sexta-feira

Está Chegando o Dia: 24horas de Ação Feminista pelo Mundo, #SOMOSTODASAPODI

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Derrubada de placas demonstra insatisfação com projeto de irrigação na cidade de Apodi.

Placas_estavam_no_local_ha_quase_dois_mesesEsta semana, as placas de informações da obra do projeto do perímetro irrigado da Chapada do Apodi afixadas pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e Governo Federal foram derrubadas.
Para a militante da Marcha Mundial das Mulheres, Conceição Dantas, esse ato demonstra a insatisfação da população com a execução do projeto de irrigação projetado pelo Dnocs para a região.
"Esse projeto tem muitos inimigos, pois pretende roubar a terra e a água da cidade de Apodi. Não só as famílias prejudicadas, mas diversos segmentos da sociedade estão convencidos de que o projeto é inviável", salienta Conceição Dantas .
A autoria do ato de vandalismo ainda é desconhecida. Para o tesoureiro do Sindicado dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais de Apodi, Agnaldo Fernandes, esse é um fato obscuro e ninguém sabe como aconteceu.
"Nós ficamos sabendo que as placas haviam sido derrubadas, mas a origem é desconhecida, pode ter sido qualquer pessoa", afirma.
Agnaldo Fernandes explica que técnicos do Dnocs invadiram as terras das famílias agricultoras da Agrovila Palmares, a mais atingida pelo projeto, no último dia 20 de novembro.
"Eles entraram por trás, sem permissão, através de um terreno privado para iniciar as obras do projeto. No entanto, isso não significa que foram as famílias que derrubaram essas placas. Esse projeto só acumula inimigos", destaca.  
 
Movimento feminista se une em protesto contra o projetoNa próxima segunda-feira, cerca de duas mil mulheres irão se reunir das 8h às 13h, em Apodi, para dizer "não" ao projeto do perímetro irrigado da Chapada do Apodi.
A atividade, denominada "24 Horas de Ação Feminista", será realizada concomitantemente em outros lugares do país, dentro das atividades em conjunto de integrantes da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil, onde todas estarão apoiando as mulheres e famílias apodienses na luta pela defesa da Chapada do Apodi.
A ação tem como objetivo fortalecer a solidariedade entre as mulheres e, ao mesmo tempo, dialogar com a sociedade, mostrando os prejuízos provocados pelo projeto, caso ele seja colocado em prática.
O projeto do perímetro irrigado da Chapada do Apodi prevê entregar as terras da região e a água da barragem de Santa Cruza a cinco grandes empresas da fruticultura irrigada, causando a desapropriação de famílias de camponeses apodienses.

quinta-feira

Luta e resistência da Chapada do Apodi/RN é destaque no VIII ENCONASA

Conversa sobre a apresentação teatral e resistência na Chapada do Apodi

Após apresentação artística no segundo dia do VIII Enconasa, a comunicadora Paula Andreas conversou com o grupo teatral Escarcéu e o com o sociólogo Antônio Bezerra Júnior, da Comissão Pastoral da Terra no Rio Grande do Norte, sobre a necessidade de evitar a continuidade do projeto de perímetros irrigados na Chapada do Apodi (RN).

Clique no link abaixo e confira a entrevista:
 

Anexos:
Fazer download deste arquivo (entrevista_paula.mp3)Chapada do Apodi[Entrevista]10117 Kb

quarta-feira

Resistência ao Perímetro Irrigado da Chapada do Apodi será discutido em Seminário realizado pela UFERSA.

 
O Centro de Referência em Direitos Humanos do Rio Grande do Norte, em parceira com o Grupo de Estudos em Direito Crítico, Marxismo e América Latina – GEDIC, a INCUBOESTE/UFERSA, assim como com o Ministério Público Estadual Sertão e outras entidades estão promovendo a partir de hoje, 04, até o dia 06 de dezembro o “Seminário de Direitos Humanos do Semiárido: Construindo uma cultura de direitos”. A abertura do evento será hoje, 04, às 18h, no Auditório Amâncio Ramalho, localizado no Prédio da Reitoria da UFERSA Mossoró.
Segundo o Coordenador do GEDIC e do curso de Direito da UFERSA, professor Daniel Valença, o objetivo do encontro é discutir temáticas referentes aos Direitos Humanos no Semiárido. “A abordagem será no contexto do Agronegócio, Agrotóxicos e as violações decorrentes do modelo de produção rural atual, bem como o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Sistema de Garantia de Direitos, de modo a contribuir na construção de uma cultura de direitos no estado”, frisou. Já o professor Thiago Dias, coordenador da INCUBAOESTE, destaca a importância da economia solidária como modelos alternativos para o desenvolvimento rural.
O evento contará com duas mesas, com a participação de diversos nomes nacionais e locais da área de Direitos Humanos, Agroecologia, História, Psicologia e do Ministério Público como Frei Gilvander (CONEDH-MT), a Socióloga Alzira Medeiros, a Profa. Jovelina Santos (História/UERN), além da participação do Promotor da Infância e Juventude Sasha Alves (MP/RN). Após as plenárias vão haver momentos de discussão em GD’s sobre diversas temáticas no âmbito dos Direitos Humanos.
A primeira mesa debaterá o Perímetro Irrigado da Chapada do Apodi/RN onde o DONCS tem proposto desapropriar 13.800 ha de terras atingindo cerca de 800 famílias tradicionais que sobrevivem na Chapada do Apodi/RN.

Lembrando: POR QUE SOMOS CONTRA O PROJETO DE IRRIGAÇÃO EM APODI?
O projeto vai entregar as terras da chapada e a água da Barragem de Santa Cruz para 05 empresas do agronegócio; O projeto vai expulsar centenas de famílias de pequenos agricultores e agricultoras de suas terras; O projeto irá fazer desaparecer várias comunidades; O projeto vai provocar o envenenamento das terras, das águas e da população; O projeto vai acabar com a produção de mel, da caprinocultura, da avicultura, etc; O projeto vai acabar com a produção agroecológica das comunidades; O projeto vai provocar a escassez de água para os produtores de arroz do vale; O projeto vai provocar, a exemplo de outros perímetros irrigados, a miséria, a prostituição e a violência no município de Apodi.
Informações extraídas do site da UFERSA.
 

Cultivo de arroz vermelho é tema de aula da Pós em Fitotecnia da UFERSA.

Alunos do curso de Pós-Graduação em Fitotecnia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido tiveram a oportunidade de conhecer o cultivo do arroz vermelho conduzido sob técnicas orgânicas realizado por pesquisadores da UFERSA e da Embrapa. A aula aconteceu na comunidade de Baixa Fechada, situada no município de Apodi, e faz parte da disciplina de Agroecologia, ministrada pela professora Vânia Porto.
Na ocasião, os estudantes presenciaram as exposições realizadas pelo professor da UFERSA, Neyton Miranda, e pelo engenheiro agrônomo, José Flaviano Barbosa de Lira, em uma Unidade demonstrativa de arroz vermelho e no Ensaio de cultivares de arroz vermelho que estão sendo conduzidos em sistema orgânico de produção. Estas ações fazem parte de um projeto de pesquisa da UFERSA, coordenado pelo professor Neyton Miranda, e financiado pelo CNPq, em parceria com a EMBRAPA Meio Norte, SEAPAC, APAVA, Coopervida e STTR de Apodi.
“Atividades como essas possibilitam o contato dos estudantes de Mestrado e Doutorado com estudos desenvolvidos para reduzir os impactos ambientais da produção e com alternativas viáveis de desenvolvimento sustentável nas esferas econômica, ambiental e social”, frisou o professor Neyton Miranda. Segundo ele, entre as alternativas está a difusão de tecnologias sobre a cultura do arroz orgânico para as famílias agricultoras do Vale do Apodi e de outros municípios.
O encerramento das atividades ocorreu na sede da Associação dos Produtores de Arroz Vermelho do Vale do Apodi - APAVA, e contou com a presença do presidente da Associação e de membros da diretoria que discorreram sobre a organização da comercialização, a gestão da associação e os tipos de mercado nos quais a APAVA atua, entre eles o Programa de Aquisição de Alimento - PAA do Governo Federal. Também foram abordados assuntos como o custo da produção, logística da produção, assessoria técnica, importância da cultura para região, políticas publicas voltadas para o desenvolvimento da cultura, e sobre o sistema orgânico de produção.
Fonte: Site da UFERSA

segunda-feira

Econtro anual da Batucada Feminista acontecerá em Apodi/RN.

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Governo decide investigar parecer que liberou agrotóxico mais nocivo.

Por Reynaldo Turollo Jr.
Da Folha de São Paulo


A AGU (Advocacia-Geral da União) decidiu investigar o parecer produzido por um de seus procuradores que deu sustentação jurídica para a liberação de agrotóxicos mais nocivos à saúde humana.

O parecer, de um procurador da AGU que atua na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), foi elaborado em março deste ano após questionamento de uma empresa do agronegócio.

Com esse parecer em mãos, conforme a Folha revelou anteontem, a Anvisa mudou seu entendimento da lei de agrotóxicos, de 1989, e passou a liberar produtos mais tóxicos do que os chamados produtos de referência --aqueles que já estão à venda com o mesmo princípio ativo e mesma indicação de uso.

ORIENTAÇÃO ANTERIOR
Anteriormente, a Anvisa orientava as empresas a reformular os produtos nessas condições, de modo a torná-los igualmente ou menos nocivos do que os produtos de referência já disponíveis no mercado.

A classificação toxicológica tem quatro níveis e vai de "pouco" a "extremamente tóxico". A Anvisa pediu o parecer técnico após ser questionada pela empresa CCAB Agro, que queria a liberação de um de seus produtos.

No ofício enviado à AGU, a agência afirmou que a empresa recorrera a congressistas para pressioná-la.

Em resposta à Anvisa, a Procuradoria disse em parecer que produtos nessas condições devem ser liberados, pois um decreto de 2002 restringiu a exigência de menor risco toxicológico somente a produtos com princípio ativo ainda não registrado no país.

Assim, a CCAB conseguiu o registro de seu produto, o Acetamiprid 200 --hoje suspenso por liminar da Justiça Federal em São Paulo.

Outra empresa que se beneficiou do novo entendimento da lei foi a Ourofino Agronegócio. Em fevereiro deste ano --antes, portanto, do parecer--, a Anvisa já havia liberado seu inseticida para cana Singular BR, classificado como mais tóxico do que seu produto de referência, o Regent 800 WG, da Basf, há anos no mercado.

O Singular BR deve chegar neste mês ao mercado. O parecer técnico foi escrito pelo procurador Victor de Albuquerque e aprovado por seu chefe, Maximiliano de Souza.

O Singular e outros seis produtos estão no centro das denúncias do ex-gerente de toxicologia da Anvisa, Luiz Cláudio Meirelles, exonerado enquanto fazia apurações.

Em nota, a AGU afirmou desconhecer esse parecer técnico, feito no âmbito da Anvisa, e disse que vai investigá-lo. As procuradorias nos órgãos federais, de acordo com a Advocacia-Geral da União, têm autonomia em relação à sede.

A Anvisa informou, via assessoria, que não se pronunciaria, pois o parecer técnico é de um funcionário da AGU. A CCAB Agro afirmou, em nota, que seu produto, indicado para as culturas de algodão, tomate e feijão, tem o mesmo nível de toxicidade de 30% do total de defensivos registrados no país.

"Ele está em conformidade com os padrões e por isso foi concedido o registro", afirmou a empresa.