultura Familiar e Camponesa do
estado.
MA
Na
capital maranhense, em São Luis, mais de 1000 pessoas de diversas
organizações do campo e a da cidade realizaram uma marcha contra a
mineradora Vale, nesta quinta-feira (8).
No
dia 05/5, em São Luís, no Campus da UFMA, começou a etapa final do
Seminário Carajás 30 Anos: resistências e mobilizações frente a projetos
de desenvolvimento na Amazônia oriental. A atividade, que se estende
até sexta-feira (09/05) recebe a presença de estudantes, pesquisadores,
militantes sociais, povos tradicionais e atingidos por projetos de
mineração de 11 países.
Em
São Luís, cerca de 300 trabalhadores rurais organizados pelo MST
ocuparam, na manhã do dia 30/4, a sede regional do Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (Incra). Os Sem Terra cobram
desapropriações de novas áreas para a Reforma Agrária e melhores
infraestrutura nos assentamentos, como estradas, escolas, energia e
água. Outra pauta prioritária das famílias é a liberação de recursos
para a continuidade de cursos do Programa Nacional de Educação na
Reforma Agrária (Pronera). No Maranhão, dois cursos de pedagogia estão
praticamente parados, enquanto o curso de agronomia ainda não tem
recurso para seu início.
MG
Cerca
de 200 famílias do MST ocuparam uma Fazenda no município de Jampruca,
em Minas Gerais, na manhã do último domingo (04/5). A terra foi
adquirida pela empresa de celulose Fibria, com 46% de recursos públicos
do BNDES. A empresa, que hoje se diz falida, não executou o projeto de
plantio de eucalipto, deixando as terras improdutivas.
Cerca
de 700 trabalhadores rurais Sem Terra ocuparam, no dia 30/4, a sede do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em Belo
Horizonte. Os manifestantes reclamam do descaso do governo federal com a
pauta da Reforma Agrária. No dia 28/4, cerca de 400 trabalhadores e
trabalhadoras rurais do MST mantinham as praças de pedágio da rodovia
Fernão Dias (BR 381), na altura do município de Santo Antônio do
Amparo,
abertas. Após 24h, os Sem Terra decidiram seguir para a capital
mineira, onde cobraram do Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (Incra) e da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) os
compromissos assumidos que garantiram o encerramento da manifestação.
No
dia 14 de abril, cerca de 80 famílias Sem Terra ocuparam a Fazenda
Renegado no município de Vazante, região Noroeste de Minas Gerais. A
fazenda, que estava abandonada no momento da ocupação possui
aproximadamente 2.000 hectares, está improdutiva e sem documento, ou
seja, totalmente ilegal.
MS
A sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Campo Grande,
Mato Grosso do Sul, amanheceu ocupada pelos movimentos sociais do campo
no dia 5/5 como parte das atividades da Jornada Nacional de Luta pela
Reforma Agrária. Além do Incra, os Sem Terra também ocuparam o Banco do
Brasil, em Aquidauana, e trancaram as rodovias 163 (Itaquirai) e 267
(Nova Andradina). Os movimentos exigem a criação de mais assentamentos,
maior agilidade do poder judiciário para liberar a desapropriação de
terras, infraestrutura para os assentamentos, mais créditos, construções
de casas, entre outros assuntos.
PA
Entre
os dias 10 a 17 de abril, os jovens do MST realizaram o Acampamento
Pedagógico da Juventude Camponesa “Oziel Alves Pereira”, na curva do
“S”, em Eldorado dos Carajás (PA). O evento incluiu uma série de
atividades culturais, como filmes, oficinas de dança, agitação e
propaganda, teatro e percussão. Todas as tardes, exatamente às 17h,
horário do genocídio contra os trabalhadores rurais Sem Terra, era
realizado um ato na BR 155, palco do massacre.
PE
Cerca
de 1500 Sem Terra já realizaram 10 ocupações de terras e Engenhos
falidos em todo o estado de Pernambuco. Na manhã do dia 29/4, mais de 60
famílias ocuparam a Fazenda Paus Preto, em Floresta. No dia 28/4, em
Vitória de Santo Antão, 220 famílias ocuparam o Engenho São Francisco,
uma área da Usina Serra Grande. Além dessas áreas, também foi ocupado o
Engenho Curupatí, da Usina Bulhões, em São Lourenço da Mata, o Engenho
Moreno e uma antiga fábrica de roupas abandonada, em Moreno, o Engenho
Cachoeira Cajóca, da Usina Nossa Senhora do Carmo, em Pombos, o Engenho
Arranca e Almécega, na região Mata sul do estado, o Engenho Belo
Horizonte, no município de Goiana e a Fazenda Papagaio, em Petrolândia.
No dia 15/4, o MST também realizou uma grande marcha pelas ruas de
Recife, para relembrar o Massacre de Eldorado dos Carajás.
PB
Mais
de 350 mulheres e crianças Sem Terra ocuparam a sede da Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab), em João Pessoa (PB), durante a
Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária. A ação, que aconteceu na
última quinta-feira (8), reivindica a suspensão da normativa que
inviabilizou a entrega de bolos, doces e outros produtos produzido por
grupos de mulheres nos assentamentos para o Programa de Aquisição de
Alimentos (PAA).
A
sede do Caixa Econômica Federal de João Pessoa foi ocupada por cerca de
1.200 militantes do MST de várias regiões do estado nesta quarta-feira
(07/5). A reivindicação pede a liberação de recursos para a construção
das casas nos assentamentos rurais. Os Sem Terra da Paraíba ainda
realizaram duas ocupações de terra na manhã do dia 29/4. Duzentas
famílias ocuparam o perímetro irrigado das Vazias de Souza, no município
de Souza. Trata-se de um projeto do governo do estado que estava para
ser licitada. Outras 50 famílias ocuparam uma fazenda de 740 hectares na
cidade de Olho D´Agua.
RS
No
dia 05/5, cerca de 50 famílias do MST iniciaram a organização do
Acampamento Dom Tomás Balduíno, às margens da BR 290, km 132, entre os
municípios de Eldorado do Sul e Arroio dos Ratos, na região
metropolitana de Porto Alegre (RS). No dia 28/4, cerca de 800 famílias
do MST e do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) ocuparam cinco
fazendas, enquanto mais de 2 mil trabalhadores e trabalhadoras do MST,
Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e Federação dos Trabalhadores
na Agricultura Familiar (Fetraf) ocuparam quatro agências da Caixa
Econômica Federal. Os trabalhadores Sem Terra exigem a liberação de
recursos do Programa Minha Casa Minha Vida para o meio rural. Segundo os
Sem Terra, somente a demanda de habitação dos assentamentos do MST no
RS é de 1.300 projetos para a construção de novas casas.
No
dia 28/4, em Pelotas, cerca de 400 pessoas do MST, movimento sindical,
moradores das vilas Correntes, Posto Branco, Turusul e Capão do Leão e o
movimento estudantil de Pelotas e região ocuparam o prédio do Departamento Nacional
de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT) para discutirem o fim do pedágio no
município com o término da concessão.
SC
No
dia 29/4, cerca de 800 militantes da Via Campesina marcharam rumo à
Caixa Econômica Federal, no município de Chapecó. Os manifestantes pedem
ao governo federal maior agilidade e atualização do Programa Nacional
de Habitação Rural (PNHR). No dia 9/04, os Sem Terra de Santa Catarina
se juntaram à marcha das centrais sindicais, em Florianópolis, e se
somaram aos cerca de 2000 trabalhadores em luta na capital catarinense. A
mobilização fez parte da 5ª marcha dos catarinenses. Ao chegarem no
poder Judiciário, os manifestantes realizaram uma mística deixando
diversas cruzes para simbolizar o Massacre de Eldorado dos Carajás.
SE
Cerca
de 200 trabalhadores e trabalhadoras assentadas da região se
mobilizaram no município de Tobias Barreto, no dia 05/5, ao cobrarem dos
bancos maior agilidade na liberação dos projetos de investimento.
Segundo os Sem Terra, são centenas de projetos já elaborados pela
assistência técnica, mas travados por causa da burocracia das
instituições, principalmente do Banco do Nordeste. No dia 27/4 cerca de
90 famílias do MST ocuparam a Fazenda São Raimundo, no Povoado Rio Fundo
do Abais.
TO
Cerca
de 700 Trabalhadores Rurais Sem Terra protestaram na manhã do dia 07/5
na BR-153, entre as cidades de Rios dos Bois e Tabocão, em Tocantis. A
rodovia ficou trancada por 12h. Os Sem Terra só liberaram a pista após o
Procurador Geral da República e o Superintendente do Incra terem
aparecido no local.
Mais
de 150 famílias do MST, do acampamento Carlos Marighela, ocuparam a
Fazenda Novo Mundo, no município de Araguatins (TO), no dia 01/5.
Segundo os Sem Terra, a área pertencente à família de Pedro Vilarino é
improdutiva e está abandonada. A ação dos trabalhadores Sem Terra é uma
resposta à morosidade do Incra, que, segundo eles, há seis meses o órgão
federal já deveria ter iniciado o processo de desapropriação da área
para o assentamento das famílias.
Ações Internacionais
Membros
do Grupo de Amigos do MST na Itália e de organizações da Via Campesina
entregaram na Embaixada do Brasil em Roma, uma cópia do Programa Agrário
do MST e 19 rosas, em memória aos trabalhadores Sem Terra, assassinados
em Eldorado dos Carajás, no Pará, no dia 17 de abril de 1996.
Também
em Londres, representantes da organização World Development Movement
entregaram cópias do Programa Agrário do MST na Embaixada do Brasil. Já
na Espanha, no marco do Fórum Social da Catalunha, o Comitê de Amigos do
MST da Catalunha realizou seminários e debates sobre o MST e a Programa
de Reforma Agrária Popular nas cidades de Barcelona e Gerona. Nos
Estados Unidos, organizações da Via Campesina e o Comitê de Amigos do
MST organizaram debates e concertos de solidariedade ao MST e à luta
camponesa nas cidades de Nova York e São Francisco. Em Chicago foi
realizado um protesto em frente à Bolsa de Mercadorias, contra a
mercantilização dos alimentos.
Fonte: MST Nacional