sábado

ABSURDO: Soja usa 5 milhões de litros de agrotóxico e chega ao leite materno em MT

O município de Lucas do Rio Verde, localizado ao norte do Estado,  é caracterizado como segundo maior produtor de grãos do Estado. Em 2009 cultivou 410 mil hectares de soja e milho.Para isso,  utilizou nada mais nada menos que cerca de 5 milhões de litros de agrotóxicos. Bom para a indústria, bom para os negócios, péssimo para a saúde da população. Principalmente de mães, cujos filhos estão em idade de amamentação. Uma pesquisa revelou a presença de agrotóxico no leite materno das gestantes que residem no município. Isso mesmo: agrotóxico no leite materno.
“Após a aplicação, parte desses produtos atinge a peste alvo, enquanto que o restante pode ser disperso no ambiente e acumular-se no organismo humano” – explica Danielly Cristina de Andrade Palma, mestranda em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso. Nas amostras de leite coletadas de 62 nutrizes, foram encontradas pelo menos um tipo de agrotóxico. A coleta foi feita entre a 3ª e a 8ª semana após o parto. Entre as variáveis estudadas, ter tido aborto foi uma variável que se manteve associada à presença de três agrotóxicos.
O estudo é uma alerta para os moradores da região, pois os resultados podem ser oriundos da exposição ocupacional, ambiental, alimentar do processo produtivo da agricultura que expôs a população a 114,37 litros de agrotóxicos por habitante na safra agrícola de 2009/2010..
“Por suas características fisiológicas e vulnerabilidade à exposição a agentes químicos presentes no ambiente, este leite ao ser consumido pelos recém-nascidos pode provocar agravos à saúde” – diz a pesquisadora.
De acordo com o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Lucas do Rio Verde, Edu Pascosk, o que aconteceu no município foi um fato esporádico que ocorreu devido a uma pulverização de uma aeronave que passou dentro do perímetro urbano. “todas as providências já foram tomadas e os agricultores estão seguindo normalmente a legislação federal”, informou.
O município é considerado o segundo maior produtor de grãos do Estado. E para o agronegócio, o lucro pode estar acima da vida. Diante dos fatos, parece que o mesmo governo que faz campanhas para incentivar as mulheres a amamentar, financia o agronegócio que produz a comida envenenada, contaminando o leite da maioria das mães.
Thais Tomie
Redação 24 Horas News

Fonte: Blog do Luis Nassif
Enviada por: Antonio Nilton Bezerra Júnior
- Ass. Social da CPT/RN.

CONVITE: Assembléia da CREDIOESTE SOL

A CREDIOESTE SOL – Cooperativa de Crédito Solidário da Agricultura Familiar do Oeste Potiguar, Convida todos (as) seus  Associados (as) para participação de nossa Assembléia Geral Ordinária/Anual, que acontecerá dia 25 de Março/2011, as 09:00hs no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Apodi/RN.
Segundo Raimundo Canuto (Presidente da CREDIOSTE) estarão reunindos neste evento cerca de 250 agricultores familiares e esperamos, portanto contar com vossa honrosa presença para agricultura familiar do Oeste Potiguar.

Atenciosamente,

RAIMUNDO CANUTO DE BRITO
Presidente da CREDIOESTE SOL

sexta-feira

PENSE: Mudar o mundo

Comece mudando a si mesmo. Ninguém muda o mundo se não consegue mudar a si mesmo ...
Cuide da Saúde do Planeta. Não desperdice água, não jogue lixo no lugar errado, não maltrate os animais ou desmate as árvores. Por mais que você não queira, se nascemos no mesmo planeta, compartilhamos com ele os mesmos efeitos e conseqüências de sua exploração ...
Seja responsável: não culpe os outros pelos seus problemas, não seja oportunista, não seja vingativo. Quem tem um pouquinho de bom senso percebe que podemos viver em harmonia, respeitando direitos e deveres ...
Acredite em um mundo melhor. Coragem, Honestidade, Sinceridade, Fé, Esperança são virtudes gratuitas que dependem de seu esforço e comprometimento com sua Honra e Caráter. Não espere recompensas por estas virtudes, tenha-as por consciência de seu papel neste processo ...
Tenha Humildade, faça o Bem, trabalhe. Não tenha medo de errar, com humildade se aprende, fazer o bem atrairá o bem para você mesmo e trabalhando valorizarás o suor de teu esforço para alcançar seus objetivos...
Busque a Verdade, a Perfeição, uma posição realista frente aos obstáculos, uma atitude positiva diante da vida...
Defenda, participe, integre-se à luta pacífica pela Justiça, Paz e Amor. Um mundo justo é pacífico, e onde há paz pode-se estar preparado para viver um grande Amor ...

Autor: RODRIGO BENTES DINIZ

Venenos da terra à mesa

Produtos químicos altamente danosos à saúde estão sendo aplicados em grandes quantidades até nas lavouras de agricultura familiar em Pernambuco. Sem saber, muitas pessoas consomem alimentos contaminados que podem causar problemas graves no sistema nervoso e na regulação hormonal, além de dores de cabeça, depressão, câncer e má-formação embrionária. Além disso, os solos encharcados de veneno logo estão imprestáveis para o cultivo.

Produtos como endosulfan, acefato e metamidofós, banidos em mais de trinta países, são livremente comercializados no Brasil. Cerca de dez produtos proscritos na União Europeia (UE), nos Estados Unidos, na China e até no Paraguai ganham saída em nossas lavouras. São gastos todo ano no País cerca de US$ 6 bilhões com agrotóxicos, o que nos faz o maior consumidor mundial de tais substâncias. Para se ter uma ideia da dimensão desse mercado, a mais nova fábrica de defensores agrícolas, que está sendo inaugurada em Uberaba (MG), irá produzir 100 milhões de litros de defensivos agrícolas anualmente. O tamanho do mercado nacional acarreta pressões políticas no Congresso, contra as proibições e pela liberação de produtos sem vez no mercado internacional. O lóbi dos ruralistas não para de atuar em defesa dos agrotóxicos, que seriam responsáveis pela força do agronegócio brasileiro.

De fato, os defensivos agrícolas são como remédios usados para combater pragas e doenças nas plantações, conferindo segurança ao agronegócio e garantindo o abastecimento alimentar das cidades. Mas esses remédios precisam ter estrito controle do poder público, justamente porque são aplicados em larga escala, e seus efeitos colaterais podem atingir milhares de pessoas. Como demonstrou a reportagem do JC no último dia 22, a venda e o uso de agrotóxicos são práticas comuns no interior do Estado. Em Vitória de Santo Antão, pedaços de terra de até dois hectares, a poucos metros da BR-232, têm plantações de alface, coentro e cebolinha cheias de veneno. Os pequenos agricultores de Natuba têm noção do risco que correm, mas desconsideram o risco que passam para os outros. Embalagens com resíduos das substâncias são descartadas em locais próximos da lavagem de alfaces colhidas que são encaminhadas para a venda. O descumprimento das regras é a regra na agricultura de pequeno porte no Estado. A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), encontrou, em 2009, a presença dos três agrotóxicos citados em diversos produtos, como pimentão, repolho, alface e tomate, oriundos de Vitória de Santo Antão, Gravatá, Agrestina, Sairé, São Joaquim do Monte, Petrolândia, Salgueiro, Iguaraci e Camocim de São Félix. Mas de um terço dos hortifrútis examinados pela Vigilância Sanitária estavam contaminados em concentrações de risco para a saúde dos consumidores.

O problema é sério e atinge outros Estados do Nordeste. No Ceará, como relatou edição recente da revista Carta Capital, o aquífero Jandaíra está ameaçado, e a água de poços artesianos e das torneiras apresenta índices de contaminação, de acordo com pesquisa feita pela Universidade Federal do Ceará na Chapada do Apodi. Segundo a médica e professora Raquel Rigotto, coordenadora do estudo, dos 7 milhões de casos de intoxicação e das 70 mil mortes que ocorrem no mundo todo ano em decorrência do uso de defensores agrícolas, a maior parte se dá nos países em desenvolvimento, onde a legislação e a fiscalização são mais frouxas.

A Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária (Adagro) garante que os produtos comercializados nos supermercados e nas feiras orgânicas são de procedência segura. A desinformação dos pequenos agricultores, aliada à deficiência de assistência técnica e à dificuldade de fiscalização, no entanto, compõem um quadro preocupante. Quadro que se torna mais sombrio diante do prazo estipulado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que decidiu tirar o endosulfan do mercado brasileiro – somente em julho de 2013. É de se questionar por que uma substância banida em 45 nações ainda tenha três anos de sobrevida entre nós. 

Fonte: Site da ASA 

Primeira turma de Pedagogia da Terra se forma no Rio Grande do Norte

Turma de Pedagogia da Terra da UERN

Cento e cinqüenta e seis trabalhadores rurais assentados, concluintes da primeira turma do curso superior em licenciatura plena em Pedagogia da Terra colam grau nesta sexta-feira (18). A solenidade está marcada para às 19h, no Ginásio de Esportes Jerônimo Vingt Rosado Maia, no Campus Universitário Central da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), em Mossoró (RN).
O superintendente regional do Incra em exercício, Mário Moacir de Almeida, estará presente na solenidade junto com o reitor da Uern,  professor Milton Marques de Medeiros. O paraninfo será o professor Francisco José de Carvalho, coordenador do Projeto Pedagogia da Terra.
O curso, com carga horária de 3.270 horas-aula, é uma iniciativa do Programa Nacional de Educação para Reforma Agrária (Pronera) do Incra. A grade curricular incluiu disciplinas com temas relacionados à licenciatura plena em pedagogia e ao meio rural. Os estudantes assistiram aulas presenciais no Campus da Uern e no Centro de Treinamento Libânia Lopes Pessoa, em Mossoró. As aulas foram concluídas em janeiro deste ano com a apresentação da monografia de final de curso, cujo tema foi Pedagogia e o Meio Rural.

Agentes multiplicadores

Os formandos são trabalhadores rurais moradores de 60 assentamentos da reforma agrária e de dez municípios dos Territórios da Cidadania do Açu/Mossoró e Sertão do Apodi que atuarão, nos assentamentos onde moram, como agentes multiplicadores do conhecimento adquirido na universidade.
Para Almeida, a presença de pedagogos em assentamentos será muito importante para o desenvolvimento da educação nas comunidades. "Eles irão contribuir para o aprendizado das crianças, adolescentes e, também, dos adultos", disse.

O que são agricultoras e agricultores experimentadores?


Seu Luis, entrevistado do Riquezas da Caatinga, é um agricultor experimentador. Foto: Viviane Brochardt

Já começaram os preparativos para o II Encontro de Agricultoras e Agricultores Experimentadores do Semiárido, que será realizado em Pesqueira, Pernambuco, entre os dias 27 e 29 de abril. O evento deve reunir cerca de 300 pessoas, sendo a maioria de agricultores e agricultoras de todos os estados do Semiárido que são conhecidos como experimentadores.
Mas o que são agricultoras e agricultores experimentadores? O Riquezas da Caatinga, programa de rádio da ASA, abordou esta temática no programa Agricultoras e Agricultores Experimentadores do Semiárido, que apresenta a história de algumas dessas pessoas que encontraram alternativas simples e criativas para conviver com o Semiárido. É o caso agricultor Luiz Eleutério, da comunidade de Queimadas, município de Cumaru, em Pernambuco, que já tem várias invenções, entre elas a carroça basculante.
Nesse programa, é possível conhecer também a história da agricultora Maria das Graças Gomes, conhecida como Dona Gracinha, moradora do Sítio Girau, em Remanso, na Bahia. Ela inventou uma forma criativa de proteger o queijo de cabra que fabrica da ação de moscas e mosquitos.
Fonte: Site da ASA 

quinta-feira

Parar de crescer não significa parar de se desenvolver, artigo de Marcus Eduardo de Oliveira

Um dos pontos mais importantes discutidos nos meandros da economia ecológica diz respeito ao fato de que fazer a economia parar de crescer não significa, conseqüentemente, parar de se desenvolver. O que os economistas com uma visão mais apurada da questão ambiental desejam é justamente obter desenvolvimento. O que esses mesmos economistas tanto condenam é o crescimento conseguido sob as ruínas da degradação do capital natural. Assim, a economia ecológica não se coloca contra o desenvolvimento, mas sim contra as elevadas taxas de crescimento que inflam a economia à custa de piorar o meio ambiente, e, por conseguinte, a qualidade de vida.
Em termos de definição, crescimento é o aumento na produção, na parte física; em outras palavras é “mais quantidade”. Desenvolvimento, por sua vez, supera essa idéia e busca “mais qualidade”. Com tecnologia e inovação, é possível produzir a mesma quantidade de bens, porém de forma eficaz, com qualidade. A idéia fundamental então é a seguinte: produção deve servir para repor, e não para acumular. Hoje, vivenciamos o contrário. A preocupação primeira da economia tradicional é produzir para acumular.
Entender isso passa primeiramente pela necessidade de se ter em conta que o desenvolvimento não está ligado ao crescimento econômico. Trata-se de pura e cristalina ilusão achar que fazendo a economia crescer atinge-se, por conseqüência, o desenvolvimento. Logo, por essa perspectiva, o processo entendido como “desenvolvimento econômico” (qualidade) não só é desejável como é perfeitamente possível, ainda que não haja crescimento (mais quantidade) da economia.
A questão primordial nos parece ser essa: se continuarmos colocando a economia sob as bases do processo produtivo que responde apenas (e em nome) pelos (dos) ganhos do mercado de capitais, não se logrará sucesso algum, visto que esse mercado somente tem olhos para a “quantidade”. O que é necessário fazer e, isso não é tarefa fácil, é direcionar à produção para o atendimento exclusivo das necessidades humanas, que não necessariamente passam pela questão do “ter”. Para isso é imprescindível colocar a economia a serviço das pessoas, rompendo-se assim com a situação tradicional que tem vigorado por longo tempo que insiste em colocar as pessoas a serviço da economia.
Urge entender, definitivamente, uma premissa relativamente simplista: a economia, em larga medida, precisa fazer sua volta às origens que remontam aos tempos em que estava incubada nos aspectos da Filosofia Moral, quando os clássicos, na elaboração de seus primeiros “tratados”, orientavam à economia (atividade produtiva) para que as pessoas com isso atingissem o bem-estar comum, a felicidade plena.
Na esteira desse comentário, é de bom alvitre salientar que a felicidade, embora encontre morada em uma base conceitual de total subjetividade, nunca esteve ligada a posse de dinheiro. Dentro dessa perspectiva, não é o mercado então, como insistem alguns e como quer fazer prevalecer a economia tradicional, um lugar “sagrado” onde se encontra à venda uma mercadoria chamada “felicidade”. Felicidade não é (e nunca foi) uma mercadoria; logo, não tem preço!
Compreender isso, de certa forma, ajuda a romper com a lógica de que a economia deva ser vista meramente como uma ciência que dita e direciona os rumos apenas do mercado em seu bel-prazer, como se o mercado fosse unicamente responsável por gerar felicidade e bem-estar. Antes disso, é oportuno salientar que a economia – sendo uma disciplina pertencente ao campo das humanidades – deva estar preocupada exclusivamente com o bem-estar das pessoas, tomando a noção básica de que se trata de uma ciência feita pelas pessoas e para as pessoas. Por sinal, a economia nasceu para isso; para fazer as pessoas prosperarem no aspecto mais básico e elementar: atingir qualidade de vida.
Querer medir o desempenho (melhoria) de uma sociedade pelo que se pode (ou se deseja) comprar num shopping center é fazer da vida uma mera questão mercadológica, tipificando as coisas pelo sistema de preços. Definitivamente, a ciência econômica precisar superar essa visão antiga e prosperar sobre a afirmação de que depende totalmente das coisas da natureza, daí a necessidade suprema em se praticar a preservação e a sustentabilidade, para que com isso ocorra sua efetiva consolidação de ciência social que esteja a serviço de melhorar a vida das pessoas.
Marcus Eduardo de Oliveira é economista e professor de economia da FAC-FITO e do UNIFIEO, em São Paulo. Membro do GECEU – Grupo de Estudos de Comércio Exterior (UNIFIEO) e articulista do Portal EcoDebate, do site “O Economista”, da Agência Zwela de Notícias (Angola) e do jornal Diário Liberdade (Galiza, Europa).
Contatos: e-mail – prof.marcuseduardo{at}bol.com.br
Twitter – http://twitter.com/marcuseduoliv
Fonte: Site EcoDebate

MOVA – Brasil é Formação

Edjanete Fernandes - Coordenadora Local
A Coordenadora Local do MOVA – Brasil do município de Apodi, Edjanete Fernandes; Comunica a todos (as) Monitores (as) que Amanhã  (18) a partir das 08h00min no Auditório do STTR de Apodi estará acontecendo o Planejamento Semanal das Aulas do Projeto MOVA - Brasil.

Mais Sobre o Projeto MOVA – Brasil
Fundamenta-se nos princípios filosófico-político-pedagógicos de Paulo Freire. A ação pedagógica se desenvolve com base na Leitura do Mundo do (a) educando (a), a partir da qual se identificam as situações significativas da realidade em que está inserido. Desse processo, surgem os Temas Geradores que, por sua vez, orientam a escolha dos conteúdos programáticos.
Por: Agnaldo Fernandes

90 Anos de História

José Eufrásio de Lima - 90 Anos Hoje

Quero pedir licença aos Companheiros (as) que a acessam o Noticias do Campo para Homenagear um grande amigo que está aniversariando hoje e Reside na Comunidade de Bamburral.
José Eufrásio de Lima conhecido por todos (as) como Tio José que está aniversariando Hoje.
Tio José chega os seus 90 Anos de idade desfrutando de muita Saúde e Paz. Constituiu uma grande Família com sua Companheira Dona Titica: 09 Filhos, 29 Netos e 09 Bisnetos.
A este Grande Lutador quero de forma particular desejá-lo mais e mais dias de vida para que possa contribuir com sua coerência para a edificação de uma sociedade justa através de seus valores repassados a nós com menos idade.
Por: Agnaldo Oliveira

Chuva destrói trecho da rodovia 226.

O rompimento de pequenos açudes construídos sem fiscalização da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH) destruiu de novo outro trecho de rodovia federal no Rio Grande do Norte. O primeiro local danificado foi na BR 226, perto da cidade de Tangará, ainda no mês de janeiro. O segundo trecho destruído foi na BR-110. A cidade de Campo Grande ficou isolada. Nesta terça-feira, a força das águas destruiu trecho da BR-226, perto de Florânia. Nos três casos, os bueiros não suportaram a quantidade de água.
No primeiro caso, registrado em Tangará, choveu na região do Trairi mais de 200 milímetros de uma só vez. Dois pequenos açudes não suportaram a quantidade de água e se romperam. Quase levaram junto o Açude Guarita, também particular, que armazena quase 5 milhões de metros cúbicos de água. Mesmo o Guarita suportando, a água que transbordou sobre a parede destruiu a BR-226, inclusive arrastou um Uno Mille com o motorista por mais de 13km.
No segundo caso, foram dois açudes particulares na região entre Upanema, Caraúbas e Campo Grande que se romperam, levando tudo que tinha pela frente. Na entrada da cidade de Campo Grande, a enxurrada levou 50 metros da BR-110 e duas motos e um carro que passava na ocasião. Os nove passageiros dos três veículos conseguiram sair antes dos veículos serem arrastados. As motos e carros tiveram perca total.
No início da noite desta terça-feira, não se tem certeza se houve rompimento de pequenos açudes particulares como foi o primeiro e o segundo caso ou foi somente a água da chuva que se avolumou nas encostas da região. O que se tem certeza é que o bueiro da BR-226 não suportou a quantidade de água e, no transbordamento, a pista de rolamento foi destruída. Abriu uma enorme cratera. A Polícia Rodoviária Federal interditou o local.
No treco da BR-226, perto de Tangará, a força da água não destruiu totalmente a BR, pois a ponte deu conta da demanda de água. Já nos trechos perto de Florânia e de Campo Grande, haviam bueiros, que não suportaram a quantidade de água. No caso de Campo Grande, o DNIT deve iniciar a recuperação nos próximos 30 dias. Vai construir uma ponte no lugar do bueiro. Em Florânia, o trabalho deve começar nos próximos 15 dias. Vai depender do inverno.
Enquanto não é recuperada, o motorista que estiver em Jucurutu precisando ir para Currais Novos ou Florânia, terá que ir pelo município de Caicó. Se for para Natal, o caminho mais indicado é seguir por São Rafael até a BR-304. A PRF sinalizou a rodovia nas imediações de Currais Novos e no trevo com a RN-118, perto de Jurucutu, para orientar os motoristas.
No Rio Grande do Norte existe mais de 2 mil pequenos açudes em propriedades particulares. Destes, apenas 26 são monitorados pela SEMARH e outros 19 pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT). Os açudes de pequenas propriedades, segundo a Assessoria da Semarh serão fiscalizados em parceria com os municípios. "Temos uma equipe empenhada em averiguar caso a caso, mas é pouco em se comparado com a demanda de trabalho", informa a Semarh.

AMEAÇA

A RN-117, saída de Caraúbas para Olho D'água dos Borges, também está ameaçada por açudes particulares na zona rural de Caraúbas e o Açude Público e Saboia dentro da cidade. Além da rodovia, a Prefeitura de Caraúbas informa que também existem pelo menos 30 residências que estão ameaçadas. A recomendação neste caso é investir no reforço da parede do açude e também dos demais em propriedades particulares.

Fonte: Jornal De Fato.

quarta-feira

POLUIÇÃO DA CHAPADA DO APODI: Elaboração da “Cartografia Social”.

Reunião com a Profª. Andrezza Graziella que faz parte do
Núcleo Tramas Coordenado por Dr. Raquel Rigotto.
Em meio às discussões sobre o Seminário IMPACTOS DOS AGROTÓXICOS/AGRONEGÓCIO NA SAÚDE, NO TRABALHO E NO MEIO AMBIENTE (que irá acontecer no dia 29 de Março no Auditório do STTR de Apodi) surgiu a idéia da criação de uma atividade que irá demonstrar a realidade de vários P. A’s e comunidades rurais através da elaboração de “Mapas Sociais” criados pelos próprios moradores de cada comunidade.
Hoje pela manhã ficou definido que a atividade para confecção destes mapas será realizada na próxima TERÇA – FEIRA (22 DE MARÇO) ÀS 8H00MIN DA MANHÃ NO AUDITÓRIO DO STTR DE APODI.
A elaboração dos “mapas sociais” serviram para que se tenham um contato maior com a realidade que os agricultores (as) estão inseridos, enfim, esta atividade servirá como instrumento de diagnostico da realidades onde os Sujeitos estão inseridos.
Por: Agnaldo Fernandes

Reunião do Fórum da Agricultura Familiar de Apodi foi bastante movimentada hoje pela manhã.

Boa Participação do Público

Edilson Neto e Andrezza Graziella  Relatando a
Importância do Seminário Contra os Agrotóxicos.



Edjarles Fernandes falando da importância da Assistência Técnica

Hoje (16) pela manhã foi realizada Reunião do Fórum da Agricultura Familiar que reuniu cerca de 60 lideranças comunitárias no Auditório do STTR de Apodi onde na oportunidade foram auferidos vários assuntos pertinentes no campo da Agricultura Familiar.
A Reunião contou os pontos de pautas que se segue:
1º Campanha da Fraternidade 2011 – Explanado por Luiz de Bevenuto e o Pe. Marcos Maciel;
2º A realização do Seminário: Impactos do Agronegócio/Agrotóxicos na Saúde, no Trabalho e no Meio Ambiente que irá realizar-se no Dia 29 de Março – Explanado por Edilson Neto e Profª. Andreza Graziela;   3º Assistência Técnica; muitas comunidades e P. A’s estão desprovidas de assistência técnica – explanado pelas Lideranças Comunitárias e Técnicos (as) presentes;
4º Projeto de Fortalecimento da Cadeia Produtiva do Arroz Vermelho – Explanado por Edimar Filho e Flaviano Barboza;
5º A elaboração do Selo S.I.M para a comercialização dos produtos da Agricultura Familiar – Explanado por Técnicos (as) e Agricultores (as) Familiares presentes.

As discussões auferidas no Fórum da Agricultura Familiar de Apodi são pertinentes e tem colaborado de forma significativa para a melhoria da qualidade de Vida do Homem e da Mulher do Campo. Parabéns a todos (as) as Lideranças Comunitárias, Coordenação do Fórum, o STTR e aos parceiros que mensalmente fazem o fato acontecer.
Por: Agnaldo Fernandes

CONVITE: Palestra Sobre a Cadeia Produtiva do Arroz Vermelho.

Edimar Filho (SEAPAC) e Flaviano Barboza (Engº. Agr. Bolsista CNPQ/COOPERVIDA)
Lançando o Convite na Reunião do Fórum da Agricultura Familiar


No dia 31 de Março está programado pra acontecer uma importante palestra sobre a Cadeia Produtiva de Arroz Vermelho de Apodi que é um forte potencial da Agricultura Familiar deste município que traz como temática “Avaliação, Introdução e Difusão de Cultivares de Arroz de tipos especiais e Tecnologia para produção no Vale do Apodi”. O local onde irá realizar-se essa palestra será no Auditório do STTR de Apodi a partir da 09h00min que contará com dois Palestrantes: JOSÉ ALMEIDA PEREIRA (Pesquisador da EMBRAPA) e o Prof. Dr. NEYTON OLIVEIRA MIRANDA (UFERSA).
Essa é uma iniciativa de Várias Organizações que objetivam melhorar e fortalecer a Cadeia Produtiva do Arroz Vermelho de nosso município, que são: a UFERSA, o STTR de Apodi, o SEAPAC, a APAVA, a COOPERVIDA e a Associação da Comunidade de Reforma.
Portanto, sua presença é de fundamental importância que com certeza contribuirá significativamente para os avanços da Agricultura Familiar de Apodi, marque na sua agenda;
DATA: 31/03/2011
HORÁRIO: 09h00min às 11h30min
LOCAL: Auditório do Sindicato dos (as) Trabalhadores (as) de Apodi.  
PALESTRANTES: José Almeida Pereira (Pesquisador da EMBRAPA)
Prof. Dr. Neyton Oliveira Miranda (UFERSA).

Por: Agnaldo Fernandes

Frente parlamentar fortalece políticas públicas para agricultura familiar.


Florence: “Frente parlamentar fortalece políticas públicas para agricultura familiar”
Foto: Eduardo Aigner

 

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, participou nesta terça-feira (15) do lançamento da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). A Frente conta com o apoio de 223 deputados federais. Além dos parlamentares, participam membros da sociedade, entidades civis de apoio à reforma agrária, entidades de extensionistas de cooperativas e da agricultura familiar.
O Ministro Afonso Florence ressaltou a importância da Frente para o avanço das políticas públicas do segmento que representa 10% do PIB e cerca de 76% da mão de obra no meio rural brasileiro, segundo dados do último Censo Agropecuário do IBGE. “Nós estamos aqui fortalecendo a parceria do governo federal, sob a liderança da presidenta Dilma, com essa Casa e com os movimentos da agricultura familiar.” Florence apontou o papel do setor na dinâmica da economia municipal e no combate à pobreza. “A agricultura familiar representa um importante segmento da produção de alimentos para a mesa dos brasileiros - alimentos saudáveis e mais baratos.”
O coordenador da Frente, deputado federal Assis do Couto (PT-PR) citou a continuidade da Frente com mais de doze anos de atividades. “Nós vemos nesta legislatura que há um interesse muito grande sobretudo dos movimentos sociais de que haja um debate mais forte sobre a questão da agricultura familiar no Congresso”.
Frente
A Frente Parlamentar da Agricultura Familiar atua em caráter suprapartidário e agrupa diversos movimentos e organizações atuantes na representação e defesa da agricultura familiar brasileira. Dentre esses movimentos, estivam presentes ao evento a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), a Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais na Agricultura Familiar (Fetraf), a Via Campesina entre outros.
Fonte: Site do MDA

terça-feira

Sucesso nas Aulas Inaugurais MOVA - Brasil.

Aula Inaugural em Santana
Max Maia - Andrea e Laísa
Aula Inaugural em Santa Rosa I
Maria Rejane - Monitora em Santa Rosa I
Relato da Educanda da Etapa passada
Edjanete Fernandes - Coordenadora Local
Aula Inaugural em Santa Rosa II
Luzinalda Ercina e Mirian Léia - Monitoras
Público Atento
Como notificamos aqui ontem o Projeto MOVA – Brasil esteve realizando várias aulas inaugurais em todos os municípios do Rio Grande do Norte e no Apodi várias comunidades receberam este importante projeto ontem (14), Vejam:

No Distrito de Santana em Felipe Guerra, a abertura foi marcada pela execução do hino nacional brasileiro, onde na oportunidade foi apresentado esse importante projeto de alfabetização a jovens e adultos para os parceiros e a Comunidade, Projeto este que será ministrado pelas monitoras Andrea Morais e Laizza Morais. Além dos educando esteve presente o Presidente da Associação de desenvolvimento Comunitário Max Morais que na oportunidade levou a sua palavra a todos os presentes.
Na Comunidade de Santa Rosa II a Aula Inaugural foi realizada na Escola Unidade XVI Francisca Antônia de Oliveira, sendo que foram duas turmas que realizaram as atividades por lá, a turma de Luzinauda Ercina e Miriam Léia, onde foi uma atividade bastante proveitosa, apesar da chuva que ocorreu no inicio da noite, houve um bom número de educandos e parcerias locais presentes, entre essas estiveram presentes: Edilson (Presidente do Sindicato de Apodi/RN), Francisco Edjarles (Coordenador Local do Projeto Brasil Local), Maria Elizangela (Diretora das Escolas Municipais do Pólo de Santa Rosa), Gilvana Mota (Presidente da Comissão de Jovens do STTR Apodi), Valmir Alves (Presidente da Associação dos Mines Produtores dos Sítios Reunidos), Santa Fernandes (Agente de saúde).
Na oportunidade foi ouvido o depoimento de Diogo (aluno do Mova - Brasil da 2ª etapa). Edjanete Fernandes Coordenadora Local do MOVA – Brasil acrescenta que “foi muito importante esse momento, pois é o marco inicial de uma nova fase na vida de cada um que está inserido nesse processo”. No final da aula Inaugural foi servido um lanche coletivo, patrocinado pelas as Educadoras Luzinauda Ercina e Miriam Léia.

Já na Comunidade de Santa Rosa I a educadora Maria Rejane de Oliveira, realizou uma dinâmica do “presente” envolvendo todos os que ali se encontravam, também houve o depoimento de dois alunos da 2ª etapa que foram: Zildete e Dédé.
A Coordenadora Local se fez presente também nesta atividade de aula inaugural em Santa Rosa I onde não foi possível a presença das parcerias nesse momento as parcerias devido a chuva que ocorreu dificultando a chegada até o local por ser de difícil acesso, mas que estas avisaram que ao no decorrer das aulas irão passar para dar a sua contribuição.
Vale lembrar que o STTR de Apodi dou as cadeiras e mesas para a instalação dessa turma a qual ficamos grato deixa a Coordenação Local e todos que fazem MOVA – Brasil bastante gratificado. 

Por: Agnaldo Fernandes

CHAPADA DO APODI: Evento será realizado no dia 29 de Março.


Hoje (15) pela manhã estiveram Reunidos no STTR de Apodi dirigentes do STTR de Apodi, membros da CPT, da ASA Potiguar, da COOPERVIDA e o Pe. Marcos Maciel ( Paróquia de Apodi) no intuito de elaborarem alguns encaminhamentos para a realização do Evento que irá realizar-se no dia 29 de Março. Onde na oportunidade será abordada a temática de CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS E DO SOLO DA CHAPADA DO Apodi. O Evento contará com a presença da Drª. Raquel Rigotto que irá explanar sua pesquisa na região da Chapada do Apodi que aponta sérios problemas por conta do uso indevido e exagerado de Agrotóxicos naquela região.
Amanhã traremos maiores detalhes da Programação para que vocês fiquem atualizados e bem informados sobre esse Evento que será realizado em Apodi.
Por: Agnaldo Fernandes

REPRISE: É a força da Agricultura Familiar de Apodi na Tela outra Vez.

Comercialização na Feira da Agricultura Familiar
Hoje a noite vai ao ar a partir das 20h0Omin no Canal Futura haverá a exibição da matéria que enfocará o potencial da Agricultura Familiar que é destaque em pleno Semiárido Nordestino, exibida domingo (13) passado no Globo Rural
Portanto, quem viu a matéria já exibida e quem não viu tem mais uma oportunidade de prestigiar a verdadeira potência de Apodi, a Agricultura Familiar que nos orgulha e nos motiva a bater no peito e dizer que somos Apodienses de Coração.
Por: Agnaldo Fernandes

Bancos de alimentos impulsionam auisição de produtos da Agricultura Familair


Com o objetivo de promover a segurança alimentar, inclusão produtiva e fortalecer as ações de combate à extrema pobreza, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) publicou na terça-feira (1), edital para ampliar os restaurantes populares, cozinhas comunitárias e os bancos de alimentos. Este por sua vez, será implantado prioritariamente nos municípios que operam o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
Os bancos de alimentos contarão com R$ 4,5 milhões de investimentos e além de priorizar localidades operadoras do PAA inclui também os municípios que adquirem o mínimo de 30% dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para aquisição de alimentos oriundos da agricultura familiar, em cumprimento à Lei nº 11.497/2009.
Os restaurantes populares, com recursos de R$ 11 milhões serão instalados em municípios acima de 100 mil habitantes. Para as cozinhas comunitárias serão R$ 14,6 milhões. Todo o montante do financiamento será destinado à construção do prédio, aquisição de equipamentos, móveis e utensílios, para incentivar, além do fornecimento de refeições saudáveis, atividades de formação e qualificação profissional na área de alimentação, nutrição e gastronomia junto aos beneficiários do Cadastro Único do MDS.
Vale ressaltar que a seleção das propostas priorizará a implantação dos equipamentos em áreas com maior concentração de população em situação de pobreza e extrema pobreza. Além disso, devem ser encaminhadas até o dia 13 de abril por meio do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv), do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
No Brasil, há 67 Bancos de Alimentos, 406 Cozinhas Comunitárias e 89 Restaurantes Populares. O prazo para inscrição é até 13 de abril, com divulgação de resultados em 23 de maio.
Escrito por Fernanda Silva, com informações MDAFONTE: FETRAF BRASIL

Agroecologia pode dobrar produção de alimentos em 10 anos.

Imagem Retirada da Internet
Ao mesmo tempo em que a alta mundial no preço dos alimentos atinge seu maior patamar em duas décadas e dá força redobrada ao fantasma da fome que persegue as populações pobres dos países economicamente mais vulneráveis, um informe da Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que a agroecologia pode duplicar a produção alimentar nos próximos dez anos.
Divulgado na terça-feira (8) pelo Alto-Comissariado de Direitos Humanos, o documento que, segundo a ONU, foi embasado por “uma exaustiva revisão da literatura científica mais recente”, defende a agroecologia como “meio para incrementar a produção alimentar e melhorar a situação dos mais pobres”.
Os estudos que embasaram o informe foram coordenados pelo belga Olivier de Schutter, que desde 2008 é relator especial da ONU sobre direito à alimentação: “Para poder alimentar a nove bilhões de pessoas em 2050, necessitamos urgentemente adotar as técnicas agrícolas mais eficientes conhecidas até hoje. Neste sentido, os estudos científicos mais recentes demonstram que ali onde reina a fome, especialmente nas zonas mais desfavorecidas, os métodos agroecológicos são muito mais eficazes para estimular a produção alimentar do que os fertilizantes químicos.”
De acordo com os casos relatados no documento da ONU, projetos agroecológicos desenvolvidos nos últimos anos em 57 países em desenvolvimento registraram um rendimento médio de 80% em suas lavouras. Isso significa, por exemplo, um aumento de 116% na média de todos os projetos desenvolvidos na África. “Os projetos mais recentes levados a cabo em 20 países africanos demonstraram que é possível duplicar o rendimento das lavouras em um período de três a dez anos”, afirma Schutter.
A ONU afirma que o modelo agrícola dominante, baseado nas monoculturas e na utilização massiva de agrotóxicos, fertilizantes e outros insumos, “já demonstrou não ser a melhor opção no contexto atual”, além de acelerar o processo de aquecimento global. “Amplos setores da comunidade científica já reconhecem os efeitos positivos da agroecologia sobre a produção alimentar no que se refere à redução da pobreza e à mitigação dos efeitos das mudanças climáticas”, afirma o documento.

Menos agrotóxicos
O relatório divulgado pelo Alto-Comissariado de Direitos Humanos da ONU também dá destaque aos países que diminuíram consideravelmente a utilização de agrotóxicos nos últimos anos. São citados no documento países como Indonésia, Vietnã e Bangladesh, que reduziram em até 92% o uso de agrotóxicos na produção de arroz, que é o alimento básico das populações camponesas desses países.
Outro exemplo citado no relatório é o do Malauí, país que era grande consumidor de produtos agroquímicos e agora faz com sucesso a transição para um modelo agroecológico. Segundo a ONU, essa transição já tirou da extrema pobreza 1,3 milhões de pessoas, além de aumentar o rendimento das lavouras de milho do país de uma para três toneladas por hectare. “O conhecimento substituiu os pesticidas e fertilizantes”, comemora Olivier de Schutter.
O relator especial da ONU sobre o direito à alimentação afirma que o Estado tem um “papel fundamental” a cumprir no fortalecimento da agroecologia. “As empresas privadas não investirão tempo e dinheiro em práticas que não podem proteger com patentes e que não pressuponham uma abertura dos mercados para novos produtos químicos ou sementes melhoradas”. Schutter também exortou os Estados a darem maior apoio às organizações camponesas que, segundo ele, “demonstraram uma grande habilidade na hora de difundir as melhores práticas agroecológicas entre seus membros”.
Fonte: Site do MST 

VERGONHA: Poetas e artistas são expulsos da Cobal.

14 de março, dia nacional da poesia. E, para comemorar, vários poetas e artistas mossoroenses organizaram um recital na Central de Abastecimento onde funciona o mercado da Cobal. Entretanto, a programação que era para ser de alegria e comemoração terminou em confusão. O grupo foi expulso do local por não ter autorização para realizar o evento.
O grupo de Poetas e Prosadores de Mossoró (POEMA) aproveitou a data para celebrar também seus 14 anos de existência. O evento estava programado para o último domingo, 13.
O recital foi iniciado por volta das 5h30. Na programação, declamação de poesias, música e diversão para comerciantes e clientes do local.
No entanto, pouco depois de ser iniciado o evento, o grupo de poetas foi abordado por vigilantes da Cobal, conforme o presidente da Poema, Caio Muniz. "A gente chegou, montou o som e iniciou as atividades. Pouco depois, um segurança veio e me abordou, perguntando se eu tinha autorização para estar ali. Realmente, eu não tinha, já tinha ido lá na quarta, na quinta e na sexta-feira da semana passada para tentar falar com alguém da administração, mas nunca tinha ninguém. Então, eu falei para o segurança que não tinha a autorização e ele disse que ia ligar para o administrador para saber o que fazer."
Caio conta também que foi levado à sala da administração escoltado por quatro seguranças. "Fui acompanhado por quatro seguranças como se eu fosse um marginal. O gerente perguntou a quem eu tinha pedido autorização e eu disse que tinha procurado, mas não tinha conseguido falar com ninguém. Ele me disse que eu ia ter que desligar o som e suspender o evento."
O poeta explica ainda que um dos seguranças o teria ameaçado: "Quando eu estava voltando, um dos seguranças perguntou se eu ia desligar o som e eu disse que ia perguntar para o resto do grupo o que fazer, aí o outro segurança que estava do lado disse que eu ia ter que desligar sim, por bem ou por mal. Senti que a melhor coisa a fazer era sair de lá, mesmo com as pessoas pedindo para que continuasse."
Após o incidente, Caio diz que não entende o porquê de o grupo ter sido expulso do local. "Isso é chato e humilhante. A gente estava fazendo arte de graça, sem cobrar nada de ninguém. Pelo contrário. Estava tirando do nosso bolso. É incoerente. Não faz sentido esse tipo de atitude", lamenta.
O administrador da Cobal, Carlos Roberto Luz, afirma que o único motivo para o grupo ter sido impedido de realizar o evento foi a falta de uma autorização. "Para fazer evento lá tem que pedir autorização e nós nunca negamos. Só que é preciso que seja avisado com antecedência para que a gente possa tomar algumas providências. Eu tenho que ter vigilância no local e no dia eu tinha apenas quatro vigilantes. Se acontecesse qualquer coisa no local, eu seria o responsável. Não houve discriminação e quando eles precisarem vai estar à disposição, mas é preciso avisar com antecedência para que eu possa me programar. Eu preciso ter controle do que acontece lá dentro."

Por: Ellen Dias
Da Redação do Jornal De Fato