Em 2014, o Brasil elegeu deputados e
senadores que renderam ao Congresso Nacional o rótulo de “mais
conservador” desde a redemocratização do país. A bancada ruralista na
Câmara Federal reelegeu 64% de seus deputados e, no Senado, haverá pelo
menos 21 parlamentares afinados com os interesses do setor do
agronegócio brasileiro.
O cenário político nacional ainda amarga
as nomeações para o Executivo federal, a exemplo do Ministério da
Agricultura com a ex-senadora Kátia Abreu (PMDB), que surpreenderam as
organizações e movimentos de defesa da Agricultura Familiar, da
Agroecologia que apoiaram e tiveram papel decisivo no desfecho da
campanha da presidenta Dilma Roussef (PT). Por outro lado, Patrus
Ananias (PT) escolhido para assumir o Ministério de Desenvolvimento
Agrário, já deu declarações que fazem frente à postura de Abreu.