sábado

Mensagem de Fim de Ano do Sindicato dos Trabalhadores/as Rurais de Apodi.



MENSAGEM DE FIM DE ANO DO STTR DE APODI
2012 foi um ano intenso de LUTA a favor da classe trabalhadora rural. Uma luta travada contra os absurdos provocados por um modelo de desenvolvimento que prega o acumulo de riquezas nas mãos de poucos, em detrimento da pobreza e miséria de muitos...
... Mas isto, principalmente, ao alvorecer de um novo ano, não deve nos desestimular. Ao contrário...
...Desistir não é opção. A militância, em defesa de um modelo de desenvolvimento efetivamente socialmente justo, economicamente inclusivo e ambientalmente responsável, são importantes para o nosso futuro comum, simplesmente porque teremos o futuro que fizermos por merecer.
Continuemos porque há muito que fazer.
A todos(as) nossos(as) Associados, amigos (as), colaboradores(as) e parceiros (as), expressamos os nossos votos de um 2013 repleto de Felicidade, Saúde e Realizações.
Um abraço fraterno da Direção do STTR de Apodi.

quinta-feira

Comunicado de recesso do STTR de Apodi/RN.



COMUNICADO
Prezados/as Agricultores/as associados ao Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Apodi/RN e sociedade apodiense, 
A Direção do STTR – Apodi/RN vem através deste comunicar que devido as festividades de Natal e Ano Novo estará acontecendo o recesso  de fim de ano da instituição.
Voltaremos às nossas atividades no dia 02 de janeiro de 2013, com o nosso horário normal de atendimento.
Na certeza de sermos compreendidos aproveitamos o momento para renovar os desejos de Boas Festas a todos e que venha um 2013 de muitas LUTAS!

sexta-feira

Resistência e solidariedade: somos todas Apodi!

Resistência e solidariedade: somos todas Apodi!
No dia 10 de dezembro, durante as 24 horas de ação feminista pelo mundo organizada pela Marcha Mundial das Mulheres, milhares de mulheres estiveram nas ruas de 33 países. No Brasil, o dia foi marcado pela luta, resistência e solidariedade às mulheres da chapada do Apodi, no Rio Grande do Norte. 
O lema foi a defesa da autonomia das mulheres e da soberania alimentar como parte da nossa luta por outro modelo de (re)produção e consumo, para o bem estar de todas e todos e em harmonia com a natureza.
Em 15 cidades de 10 estados pintamos as ruas de lilás, ecoamos nossas vozes ao som da batucada, para exigir que a terra em Apodi continue fortalecendo um projeto de mudança e rechaçamos o projeto de desapropriação dessas terras para serem entregues a cinco empresas do agronegócio.
 
A mobilização em Apodi
O ato em Apodi foi a principal atividade, no Brasil, das 24 horas de ação organizada pela MMM. Essa manifestação foi parte de um processo de luta - de mais de um ano - contra a desapropriação de uma área com cerca de 14 mil hectares (o equivalente a 14 mil campos de futebol) para a implementação de um projeto de fruticultura irrigada. Ali, habitam atualmente cerca de 800 famílias, divididas em cerca de 30 comunidades rurais. Esse projeto foi articulado pelo Ministério da Integração Nacional através do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), com investimentos provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e pretende transformar a região em um perímetro irrigado voltado para a produção de frutas por empresas do agronegócio. 
Para a Marcha Mundial das Mulheres esse projeto é inviável, já que dados do próprio governo mostram que há no Nordeste cerca 140 mil hectares de terras em perímetro irrigados ociosos, sem funcionamento. De fato, esse projeto quer transformar um território no qual predomina a agricultura familiar e camponesa, que produz alimentos saudáveis, em uma área dominada pelas transnacionais da produção de frutas para exportação, com utilização de agrotóxicos em grande escala. A consequência disso será a concentração das terras, da água e da biodiversidade, e transformação de partes destes camponeses e camponesas em mão de obra barata em trabalho precarizado, características do agronegócio brasileiro.
No dia 10 de dezembro, lá estavam cerca de três mil mulheres de vários municípios do Rio Grande do Norte: Apodi, Caraúbas, Upanema, Governador Dix-Sept Rosado, Olho D'água dos Borges, Felipe Guerra, Açu, Carnaubas, São Rafael, Pendências, Tibau, Baraúnas, Trairí, Seridó, Campo Grande, Mossoró,  Touros, de São Miguel do Gostoso e da capital do estado, Natal. Isso evidencia um amplo processo de organização estadual que garantiu a possibilidade dessa grande manifestação. Mas estavam também, entre outras, lideranças nacionais da MMM como Carmem Foro (secretaria nacional de mulheres da CONTAG), Rosane Silva (secretaria de Mulheres da CUT), Nalu Faria (Coordenação Nacional da MMM e da SOF).
A marcha foi organizada em alas de acordo com os eixos da Carta Mundial das Mulheres: Igualdade, Liberdade, Justiça, Paz e Solidariedade. A cada uma correspondia uma cor e um estandarte construído em mutirão, também parte do processo de auto-organização das mulheres. À frente das alas a batucada feminista entoando os gritos de luta e marcando o passo de todas as mulheres.
No centro da cidade, no seu principal cruzamento, se fez uma parada para o ato, no qual várias tomaram o microfone para expressar o posicionamento político da ação e marcar a disposição de seguir a luta até recuperar a soberania sobre seus territórios.
Na fala de Carmem Foro, se destaca a força da Marcha das Margaridas e afirma: “Este é o mesmo local onde o ex-presidente Lula anunciou em 2005 o conjunto de programas Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) Mulher e Pronaf Agricultura Familiar. Portanto, é uma contradição muito grande. É a expressão da disputa do modelo de produção agrícola. É outro programa contrapondo ao projeto de convivência com o semi-árido e de produções agroecológicas construído ao longo de vários anos pelas comunidades locais e reconhecido nacional e internacionalmente”. 
Rosane Silva, da CUT, destacou a importância dessa mobilização, o seu caráter nacional e que mulheres da cidade e do campo estão unidas. De acordo com a dirigente da CUT, após a Marcha das Margaridas realizada no ano passado, a presidente Dilma suspendeu a assinatura do projeto, mas essa suspensão foi logo revista: “Infelizmente, não temos um canal de diálogo aberto. Há toda uma preocupação, um empenho nacional em buscar este diálogo com o governo. Nossa esperança é que com este ato expressivo e sua repercussão o governo convoque uma conversa com os atores envolvidos. É um processo incansável de luta até que sejam respeitados os direitos da população local com a suspensão permanente do projeto”. 
Nalu Faria destacou a importância da organização internacional das mulheres para lutar contra o patriarcado e o capitalismo e ressaltou que “o que precisamos é ampliar a reforma agrária e nós sabemos que quando somos expulsas de nossas terras enfrentamos mais violência, prostituição e empregos precários. Aprendemos na prática a não separar nossas lutas e a luta por autonomia econômica segue junto com a luta por autonomia e soberania sobre nossos corpos, por uma vida sem violência e com direito a decidir sobre nossa sexualidade e nosso corpo”. 
Foi emocionante a fala de Kika, Francisca Antonia de Lima Carvalho, vice-presidente do sindicato de Apodi sobre a luta das mulheres da região, o avanço da produção agroecológica e o significado da terra e da convivência com o semiárido para a construção de um modelo que responda a necessidade de mulheres e homens do campo. O ato terminou com o depoimento da Ika, Francisca Helena de Paiva, liderança da agrovila Palmares, em Apodi, contando a ação cotidiana das mulheres ali na chapada e suas ações para resistir a esse projeto que elas chamam de contra reforma agrária e de projeto de morte.
Logo em seguida, a marcha seguiu até o sindicato e depois para a chapada onde foi colocada uma placa que diz: "A Chapada do Apodi é território da agricultura familiar e camponesa. Aqui, já fazemos desenvolvimento". O recado dado pela placa é um contraponto ao discurso do DNOCS que anuncia a chegada do desenvolvimento na cidade. No momento do hasteamento das bandeiras, que demarcou a reapropriação popular esse território - desapropriado pelo decreto federal - foi lido o estatuto das mulheres do Apodi. O documento determina que o Governo Federal deve considerar a chapada do Apodi como território da agricultura familiar camponesa, estabelece que a luta em defesa desse território é uma bandeira de todos aqueles e aquelas que defendem uma sociedade de igualdade. E que a Chapada continuará com sua beleza, com sua gente e com sua alegria. 
Por Conceição Dantas *
No dia 10 de dezembro, durante as 24 horas de ação feminista pelo mundo organizada pela Marcha Mundial das Mulheres, milhares de mulheres estiveram nas ruas de 33 países. No Brasil, o dia foi marcado pela luta, resistência e solidariedade às mulheres da chapada do Apodi, no Rio Grande do Norte. 
O lema foi a defesa da autonomia das mulheres e da soberania alimentar como parte da nossa luta por outro modelo de (re)produção e consumo, para o bem estar de todas e todos e em harmonia com a natureza.
Em 15 cidades de 10 estados pintamos as ruas de lilás, ecoamos nossas vozes ao som da batucada, para exigir que a terra em Apodi continue fortalecendo um projeto de mudança e rechaçamos o projeto de desapropriação dessas terras para serem entregues a cinco empresas do agronegócio.
A mobilização em Apodi
O ato em Apodi foi a principal atividade, no Brasil, das 24 horas de ação organizada pela MMM. Essa manifestação foi parte de um processo de luta - de mais de um ano - contra a desapropriação de uma área com cerca de 14 mil hectares (o equivalente a 14 mil campos de futebol) para a implementação de um projeto de fruticultura irrigada. Ali, habitam atualmente cerca de 800 famílias, divididas em cerca de 30 comunidades rurais. Esse projeto foi articulado pelo Ministério da Integração Nacional através do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), com investimentos provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e pretende transformar a região em um perímetro irrigado voltado para a produção de frutas por empresas do agronegócio. 
Para a Marcha Mundial das Mulheres esse projeto é inviável, já que dados do próprio governo mostram que há no Nordeste cerca 140 mil hectares de terras em perímetro irrigados ociosos, sem funcionamento. De fato, esse projeto quer transformar um território no qual predomina a agricultura familiar e camponesa, que produz alimentos saudáveis, em uma área dominada pelas transnacionais da produção de frutas para exportação, com utilização de agrotóxicos em grande escala. A consequência disso será a concentração das terras, da água e da biodiversidade, e transformação de partes destes camponeses e camponesas em mão de obra barata em trabalho precarizado, características do agronegócio brasileiro.
No dia 10 de dezembro, lá estavam cerca de três mil mulheres de vários municípios do Rio Grande do Norte: Apodi, Caraúbas, Upanema, Governador Dix-Sept Rosado, Olho D'água dos Borges, Felipe Guerra, Açu, Carnaubas, São Rafael, Pendências, Tibau, Baraúnas, Trairí, Seridó, Campo Grande, Mossoró,  Touros, de São Miguel do Gostoso e da capital do estado, Natal. Isso evidencia um amplo processo de organização estadual que garantiu a possibilidade dessa grande manifestação. Mas estavam também, entre outras, lideranças nacionais da MMM como Carmem Foro (secretaria nacional de mulheres da CONTAG), Rosane Silva (secretaria de Mulheres da CUT), Nalu Faria (Coordenação Nacional da MMM e da SOF).
A marcha foi organizada em alas de acordo com os eixos da Carta Mundial das Mulheres: Igualdade, Liberdade, Justiça, Paz e Solidariedade. A cada uma correspondia uma cor e um estandarte construído em mutirão, também parte do processo de auto-organização das mulheres. À frente das alas a batucada feminista entoando os gritos de luta e marcando o passo de todas as mulheres.
No centro da cidade, no seu principal cruzamento, se fez uma parada para o ato, no qual várias tomaram o microfone para expressar o posicionamento político da ação e marcar a disposição de seguir a luta até recuperar a soberania sobre seus territórios.
Na fala de Carmem Foro, se destaca a força da Marcha das Margaridas e afirma: “Este é o mesmo local onde o ex-presidente Lula anunciou em 2005 o conjunto de programas Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) Mulher e Pronaf Agricultura Familiar. Portanto, é uma contradição muito grande. É a expressão da disputa do modelo de produção agrícola. É outro programa contrapondo ao projeto de convivência com o semi-árido e de produções agroecológicas construído ao longo de vários anos pelas comunidades locais e reconhecido nacional e internacionalmente”. 
Rosane Silva, da CUT, destacou a importância dessa mobilização, o seu caráter nacional e que mulheres da cidade e do campo estão unidas. De acordo com a dirigente da CUT, após a Marcha das Margaridas realizada no ano passado, a presidente Dilma suspendeu a assinatura do projeto, mas essa suspensão foi logo revista: “Infelizmente, não temos um canal de diálogo aberto. Há toda uma preocupação, um empenho nacional em buscar este diálogo com o governo. Nossa esperança é que com este ato expressivo e sua repercussão o governo convoque uma conversa com os atores envolvidos. É um processo incansável de luta até que sejam respeitados os direitos da população local com a suspensão permanente do projeto”. 
Nalu Faria destacou a importância da organização internacional das mulheres para lutar contra o patriarcado e o capitalismo e ressaltou que “o que precisamos é ampliar a reforma agrária e nós sabemos que quando somos expulsas de nossas terras enfrentamos mais violência, prostituição e empregos precários. Aprendemos na prática a não separar nossas lutas e a luta por autonomia econômica segue junto com a luta por autonomia e soberania sobre nossos corpos, por uma vida sem violência e com direito a decidir sobre nossa sexualidade e nosso corpo”. 
Foi emocionante a fala de Kika, Francisca Antonia de Lima Carvalho, vice-presidente do sindicato de Apodi sobre a luta das mulheres da região, o avanço da produção agroecológica e o significado da terra e da convivência com o semiárido para a construção de um modelo que responda a necessidade de mulheres e homens do campo. O ato terminou com o depoimento da Ika, Francisca Helena de Paiva, liderança da agrovila Palmares, em Apodi, contando a ação cotidiana das mulheres ali na chapada e suas ações para resistir a esse projeto que elas chamam de contra reforma agrária e de projeto de morte.
Logo em seguida, a marcha seguiu até o sindicato e depois para a chapada onde foi colocada uma placa que diz: "A Chapada do Apodi é território da agricultura familiar e camponesa. Aqui, já fazemos desenvolvimento". O recado dado pela placa é um contraponto ao discurso do DNOCS que anuncia a chegada do desenvolvimento na cidade. No momento do hasteamento das bandeiras, que demarcou a reapropriação popular esse território - desapropriado pelo decreto federal - foi lido o estatuto das mulheres do Apodi. O documento determina que o Governo Federal deve considerar a chapada do Apodi como território da agricultura familiar camponesa, estabelece que a luta em defesa desse território é uma bandeira de todos aqueles e aquelas que defendem uma sociedade de igualdade. E que a Chapada continuará com sua beleza, com sua gente e com sua alegria. 
* Conceição Dantas é coordenadora do CF8 (Centro Feminista 8 de Março) e da Coordenação Nacional da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil.

quinta-feira

Nota de Esclarecimento de Akilina Márcia em relação a fundação da Cooperativa dos Irrigantes da Chapada do Apodi – COOICAP.



Sábado, 15 de Dezembro de 2012 ás 9:00 h, eu, Akelina Márcia Bezerra de Morais participei de uma reunião na sede da ADESER. No local, fui convidada a fazer parte da Diretoria Executiva da Cooperativa dos Irrigantes da Chapada do Apodi – COOICAP.  Porém, equivoque-me em aceitar o convite. Pois, não tinha total conhecimento do real objetivo da mesma. Na oportunidade havia entendido que esta era uma instituição que poderia oferecer oportunidade a jovens técnicos filhos (as) de agricultores recém-formados e com vontade de trabalhar com agricultura familiar no campo da agroecologia.




Após pesquisar, de fato, o real objetivo com o qual a instituição está sendo fundada e sua linha de atuação, constatei que desconhecia muitas informações e que estas contradizem e muito a discussão realizada no ato da reunião do dia 15/12.




Diante desse fato, não posso e não quero fazer parte de uma instituição que se inicia de uma discussão contraditória ao meu modo de vida e minha linha de atuação profissional, pois, sou filha de agricultor e agricultora familiar e também me considero agricultora. Tive uma oportunidade de estudar em uma instituição Federal e atualmente me sinto orgulhosa em dizer que sou Técnica em Zootecnia, mas, nunca esquecerei as minhas origens e não poderia traí-las.




Meus princípios profissionais, minha linha de atuação como técnica é orientar e apoiar um modelo de Agricultura Familiar Agroecologica e Camponesa, trabalhando de forma orgânica, buscando sempre o bem estar Humano, Social, Animal e Ambiental, proporcionando autonomia e liberdade de escolha ao homem e mulher do campo. 
Texto: Enviado por Akelina Marcia

sexta-feira

Aqui, Somos todas Apodi!

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Aqui, Somos todas Apodi!
Dia 10 de dezembro, nas 24 horas de ação feminista pelo mundo organizadas pela Marcha Mundial das Mulheres, milhares de mulheres estiveram nas ruas de 33 países. No Brasil, o dia foi marcado pela luta, resistência e solidariedade às mulheres da chapada do Apodi, no Rio Grande do Norte.
O lema foi à defesa da autonomia das mulheres e da soberania alimentar com parte da nossa luta por outro modelo de produção e consumo para o bem estar de todas e todos em harmonia com a natureza.
Em 15 cidades de 10 estados pintamos as ruas de lilás, ecoamos nossas vozes ao som da batucada para exigir que a terra em Apodi continue fortalecendo um projeto de mudança e rechaçamos o projeto de desapropriação dessas terras para serem entregues a 5 empresas do agronegócio.
Em Apodi (RN), cerca de 3 mil pessoas, em sua maioria mulheres de Apodi, Caraúbas, Upanema, Governador Dix-Sept Rosado, Olho D'água dos Borges, Felipe Guerra, Açu, Carnaubas, São Rafael, Pendências, Tibau, Baraúnas, Trairí, Seridó, Campo Grande, Mossoró, Natal, São Miguel do Gostoso e Touros, tomaram as ruas do município de Apodi, no Rio Grande do Norte, para afirmar que lá já existe desenvolvimento com a agroecologia e que não precisam do veneno do agronegócio proposto pelo Projeto de Irrigação Santa Cruz do Apodi, conhecido como “projeto da morte”.
Um grito de denúncia ecoado pelas centenas de famílias, na iminência de serem expulsas de suas terras e terem sua história apagada, em conjunto com a população local e representações políticas nacionais da CUT, Contag, Marcha Mundial das Mulheres e de outros movimentos sociais.
Lá na Chapada nossas bandeiras foram erguidas e colocamos uma placa que diz:"A Chapada do Apodi é território da agricultura familiar e camponesa. Aqui, já fazemos desenvolvimento"
De Quixadá (CE), cerca de 350 mulheres de Quixadá, Quixeramobim, Fortaleza em conjunto com o MST e CUT realizaram um ato estadual nas 24 horas de ação feminista. Animada ao som de palavras de ordem a caminhada percorreu o centro de Quixadá e terminou na Praça central, onde foi feita uma grande ciranda com falas de organizações e depoimentos, após um almoço coletivo.
Em São Paulo (SP) as militantes da Marcha ficaram na Praça Ramos das 11h30 as 13h. O ato foi regado à criatividade e irreverência. De pratos vazios nas mãos as mulheres denunciavam a pobreza gerada pela concentração de terra do agro e hidronegócio. Foram distribuídos saches de mel simbolizando a agricultura familiar, a alimentação saudável.
Em Araras, também em São Paulo, as mulheres se reuniram para prestar sua solidariedade às mulheres de Apodi, debatendo e entendendo melhor a ação o agronegócio na vida das mulheres.
Na cidade de Osasco, o Cortejo das Mulheres que percorreu as ruas do centro da cidade denunciando a violação dos direitos humanos e a necessidade urgente de combater a violência contra a mulher. As mulheres denunciaram que a ação do agronegócio aumenta a violência e a exploração sobre as mulheres..
Em Curitiba (PR) o ato contou com militantes sindicais e feministas da Marcha Mundial das Mulheres e da CUT. A denuncia do projeto do agronegócio que prevê a desapropriação de 13 mil hectares em Apodi-RN, com expulsão de mais de 150 famílias produtoras de alimentos livres de agrotóxicos foi o eixo central da atividade. O ato também apoiou a causa palestina que vive uma situação grave de roubo de sua água pelo estado de Israel.
Em São João Del Rei (MG) das 12h às 13h foi realizado uma oficina de estêncil e panfletagem com as Mulheres do Coletivo Carcará da MMM e Levante Popular da Juventude. Somos todas APODI!

No Rio de Janeiro (RJ) o Largo da Carioca ficou mais lilás, junto com as companheiras da MMM e o MST - que realizam a Feira Estadual da Reforma Agrária. Elas manifestaram o repúdio ao agronegócio e a nossa solidariedade feminista às companheiras de Apodi.

Em Araguaina (TO), as meninas do Coletivo Olga Benário fizeram um grafite na Universidade Federal do Tocantins e panfletagem dizendo SOMOS TODAS APODI!

Em Recife (PE) as mulheres da MMM foram pelas ruas, panfletando e manifestando porque somos contra o agronegócio.
Em Brasília (DF), além da panfletagem, a MMM colocou uma faixa em frente ao palácio do planalto, dizendo: "Presidenta Dilma! Contra o perímetro irrigado e contra o agronegócio, por soberania alimentar e autonomia para as mulheres: Aqui, Somos todas Apodi!
Em Porto Alegre (RS), com o grito “Privatizar é a gota d'água”, as gurias estiveram no centro da cidade denunciando o agronegócio desde Apodi e as ações nefastas do capital sobre a vida das mulheres, sobre a natureza em ataques constantes a nossa soberania a autodeterminação dos povos. A denúncia em torno do tema da privatização da água e da natureza no Estado além da situação da Palestina, onde a empresa Mekorot tem deixado as mulheres sem água “As mulheres resistem contra o agronegócio”.
Em Esteio e Caxias do Sul, também nos pampas as ações seguiream no mesmo tom. Um apitaço e falas tipo "boca no trombone" onde várias companheiras pegavam o megafone para denunciar a mercantilização da natureza e dos bens comuns, além da situação que ocorre em Apodi.
Em Santa Cruz do Sul, também no Rio Grande do Sul, as ativistas da Marcha Mundial das Mulheres e do Fórum em Defesa da água pública, ocuparam o espaço na Rádio Comunitária das 12h às 13h em solidariedade com todas as Mulheres do Mundo que se uniram durante uma hora para denunciar todos os tipos de violação contra os Direitos das Mulheres. O programa foi dedicado às questões feministas dando destaque especial a Apodi - “Somos solidárias às mulheres de Apodi, que resistem ao agro e hidronegócio” e “Estamos em marcha até que todas sejamos livres! Livres do agronegócio! Livres do hidronegócio! Aqui, Somos todas Apodi!”
Na luta pelo direito das mulheres de Apodi continuarem em suas terras expressamos nossa convicção de que é nossa força organizada que garantirá as mudanças necessárias para o fim do patriarcado, do capitalismo e de todas as formas de opressão e discriminação. Quando somos expulsas de nossas terras enfrentamos mais violência, prostituição, empregos precários.
Nessa luta pelo direito a terra e por autonomia econômica não separamos nossa luta por autonomia e soberania sobre nossos corpos, por uma vida sem violência e com direito a decidir sobre nossa sexualidade e nosso corpo. Assim como nos fortalece ser parte de um movimento mundial, nossa solidariedade se fortalece a cada dia.
No dia 10, Apodi esteve em vários países assim como aqui expressamos nossa solidariedade as mulheres de todos os continentes e nossos laços se tornaram mais fortes quando pudemos mais uma vez por nossa organização ter o mundo em mobilização por 24 horas, porque em todos os continentes, ao meio dia mulheres da Marcha Mundial das Mulheres estiveram nas ruas construindo uma ação comum.
Seguiremos em marcha, até que todas sejamos livres do agronegócio, do machismo e do capitalismo!
Marcha Mundial das Mulheres

Apodic A Ayx Ag.Jpg Medium
Foto da Ação em Apodi.
Apodi.Jpg Medium
Foto da Ação em Apodi.
Apodic A Afk E7.Jpg Medium
Foto da Ação em Apodi.
24hs Chapada Apodi (2)
Foto da Ação em Apodi.
Ceara C3? (3)
Foto da Ação no Ceará.
Sao Paulo Brasil 20121210 1533725412
Foto da Ação em São Paulo.
24hs Brasilia002
Foto da Ação em Brasília.
Ceara Brasil 20121210 1814230054
Foto da Ação no Ceará.
Rio Brazil 20121210 1215500420
Foto da Ação no Rio de Janeiro.
Porto Alegre Brasil 20121210 1410685361
Foto da Ação em Porto Alegre.
Sant Cruz Do Sul Rs Brasil 20121210 1159990465
Foto da Ação em Santa Cruz do Sul (RS).
Tocantins Brasil 20121210 1772871606
Foto da Ação em Tocantins.
Araras Brazil 20121210 1826214998
Foto da Ação em Araras (SP).