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Ufersa recebe intercâmbio do Mercosul de acesso às políticas públicas pelas mulheres rurais

Alimentos produzidos pela Rede Xique Xique |Foto: Reprodução do Facebook da Rede Xique Xique
Alimentos produzidos pela Rede Xique Xique
 |Foto: Reprodução do Facebook da Rede Xique Xique

Durante toda esta semana, de 25 a 30, representantes de Governo e de organizações da agricultura familiar de sete países do Mercosul estarão em solo brasileiro para conhecer experiências de acesso às políticas públicas pelas mulheres rurais. O local escolhido para o encontro, promovido pela Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar do Mercosul – REAF é a região Oeste do Rio Grande do Norte.
A Ufersa sediará a abertura do encontro, agendado para esta terça-feira, dia 26, às 8h, no auditório da Pró-reitoria de Extensão. O intercâmbio faz parte do II Programa de Fortalecimento de Políticas Públicas de Gênero para a Agricultura Familiar, Campesina e Indígena para América Latina e Caribe.
O objetivo é contribuir na promoção e no fortalecimento de políticas de apoio a organização produtiva, assistência técnica para mulheres, transição e produção agroecológica e convivência com o semiárido nos países do Mercosul.
De acordo com a encarregada de gênero da secretaria técnica da REAF, Caroline Molina, a região Oeste do Estado foi escolhida por ser um território emblemático no tema de luta por igualdade e organização das mulheres rurais e no acesso às políticas públicas. “Além de conhecer as experiências de outras mulheres e poder levá-las para suas realidades, as participantes dos outros países também vão contar suas histórias, em rodas de conversa, por exemplo. Serão momentos de troca”, explica.
O intercâmbio conta com apoio da Diretoria de Política para as Mulheres Rurais e Quilombolas – DPMRQ do Ministério do Desenvolvimento Agrário, que é o ponto focal do Grupo Temático (GT) de Gênero da REAF no Brasil. Para a coordenadora-geral de Organização Produtiva e Comercialização da DPMRQ/MDA, Michela Calaça, a iniciativa viabiliza a troca de ideias entre lideranças e governos – o que beneficia toda a sociedade. “Mulheres de diversos países poderão ver claramente, que quando o Estado faz a opção de ter políticas voltadas para as mulheres rurais, ele melhora a vida no campo e potencializa a produção de alimentos para todo o país”.

SUSTENTABILIDADE NA PRODUÇÃO –

No projeto de assentamento Monte Alegre I, em Upanema (RN), a mesma água que é utilizada em atividades domésticas é usada para cuidar da lavoura. A iniciativa garante água adequada para o cultivo agrícola no semiárido brasileiro, já que livra a água cinza – aquela que foi usada para enxaguar a roupa ou lavar a louça, por exemplo – de bactérias prejudiciais e conserva alguns nutrientes como fósforo e cálcio, adubando melhor a terra para a produção.
O projeto denominado ‘Água Viva: Mulheres e o redesenho da vida no semiárido do Rio Grande do Norte’, desenvolvido pelo Centro Feminista 08 de Março (CF8) em parceria com a Universidade Federal Rural do Semi-Árido é uma das experiências que serão conhecidas por representantes de governo e organizações da agricultura familiar durante o intercâmbio.
Para a engenheira agrônoma do CF8 e responsável pelo projeto, Ivi Aliana, o ‘Água Viva’ também ameniza o esforço das mulheres responsáveis por buscar água para abastecer o lar, contribui para o escoamento da produção e para o saneamento do quintal e garante mais segurança alimentar e renda para a família. “Quando as mulheres se sentem fortalecidas, se sentem capazes de criar, produzir e reinventar a vida”, finaliza.

SERVIÇO –


Abertura, dia 26, no Auditório da PROEC – UFERSA, às 8h.
Ocorrerá a abertura simbólica do projeto “Jetirana – Mulheres, Agroecologia e Direitos Humanos”, aprovado em 2015 e executado pela UFERSA em parceria com o CRDH Semiárido e o MDA.
Experiências visitadas: Rede Xique-Xique; Associação Comunitária de Rio Novo; Água Viva: Mulheres e o redesenho da vida no Semiárido do RN e Grossos – A luta das mulheres no mar.

Fonte: Site da UFERSA

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