sexta-feira

É crítica a situação da Bacia Hidrográfica Pianco-Piranhas-Açu


 “A situação atual da Bacia Hidrográfica Piancó-Piranhas-Açu é crítica. É uma situação de muito aperreio, de muita agonia”. As afirmações são de José Procópio de Lucena, Agrônomo do Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (SEAPAC) e presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica Piancó-Piranhas-Açu (CBH PPA). Mas, segundo afirmou, é também de muita expectativa com a possibilidade de inverno neste ano de 2015.
José Procópio de Lucena, Agrônomo do Seapac e presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica Piancó-Piranhas-Açu (Foto: José Bezerra)
José Procópio - Agrônomo do SEAPAC e Presidente do Comitê de Bacia.
Segundo Procópio, a preocupação maior é porque os açudes pequenos já secaram, os médios estão praticamente secos e os grandes açudes estão caminhando para a reserva técnica. “Isso é assustador, porque mexe com a economia, com a qualidade de vida, com as populações, e pode desencadear doenças e outras questões mais sérias ainda. Esse é o momento em que o Governo Brasileiro, o Estado, os municípios e as organizações da sociedade precisam parar para fazer uma grande reflexão diante dos dados que estão postos, que é de possibilidade de um inverno abaixo da média”, realçou José Procópio.
Ele afirmou que se o inverno for dentro da média, haveria a possibilidade de carregar os grandes açudes em torno de 40% da capacidade. “Mas isso, também, não garante muita coisa. Continua o risco de escassez para a frente”, pondera. Para ele, esse é o momento de se fazer grandes campanhas educativas, reuso de água, racionamento em todos os setores e buscar outras fontes de captação de água, como poços, pequenas adutoras interligando reservatórios, para se ter a garantia de ultrapassar esse momento difícil. Procópio defende rever as regras de irrigação e até suspender as irrigações. “Alimentos se traz de carreta do centro oeste, do sul e outras regiões, mas água não dá pra se trazer de carreta”, concluiu.
Fonte: Site do SEAPAC
Foto: José Bezerra

Ações que constroem a convivência com o Semiárido no país.

Conheça a história dos programas da ASA pela narrativa do MOC, uma organização que integra a ASA desde a criação da rede

Muitos conhecem o sertão nordestino pela literatura, com clássicos como “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto e “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, ou pelas mazelas contadas pela imprensa. Outros sabem que nos últimos anos a paisagem do sertão vem mudando graças a um movimento iniciado em 2003, pela Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), uma rede que reúne centenas de organizações não governamentais, uma rede de organizações da sociedade civil que influencia nas políticas de convivência para o Semiárido como parte do processo democrático. “O debate na ASA Nacional e na ASA Bahia é que a política de estoque da água é algo essencial para a convivência com o Semiárido. As atividades mais diretas da ASA começaram então pelo processo de estoque da água de beber e de consumo humano e se criou então o P1MC. Passo histórico e que estamos perto do um milhão de cisternas de placas”, afirma Naidison Baptista, coordenador geral da ASA.
 
Política de Estoque - Financiado pelo Governo Federal, o Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) a que Naidison se refere, foi iniciado pela ASA em 2003 e desde então vem desencadeando um movimento de articulação e de convivência sustentável com o ecossistema do Semiárido. Cisternas de consumo humano, com capacidade de armazenar 16 mil litros, e suprir uma família com cinco pessoas, por nove, 10 meses. Entretanto, o fundamental estava na maneira como construir as cisternas e como escolher as famílias que participariam do programa. Ou seja, não se tratava de uma iniciativa de construção, onde uma empresa, ou um grupo de pedreiros é contratado para fazer a obra. Sim de uma atividade de mobilização, onde as comunidades discutem o problema, elegem uma família e depois constroem a cisterna, comprando produtos locais, para movimentar a economia da localidade, da comunidade. Nada de empresas.
Apoiado inicialmente pela Agência Nacional de Águas (ANA), o P1MC foi incorporado como política pública pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS), tendo como suporte o apoio do Conselho Nacional Segurança Alimentar e Nutricional (Consea). O objetivo do P1MC é beneficiar cerca de cinco milhões de pessoas em toda região semiárida, com água potável para beber e cozinhar, através das cisternas de placas.
Com o passar dos anos a ASA percebeu que o estoque apenas de água para consumo humano não era suficiente para a convivência. Foi daí que surgiu a ideia da segunda água para a produção, através de variadas tecnologias.  Nascia assim o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) que no último dia 02 de fevereiro completou oito anos com 80.903 tecnologias de água para produção já construídas.
O P1+2 iniciou suas atividades com apenas 11 organizações e contou com o financiamento da Fundação Banco do Brasil (FBB) e Petrobras, tendo como meta a construção de 144 implementações como formas de captação e armazenamento da água da chuva, para produção de alimentos. Surgiu com a proposta de contribuir com a segurança alimentar e geração de renda dos/as agricultores/as através da valorização, construção e intercâmbio de conhecimentos.
O aniversário do Programa é comemorado nessa data, pois nos dias 02 e 03 de fevereiro de 2007 foram definidos os modelos de gestão, monitoramento do Programa e o calendário das atividades, durante o I Encontro Nacional do P1+2, que aconteceu em Recife. 
Assessoria de Comunicação do MOC.
Fotos: Arquivos MOC
 

RN Sustentável abrirá ainda neste semestre Edital de certificação sanitária para os agricultores familiares.



O anúncio foi feito hoje durante Seminário Regional de Sensibilização para Implantação do Serviço de Inspeção Municipal SIM, em Pau dos Ferros.
Os agricultores familiares do Estado estão angustiados porque não estão conseguindo vender seus produtos no âmbito do programas institucionais: PNAE e PAA. De acordo com o artigo 14 da Lei 11.947/90, no mínimo 30% dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) devem ser utilizados na aquisição de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou suas organizações. Para ter acesso ao programa os agricultores familiares precisam se adequar as exigências sanitárias do programa, este tem sido o principal entrave para os pequenos produtores do Estado.

Diante dessa realidade, o RN Sustentável está elaborando um edital de certificação para que os agricultores que beneficiam alimentos possam acessar esse Mercado. O que a gente percebe é que um agricultor produz polpa de fruta, por exemplo, não está conseguindo vender seus produtos, pelo fato de não ter o selo de certificação. Para ele obter o selo, a unidade de produção precisa cumprir as normas sanitárias e os agricultores não tem recursos financeiros para fazer essas adequações. Sendo assim, o Edital de Certificação do RN Sustentável vai financiar essas pequenas obras para que o agricultor possa cumprir as exigências do mercado e obter o SIM- Selo de Inspeção Municipal, explica Ana Guedes, gerente do Projeto.
As prefeituras municipais também precisam agilizar o processo de certificação dos agricultores, hoje na cidade de Pau dos Ferros aconteceu um Seminário Regional de Sensibilização para Implantação do Serviço de Inspeção Municipal SIM, por inciativa do Ministério Público Federal que reuniu no auditório do IFRN, várias entidades como: Idiarn, Emater, Secretaria de Educação, Fetarn, Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Conab e Colônia de Pescadores Z22 e RN Sustentável.

O procurador da República Marcos de Jesus recomendou aos 38 prefeitos da área de atuação da Procuradoria de Pau dos Ferros, que no prazo de 90 dias criem o serviço de inspeção municipal.

O procurador também deu prazo de 120 dias para que as Prefeituras promovam sua adesão ao Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa). Atualmente, apenas 11 das 38 cidades já aprovaram leis tratando do SIM, mas somente duas regulamentaram essa legislação, porém, nenhuma aderiu ao Suasa.
Sem o devido funcionamento do serviço de inspeção municipal, é certo que haverá o enfraquecimento da agricultura familiar na região, pois os agricultores não poderão vender seus produtos no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

Além disso, os municípios que não cumprirem as normas do PNAE serão retirados do programa e deixarão de receber recursos federais para alimentação escolar. Desta forma, o incentivo e o esforço para a regularização dos agricultores é fundamental para sustentabilidade do programa, tanto no âmbito dos agricultores, como no âmbito das escolas que poderão oferecer aos alunos alimentos mais seguros.

quinta-feira

Preparação para a 5ª Marcha das Margaridas – Agosto de 2015


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Mulheres de todo o Brasil, trabalhadoras do campo, da floresta e das águas, mulheres trabalhadoras das cidades, SEGUEM EM MARCHA! Com a nossa experiência, garra e criatividade, este é um ano de mobilização das mulheres em todos os municípios e estados do País para realizarmos a Marcha das Margaridas 2015.
Segundo a organização, a conjuntura que se desenha pós-eleições exige que as margaridas assumam a mesma postura que lhes exigiu coragem e ousadia para reconduzir Dilma Rousseff à Presidência da República, para que continuem afirmando-se como sujeitos de direitos e sujeitos políticos a fim de garantir reformas políticas capazes de proporcionar mudanças em estruturas históricas que ainda sustentam as desigualdades e a discriminação no Brasil.
Lutar para fazer o Brasil avançar no combate à pobreza, no enfrentamento à violência contra as mulheres, na defesa da soberania alimentar e nutricional e na construção de uma sociedade sem preconceitos de gênero, de cor, de raça e de etnia, sem homofobia e sem intolerância religiosa são bandeiras destas mulheres que seguem denunciando, reivindicando, propondo e negociando ações e políticas públicas, que contribuam na construção de um “Desenvolvimento Sustentável com Democracia, Justiça, Autonomia, Igualdade e Liberdade”.
A Marcha das Margaridas convida a todas as mulheres do campo, da floresta e das águas, todas as companheiras que queiram se juntar para integrar esta grande mobilização. Esta será a 5º Marcha das Margaridas, o que demonstra a necessidade de fazermos um forte monitoramento das conquistas de luta, identificando os desafios a serem enfrentados e fortalecendo a incidência em todos os níveis, do local ao nacional, a fim de que estas conquistas aconteçam na vida das mulheres. Na Marcha 2015 o debate da realidade, necessidades e anseios, nas comunidades e municípios, aprofundarão a reflexão sobre problemas enfrentados pelas mulheres. A expectativa é estabelecer e consolidar parcerias e, com capacidade organizativa, traduzir os problemas em propostas de mudanças para uma vida digna no campo e na floresta.
“Seguimos acreditando que a ousadia, a solidariedade e a criatividade da cada Margarida florescerão ainda mais fortes, jogando sementes férteis para mudar a vida de cada mulher trabalhadora do campo, da floresta e das águas. Em 2015, nós Margaridas de todos os cantos do país, vamos ocupar nossos municípios, capitais, e Brasília, acreditando que é possível construir um Brasil soberano, sustentável, mais democrático, justo e igualitário na cidade e no campo. Junte-se a nós! Mobilize outras mulheres! Venha fazer parte da luta das Margaridas!”
Fonte: Contag

Movimento da Barragem de Oiticica remarca data da plenária que avaliará a proposta do governo.

Movimento e Equipe do Governo, no final da plenária de ontem, 04 de fevereiro (Foto: José Bezerra)
Movimento e Equipe do Governo, (Foto: José Bezerra)



A plenária do Movimento dos Atingidos pelas obras da Barragem Oiticica, acertada para acontecer hoje, foi remarcada para a próxima terça-feira, 10 de fevereiro, às 19 horas, na Igreja de Barra de Santana. A mudança foi articulada depois do encerramento da plenária de ontem, em que o Governo apresentou a proposta de trabalho e agendamento de datas para firmar um termo de compromisso com o Movimento. Enquanto isso, as obras da barragem continuam paralisadas.
O documento do Governo será analisado ponto a ponta, inclusive as datas, no próximo dia 10, para só então os agricultores, proprietários e famílias da área da barragem se posicionarem. O principal questionamento do Movimento é em relação ao não recebimento das indenizações depositadas em Juízo. “Secretário, queremos o dinheiro no bolso. Nós ainda não recebemos nenhum centavos desses recursos depositados em Juízo. Quando vamos receber, alguém diz que não podemos receber, porque falta alguma coisa”, disseram os proprietários ao Secretário da SEAMARH, Mairton França, e ao Procurador Francisco Sales, depois de encerrada a plenária de ontem.
Diante desse argumento, o Secretário Mairton França e o Procurador Francisco Sales decidiram disponibilizar um advogado para ver caso a caso e identificar o que está impedindo os proprietários de receberem as indenizações dos processos já concluídos. O Procurador também entregou ao movimento uma relação com os nomes de todos os proprietários com processos de indenização concluídos.
Apesar do clima tenso entre os integrantes do Movimento e a equipe do Governo, no final da plenária, o diálogo entre as partes permanece aberto. O Bispo de Caicó, Dom Antônio Carlos, disse que a visita do Secretário da SEMARH, antes da plenária, e o encontro do Governador e equipe com os integrantes do movimento são sinais de possibilidade de diálogo. “Agora precisamos olhar com calma, ver o que o governo do Estado está dizendo, explicitamente. Nesse momento, com essa multidão, se sobressai a emoção. É preciso ver o que está sendo proposto para que a comunidade possa se posicionar”, afirmou Dom Antônio Carlos. Ele disse que nutre a esperança de que se chegará a um bom diálogo. “Porque, como já foi dito várias vezes, ninguém é contra a barragem. Mas o avanço das obras tem que ser proporcional ao avanço do diálogo com a comunidade e com os que serão atingidos pelas águas da barragem”, concluiu o Bispo de Caicó.
Fonte: Site do SEAPAC

Mulheres agricultoras de Apodi/RN trabalham com esforço e dedicação buscando melhorias de vida.




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Ater Mulheres e os trabalhos coletivos das mulheres de Rio Novo: Do pé de algaroba pra lá, sem parar de mexer.

As mulheres do campo, cada qual com suas histórias e trajetórias, trabalham com esforço e dedicação buscando melhorias de vida. Mulheres de Rio Novo, comunidade de Apodi, RN, unem forças e se organizam em trabalhos coletivos a fim de fortalecer a produção e garantir sua renda. Dois exemplos de grupos de mulheres nos mostram o quanto o trabalho coletivo pode favorecer a auto organização e a autonomia das mesmas.
A seguir, veremos que do pé de algaroba pra lá não se para de mexer, as experiências de mulheres de Rio Novo que e sua organização coletiva.

Do pé de algaroba pra lá…
Foi assim que Izabel, agricultora desde criança falou: “dali daquele pé de algaroba pra lá, é tudo trabalho nosso”. Izabel Lima de Oliveira, Maria Alves e Francisca Edileusa Melo, são vizinhas na comunidade de Rio Novo, Apodi, RN e com uma terra emprestada, resolveram plantar milho e batata doce para somar na renda familiar.

DSC00025Maria tem 51 anos, não casou e não tem filhos e hoje, além do trabalho com as vizinhas, cria galinhas e perus. Izabel começou a ajudar os pais no roçado aos dez anos e gosta do que faz. Edileusa, de 32, a mais jovem do grupo e com ensino médio completo, deixa de ser apenas dona de casa e afirma que: “a gente nunca teve coisa fácil. A rotina de ir pro cercado é pesada porque aumenta muito o trabalho da gente que duplicou porque temos que dar conta das coisas de casa também. Mas trabalhar e poder ajudar no lucro lá de casa é muito bom”.
As três amigas estavam trabalhando somente em casa quando decidiram fazer o cultivo de milho. Maria destaca que a participação na associação comunitária de Rio Novo e adjacentes e também em outros espaços de decisões foram essenciais para elas se mobilizarem para o trabalho coletivo e para facilitar o acesso às políticas públicas voltadas para elas.
Quando elas acessaram o projeto ATER Mulheres, seus projetos já estavam em suas cabeças: melhorar e aumentar a produção que já haviam começado. Com o projeto compraram luvas, canos, aspersores de irrigação e fizeram o planejamento de outros cultivos como a batata doce e já planejam acrescentar a macaxeira.

DSC00013Sobre o trabalho na agricultura Izabel diz que: “vendo as fotos das mulheres agricultoras que as meninas apresentavam nas reuniões do projeto, a gente ficava pensando: será que um dia a gente vai ser assim? Aí a gente vê isso tudo que a gente plantou e sente que tá dando certo e sonha o dia de colher”. Ao que Edileusa completa: “A gente quer mesmo é mostrar que somos agricultoras e que nós podemos fazer tudo isso e muito mais. Juntas ficamos ainda mais fortes e melhores”.
Fonte: http://centrofeminista.com/ 

Previsão do tempo para hoje (05).

No sul da BA e nordeste da região: sol e variação de nuvens. No norte do CE: possibilidade de pancadas de chuva à tarde. Nas demais áreas da região: muitas nuvens e pancadas de chuva localizadas. Temperatura estável. Temperatura máxima: 34C no norte do PI. Temperatura mínima: 18C no sul da BA.
Tendência: No nordeste da região: sol e poucas nuvens. No sul da BA: possibilidade de pancadas de chuva. Nas demais áreas da região: muitas nuvens e pancadas de chuva localizadas. Temperatura estável.
CPTEC-INPE


Fonte: Site CPTEC/INPE

Sementes crioulas X transgênicos: a agricultura familiar e o agronegócio nos próximos quatro anos

entrevista gabrielPor Débora Britto, do Centro Sabiá
Em 2014, o Brasil elegeu deputados e senadores que renderam ao Congresso Nacional o rótulo de “mais conservador” desde a redemocratização do país. A bancada ruralista na Câmara Federal reelegeu 64% de seus deputados e, no Senado, haverá pelo menos 21 parlamentares afinados com os interesses do setor do agronegócio brasileiro.
O cenário político nacional ainda amarga as nomeações para o Executivo federal, a exemplo do Ministério da Agricultura com a ex-senadora Kátia Abreu (PMDB), que surpreenderam as organizações e movimentos de defesa da Agricultura Familiar, da Agroecologia que apoiaram e tiveram papel decisivo no desfecho da campanha da presidenta Dilma Roussef (PT). Por outro lado, Patrus Ananias (PT) escolhido para assumir o Ministério de Desenvolvimento Agrário, já deu declarações que fazem frente à postura de Abreu.
O Centro Sabiá entrevistou Gabriel Fernandes, assessor técnico da AS-PTA - Agricultura Familiar e Agroecologia, sobre como este cenário apresenta desafios para o campo de valorização das sementes crioulas* em oposição ao combo agronegócio, indústria de transgênicos e agrotóxicos. Evitar retrocessos nas políticas já conquistadas, combater a instrumentalização de organizações da sociedade civil e acompanhar de perto a implementação de políticas são algumas estratégias.

quarta-feira

STTR de Apodi/RN sorteou duas motos zero quilômetro com seus sócios.



A Esposa de Françuá e Seu "Pedinho" - Ganhadores.
No sábado passado, dia 31 de Janeiro, o Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais de Apodi esteve realizando mais um sorteio para seus sócios e sócias que estão em dias de acordo com as normas estatutárias que rege a entidade.
No final da assembléia os sócios e sócias concorreram ao sorteio de duas motos Shineray Fire 150cc zero quilometro, que tiveram como ganhadores os associados Françuá da comunidade de Lagoa Rasa e seu “Pedinho” do Assentamento Milagres.

Notícias do Campo: escute o programa de rádio do STTR de Apodi/RN.



 
Se você quer se manter bem informado de tudo que acontece no meio rural do município de Apodi/RN e região escute todas as semanas o programa de rádio do STTR de Apodi/RN.

 
O programa Notícias do Campo vai ao ar todas as quartas feiras na rádio Vale do Apodi 1030 AM no horário das 11 horas até ao meio dia.  Já na Sexta feira o programa vai ao ar a partir do meio dia até as 13 horas na Lagoa FM 87,9.

Manejo da caatinga em Apodi se torna exemplo para o mundo.


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Foto: Programa Semear/Manuela Cavadas
Métodos de manejo da Caatinga contribuem para a convivência com o Semiárido.
Com o desafio de mudar a cultura do desmatamento e das queimadas na região, o Projeto de Assentamento Moaci Lucena, localizado no município do Apodi, Rio Grande do Norte, aposta no manejo da Caatinga. Quem conta é o agricultor familiar José Holanda de Morais, que integra a Associação de Produtores da comunidade. Para ele, “é importante deixar de desmatar para aprender a conviver dentro da mata” O primeiro passo, apontou, foi conhecer o Semiárido, principalmente, suas potencialidades. Só assim, conhecendo as singularidades da região, se tornou possível realizar o manejo da Caatinga. O motivo? “Ou a gente mudava, ou a gente ia ter a propriedade completamente desmatada, nua. Queremos criar nossos filhos e netos aqui, ver eles plantando com a gente”, diz.
O manejo da Caatinga é uma estratégia de convivência com Semiárido que, para ser bem sucedida, precisa seguir algumas recomendações. Entre elas, estão: preservação de até 400 árvores por hectare, ou o equivalente a 40% de cobertura arbórea, utilização máxima de 60% da forragem disponível e preservação da mata ciliar.
Manter uma cobertura arbórea em áreas de Caatinga contribui para preservar a biodiversidade da vegetação nativa; melhorar a absorção da água da chuva no solo, ajudando a evitar a erosão e as enxurradas; e, também,  para a produção de forragem, importante para a alimentação dos rebanhos.
Entre os métodos do manejo, José de Holanda destaca o raleamento e o rebaixamento. O primeiro é o apropriado à criação de bovino e ovinos e consiste  no controle seletivo de espécies lenhosas com a finalidade de reduzir o sombreamento e a densidade de árvores e arbustos indesejáveis e contribuir com o incremento da produção de fitomassa do estrato herbáceo. Uma dica é picotar os garranchos – parte dura do tronco – no local para que possam se decompor mais rápido. É preciso lembrar: sugere-se reduzir a densidade para um patamar acima de 400 plantas por hectare e conhecer as plantas nativas da região.
Assim como o raleamento, o rebaixamento também deve ocorrer durante a estiagem. Para rebaixar, a orientação é escolher espécies com alto valor forrageiro. Como resultado, a família agricultora poderá ter forragem e madeira que pode ser utilizada para diversos fins. A técnica é própria para a criação de caprinos em pastoreios ou combinado com ovinos e bovinos.
José de Holanda destaca que ter participado de um processo de capacitação, junto com outros agricultores, foi fundamental para que o Assentamento Moaci Lucena conseguisse investir na preservação da terra. “Tivemos o apoio do Dom Helder Camara com um acompanhamento técnico e nossa principal questão foi: como trazer o conhecimento técnico para cá, como aplicar?”, conta.
Para saber qual foi o resultado da experiência do Assentamento Moaci Lucena, você pode acessar o Banco de Saberes e Atores do Semiárido, disponibilizado no Portal Semear. São vídeos, imagens e sistematizações de experiências que contribuem para a convivência no Semiárido. Ou, se preferir, clique aqui e veja agora:
Sistematização Diversificação e beneficiamento da produção para conviver melhor com o Semiárido: as experiências dos assentamentos Moaci Lucena e Laje do Meio
Vídeo – Depoimento do agricultor José de Holanda
Para saber mais de manejo da Caatinga, é possível acessar e fazer o download da publicação Manejo Pastoril Sustentável da Caatinga, de João Ambrósio Filho. Clique aqui.











segunda-feira

STTR de Apodi/RN realiza mais uma grande Assembleia anual.



Por Agnaldo Fernandes
Fotos: Carmelo Fioraso 
No ultimo sábado (31) o Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais de Apodi/RN esteve realizando sua assembleia anual que sempre ocorre no primeiro mês do ano.
As atividades tiveram início logo às 7h30min. da manhã com um café compartilhado onde todos os presentes na assembleia tiveram a oportunidade de tomar café da manhã de forma coletiva, onde agricultores, representantes de pastas em governos e políticos compartilharam deste momento.
Continuando iniciou-se a assembleia anual do STTR de Apodi/RN, sendo aberta com um momento místico proporcionado pelos agricultores (as) de Apodi/RN, em seguida Edílson Neto (Presidente do STTR) deu as boas vindas a todos os presentes e falou da satisfação de ver o auditório do sindicato lotado. A assembleia contou com o lançamento do documentário que conta a história dos 50 anos de existência do STTR, intitulado de “Lutas, Conquistas e Desafios”.
A Assembleia contou ainda com a prestação de contas exercício 2014, onde foi apresento o balancete anual e os dados contábeis da instituição para assembleia, sendo a prestação de contas aprovada por unanimidade.
No final das atividades os sócios e sócias que estão em dias com as obrigações sindicais concorreram ao sorteio de duas motos zero quilometro ofertadas pelo STTR.
A Assembleia foi bastante prestigiada por representantes de governo, pelo movimento social e sindicalista e pela classe política.
A direção do STTR agradece a todos que se fizeram presentes na assembléia e avalia o momento como muito importante e significativo para a agricultura familiar de Apodi/RN.
A seguir mais fotos  da assembleia, veja:



Francina Mota recita versos de sua autoria.



Edílson Neto - Presidente do STTR

Dario Andrade - Delegacia do MDA

Cesar Oliveira - EMATER/RN

Vinicius - INCRA/RN

Flaviano Monteiro - Prefeito de Apodi/RN

Raimundo Costa - SEARA


Fernando Mineiro - Deputado PT/RN


José Rodrigues - CUT/RN


Manoel Candico - FETARN

Raimundo Canuto - FETRAF/RN

Romana Neta - MST

Mesa de Prestação de Contas


Aprovação da prestação de contas de forma unânime




Motos Sorteadas.