quarta-feira

Em reunião bastante produtiva agricultores/as de Apodi/RN esquematizam plano de LUTAS para 2015.

Na manhã de hoje (11) várias representações de associações comunitárias e áreas de assentamentos do município de Apodi estiveram participando da reunião mensal do Fórum da Agricultura Familiar de Apodi (FOAFAP), na oportunidade foi elaborado o planejamento anual do fórum, onde os presidentes de associações e lideranças comunitárias debateram sobre estratégias para o enfrentamento de problemáticas que dificultam a vida do camponês.

Grupo de Trabalhos - Elaboração de Demandas
O fórum conta com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais de Apodi, onde auxilia na coordenação do espaço de debate proporcionando momentos de construção coletiva, para Edílson Neto (presidente do STTR) “o momento é oportuno para traçarmos metas e buscar o diálogo com órgãos que são responsáveis de solucionar nossos problemas, se as instituições competentes não se abrirem ao diálogo e não demonstrarem interesse em resolver os problemas que nos aflige, aí teremos que partir pra ações mais concretas” finalizou. 

O momento de planejamento foi assessorado pelo Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (SEAPAC) núcleo de Mossoró, através do Agrônomo Fabrício Edino, que também explanou um diagnóstico recém elaborado sobre a realidade do associativismo no município de Apodi.

Outras entidades que atuam em assessoria ao homem e a mulher do campo apodiense também se fizeram presentes, como o Centro Terra Viva e a COOPERVIDA. 

A reunião ainda contou com a presença dos vereadores Genivan Varela e Soneth Ferreira e a equipe que coordena a secretaria de agricultura do município.
Por Agnaldo Fernandes

Confira a baixo fotos do planejamento realizado hoje pela manhã:
Grupo do Vale - Elaborando demandas da região

Grupo da Pedra - Elaborando demandas da região

Grupo da Areia - Elaborando demandas da região

Grupo da Chapada - Elaborando demandas da região

Planejamento do Fórum da Agricultura Familiar de Apodi acontece hoje.

Fórum das Associações do Apodi (foto cedida)
Fórum das Associações do Apodi (foto cedida)

Seapac assessora planejamento do Fórum de Associações do Apodi/RN. 

O Fórum das Associações do Apodi está reunido hoje, 11 de fevereiro, na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Apodi, para fazer o planejamento das atividades de 2015. Estão participando representantes de aproximadamente 40 associações da sociedade civil daquele território.

O planejamento está contando com a assessoria do Agrônomo Fabrício Edino, do Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (SEAPAC), núcleo de Mossoró. O planejamento se estende por todo o dia de hoje.

Fonte: http://seapac.org.br/

terça-feira

Fórum da Agricultura Familiar de Apodi debaterá plano de lutas nesta quarta feira (11).

Assembléia de Janeiro de 2015 do FOAFAP
Amanhã (11) pela manhã estará acontecendo à assembléia mensal do fórum da agricultura familiar de Apodi (FOAFAP), como de costume a reunião ocorrerá no auditório do Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais de Apodi.

Na oportunidade os presidentes de associações irão pautar um plano de ação para que seja executado em 2015, a idéia é que surjam várias pautas e proposta de enfrentamento no sentido de gerar mobilização para pressionar as autoridades responsáveis pela execução de política e programas voltados para a agricultura familiar. Segundo a coordenação do fórum, “essa é uma demanda que as comunidades vinham sendo citadas nas reuniões anteriores, e agora é o momento de organizar e partir para o plano de ação”, afirmou José Holanda (coordenador do fórum).

A reunião do fórum é contemplada por dezenas de presidentes de associações comunitárias e áreas de assentamentos de Apodi, assim como é prestigiada por vários movimentos e representações que atuam no campo, já que a reunião é um fórum de debates aberto a todos os públicos interessados.

Por: Agnaldo Fernandes 

segunda-feira

"Projeto da Morte" atrasa pagamento a trabalhadores.



Apesar da grande maioria da classe política defender o projeto de Irrigação da Chapada do Apodi como sendo a redenção do município, os fatos tem demonstrado que para os trabalhadores que estão contratados nos serviços do de tal projeto a vida não tem sido fácil. De volta e meia os trabalhadores tem seus salários atrasados e de uma forma justa os mesmo tem “cruzados os braços” diante do não pagamento de seus salários.
Foto extraída da rede social - do Blogueiro Josemario.

Na manhã de hoje o blogueiro e repórter do município de Apodi/RN, Josemário Alves, publicou em sua rede social que os trabalhadores do das obras do perímetro pararam devido o atraso salarial provocado pela empresa EIT.
PROVOCAÇÃO: Por que os políticos defensores do Projeto de Irrigação da Chapada do Apodi não fazem se quer um pronunciamento em defesa dos trabalhadores que tiveram seus salários atrasado?
Por: Agnaldo Fernandes  

A crise é hídrica, não energética.

 crise hidricaPor Roberto Malvezzi (Gogó),
Desde o apagão de 2002 no governo Fernando Henrique, ficou provado que o sistema brasileiro de geração de energia a partir da água não se sustenta mais. Modificamos o regime das chuvas, os volumes de água reservados estão sujeitos a estiagens mais prolongadas e mais constantes todos os anos. Tanto é que o nível de 85% dos reservatórios brasileiros em janeiro de 2015 é considerado mais baixo que o do apagão de 2002. Não é por acaso que temos problemas de abastecimento de água até para consumo humano e industrial, quanto mais para gerar energia.

O Brasil insiste em construir hidrelétricas para resolver seus problemas de energia. Hoje o cidadão comum tem claro que quem impõe a agenda de obras no Brasil são as empreiteiras. Elas financiam as eleições e depois recebem o cêntuplo com os investimentos em grandes obras. As hidrelétricas estão entre as maiores obras desse país.
Nosso desafio não é construir mais barragens, mas ter água para locupleta-las. Na data que escrevo esse texto o nível dos reservatórios está em média nacional girando em 20%. Portanto, há uma ociosidade (déficit) de 80%. Com 50% dessa capacidade locupletada o governo e empresas do ramo estariam rindo à toa. Portanto, não é mais uma Belo Monte, uma Teles Pires, ou outra barragem qualquer que vai resolver esse desafio. Nosso problema fundamental está nas águas, não na capacidade instalada dos reservatórios.
Quem quiser a prova é só visitar a barragem de Xingó, no Baixo São Francisco. Na parede da barragem está a infraestrutura para se instalar 11 turbinas, mas só seis estão instaladas. Quando se pergunta aos técnicos porque não instalar as demais, ao contrário de construir novas barragens, a resposta é simples: não temos água para acionar onze turbinas.
Certas reportagens insistem que se outras obras estivessem feitas – Belo Monte, Teles Pires, etc. –, nós não estaríamos passando pelo problema da crise energética, originada pela crise hídrica. Portanto, para esse setor midiático, é no atraso das obras, na dificuldade dos licenciamentos ambientais, na inoperância das empreiteiras que reside o problema.
O fato é que, se hoje temos 22% de nossa matriz energética baseada nas termoelétricas, é simplesmente porque nossas hidrelétricas já não são mais capazes de garantir a energia que esse modelo de desenvolvimento demanda. Portanto, vamos construir todas as hidrelétricas da Amazônia, vamos devastar nossos últimos rios, vamos remover nossas populações, mas vamos ter que construir novas termoelétricas para garantir energia, cada vez mais cara – cortamos o consumo e a conta do mês só aumenta -, cada vez mais escassa.
A crise hídrica tem consequências para o abastecimento humano, a dessedentação dos animais (vide Nordeste e região do Rio de Janeiro), indústria, agricultura, a geração de energia e todos os múltiplos usos da água. Será que nem por amor à galinha dos ovos de ouro somos capazes de rever os rumos predadores de nossa civilização?
Enquanto isso o sol do Nordeste brilha doze horas por dia e os ventos sopram forte na costa e no sertão nordestino.  
(*) Artigo publicado originalmente na página da Comissão Pastoral da Terra (CPT).