sábado

Chapada do Apodi: O poligono da Exclusão

A mão do cearense Augusto Marcelino da Silva, 82 anos, é áspera como lixa metálica, depois de mais de cinco décadas de trabalho no campo como meeiro de um latifúndio vizinho. Da varanda da casa, na comunidade KM 69, distrito de Limoeiro do Norte, a 205 quilômetros de Fortaleza, avista-se uma ponta da plantação de bananas da norte-americana Del Monte Fresh Fruits, gigante da fruticultura que há uma década atua na região.
No fundo da casa, a Del Monte também é visível: uma área de mais de 1,5 mil hectares de terra nua, onde até recentemente a empresa cultivava abacaxi irrigado para exportar para os EUA e a Europa. A Chapada do Apodi, onde mora seu Augusto, separa o Ceará do Rio Grande do Norte e é uma extensa área de terras férteis e valiosas do Semiárido, desde que irrigadas. Na política de desenvolvimento regional, é tida como um polo promissor da fruticultura made in Brazil e de dólares para a balança comercial. Ou uma fonte inesgotável de problemas ambientais e socioeconômicos, segundo os críticos da monocultura em larga escala.
Alguns anos atrás, a multinacional com sede em Coral Gables (Flórida), atraída pelos incentivos estaduais, fez de tudo para convencer seu Augusto a vender a sua pequena área. Como a extensão é insuficiente para a agricultura comercial isolada, a família vive da aposentadoria rural dos mais velhos e do leite tirado de 12 vacas. “Avisei logo que não vendia”, diz o produtor, sentado ao lado da esposa, dona Rosa, que chega com o café fresquinho. “Eles nem insistiram muito, logo viram que eu tava falando sério. Quem vendeu terra por aqui e não comprou logo outra ficou sem terra e sem dinheiro.”
O que levou seu Augusto a viver ali com a família, onde estão desde 1977, não existe mais. “Antes eu caçava preá e outros bichos pra comer, além de plantar algodão na parte da fazenda que deixavam pra mim. Também tinha muita fruta por aqui, carnaúba. E a água no poço dava pra gente beber.” Ao longo das décadas de 70 e 80, sempre dominada pela oligarquia cearense, a chapada perdeu a mata, derrubada para abastecer as indústrias cerâmicas e para dar lugar ao algodão, cultura que entrou em crise a partir de meados dos anos 80. Os preás sumiram de vista. E, mais recentemente, a água deixou de ser potável, por causa do uso inadequado dos agrotóxicos e ao consumo crescente, após a chegada das grandes plantações de frutas – o abacaxi da Del Monte, mas principalmente a banana, que ocupa mais de 3 mil hectares na região. Resultado: o déficit hídrico, segundo especialistas, chega a 4 milhões de metros cúbicos de água ao ano no Aquífero Jandaíra.
Ao contrário de seu Augusto, os vizinhos foram aceitando as propostas da multinacional e de outras empresas que migraram para lá. Os mapas mais recentes de Limoeiro, por conta do êxodo, já não incluem a KM 69. E a maioria das cerca de 70 famílias que moravam ali até alguns anos atrás foi para a periferia da cidade, enquanto poucos conseguiam comprar terras em outros lugares. Hoje sobraram apenas quatro famílias.
Quando começar o período das chuvas, diz quem conhece a região, a situação tende a piorar. A Del Monte substitui aos poucos o abacaxi por banana e tem planos de pulverizar agrotóxico com aviões, como fazem as demais. O “veneno” será levado pelo vento para os canais de irrigação, como tem ocorrido nos últimos tempos, conforme reportagem publicada por CartaCapital na edição 610.
A mesma água dos canais segue para as casas da chapada, a despeito da contaminação comprovada por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará, sob a coordenação da professora Raquel Rigotto. A UFC encontrou água contaminada nos poços artesianos, lençol freá-tico e nas torneiras das casas. Além do “veneno” usado nas bananeiras, a pesquisa também encontrou princípios ativos do agrotóxico do abacaxi, cultivado na região exclusivamente pela empresa norte-americana até uns meses atrás.
Principal porta-voz das campanhas contra as pulverizações aéreas, o líder comunitário José Maria Filho foi assassinado no dia 21 de abril, com 18 tiros. A partir de sua morte, a bandeira ficou com o MST local, a Igreja e pesquisadores da cidade. Ouvidor da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Fermino Fecchio visitará a região nas próximas semanas para acompanhar as investigações. “O Ceará é conhecido por seus grupos de extermínio, daí a necessidade de ir à região para pressionar”, diz Fecchio.
De volta a Limoeiro, percebe-se que por ali as informações são escassas, quando não abertamente deturpadas. Quando o repórter pergunta a seu Augusto se ele não pretende sair dali quando começarem as pulverizações, ele desdenha: “Esse veneninho vai fazer mal pra gente? Ele não mata nem muriçoca!”, comenta, reforçando a impressão de que dali ele não sai. E evidentemente sem atinar para as conclusões científicas que indicam a presença de princípios ativos “altamente tóxicos e persistentes” nas águas.
Com ações negociadas na Bolsa de Nova York e faturamento anual de 3,5 bilhões de dólares, a Del Monte Fresh Fruits tem um histórico de problemas causados nos países onde atua. Assim como a irlandesa Fyffes, também presente na região, outra gigante de atuação internacional. Em 2008, por exemplo, as duas foram acusadas pela União Europeia de fazer parte do “cartel da banana”, responsável por reduzir os preços das frutas compradas na América Latina. A Del Monte recebeu multa de 60 milhões de dólares pelo caso, enquanto a Fyffes, que comprou no Brasil a Nolem e atua com o nome de Banesa, saiu ilesa. As duas também já foram acusadas de desestabilizar governos que contrariavam seus interesses e até de terem financiado, uns anos atrás, milícias na Colômbia. O poder que elas têm é compreensível: em alguns países, elas detêm o monopólio da produção.
O passivo ambiental, ainda que gravíssimo, não é a única encrenca em que essas empresas se meteram no Brasil. Há anos as duas “empresonas” – assim como as brasileiras Fruta Cor e a Agrícola Famosa – atuam dentro do Perímetro Irrigado Jaguaribe-Apodi, utilizando lotes familiares para a produção de bananas e uma estrutura de irrigação de mais de 50 milhões de reais construída com dinheiro público. De responsabilidade do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), a área foi desapropriada em 1986, da qual mais de 150 pequenos produtores ficaram sem a terra e sem a indenização. A intenção divulgada na ocasião era a de dividir a área em lotes de 4 a 16 hectares entre os ‘irrigantes’, como deveria acontecer em todos os perímetros irrigados do Nordeste.
O que se passa ali, no entanto, é algo bem diferente, como descreve o procurador Luiz Carlos de Oliveira Júnior, do Ministério Público Federal em Limoeiro: “O Dnocs parece ter perdido inteiramente o controle dos lotes, sendo certo que grandes empresas e grandes agricultores ocupam inúmeros lotes destinados a pequenos assentados. A Del Monte, por exemplo, estava a cercar terras pertencentes ao Dnocs (ou seja, à União), conforme fotos que acompanham a representação. É relevante frisar que boa parte da área recebeu maciços investimentos federais, contando com ampla infraestrutura que se acha a serviço de empresas privadas”.
Tudo seguia até que a morte de Zé Maria despertou atenção para a chapada. Diante da ação do procurador, a Justiça Federal chegou a um Termo de Ajustamento de Conduta, homologado em julho. E deu prazo de seis meses, a expirar em outubro, para o Dnocs identificar as próprias terras, realizar nova licitação para os pequenos concessionários e retirar os invasores. Em ofício de 5 de janeiro de 2008, por sinal, o próprio Dnocs relaciona algumas das empresas que se encontram nessa condição: “Existem empresas que invadiram terras do Dnocs, é o caso da Banesa (Fyffes), da Del Monte e da Carbomil Química S.A.”, anota o despacho, assinado pelo diretor José Felipe Cordeiro.
Autora de uma dissertação sobre a Chapada do Apodi, a geógrafa Bernadete Freitas resume da seguinte forma o que se passa, desde a mudança de orientação do perímetro, iniciada nos anos 90: “O incentivo à inserção de empresas nacionais e transnacionais intensificou o processo de expropriação de agricultores familiares do perímetro, levando a uma forte concentração de terras sob o domínio dessas empresas. Há mais empregos, porém, em condições de extrema vulnerabilidade”.
Diante das dúvidas, uma equipe liderada por dois engenheiros agrônomos do departamento federal encontra-se em Limoeiro com a missão de levantar as informações para, em seguida, iniciar o processo de regularização fundiária. “Ocorre que os irrigantes cadastrados originalmente nunca tiveram registro das terras, que acabaram ficando com a União”, diz Reinaldo Costa, um dos engenheiros do Dnocs. “O cadastro da Fapija, a federação responsável por administrar o perímetro, indica que existem 324 irrigantes que, ao fim do processo receberão um novo contrato de concessão para usar as terras. Algumas áreas do Dnocs também estão requeridas em processos de usucapião, o que não é permitido em terras públicas. Ou seja, ainda vai haver uma briga grande na Justiça.”
Presidente da Fapija, Raimundo dos Santos, o Alemão, como é conhecido na cidade, sai em defesa das empresas que atuam na área do perímetro, argumentando que espera o Dnocs concluir seus trabalhos para refazer o cadastro de concessionários. “Aqui sempre houve muita pobreza, são essas empresas que estão trazendo o desenvolvimento pra cá. Elas geram empregos e dão para o pequeno as condições técnicas pra aumentar a produtividade. Quando perdemos os bananais no ano passado, com as chuvas fortes, o governo não apareceu para ajudar. O apoio do governo federal e do estadual, por sinal, é zero.” A ausência do Estado chega ao limite de deixar os pequenos produtores sem assistência técnica alguma porque a licitação para contratar uma empresa para a tarefa, também a cargo do Dnocs, foi considerada irregular. Por outro lado, as empresas, inclusive nas áreas fora do perímetro, ajudam decisivamente a Fapija, ao pagar pela água usada na irrigação.
Diretor do Dnocs, cuja sede localiza-se na capital cearense, Rennys Aguiar Frota assumiu o cargo há três meses, após uma disputa jurídica que ameaçava vetar a sua nomeação. “Mandamos os técnicos e constituímos uma comissão que está refazendo o cadastro do perímetro. Sei que estamos com um passivo do tamanho do mundo, mas com essas ações vamos separar o joio do trigo. Nessa história, tem os que venderam irregularmente os lotes do Dnocs e aqueles que compraram irregularmente esses mesmos lotes. Por outro lado foram as grandes empresas que deram viabilidade comercial ao perímetro, o mais viável do Ceará. Mas sabemos que esses contratos de gaveta são completamente irregulares”, afirma Frota.
As empresas, por sua vez, negam que haja qualquer irregularidade. “Nos seus dez anos em atividades no Brasil, a Del Monte se orgulha em mencionar que não possui qualquer passivo de ordem ambiental, tampouco registros, sequer um, seja de que natureza for, que coloque as operações da companhia sob suspeição.” A argumentação das outras empresas que atuam no perímetro segue na mesma direção, a despeito do que diz o Ministério Público Estadual (que investiga a contaminação das águas), do Ministério Público Federal (que cuida da regularização fundiária) e do próprio Dnocs, que tem a obrigação legal de zelar pelo patrimônio público.
Fonte: Site da ASA.

Encontro Estadual da ASA

Nos 14 e 15 de setembro teremos o Encontro Estadual da ASA. O encontro acontecerá no seminário Santa Terezinha, em Mossoró.

Feira Feminista acontecerá em Mossoró dias 14 a 16 de Outubro de 2010.



CONVITE

Prezado(a) Senhor(a),
Que compõe Grupos e/ou Instituições.

Vimos por meio deste, convidar Vossa Senhoria, para participar da 1ª Feira de Economia Feminista e Solidária dos Territórios Sertão do Apodi e Assu-Mossoró - Rio Grande do Norte, que ocorrerá nos dias 14, 15 e 16 de outubro de 2010, na cidade de Mossoró-RN.
Esta FEIRA é fruto da parceria firmada entre o Grupo Mulheres em Ação e o Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA. O mesmo tem como objetivo fortalecer a organização produtiva das mulheres, a partir da formação e da comercialização dos produtos nas Feiras Territorial e Estadual do Rio Grande do Norte. A partir de um processo participativo, interagindo com a sociedade, a partir de representantes de coletivos de mulheres e instituições parceiras.
Apresentamos ainda, a programação que compõe a Feira Territorial:

- Inscrições dos grupos: De 01 a 15 de setembro de 2010 (Grupo Mulheres em Ação);
- Reunião Territorial, com representantes dos grupos e instituições parceiras, no dia 17 de setembro de 2010.
- Capacitação para formação de preços e apresentação de produtos nos dias 23 e 24 de setembro com representantes dos 60 (sessenta) grupos selecionados;
- Durante a Feira ocorrerá momentos de formação política, trabalhando as temáticas: Economia Solidária, Sistema Participativo de Garantia e Políticas Públicas.

Certas de contarmos com vossa participação, desde já agradecemos pelo envolvimento neste evento que é nosso.
E o sucesso da Nossa Feira Territorial de Economia Feminista e Solidária só depende de nós. Vamos Participar!

Atenciosamente,

Francione Maria de Lemos Pereira
Coordenadora Geral.

Ainda o 11 de Setembro

Nove anos depois o terrorismo tornou-se mundial, a guerra alastrou ao Médio Oriente e o confronto é directo, como queria Bin Laden e provavelmente também Bush. Nove anos depois temos leis mais restritivas, menos liberdades e maior controle policial, como queria Bush e provavelmente também Bin Laden. Nove anos depois os ocidentais têm medo que uma bomba lhes rebente no subsolo e os orientais que uma lhes caia em cima da cabeça, tornou-se normal dizermos que "estamos em guerra", tornou-se moda desejarmos "líderes fortes" em vez de mais Democracia; no ocidente a Esquerda está em crise, no oriente toda a Democracia está em crise, os fundamentalistas islâmicos e cristãos ganham terreno; a economia está em recessão (menos no Brasil), o petróleo triplicou de preço, os texanos e os sauditas estão ricos; a Europa está mais fraca e dividida, a América mais arrogante e o Irão mais isolado. Nove anos depois Bin Laden e Bush são os grandes vencedores e nós, o povo que não se reconhece, os perdedores. O projecto Bin Laden e o projecto Bush são curiosamente coincidentes: Bin Laden quer expulsar os americanos da Arábia, provocar regimes islamitas e, numa segunda fase, eventualmente lançar a jihad mundial- para isso, nada melhor que uma América arrogante; Bush quis expandir ao limite o poder da América, ou melhor, daquilo que a América é símbolo e guardião, a fase imperial do capitalismo- para isso, nada melhor que uma ameaça. Infelizmente para todos nós, o mundo está pior desde o 11 de Setembro, mas não para todos: menos para aqueles que partilham os projectos de Bush ou Bin Laden.

sexta-feira

STTR de Apodi; FOAFAP; Agricultores e Pequenos Propietários da Chapada do Apodi entregam Documento Contra a Irrigação da Chapada a Autoridades.

Fátima Bezerra já está com o Documento em Mãos
Valmir Alves (Delegado do MDA), passará o Documento
para o Ministro do MDA


SINDICATO DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS DE APODI.
Fundado em 30/11/1963 - CNPJ.: 08.041.931/0001-40 - Carta Sindical 139.50468
Rua Nonato Mota, 106, Centro CEP.: 59700 - 000
Telefax (084) 3333- 2269 E-mail: strapodi@hotmail.com.br


Oficio nº 39/2010


Excelentíssimo (a) Senhor (a): Fátima Bezerra, Valmir Alves e Paulo Henrique.
Deputada Federal, Delegado do MDA e Secretário do SEARA.


Os Agricultores (as) Familiares e Pequenos Proprietários da Chapada do Apodi; o Fórum da Agricultura Familiar de Apodi (FOAFAP) e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Apodi/RN vêm através deste solicitar a intervenção de Vossa Senhoria no Projeto de Irrigação da Chapada do Apodi, que vem sendo implantado pelo DNOCS, tendo em vista que com a conclusão do Projeto supracitado acontecerá a desapropriação de oito mil moradores daquela região (dos quais na primeira fase serão 5.200 há desapropriados).
Ressaltamos também que outros projetos de desapropriação para fins de irrigação de estados próximos (Ceará – Russas; Cabeça Preta e de Pernambuco- Cabrobó) estão sem uso para irrigação, pois estas regiões hoje estão inexploradas em virtude do uso abusivo de substâncias químicas, reforçando que as famílias que lá habitavam, estão hoje marginalizadas, morando em favelas, sendo vítimas de drogas, álcool, prostituição e violência.
O nosso município, mais precisamente a Chapada do Apodi, é o segundo maior produtor de mel de abelha em nível nacional (Fonte: IBGE, 2009) e um dos maiores produtores de rebanho de caprinovinocultura do Brasil. Caso este projeto venha se concretizar, temos a certeza que nossos apiários, nossos rebanhos, nosso solo, nossa água, nosso ar e nosso meio ambiente serão fortemente afetados.
Portanto, solicitamos sua compreensão em nos apoiar, nós que somos pequenos e médios produtores de Apodi contra esta forma de projeto, no qual obriga as famílias a venderem a contragosto suas terras e que o mesmo está sendo gerido e invertendo a seqüência lógica, porque os/as agricultores/as estão totalmente contra. Pedimos sua sensibilização para esta questão.
Nesse sentido os Agricultores/as Familiares em sua reunião mensal de Setembro de 2010 discutiram e deliberaram as seguintes sugestões:

* Suspensão imediata da implantação do projeto do DNOCS na Chapada do Apodi;
* Que o DNOCS apresente imediatamente o projeto pensado para a região e promova o debate para construção da gestão e participação democrática no projeto;
* Restituição de bens destruídos durante a ação dos funcionários do DNOCS;

Certo de sermos atendidos nos despedimos com votos de estimas e considerações.
Apodi/RN, 10 de Setembro de 2010.



José Holanda de Morais
Coordenador do Fórum da Agricultura Familiar de Apodi/RN

Francisco Edilson Neto
Presidente do STR de Apodi/RN

quinta-feira

E Tome mobilização contra o Projeto de Irrigação da Chapada do Apodi

Logo mais postaremos mais imagens do movimentado dia de ontem no auditório do STTR, onde os Agricultores Familiares e Pequenos Proprietários da Chapada do Apodi estiveram reunidos no sentido de reivindicar os seus direitos.

O Fórum da Agricultura Familiar de Apodi entrega reivindicações a Deputada Federal Fátima Bezerra.

Valmir Alves - Delegado do MDA
Disciussões com o MDA
Agricultores (as) atentos
Boa participação dos Agricultores (as) Familiares de Apodi
Agricultura Familiar:
"Quem não Vive dela depende dela pra viver".


O Fórum das Associações de Apodi e o Sindicato de Trabalhadores Rurais de Apodi, em sua reunião mensal ordinária, discutiram e deliberaram as seguintes questões sobre a implantação do PROJETO DE IRRIGAÇÃO DO DNOCS, na Chapada do Apodi:

PROPOSTAS:

* Suspensão imediata da implantação do projeto do DNOCS na Chapada do Apodi;
* Que o DNOCS apresente imediatamente o projeto pensado para a região e promova o debate para construção da gestão e participação democrática no projeto;
* Restituição de bens destruídos durante a ação dos funcionários do DNOCS;
* Não desapropriar as áreas de assentamento do PROGRAMA DE CRÉDITO FUNDIÁRIO e da REFORMA AGRÁRIA;
* Não desapropriar as áreas de comunidades tradicionais da agricultura familiar;

Fórum da Agricultura Familiar de Apodi - FOAFAP
Sindicato de Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais de Apodi - STTR de Apodi

APAVA Comemora ínicio das Instalações de Unidade de Beneficiamento de Arroz


Depois de um longo tempo de luta e reivindicações a Cadeia Produtiva do Arroz vê novos horizontes surgindo. Durante muito tempo os agricultores que plantam Arroz no Vale do Apodi tiveram seus direitos renegados, entretando, hoje é tempo de colher os frutos de todo o percusso de mobilização que estes realizaram no sentido da busca para a melhoria desta classe. 
Com muitas reivindicações e Organização a APAVA (Assciação dos Produtores de Arroz do Vale do Apodi), consegui com que a Prefeitura municipal sedesse o lugar de Instalação de uma Unidade de Beneficiamento do Arroz, desta maneira os arrozeiros conseguem maiores lucratividades, tendo em vista que o lucro até hoje tem ficado nas mãos de atravessadores.
A APAVA conta atualmente com 54 Sócios, e consegui o finaciamento deste grandioso Projeto devido o seu nível de organização que possui. O projeto é financiado pelo Programa de Desenvolvimento Solidário, que tem como objetivo geral, contribuir para a redução da pobreza e a promoção do desenvolvimento local sustentável. Segundo Bebé, presidente da APAVA, o valor total do projeto é de R$ 89.000,00 (oitenta e nove mil reais), onde já foi liberando uma parcela de R$ 31.000,00 (trinta e um mil reais), faltando à liberação de duas parcelas. Com a primeira parcela já iniciou-se a construção dos galpões.

STTR promoveu grande debate entre Agricultores Familiares e Técnicos do DNOCS

Participação Significativa da População
Edilson Neto - Presidente do STTR
Fátima Bezerra Deputada Federal
Hugo Manso Candidato ao Senado
Técnico do DNOCS
Valmir Alves Delegado do MDA
Protesto de Pequenos Proprietários
Macaé seu relato de Experiência de Vida
Edjarles Pediu mais respeito do DNOCS com os
Agricultores (as)
Isaías afirmou que os Agricultores não irá desistir
dessa LUTA
Edilson Neto e Fátima Bezerra
Na tarde de Ontem 08 de Setembro de 2010, os Agricultores (as) e Pequenos Proprietários da região da Chapada do Apodi estiveram presente na Reunião de Apresentação do Projeto de Irrigação da Chapada do Apodi.
A reunião ainda contou com a Presença da Deputada Federal e Pré-Candidata Fátima Bezerra, o Pré-Candidato ao Senado Federal Hugo Manso, o Delegado do MDA Valmir Alves, Renato Alencar do IFRN. Vale salientar que foram várias as falas em contra posição ao modelo que está sendo seguido para a Instalação do Projeto. "O modelo veio de cima para abaixo e agora querem nos empurrar esse projeto pelas guelas" reclamou morador da Chapada.
Ficou tirado como encaminhamento a entrega de Oficío a Deputada Federal Fátima Bezerra que irá repassar para os Ministérios e o Presidente Lula, no sentido de paralisar de imediato o Projeto, tendo em vista que a insatisfação é imensa entre os agricultores da Região. 
O Projeto Contabilizará no seu valor TOTAL 242.579.627,30 de Reais.
Nota Nossa: Na história do Brasil, jamais um "Mega-Projeto" foi feita para beneficiar quem é da Baixa Classe Social.  

" STTR DE APODI:POR UMA IRRIGAÇÃO DA CHAPADA DO APODI PARA QUEM PRECISA"
Essa luta também é Nossa.

segunda-feira

Agradecimentos ao Professor Alan Martins

Professor Alan Martins
Alan Martins é Professor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA, no Departamento de Ciências Ambientais e Tecnológicas. Este que constantemente visita o blog Notícias do Campo, o que nos deixa bastante honrados com sua participação por aqui, com sugestões e divulgação do nosso trabalho através de seu blog; acesse:


O nosso sinceros votos de gratidão ao Professor Alan Martins que faz parte da Coordenação do Projeto de Intervivência Universitária Potiguar. A sua visita nesse espaço é sempre muito bem vinda.

Agrotóxicos em amostras de ar, água da chuva, sangue e urina

Da Campanha por um Brasil Ecológico,
Livre de Transgênicos e Agrotóxicos

Esta semana o jornal Folha de S. Paulo divulgou resultados de uma pesquisa desenvolvida em parceria entre a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e a UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), que mediu efeitos do uso de agrotóxicos em Campo Verde e Lucas do Rio Verde (médio-norte de Mato Grosso), dois dos principais municípios produtores de grãos do estado.
Os pesquisadores encontraram resíduos de agrotóxicos no sangue e na urina de moradores, em poços artesianos e amostras de ar e de água da chuva coletadas em escolas públicas.
Segundo informado pela Folha, o monitoramento da água de poços revelou que 32% deles continham resíduos de agrotóxicos, também achados em mais de 40% das amostras de chuvas (!!).
Já 11% das amostras de ar tinham resíduos de tóxicos como o endossulfam. Este produto está entre os 14 ingredientes ativos que a Anvisa colocou em reavaliação toxicológica em 2008.

16º Grito dos Excluídos e Plebiscito Popular marcam Semana da Pátria em 2010

Onde estão nossos direitos? Vamos às ruas para construir um projeto popular. É com esse lema - acompanhado do mote permanente Vida em primeiro lugar - que o Grito dos Excluídos chega, em 2010, a sua 16ª edição. Realizada durante o período da Semana da Pátria desde 1995, a manifestação popular tem o objetivo de promover a reflexão sobre a exclusão social no país. Neste ano, o Grito dos Excluídos acontece junto com o Plebiscito Popular Pelo Limite da Propriedade de Terra, e são organizados em Sergipe através da Central Única dos Trabalhadores de Sergipe (CUT/SE), Movimentos Sociais, Sindicatos e a Igreja Católica.
De acordo com Cristiano Cabral, vice-presidente da CUT/SE, o objetivo geral do 16° Grito dos Excluídos é anunciar, em diferentes espaços e manifestações populares, sinais de esperança com a perspectiva de transformação, através da unidade, organização e das lutas populares. “Nós queremos chamar a atenção da população para a questão dos direitos sociais colocados na Constituição, mas que não acontecem. É através da participação e organização popular que nós iremos construir propostas concretas na tentativa de encontrar soluções mais eficazes”, garantiu Cabral.
O 16° Grito dos Excluídos em Sergipe será realizado no dia 07 de setembro, às 09h da manhã, e terá concentração na Praça da Catedral, no Centro de Aracaju, seguindo pela Rua da Frente até a Barão de Maruim, entrando na Avenida logo após o desfile cívico. Direito à moradia digna e acesso à saúde e educação de qualidade são apenas algumas demandas que estarão em pauta durante a manifestação do Grito. Segundo Cristiano Cabral, o importante é mostrar para a sociedade que o país cresce, mas não se desenvolve se não é capaz de reduzir as desigualdades. Dignidade não é ser só consumidor. Para se ter dignidade, precisamos ser cidadãos com direitos e acesso à justiça, esclarece, acrescentando que a mudança só é conseguida de baixo para cima.
Após 15 edições, a mobilização conseguiu ser referência para a população de uma atividade realizada no mês de setembro, apesar de não fazer parte das atividades oficiais do dia 07 de setembro, como os desfiles de armas e cavalarias.

Plebiscito

Outra contribuição dada pelo Grito dos Excluídos é a realização em conjunto com Plebiscitos Populares. Neste ano, acontece o Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra. A consulta popular ocorre até a amanhã, terça-feira (7) em todos os estados do país. Antes desse, foram realizados - também durante a Semana da Pátria - plebiscitos populares: sobre Dívida Externa (em 2000); a respeito da Área de Livre Comércio das Américas - Alca (2002); e pela anulação do leilão de privatização da Vale (2007).
Para Cristiano Cabral, da CUT Sergipe, a população deveria ser consultada em diversos projetos, como, por exemplo, a questão da Transposição do Rio São Francisco. A sociedade não se sente mais representada nessa democracia. Ela deve ser participativa e direta. Por isso não podemos deixar de denunciar todas as formas de injustiças promovidas pelo sistema capitalista, implantado em nosso país, e que causa a destruição e a precarização da vida das pessoas e do planeta, afirmou.

Fonte: Assessoria de Comunicação
Central Única dos Trabalhadores de Sergipe (CUT/SE)

domingo

STTR manteve parceria com a UERN na II SEMANA DE VIVÊNCIA UNIVERSITÁRIA POTIGUAR




No período de 3 a 5 de setembro, aconteceu, no Centro de Treinamento Libânia Lopes Pessoa (Seminário Santa Terezinha), em Mossoró/RN, a II Semana de Vivência Universitária dos Jovens de Apodi/RN. Trata-se de uma das etapas do Projeto de Pesquisa Intervivência Universitária no Oeste Potiguar, que tem o fomento do Edital 023/2008 do MCT/CNPq/CT-AGRONEGÓCIO/MDA, desenvolvido numa parceria entre UERN, UFERSA e o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Apodi (STTR). Tem como público alvo 18 jovens de comunidades rurais do município citado selecionados por critérios estabelecidos pelo parceiro do município.
Tem como objetivos principais a socialização de tecnologias para a inclusão social através da intervivência universitária, colaborando para a transformação dos jovens participantes em agentes de desenvolvimento em suas localidades. Para tanto, pesquisas foram realizadas pelos jovens bem como pelos bolsistas da universidade do curso de Gestão Ambiental envolvidos, para levantar temáticas inerentes vida dos jovens em suas comunidades. A partir dos diagnósticos realizados foram eleitas as temáticas de formação dos jovens as quais compõem a programação desta segunda semana.
A coordenação do projeto é composta pelos professores Alan Martins (Ciência e Tecnologia/UFERSA); Geovânia Toscano (Ciências Sociais/UERN), Jorge Luís Oliveira (Gestão Ambiental/UERN) e colaboradoras: Márcia Egina, Ana Cláudia, Gessiane e Edna Guilherme, todas vinculadas ao curso de Gestão Ambiental/UERN.
Fonte: Agência de Comunicação - AGECOM - UERN