quinta-feira

Movimento da Barragem de Oiticica remarca data da plenária que avaliará a proposta do governo.

Movimento e Equipe do Governo, no final da plenária de ontem, 04 de fevereiro (Foto: José Bezerra)
Movimento e Equipe do Governo, (Foto: José Bezerra)



A plenária do Movimento dos Atingidos pelas obras da Barragem Oiticica, acertada para acontecer hoje, foi remarcada para a próxima terça-feira, 10 de fevereiro, às 19 horas, na Igreja de Barra de Santana. A mudança foi articulada depois do encerramento da plenária de ontem, em que o Governo apresentou a proposta de trabalho e agendamento de datas para firmar um termo de compromisso com o Movimento. Enquanto isso, as obras da barragem continuam paralisadas.
O documento do Governo será analisado ponto a ponta, inclusive as datas, no próximo dia 10, para só então os agricultores, proprietários e famílias da área da barragem se posicionarem. O principal questionamento do Movimento é em relação ao não recebimento das indenizações depositadas em Juízo. “Secretário, queremos o dinheiro no bolso. Nós ainda não recebemos nenhum centavos desses recursos depositados em Juízo. Quando vamos receber, alguém diz que não podemos receber, porque falta alguma coisa”, disseram os proprietários ao Secretário da SEAMARH, Mairton França, e ao Procurador Francisco Sales, depois de encerrada a plenária de ontem.
Diante desse argumento, o Secretário Mairton França e o Procurador Francisco Sales decidiram disponibilizar um advogado para ver caso a caso e identificar o que está impedindo os proprietários de receberem as indenizações dos processos já concluídos. O Procurador também entregou ao movimento uma relação com os nomes de todos os proprietários com processos de indenização concluídos.
Apesar do clima tenso entre os integrantes do Movimento e a equipe do Governo, no final da plenária, o diálogo entre as partes permanece aberto. O Bispo de Caicó, Dom Antônio Carlos, disse que a visita do Secretário da SEMARH, antes da plenária, e o encontro do Governador e equipe com os integrantes do movimento são sinais de possibilidade de diálogo. “Agora precisamos olhar com calma, ver o que o governo do Estado está dizendo, explicitamente. Nesse momento, com essa multidão, se sobressai a emoção. É preciso ver o que está sendo proposto para que a comunidade possa se posicionar”, afirmou Dom Antônio Carlos. Ele disse que nutre a esperança de que se chegará a um bom diálogo. “Porque, como já foi dito várias vezes, ninguém é contra a barragem. Mas o avanço das obras tem que ser proporcional ao avanço do diálogo com a comunidade e com os que serão atingidos pelas águas da barragem”, concluiu o Bispo de Caicó.
Fonte: Site do SEAPAC

Nenhum comentário: