sábado

Barragem Armando Ribeiro sangra e preocupa municípios do Vale

A previsão se confirmou e a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, localizada no município de Itajá, sangrou na manhã dessa sexta-feira, 29.
Entre a tarde de quinta-feira, 28, e às 11h30 de ontem, momento da sangria, o volume de água da barragem subiu os 16 centímetros que ainda restavam para o sangramento. Na tarde de ontem, a lâmina de água já era de 4 centímetros. A previsão era que a barragem amanhecesse esse sábado com uma sangria de 10 a 15 centímetros.
"A sangria foi apressada por uma forte chuva que caiu na noite de quinta-feira no município de Santana do Matos, fazendo com que muita água chegasse até a barragem", informou o técnico do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), responsável pelo monitoramente da Armando Ribeiro Gonçalves, Geraldo Magela.
Desde que foi inaugurada, em 1983, essa é a 13ª vez que a barragem sangra. A primeira sangria, em 1985, foi a maior já registrada, chegando a 4,5 metros. Em 2008, o sangramento chegou bem perto do recorde: 4,32 metros.
Muita gente foi até a barragem para ver o momento em que a água suplantou as barreiras de concretos. A expectativa é que a partir de agora centenas e até milhares de pessoas viagem até Itajá para conferir o que é chamado de espetáculo.
Por enquanto, o acesso de veículos até a Armando Ribeiro Gonçalves está liberado, mas será proibido caso a sangria alcance dois metros.
A Armando Ribeiro Gonçalves é a maior barragem do Rio Grande do Norte, com capacidade para armazenar 2,4 bilhões de metros cúbicos de água.
Uma riqueza que promove desenvolvimento, mas também causa bastante preocupação.
A partir da sangria da barragem, vários municípios da região do Vale do Açu entraram em alerta.
Porém, com exceção de Ipanguaçu, os demais municípios ainda demonstraram tranquilidade.
O prefeito de Assú, Ivan Júnior, disse que não acredita que a barragem possa trazer maiores problemas para o município. "Acredito que a sangria já no mês de maio não causará danos em Assu", declarou o prefeito.
Ivan ressaltou que a prefeitura já adotou as medidas preventivas e que um problema mais sério só ocorrerá "se acontecer um dilúvio" na região.
A Defesa Civil Estadual está atenta e já enviou ajuda para Ipanguaçu.
Uma guarnição do Corpo de Bombeiros de Mossoró já se encontra no município auxiliando no socorro às vítimas da enchente.
O coordenador estadual de Defesa Civil, tenente coronel Josenildo Acioli, afirmou que todo apoio necessário será dado aos municípios do Vale do Açu. "Se for necessário, a Defesa Civil vai destacar guarnições até de Natal para auxiliar os municípios, como já ocorreu em enchentes anteriores", garantiu.

POR: MAGNOS ALVES
Da Redação
Fonte: Jornal De Fato

sexta-feira

Enchentes já desabrigam em Ipanguaçu/RN.

Mais de 50 famílias estão desabrigadas
O inverno deste ano já ganhou proporção de enchente no município de Ipanguaçu. A cada chuva que cai na região do Vale do Açu cresce o tamanho da lâmina de água da sangria do Açude Pataxó e a água avança sobre as casas de centenas de famílias que moram em éreas de risco.
Até a tarde dessa quinta-feira, 28, o número de famílias desabrigadas pela enchente somava mais de 50. A previsão era que mais famílias fossem expulsas de casa por conta do sangramento do Açude Pataxó, que já chegava a 34 centímetros, ainda no dia de ontem.
Três localidades já foram atingidas pela água que desce do Açude. Inicialmente, foi o bairro de Maria Romana, mas nas últimas horas o alagamento também chegou aos bairros de Ubarana e Manoel Bonifácio.
A reportagem do Jornal de Fato esteve no bairro Ubarana e constatou que para sair e entrar em casa as famílias precisam colocar os pés na lama.
Muitas famílias já deixaram suas residências e foram para abrigos ou casas de amigos e parentes.
Quem está insistindo em ficar, sabe que a qualquer momento pode ter que sair também.
É o caso do casal de aposentados Francisco Joaquim da Costa e Anália Bento da Silva.
A água já chegou ao portão da casa deles e se continuar chovendo eles serão os próximos a serem expulsos.
Situação a qual o casal já está acostumado. "Faz nove anos que moramos aqui e enfrentamos sempre o mesmo problema quando tem inverno, relatou Joaquim, criticando, logo na sequência, a falta de atitude do poder público para acabar com os alagamentos em Ipanguaçu".
Anália lembrou que todos os anos são feitas promessas para resolver o problema, "mas nunca é feito nada", lamentou.
A casa dos dois aposentados já está pronta para o pior. Eles resolveram "pendurar" todos os móveis antes mesmo que a água chegue. "No último inverno perdemos vários móveis, que deram um trabalho danado para serem comprados novamente. Por isso, nos preparamos dessa vez", salientou Joaquim.
A enchente expulsa, mas também faz muita gente ficar dentro de casa. Uma dezena de localidades de Ipanguaçu, como Itu, Porto e Água de Pedra, estão ilhadas. Entrar ou sair desses locais só através de canoas.
O agricultor Raimundo de Lima Tavares mora numa parte alta de Ipanguaçu, mas ele também não está livre dos efeitos da enchente. A casa e a propriedade dele estão ilhadas. Para entrar em casa, que fica à beira da RN-118, só encarando a lama. "Olhe (apontando), na minha casa não entra água, mas tem essa dificuldade para entrar e sair por conta dessa água (apontando novamente) que cerca a propriedade", explicou o agricultor, enquanto estava do outro lado da pista.
Neste ano, até o último dia 28, choveu 460.5 milímetros em Ipanguaçu, de acordo com informações da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN).

Por: MAGNOS ALVES
Da Redação
Fonte: Site do Jornal De Fato

Ignacy Sachs reafirma importância dos Territórios da Cidadania

 
Ignacy Sachs reafirma importância dos Territórios da Cidadania
Foto: Ubirajara Machado / MDA
Um dos mais importantes programas sociais do Brasil "que teve a coragem de enfrentar a pobreza nos grotões". Assim é definido o Programa Territórios da Cidadania pelo professor Honorário da École des Hautes Études em Sciences Sociales (Escola de Altos Estudos em Ciência Sociais) de Paris (FR), Ignacy Sachs. O professor que ajudou a conceber o programa foi recebido pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, nesta quarta-feira (27), em Brasília (DF).
Durante o encontro, Ignacy destacou a importância de desenvolver parcerias internacionais com países que de biomas parecidos aos brasileiros. Citou como exemplo a Índia que possui áreas com características semelhantes ao do Seminário nordestino e a Polinésia que tem um bioma tropical úmido com semelhança ao ambiente amazônico.
Neste sentido o professor indicou a possibilidade de intercâmbio de técnicas e conhecimentos que permitam preservar os recursos não renováveis e ao mesmo tempo aumentem a produtividade. “Existe um estreito caminho que devemos buscar. É possível desenvolver estratégias de desenvolvimento que sejam ao mesmo tempo socialmente includentes e ambientalmente sustentáveis”, conclui Ignacy.

quinta-feira

STTR de Apodi retomará o Processo de Formação.

O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Apodi tem sido sempre referência no que diz respeito a Formação dos Agricultores (as) deste Município. A partir do Proxímo Sábado (30), ás 08h00min da manhã, estará sendo iniciado mais um processo de Formação que Visa prepar o Homem e a Mulher do Campo para serem sujeitos Organizados com uma visão crítica e pensante sobre a Importância da Organização das Comunidades e Assentamentos através do Movimento Social.
Várias temáticas serão abordadas durante todo o processo de Formção. Veja a seguir as Temáticas Sugeridas em Reunião de Elaboração do Plano:   

PLANO DE FORMAÇÃO 2011.Temáticas:
*ANALÍSE DE CONJUNTURA POLÍTICA;
*CAMPESINATO;
*AGRICULTURA FAMILIAR;
*MODELO DE DESENVOLVIMENTO: SUSTENTABILIDADE VERSUS AGONEGÓCIO;
*REFORMA AGRÁRIA E ESTRUTURA FUNDIÁRIA;
*RELAÇÕES DE GÊNERO NO MOVIMENTO SOCIAL;
*ÉTICA E CIDADANIA;
*POLÍTICAS PÚBLICAS;
*AGROECOLOGIA;
*POLÍTICA SINDICAL,
*EDUCAÇÃO CONTEXTUALIZADA,
*ECONOMIA SOLIDÁRIA.

As inscrições para participação do Processo de Formação continuam abertas os interessados (as) podem procurarem as fichas de Inscrições na Sede do STTR de Apodi.
No Proxímo Sábado (30) a temática Abordada Será ANALÍSE DE CONJUNTURA POLÍTICA que terá a Participação do Colaborador PLÁCIDO JÚNIOR DA CPT/PE.

Postado por.: Agnaldo Fernandes

Hoje Inicia Jornada de debates sobre câncer


Durante todo o dia de hoje e amanhã, a Associação de Apoio aos Portadores de Câncer de Mossoró e Região (AAPCMR) promove uma maratona de atividades na V Jornada de Onco-Hematologia de Mossoró com os pacientes e familiares de doenças onco-hematológicas, além de estudantes e profissionais da área da saúde, no Hotel Villa Oeste.
Os interessados em participar ainda podem se inscrever, no local do evento, ao custo de R$ 40,00 e inclui material e coffee break. A Unidade de Apoio aos Cuidados Paliativos fica localizada na Rua Manoel Cristino de Morais, 70, Bairro Nova Betânia, telefone (84) 3317-0756. Durante o evento serão ministradas palestras sobre diversos temas relevantes, como: tumores ósseos, leucemia na infância, diagnóstico precoce do câncer infantil, cuidados paliativos, câncer de mama e próstata, entre outros. O evento também contará com participações culturais.
A AAPCMR presta assistência social e amparo à pobreza aos portadores de neoplastia maligna e assistência também à família com intuito de promover bem-estar social e melhorias na qualidade de vida dos pacientes de câncer em Mossoró. No leque de discussão do evento, serão debatidas questões como tumores ósseos na infância, diferenciação de diagnósticos, leucemia, e tratamentos com auxílio da fisioterapia e a necessidade de cuidados paliativos.

Fonte: Jornal De Fato

terça-feira

Documentário desvenda o que tem na nossa comida: substâncias químicas

 


 Por Luiz Carlos Azenha
Do Vi o Mundo

Numa recente madrugada insone vi, na HBO, o documentário Food, Inc.
Veio ao encontro de tudo o que tenho ruminado a respeito da qualidade da comida que consumimos, carregada de fertilizantes químicos, agrotóxicos, conservantes, hormônios e outros venenos.

Casa perfeitamente com as denúncias que temos publicado a respeito do uso de agrotóxicos no Brasil.
Aqui, para a entrevista com a pesquisadora Danielly Palma, que descobriu veneno no leite materno (ouça clicando aqui).
Como presumo que nem todos tenham visto o documentário estadunidense, ainda, sugiro que vejam (encontrei uma versão com legendas em português no You Tube).
Depois, comam, se forem capazes:
[Clique aqui para ver a segunda parte, no You Tube. A partir daí, é só seguir os links, até a parte 10]


Fonte: Site do MST 

Lembranças do Zé

Manifestações aconteceram na terça-feira e ontem. Grupo quer lei que leva o nome do ambientalista (FOTO: IGOR DE MELO
) 
Fim de tarde. As pessoas foram chegando de motocicletas, em carros, ônibus e logo se formou uma multidão em frente ao pequeno memorial erguido na beira da estrada - um cenotáfio, como é chamado. No local, o cantinho da imagem de Nossa Senhora de Fátima, muitas flores e uma faixa de saudades.
Quem estava ali, homenageava o ambientalista José Maria Filho, conhecido como Zé Maria do Tomé, que foi assassinado há um ano no caminho de casa, na estrada que liga a sede de Limoeiro do Norte à pequena localidade do Tomé, na Chapada do Apodi, Região do Jaguaribe.
Agricultor e líder comunitário, Zé Maria lutava por melhorias na comunidade onde morava com a mulher e os três filhos. Protestava contra o uso indiscriminado de agrotóxicos nos plantios do perímetro irrigado Jaguaribe-Apodi.
Para lembrar a data em que ele foi assassinado com 25 tiros (segundo o exame de balística), integrantes da comunidade, lideranças da região, agricultores, integrantes de pastorais sociais e entidades ligadas à proteção ambiental se uniram durante dois dias (terça-feira e ontem) participando de debates, manifestações e celebrações. Lançaram a Campanha Nacional contra o Uso de Agrotóxicos e Pela Vida e exigiram “punição aos mandantes do assassinato de Zé Maria”.
Ontem à noite, os eventos foram encerrados como uma concelebração eucarística presidida pelo bispo diocesano de Limoeiro do Norte, dom José Haring.
Após 12 meses do crime, a Polícia ainda investiga o caso. “Não tenho informações. Só sei que está na Delegacia de Homicídios”, diz Lucinda Xavier, chamada de Branquinha, mulher de Zé Maria. Ela diz que o tempo ainda é curto para amenizar a falta de sente do marido. “A saudade é a mesma. O tempo vai se distanciando, mas a lembrança continua”.
Branquinha chora quando fala do ambientalista. Mas a emoção não impediu que participasse ontem de todas as manifestações e homenagens realizadas no Sítio Tomé que foram programadas pelo Movimento 21, integrado por membros da Cáritas Diocesana, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Pastorais Sociais, universidades e sindicatos. Ontem, pela manhã, houve mobilizações nos bairros de Limoeiro do Norte, com a entrega de panfletos explicando os malefícios causados pelo uso indiscriminado de agrotóxicos.
O Movimento 21 reivindica a criação da Lei Federal Zé Maria do Tomé proibindo a pulverização aérea de agrotóxicos nas plantações, a destinação de áreas para fins de reforma agrária e a garantia de água de boa qualidade para consumo. Estudo realizado pelo Núcleo Tramas, da Universidade Federal do Ceará, coordenado pela médica Raquel Rigotto, constatou a presença de agrotóxicos na água da região e doenças causadas pelo veneno usado.
Rita Célia Faheina
ENVIADA A LIMOEIRO DO NORTE
ritacelia@opovo.com.br
Fonte: http://www.opovo.com.br/

segunda-feira

CHAPADA DO APODI: Limoeiro do Norte é sede de debate sobre os agrotóxicos

Maior do Nordeste e quarto do Brasil em quantidade de estabelecimentos que usam agrotóxico, o Ceará dobrou, em cinco anos, a venda de veneno e ampliou em 963,3% a venda de ingredientes ativos para os venenos. O dado faz parte de estudo coordenado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), consta de pesquisa de doutorado na Universidade de São Paulo (USP) e foi extraído do Censo Agropecuário do IBGE. Então, cada novo produto é mais potente (leia-se: tóxico) que o anterior.
O problema é que embora isso reflita uma maior atividade agrícola, também representou aumento de casos de intoxicação aguda nas pessoas, em que o agrotóxico é o principal responsável.
Desde ontem, representantes do Ministério da Saúde estão em Limoeiro do Norte, onde levantamento médico e científico constatou intoxicação aguda em um de cada três trabalhadores avaliados. Irritação, dores, tonturas, depressão, sangramento, fraqueza óssea, redução de memória, câncer e até morte de trabalhadores rurais foram diagnosticados no entorno de perímetros irrigados na Chapada do Apodi.
Se fosse dividida, por habitante, a quantidade de agrotóxicos que é utilizada no País, é como se cada brasileiro utilizasse cinco litros de veneno por ano. O Brasil é, hoje, o maior consumidor mundial desse produto, e o Ceará já era, em 2008, o maior do Nordeste em consumo e quarto no País, só perdendo para os Estados do Sul, conforme o IBGE. Mas, a cada ano, o aumento de evidências do impacto dos agrotóxicos na saúde das pessoas e do meio ambiente tem colaborado com o aumento da discussão: é possível uma vida saudável com veneno?
Conforme enunciado ontem no editorial do Diário do Nordeste, foi constatado agrotóxico no leite materno das mulheres do Município de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, Estado com a maior atividade agrícola e maior consumidor de agrotóxicos. De um grupo de 62 mulheres voluntárias, "no leite de todas elas foi constatada a contaminação em níveis preocupantes", afirmou editorial. Os dados são da pesquisa da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).
A comparação com o histórico epidemiológico de Limoeiro do Norte é inevitável visto que, de forma tardia, persistem neste Município cearense três combinações que coincidem com a cidade de Lucas do Rio Verde: expansão agrícola com grande uso de agrotóxicos (inclusive pulverização aérea), fiscalização frouxa das leis e uma situação de incredulidade das evidências, seja por parte de produtores agrícolas seja por parcela do poder público.
Levantamentos apontados no estudo epidemiológico realizado pelo Núcleo Trabalho Meio Ambiente e Saúde para a Sustentabilidade (Tramas), da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, trazem dados preocupantes. Foram investigados 35 sintomas gerais (pele, olhos, nariz e garganta e neurológicos), os quais fazem parte dos quadros de intoxicação aguda, subaguda ou crônica por diferentes ingredientes ativos de agrotóxicos.
Trinta e três por cento dos trabalhadores entrevistados referiram quadros que podem ser considerados como intoxicação aguda por agrotóxicos. Do grupo de trabalhadores pesquisados, 37% alegaram dores de cabeça, 18% apresentaram agravo na redução de memória e irritabilidade, e outros 49,3% alegaram problemas de pele e, também, mucosas.
No quadro de distribuição de sintomas em órgãos do corpo e sistemas, num levantamento com trabalhadores rurais, foram constatados vários problemas, dentre os quais irritação de nariz, garganta e olhos, dificuldade respiratória, dores no peito, nas pernas, tonturas, depressão, zumbido, tremores no corpo. De 75 trabalhadores de empresas agrícolas "que se sentiram mal pelo uso dos agrotóxicos por segmento", diz a pesquisa, 45,3% foram atendidos na empresa, 21,3% procuraram hospital público, 5,3% em posto de saúde e, o mais grave, 25,3% não procuraram atendimento médico.
Os estudos foram conduzidos pela médica Raquel Rigotto, pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com apoio do Ministério da Saúde e de outras universidades do País.

Emblemático
Até mesmo dados levantados por órgãos do Governo do Estado são utilizados no contexto do estudo epidemiológico. Mas no círculo de debates, o trabalho é contestado por empresas agrícolas e mesmo órgãos públicos que insistem em desfazer qualquer associação entre o atual modelo agrícola e possíveis impactos causados por agrotóxicos na saúde de trabalhadores rurais.
O caso clínico mais emblemático é de José Vanderley, funcionário de uma empresa multinacional. Por três anos, trabalhou no setor de aplicação de agrotóxicos. Laudo apontou quadro clínico compatível com doença hepática - hepatopatia por substâncias tóxicas, sustentada na evidência de exposição ocupacional prolongada a diferentes ativos de agrotóxicos.

PESQUISA
Risco da pulverização aérea
Na discussão sobre o que pode estar causando doenças em trabalhadores rurais, o agrotóxico é apontado como o grande vilão. E uma de suas ferramentas principais seria a prática da pulverização aérea. Produtores agrícolas e até mesmo engenheiros agrônomos divergem sobre o poder de contaminação de uma pulverização "dentro da lei". De acordo com a Embrapa, mesmo com calibração, temperatura e vento ideais, a pulverização aérea deixa cerca de 32% dos agrotóxicos retidos nas plantas, 49% vão para o solo e 19% vão pelo ar para áreas circunvizinhas da aplicação. É essa última parte a maior reclamação de comunidades na Chapada do Apodi.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), com dados levantados de 2005, por anos eram registradas em média sete milhões de intoxicações severas por agrotóxicos, das quais 70 mil resultaram em morte. Estes agraves somam-se a efeitos crônicos: 25 mil casos de sequelas neurocomportamentais (de cabeça) e 37 mil casos de câncer.

Casos de câncer
Embora Raquel Rigotto e os demais pesquisadores não afirmem categoricamente que os agrotóxicos estejam provocando câncer em Limoeiro, deixam os dados falarem por si: em 23 localizações anatômicas de câncer, prevaleceu incidência em agricultores. Com base no levantamento do Instituto do Câncer do Ceará (ICC), ser agricultor confere maior risco de se ter câncer. Destacam-se: tireoide (1,12), próstata (1,17), laringe (1,30), rim (1,30), cólon - junção reto sigmóide (1,31), esôfago (1,40), olhos e anexos (1,58), tecido conjuntivo (1,62), linfomas (1,63), mama masculina (1,67), mieloma múltiplo (1,83), bexiga urinária (1,88), testículo (5,77), leucemias (6,35), pênis (6,44).
"Há um descontrole institucional na utilização dos produtos", aponta Alice Pequeno, pesquisadora do TRAMAS e que estudou a Chapada do Apodi em sua tese de doutorado na Universidade de São Paulo (USP). Ela reclama da prática comum de apontar apenas o pequeno produtor como culpado pelo uso indiscriminado de agrotóxicos.

"MOVIMENTO 21"Protestos continuam em Limoeiro
O dia 21 de abril marca o primeiro ano de morte do líder comunitário "Zé Maria do Tomé". Caso continua impune
Desde ontem diversos militantes sociais, religiosos, professores e estudantes estão reunidos neste Município para o "Movimento 21", em alusão ao 21 de abril de 2010, quando o líder comunitário José Maria Filho foi assassinado a caminho de casa, na Chapada do Apodi. Hoje pela manhã, centenas de trabalhadores rurais e militantes fazem panfletagem e marcha de protesto contra impunidade, passando pelos bairros Antônio Holanda, Luis Alves de Freitas e Bom Nome. São bairros fornecedores de mão-de-obra para os perímetros irrigados Jaguaribe-Apodi e Tabuleiros de Russas.
Haverá marcha até a sede do Ministério Público do Trabalho, no Centro da cidade, para cobrar a apuração do crime contra o "Zé Maria do Tomé" e sobre as mortes de Vanderlei e Valderi Rodrigues, ambos cujo drama em vida foi acompanhado pela reportagem. As famílias ainda apelam na Justiça.
A morte de José Maria Filho é investigada pela Delegacia de Homicídios. Somente dois meses atrás foi realizado o exame de balística, comprovando que a arma usada no crime é de uso exclusivo das polícias e da Forças de Segurança Nacional.
Zé Maria do Tomé teve 25 perfurações de pistola e fuzil. Ainda hoje movimentos religiosos e sociais lutam para que o caso seja transferido para a Polícia Federal.

Caminhada
Os participantes do "Movimento 21" ainda farão uma caminhada do local do assassinado de José Maria até a praça da comunidade do Tomé, onde ele era líder. Será inaugurado o Memorial Zé Maria, e haverá celebração religiosa. Estudantes das escolas públicas farão apresentações culturais sobre agrotóxicos e o meio ambiente.
O cantor popular Zé Vicente encerrará o ato de um ano da morte do homem que lutava contra o abuso de agrotóxicos na agricultura da região do Baixo Jaguaribe.
Nos últimos meses o Ministério Público do Trabalho em Limoeiro tem realizado reuniões com vários órgãos e empresas para discutir a problemática dos agrotóxicos e as questões trabalhistas na região.
Já foram apresentados relatórios da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), sobre contaminação da água com defensivos químicos, da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), sobre contaminação do lençol freático em Morada Nova, e dados do Núcleo Tramas, da UFC.
A próxima reunião acontecerá no dia sete de junho, aberta para quaisquer interessados.

(Foto: Cid Barbosa/ Diário do Nordeste)
Por Diário do Nordeste

Atenção Juventudes




Próximo domingo, 01 de maio, às 9h da manhã na escola de Santa Rosa, terá continuidade a dinâmica dos encontros de planejamento do Fórum Municipal de Juventude no polo da Região do Vale 2. No dia 17 desse mês aconteceu a reunião no Polo Vale 1, na comunidade de Cipó, onde algumas propostas foram encaminhadas e muitas discussões importantes aconteceram. Um caloroso debate fortaleceu e reativou as discussões de organização do FMJ, que decidiu pela continuação e realização de um planejamento participativo do Projeto Acampamento Férias II edição 2011.

Esse planejamento tem o objetivo principal de elaboração do projeto “Acampamento de Férias 2011” a ser realizado em julho pelo FMJ de Apodi, a princípio proposto a ser realizado através de uma excursão em alguma região do estado do RN ou em alguma região do estado do CE.

Também será discutido a participação do FMJ na reunião Nordeste dos Comitês de Juventude a ser realizado no inicio de junho no estado da Paraíba

Estão convidadas as respectivas comunidades através de seus líderes juvenis (grupos de jovens):

Santa Rosa I e II – Fernando Aires
Lagoa Rasa – Lucilene e Patrício Sales.
Água Fria – Crisnale, Cristina e Neidinha.
Sororoca – Alisson
Bamburral – Francisco Agnaldo e Aldimar Oliveira.
Trapiá – Wallas Vinicius e Raquel

Outras comunidades e outros líderes também estão convidados a participar, a reunião é aberta a participação. Haverá um café da manhã partilhado, por tanto, solicitamos aos participantes a contribuição no café, levando qualquer oferte de partilha.

OBS: Nesse encontro sera marcado os encontros da regiao da
Pedra, Corrego, Chapada,  e Cidade.

Enviado Por Jerlândio Moreira
Diretor do FMJ

Alimentação escolar mais saudável com produtos da agricultura familiar


A produção da agricultura familiar no Amazonas está qualificando o cardápio das mais de 300 mil refeições servidas diariamente aos alunos das 453 escolas da rede pública de ensino de Manaus (AM), integrante do Território da Cidadania Manaus e Entorno. São 126 famílias de agricultores familiares que desde 2010 fornecem, toda semana, mais de cinco mil quilos de frutas, verduras, legumes, peixes às escolas por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
“O Programa trouxe vários benefícios para os agricultores familiares, como a distribuição de renda e fomento para o setor primário”, destaca Leís Batista, gerente do Controle de Qualidade da Merenda Escolar da Secretaria Municipal de Educação (Semed/Manaus). Segundo ele, além das escolas, os alimentos adquiridos são destinados a entidades filantrópicas atendidas pelo PNAE, como centros municipais de educação infantil e creches.
A Lei da Alimentação Escolar nº 11.947/2009, determina que no mínimo 30% do recurso do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) seja investido na compra de produtos da agricultura familiar. Cada agricultor pode vender para o PNAE até R$ 9 mil por ano. “Com isso, os agricultores contam com outra alternativa de renda, além da expectativa de aumentar as vendas”, disse Batista.
Comercialização dos alimentos
Abóbora, arroz, abacaxi, banana pacovã, banana in natura, cheiro verde, couve, macaxeira, mamão, farinha de mandioca, feijão de praia, pimenta de cheiro, limão, laranja, ovos de galinha e farinha de tapioca estão proporcionando o crescimento do valor nutritivo das refeições nas escolas. A entrega dos alimentos é garantida por agricultores familiares dos municípios de Carauari no Território da Cidadania Médio Juruá, Manicoré no Território da Cidadania Madeira, Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo, ambos do Território da Cidadania Manaus e Entorno, Lábrea e das comunidades Ramal do Pau Rosa e Costa do Tabocal no Rio Amazonas.
A Associação dos Produtores Agroextrativistas da Colônia do Sardinha, situada no município de Lábrea, fornece para as escolas de Manaus produtos agropecuários e de pesca. Com a venda para o PNAE, os alunos são beneficiados com um produto de boa qualidade e o agricultor recebe o valor justo pelo seu produto.
A Prefeitura de Manaus adquire os gêneros alimentícios por meio da Semed. Para evitar o desperdício e melhorar a eficiência da distribuição dos produtos da agricultura familiar, a Semed realiza uma programação prévia de entrega com todos os fornecedores (cooperativas e associações) antes da adquirir os alimentos. “Essa ação garante o aproveitamentos total da produção e também de lucro”, esclarece Batista.
Fonte: Site do MDA.

domingo

Mensagem de Páscoa da Coordenadora Local do Mova Brasil.

Clique na Imagem para ampliar
A Coordenadora Local do Mova Brasil, Edjanete Fernandes, que Coordena o Núcleo Sonhadores da Chapada juntamente com seu Monitores (as) Deseja a todos (as) Apodienses e Felipenses Um Ótima Páscoa.
Postado Por: Agnaldo Fernandes

Desculpa Vai...

Gostaríamos de Pedir desculpas aos diversos (as) Companheiros (as) que Visitam diariamente o nosso Blog pela ausência de postagem recentes; é que andávamos muito atarefados, fato este que consumiu muito o nosso tempo. Outro fato é o Nosso Computador que se encontrava em concerto, porém problemas resolvidos estaremos a partir de agora trazendo as informações no tempo real. Desde já agradecemos a todos (as) nossos Visitantes pela compreensão.
Postado por: Agnaldo Fernandes.