“A situação atual da Bacia Hidrográfica Piancó-Piranhas-Açu é
crítica. É uma situação de muito aperreio, de muita agonia”. As
afirmações são de José Procópio de Lucena, Agrônomo do Serviço de Apoio
aos Projetos Alternativos Comunitários (SEAPAC) e presidente do Comitê
da Bacia Hidrográfica Piancó-Piranhas-Açu (CBH PPA). Mas, segundo
afirmou, é também de muita expectativa com a possibilidade de inverno
neste ano de 2015.
José Procópio - Agrônomo do SEAPAC e Presidente do Comitê de Bacia. |
Segundo Procópio, a preocupação maior é porque os açudes pequenos já
secaram, os médios estão praticamente secos e os grandes açudes estão
caminhando para a reserva técnica. “Isso é assustador, porque mexe com a
economia, com a qualidade de vida, com as populações, e pode
desencadear doenças e outras questões mais sérias ainda. Esse é o
momento em que o Governo Brasileiro, o Estado, os municípios e as
organizações da sociedade precisam parar para fazer uma grande reflexão
diante dos dados que estão postos, que é de possibilidade de um inverno
abaixo da média”, realçou José Procópio.
Ele afirmou que se o inverno for dentro da média, haveria a
possibilidade de carregar os grandes açudes em torno de 40% da
capacidade. “Mas isso, também, não garante muita coisa. Continua o risco
de escassez para a frente”, pondera. Para ele, esse é o momento de se
fazer grandes campanhas educativas, reuso de água, racionamento em todos
os setores e buscar outras fontes de captação de água, como poços,
pequenas adutoras interligando reservatórios, para se ter a garantia de
ultrapassar esse momento difícil. Procópio defende rever as regras de
irrigação e até suspender as irrigações. “Alimentos se traz de carreta
do centro oeste, do sul e outras regiões, mas água não dá pra se trazer
de carreta”, concluiu.
Fonte: Site do SEAPAC
Foto: José Bezerra
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