sexta-feira

Na Zona Rural de Apodi

Comunidades Rurais reclamam das pessímas condições em que estão e Tem alguém Vivendo Sobe pressão.

Fonte: Charge Retirada do
 Site da Gazeta do Oeste.

Gargalheiras sangra e Armando Ribeiro sobe

Com capacidade de armazenamento de 44 milhões de metros cúbicos de água, o açude Gargalheiras, localizado no município de Acari, sangrou no início da manhã dessa quinta-feira, 19, somando agora 14 reservatórios administrados pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), que estão sangrando no Rio Grande do Norte.
O sangramento do Gargalheiras preocupa municípios do Seridó e do Vale do Açu, já que a água desce para a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em Itajá, cuja lâmina de água voltou a subir.
Na tarde de ontem, a sangria da Armando Ribeiro alcançou o maior nível do ano, alcançando 98 centímetros. A expectativa era que a lâmina de água superasse um metro até o final do dia, segundo opinou Hermenegildo Macedo, agente de atividade agropecuária do DNOCS.
Nessa quinta-feira, o secretário estadual de Justiça e Cidadania, Thiago Cortêz, visitou as áreas alagadas no bairro João XXIII em Caicó. O secretário declarou que ações emergenciais estão sendo providenciadas pelo Governo do Estado para ajudar as famílias atingidas pelas águas. O bairro João XXIII teve 77 famílias atingidas diretamente pelas chuvas que caíram entre a terça-feira e a quarta-feira.

Fonte: Site do Jornal De Fato

quinta-feira

Transgênicos causam problemas ambientais, de saúde e de soberania, afirma Stedile

  
Integrante da coordenação do Movimento Nacional dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stédile aponta danos ambientais, de saúde pública e de soberania provocadas pelo cultivo de organismos geneticamente modificados. Em palestra na noite desta terça-feira (17), na sede do Sindicato dos Bancários, na capital paulista, ele atribuiu aos conglomerados multinacionais a responsabilidade pelos problemas.
Ele afirmou que há indícios de que o aumento do nível de chuva no Sudeste é consequência da substituição de áreas florestais na região da Amazônia Legal por vastas plantações de soja -- praticamente toda transgênica.
Na prática, por se tratar da variedade Roundup, patenteada pela Monsanto por ser alterada geneticamente para resistir a um herbicida desenvolvida pela divisão de agrotóxicos do mesmo conglomerado, todas as outras espécies -- daninhas ou não -- não sobrevivem. A extinção da biodiversidade altera o equilíbrio de chuvas.
"Esse desequilíbrio, nós sentimos em São Paulo e na Serra Fluminense", exemplificou. "Em função do desmatamento de floresta para plantar uma variedade única – de soja ou de pasto – permite que a chuva que cairia apenas lá, passaram a viajar para São Paulo e Rio de Janeiro. É o rio que viaja pela atmosfera", explica.
Em termos de saúde pública, um dos principais indicadores dos riscos advém de um estudo publicado por Vanderlei Pignatti, médico nutricionista e professor da Universidade Federal do Mato Grosso, acompanhou um grupo de mulheres por dez anos na cidade de Lucas de Rio Verde, a 350 quilômetros da capital.
Em estudo divulgado no início deste ano, ele constatou, pelo menos nos últimos dois anos, traços dos agrotóxicos aplicados na agricultura. "A mulher acumula o material e passa aquilo para o bebê dela, uma dose de veneno por dia", alerta Stédile.
Soberania
Stédile lembra que as sementes geneticamente modificadas de soja e de milho são capazes de contaminar outras plantações. O cultivo das variedades transgênicas implica pagamento de royalties às empresas que detêm a propriedade intelectual sobre os organismos. Ainda que parte dos agricultores tente resistir ao avanço dessa tecnologia, ele corre o risco de precisar pagar royalties por ter plantas contaminadas.
"O grau de contaminação entre áreas é muito grande na soja e no milho, alcançando um raio de oito quilômetros", afirmou Stédile. "O pólen das plantas na fazenda vizinha é levada pelo vento e o agricultor corre o risco de produzir soja transgênica sem querer. Com isso, humanidade corre o risco de só ter variedades transgênicas em 50 anos."
Protestos
Protestos e pressão sobre gerentes de supermercado são formas de aprofundar a luta por identificação de produtos que contenham sementes transgênicas em sua composição.
Para o ativista, vale até chamar a ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). "Tem que exigir a rotulagem, porque é lei, mas desrespeitada", sustenta. "Se tiver produto não rotulado, tem que cobrar o gerente do supermercado. Se precisar, chama a imprensa, o Samu, qualquer coisa para chamar a atenção", divertiu-se. "Se perguntarem quem vai ficar doente, pode responder que isso vai acontecer em breve com tanto transgênico. Ou então ameace dar um tapa no gerente da loja", brincou.
"Brigue com o gerente, porque é o primeiro que está na frente", explicou. "Para que ele (gerente) leve a reclamação adiante até chegar na Bunge (gigante do setor de alimentos)." Em casos em que não seja suficiente, ele sugeriu a denúncia ao Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), ao MInistério Público Federal e a outros órgãos públicos. As declarações foram feitas na noite desta terça-feira (17) em São Paulo. Ele participou de debate na sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Ele lembrou sobre a exigência de que os rótulos de produtos que usem alimentos geneticamente modificados em sua composição contenham o alerta (um triângulo amarelo com uma letra "T" escrita em preto). "Foi um avanço, e faço um reconhecimento público ao ministro (da Justiça) Márcio Thomaz Bastos", admitiu.

A medida, tomada em dezembro de 2003, primeiro ano do mandato do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Stédile não perdoa outra medida adotada oito meses antes, em março daquele ano. "Lula, num dos maiores erros de sua gestão, aceitou as ameaças de que, se não legalizassem os transgênicos, o Rio Grande do Sul iria quebrar, e editou medida provisória liberando o cultivo da soja da Monsanto", critica.
Confira a palestra de Stédile sobre transgênicos clicando aqui.

Por Anselmo Massad
Da
Rede Brasil Atual

Pequenos agricultores e assentados fazem marcha e protesto em Porto Alegre

Mais de 3.000 pequenos agricultores da Via Campesina realizaram uma grande marcha em Porto Alegre , na manhã desta quarta-feira (18), para exigir que o governo federal faça a renegociação das dívidas da agricultura familiar. Foi ocupado também o pátio do prédio do Ministério da Fazenda.


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MPA mobiliza 15 mil e faz audiências com governo federal
Os trabalhadores do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), que integram a Via Campesina, marcharam pela Av. Borges de Medeiros, no centro de Porto Alegre até o prédio do Ministério da Fazenda.
Os pequenos agricultores pretendem ficar no local por tempo indeterminado.
“O ponto principal da mobilização é a questão do endividamento, fundamentalmente com relação ao governo federal porque as dívidas junto ao governo do estado foram anistiadas. Estamos pautando também temas que dizem respeito ao governo do estado e que ainda não foram resolvidos”, aforma o assentado Isaias Vedovatto, do MST.

* A consolidação em um único contrato das dívidas de custeio e investimento dos camponeses e assentados da Reforma Agrária;
* Alongamento do prazo de pagamento para 15 anos, com 2 anos de carência e juro zero;
* Bônus de adimplência de 30% em cada parcela repactuada;
* Desconto de R$ 12 mil por família, incluindo o crédito emergencial;
* Acesso a novos financiamentos.

Por Bianca CostaFotos Leandro Silva.
Da Página do MST

Aquífero Guarani está contaminado por agrotóxicos

O Aquífero Guarani, manancial subterrâneo de onde sai 100% da água que abastece Ribeirão Preto, cidade do nordeste paulista localizada a 313 quilômetros da capital paulista, está ameaçado por herbicidas.
A conclusão vem de um estudo realizado a partir de um monitoramento do Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto (Daerp) em parceria com um grupo de pesquisadores, que encontrou duas amostras de água de um poço artesiano na zona leste da cidade com traços de diurom e haxazinona, componentes de defensivo utilizado na cultura da cana-de-açúcar.
No período, foram investigados cem poços do Daerp com amostras colhidas a cada 15 dias. As concentrações do produto encontradas no local foram de 0,2 picograma por litro - ou um trilionésimo de grama. O índice fica muito abaixo do considerado perigoso para o consumo humano na Europa, que é de 0,5 miligrama (milésimo de grama) por litro, mas, ainda assim, preocupa os pesquisadores, que analisam como possível uma contaminação ainda maior.
No Brasil, não há níveis considerados inseguros para as substâncias. Ainda assim, a presença do herbicida na zona leste - onde o aquífero é menos profundo - acende a luz amarela para especialistas. Segundo Cristina Paschoalato, professora da Unaerp que coordenou a pesquisa, o resultado deve servir de alerta. "Não significa que a água está contaminada, mas é preciso evitar a aplicação de herbicidas e pesticidas em áreas de recarga do aquífero", disse ela.
O monitoramento também encontrou sinais dos mesmos produtos no Rio Pardo, considerado como alternativa para captação de água para a região no longo prazo. "Isso mostra que, se a situação não for resolvida e a prevenção feita de forma adequada, Ribeirão Preto pode sofrer perversamente, já que a opção de abastecimento também será inviável se houver a contaminação".

Continue Lendo a Matéria clicando:  AQUI

Do DCI
Fonte: Site do MST

quarta-feira

Ações do STTR de Apodi repercutem na Blogosfera

* Do Blog do Caramurú

O Presidente do Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais do município de Apodi, Francisco Edilson Neto, trouxe para a reunião do colegiado territorial uma discussão muito importante. Trata-se do projeto de irrigação de 5 mil hectares da Chapada do Apodi com base no modelo tecnológico desenvolvido no baixo Assu.

Projeto de morte foi o adjetivo que o presidente Edilson deu para caracterizar um investimento de R$ 275.000.000,00 numa tecnologia altamente dependente de agrotóxicos e modelo de retirada de famílias para redistribuição da terra em bases de lotes que serão repassados para profissionais das ciências agrárias, empresários e novos agricultores.

Alternativamente, o sindicalista falou do sucesso atual da agricultura familiar que vem conseguindo elevar o padrão de vida das famílias do campo a partir de atividades agroecológicas que combina diversos tipos de criações animais com policultivos de grãos, frutas e hortaliças. “A Chapada é hoje uma grande produtora de mel e a renda das famílias assegura as três refeições, a compra de eletromésticos, melhorias habitacionais e a aquisição de meios de transportes. Vivemos felizes em paz com a natureza. Isto é sucesso”, concluiu Edilson.

* Imagem www.portalkgb.blogspot.com

* Do Blog Marmota Apodiense


Está acontecendo nesse momento no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Apodi mais uma discussão junto aos agricultores e agricultoras das varias regiões do município de Apodi, sobre as problemáticas do uso do agrotóxico em nosso município os efeitos negativos dessa pratica.

Em instantes traremos mais detalhes. Aguarde.

Por Jerlândio Moreira 


 * Do Blog Marmota Apodiense
Foto Arquivo

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Apodi, Edilson Neto, junto com uma equipe do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, iniciou na manha de hoje, 18, uma discussão plausível sobre o projeto de Irrigação da Chapada do Apodi, em defesa do pequeno agricultor que será fortemente prejudicado, com o atual modelo do projeto.


Por Jerlândio Moreira
Com informações de Ivone Brilhante e Wberlhane Pereira

  NOTA NOSSA:
OBRIGADO A TODOS OS COMPANHEIROS (AS) QUE BLOGAM AS NOSSAS AÇÕES E DIVULGM O NOSSO TRABALHO, QUE É FRUTO DE UMA GRANDE ORGANIZAÇÃO SOCIAL QUE O MUNICIPIO DE APODI POSSUI. SOMOS GRATOS DE TODAS AS FORMAS A TODOS QUE NOS AJUDAM NA LUTA POR UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA E IGUAL PARA TODOS.
 REFERÊNCIAS PARA ESTA POSTAGEM: BLOG MARMOTA APODIENSE E BLOG NOTÍCIAS DO SERTÃO.

Dia Bastante Movimento no STTR de Apodi

Queremos pedir desculpas aos nossos Visitantes pela a ausência de postagem neste dia (18), pois várias foram as atividades desenvolvidas nos dias de hoje o que consumiu bastante o nosso tempo. Amanhã traremos as Imagens e Informações das Ações desenvolvidades hoje por toda a Equipe do STTR de Apodi.
Lutar por dias melhores para o homem e a mulher do campo é o nosso Dever e nossa Obrigação.

Postado por: Agnaldo Fernandes.

terça-feira

Plantadores (as) de Arroz do Vale do Apodi estão Organizando cada vez mais a Cadeia Produtiva do Arroz.

Prof. Neyton de Oliveira Miranda (UFERSA)





Durante a manhã do Ultimo Domingo (15), vários agricultores (as) plantadores de Arroz no Vale do Apodi estiveram se reunindo na Comunidade de Queimadas, no sentido de estarem contribuindo cada vez para o Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Arroz do Município de Apodi.
O cultivo de arroz no Vale do Apodi, no Rio Grande do Norte, está sendo objeto de pesquisa da Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Por meio do Projeto Avaliação, Introdução e Difusão de Cultivares de Arroz de Tipos Especiais e Tecnologia para a Produção, Coordenado pelo professor do Departamento de Ciências Ambientais e Tecnologias para Produção no Vale do Apodi-RN,  Neyton de Oliveira Miranda, e aprovado pelo CNPq.
Segundo o professor Neyton Miranda o projeto irá beneficiar 23 famílias da Comunidade Reforma e mais de 360 da região do Vale. A pesquisa conta também com a parceria do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Apodi, Associação de Produtores de Arroz do Vale do Apodi, Associação dos Produtores Rurais dos Produtores da Comunidade Reforma, do Serviço de Apoio a Projetos Alternativos Comunitários (SEAPAC) e da Embrapa Teresina.
Nesse Primeiro momento serão instaladas Unidades Demonstrativas (UD) nas Comunidades Rurais de Reforma, Queimadas, Baixa Fechada e Santa Rosa.

Postado por: Agnaldo Fernandes.
Referências para esta postagem: Site da UFERSA

O PLANETA ESTÁ NO LIMITE

Esgotamento ambiental

Por um lado, há mais bocas para alimentar e, em geral, com maior poder aquisitivo. Por outro, ondas de calor, secas, enchentes e outros desastres induzidos pela mudança climática estão destruindo safras e reduzindo os estoques de grãos nos mercados mundiais. Nos últimos meses, várias secas atingiram a produção de grãos de regiões da Rússia e da Ucrânia, e enchentes enormes ocorreram no Brasil e na Austrália; agora, outra seca está ameaçando o cinturão de grãos da China.
Os grandes aquíferos que forneciam água para irrigação estão sendo esvaziados. Em alguns lugares da Índia, o nível das águas está baixando vários metros anualmente nos últimos anos. Alguns poços estão próximos da exaustão, com uma salinidade tão alta que parece que infiltraram águas oceânicas no aquífero.
Se não mudarmos, uma calamidade é inevitável. E é aqui que entra Gandhi. Se nossas sociedades estão correndo segundo o princípio da ganância, com os ricos fazendo de tudo para ficarem mais ricos, a crescente crise de recursos levará a uma ampla divisão entre ricos e pobres – e muito possivelmente a uma crescente luta por sobrevivência.
Texto: Jeffrey D. Sachs é professor de Economia e diretor do Instituto Terra da Universidade Columbia. Ele também é conselheiro especial da Secretaria Geral das Nações Unidas para as Metas do Milênio.
Tradução: Katarina Peixoto (para Carta Maior; publicado originalmente na Al Jazeera)

MPA promove jornada por investimentos na produção na pequena agricultura

No marco de seus 15 anos de história, o Movimento dos Pequenos Agricultores vai novamente às ruas reafirmar o seu compromisso com a luta do campesinato. Entre os dias 16 a 20 de maio, cerca de 15 mil camponeses estarão mobilizados em mais de 10 estados na Jornada Nacional de Luta do MPA.
Entre as principais reivindicações da jornada estão as políticas públicas para o fortalecimento do campesinato, produção de alimentos saudáveis e erradicação da pobreza no campo, que incluem: crédito subsidiado para produção de alimentos, investimentos para comercialização e beneficiamento da produção, energia elétrica de qualidade e com tarifas reduzidas para produção de alimentos, moradia digna para as famílias camponesas.
Além disso, a adequação da legislação sanitária para comercialização da produção camponesa, rebate nas dívidas dos pequenos agricultores e educação adequada à realidade das famílias no campo.
Durante esse período, diversas audiências nacionais e estaduais estarão sendo realizadas para garantir a pauta de reivindicação do movimento. Já foram solicitadas reuniões com o Ministério da Fazenda, Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Ministério da Agricultura, Ministério das Cidades, Secretaria Geral da República, Ministério do Desenvolvimento Social e combate à fome (MDS), Ministério do Meio Ambiente (MMA), Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Companhia Nacional de abastecimento (Conab) e Embrapa.
A jornada traz também como pauta central o combate ao uso de agrotóxicos, tema que vem sendo discutido com a sociedade por meio da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, lançada em abril deste ano. O Brasil é bicampeão mundial em consumo de agrotóxicos.
Em 2009, foram mais de 1 bilhão de litros utilizados na agricultura, e os cultivos vinculados ao agronegócio lideram o ranking de aplicação de veneno. Somente a cultura da soja é responsável por 51% do montante de agrotóxicos comercializados no país.
Para o MPA, o fim do uso de agrotóxicos deve estar ligado a uma nova dinâmica de produção no campo, caracterizada pelo fim dos latifúndios e dos monocultivos, e que priorize a produção de alimentos para garantia da soberania alimentar do povo a partir da agricultura camponesa com base agroecológica.

Da Comunicação do MPA
Fonte: Site do MST

O planeta está no limite

Necessidade vs. Ganância
Há o suficiente na Terra para suprir as
necessidades de todo mundo, mas
não para as ganâncias de todo mundo…Gandhi
O maior líder moral da Índia, Mahatma Gandhi tem a famosa máxima segundo a qual há o suficiente na Terra para suprir as necessidades de todo mundo, mas não para as ganâncias de todo mundo. Hoje, o insight de Gandhi está sendo posto em teste mais do que nunca. 
O mundo está rompendo os limites no uso de recursos. Estamos sentindo diariamente o impacto de enchentes, tempestades e secas – e os resultados aparecem nos preços no mercado. Agora nosso destino depende de se cooperamos ou ficamos vítimas da ganância autodestrutiva.
Os limites da economia global são novos, resultam do tamanho sem precedentes da população mundial e da disseminação sem precedentes do crescimento econômico em quase todo o mundo. Há no momento sete bilhões de pessoas no planeta; há meio século, eram três bilhões. Hoje, a renda média per capita está em torno de 10 mil dólares; no mundo rico, em torno de 40 mil dólares, e no mundo em desenvolvimento, em torno de 4 mil. Isso significa que a economia mundial está agora produzindo em média 70 trilhões de dólares em rendimentos totais por ano, comparados a algo como 10 trilhões, em 1960.
A economia da China está crescendo em torno de 10% ao ano. O crescimento da Índia está próximo do mesmo índice. A África, a região com o crescimento mais lento, está batendo a casa dos 5% no crescimento anual do PIB. Sobretudo os países em desenvolvimento estão crescendo em torno de 7% ao ano, e as economias desenvolvidas em torno de 2%, mantendo o crescimento global em algo como 4,5%.
Texto: Jeffrey D. Sachs é professor de Economia e diretor do Instituto Terra da Universidade Columbia. Ele também é conselheiro especial da Secretaria Geral das Nações Unidas para as Metas do Milênio.
Tradução: Katarina Peixoto (para Carta Maior; publicado originalmente na Al Jazeera)

segunda-feira

Selo de Inspenção Municipal (SIM) de Apodi em Discussão.


Imagem Retirada da Internet

Na Proxíma Quarta-Feira (18) vários Agricultores (as) Familiares de Apodi que Trabalham com  Economia Solidária Popular estarão se reunindo a partir das 8h00min na Sede do STTR de Apodi para discutirem a Criação/Elaboração do Selo de Inspeção Municipal (SIM). Várias lideranças e Entidades estarão participando deste momento que é o marco inicial para a crição de um Serviço  muito importante para toda a Sociedade apodiense, tendo em vista que a criação deste Selo (SIM) beneficiará a todos (as) os Agricultores (as) que comercializam os seus produtos, abrindo novos mercados de Comercialização como também a toda a população de Apodi e Região que garante a qualidade dos Produtos Inspecionados para o Consumidor.
Portanto, todos que interessam essa discussão deverão se fazer presentes neste evento, no sentido de colaborarem na criação do SIM de Apodi.

O QUÊ? 
Reunião para Criação/Elaboração do Selo de Inspeção Municipal de Apodi.
QUANDO?
18/05/2011 às 8h00min.
ONDE?
Sede do STTR de Apodi.
Com Informações de Edjarles Fernandes -
Articulador do Brasil Local.
 Postado Por.: Agnaldo Fernandes

Quatro frases que fazem o nariz do Pinóquio crescer

1 – Somos todos culpados pela ruína do planeta
A saúde do mundo está feito um caco. ‘Somos todos responsáveis’, clamam as vozes do alarme universal, e a generalização absolve: se somos todos responsáveis, ninguém é. Como coelhos, reproduzem-se os novos tecnocratas do meio ambiente. É a maior taxa de natalidade do mundo: os experts geram experts e mais experts que se ocupam de envolver o tema com o papel celofane da ambiguidade. Eles fabricam a brumosa linguagem das exortações ao ‘sacrifício de todos’ nas declarações dos governos e nos solenes acordos internacionais que ninguém cumpre.
Estas cataratas de palavras – inundação que ameaça se converter em uma catástrofe ecológica comparável ao buraco na camada de ozônio – não se desencadeiam gratuitamente. A linguagem oficial asfixia a realidade para outorgar impunidade à sociedade de consumo, que é imposta como modelo em nome do desenvolvimento, e às grandes empresas que tiram proveito dele. Mas, as estatísticas confessam..
Os dados ocultos sob o palavreado revelam que 20 por cento da humanidade cometem 80 por cento das agressões contra a natureza, crime que os assassinos chamam de suicídio, e é a humanidade inteira que paga as consequências da degradação da terra, da intoxicação do ar, do envenenamento da água, do enlouquecimento do clima e da dilapidação dos recursos naturais não-renováveis.
A senhora Harlem Bruntland, que encabeça o governo da Noruega, comprovou recentemente que, se os 7 bilhões de habitantes do planeta consumissem o mesmo que os países desenvolvidos do Ocidente, “faltariam 10 planetas como o nosso para satisfazerem todas as suas necessidades.” Uma experiência impossível.
Mas, os governantes dos países do Sul que prometem o ingresso no Primeiro Mundo, mágico passaporte que nos fará, a todos, ricos e felizes, não deveriam ser só processados por calote. Não estão só pegando em nosso pé, não: esses governantes estão, além disso, cometendo o delito de apologia do crime. Porque este sistema de vida que se oferece como paraíso, fundado na exploração do próximo e na aniquilação da natureza, é o que está fazendo adoecer nosso corpo,  está envenenando nossa alma e está deixando-nos sem mundo.

2 – É verde aquilo que se pinta de verde
Agora, os gigantes da indústria química fazem sua publicidade na cor verde, e o Banco Mundial lava sua imagem, repetindo a palavra ecologia em cada página de seus informes e tingindo de verde seus empréstimos. “Nas condições de nossos empréstimos há normas ambientais estritas”, esclarece o presidente da suprema instituição bancária do mundo. Somos todos ecologistas, até que alguma medida concreta limite a liberdade de contaminação.
Quando se aprovou, no Parlamento do Uruguai, uma tímida lei de defesa do meio-ambiente, as empresas que lançam veneno no ar e poluem as águas sacaram, subitamente, da recém-comprada máscara verde e gritaram sua verdade em termos que poderiam ser resumidos assim: “os defensores da natureza são advogados da pobreza, dedicados a sabotarem o desenvolvimento econômico e a espantarem o investimento estrangeiro.”

O Banco Mundial, ao contrário, é o principal promotor da riqueza, do desenvolvimento e do investimento estrangeiro. Talvez, por reunir tantas virtudes, o Banco manipulará, junto à ONU, o recém-criado Fundo para o Meio-Ambiente Mundial. Este imposto à má consciência disporá de pouco dinheiro, 100 vezes menos do que haviam pedido os ecologistas, para financiar projetos que não destruam a natureza. Intenção inatacável, conclusão inevitável: se esses projetos requerem um fundo especial, o Banco Mundial está admitindo, de fato, que todos os seus demais projetos fazem um fraco favor ao meio-ambiente.
O Banco se chama Mundial, da mesma forma que o Fundo Monetário se chama Internacional, mas estes irmãos gêmeos vivem, cobram e decidem em Washington. Quem paga, manda, e a numerosa tecnocracia jamais cospe no prato em que come. Sendo, como é, o principal credor do chamado Terceiro Mundo, o Banco Mundial governa nossos escravizados países que, a título de serviço da dívida, pagam a seus credores externos 250 mil dólares por minuto, e lhes impõe sua política econômica, em função do dinheiro que concede ou promete.
A divinização do mercado, que compra cada vez menos e paga cada vez pior, permite abarrotar de mágicas bugigangas as grandes cidades do sul do mundo, drogadas pela religião do consumo, enquanto os campos se esgotam, poluem-se as águas que os alimentam, e uma crosta seca cobre os desertos que antes foram bosques.

3 – Entre o capital e o trabalho, a ecologia é neutra
Poder-se-á dizer qualquer coisa de Al Capone, mas ele era um cavalheiro: o bondoso Al sempre enviava flores aos velórios de suas vítimas... As empresas gigantes da indústria química, petroleira e automobilística pagaram boa parte dos gastos da Eco 92: a conferência internacional que se ocupou, no Rio de Janeiro, da agonia do planeta. E essa conferência, chamada de Reunião de Cúpula da Terra, não condenou as transnacionais que produzem contaminação e vivem dela, e nem sequer pronunciou uma palavra contra a ilimitada liberdade de comércio que torna possível a venda de veneno.
No grande baile de máscaras do fim do milênio, até a indústria química se veste de verde. A angústia ecológica perturba o sono dos maiores laboratórios do mundo que, para ajudarem a natureza, estão inventando novos cultivos biotecnológicos. Mas, esses desvelos científicos não se propõem encontrar plantas mais resistentes às pragas sem ajuda química, mas sim buscam novas plantas capazes de resistir aos praguicidas e herbicidas que esses mesmos laboratórios produzem. Das 10 maiores empresas do mundo produtoras de sementes, seis fabricam pesticidas (Sandoz-Ciba-Geigy, Dekalb, Pfizer, Upjohn, Shell, ICI). A indústria química não tem tendências masoquistas.
A recuperação do planeta ou daquilo que nos sobre dele implica na denúncia da impunidade do dinheiro e da liberdade humana. A ecologia neutra, que mais se parece com a jardinagem, torna-se cúmplice da injustiça de um mundo, onde a comida sadia, a água limpa, o ar puro e o silêncio não são direitos de todos, mas sim privilégios dos poucos que podem pagar por eles. Chico Mendes, trabalhador da borracha, tombou assassinado em fins de 1988, na Amazônia brasileira, por acreditar no que acreditava: que a militância ecológica não pode divorciar-se da luta social. Chico acreditava que a floresta amazônica não será salva enquanto não se fizer uma reforma agrária no Brasil. Cinco anos depois do crime, os bispos brasileiros denunciaram que mais de 100 trabalhadores rurais morrem assassinados, a cada ano, na luta pela terra, e calcularam que quatro milhões de camponeses sem trabalho vão às cidades deixando as plantações do interior. Adaptando as cifras de cada país, a declaração dos bispos retrata toda a América Latina. As grandes cidades latino-americanas, inchadas até arrebentarem pela incessante invasão de exilados do campo, são uma catástrofe ecológica: uma catástrofe que não se pode entender nem alterar dentro dos limites da ecologia, surda ante o clamor social e cega ante o compromisso político.

4 – A natureza está fora de nós
Em seus 10 mandamentos, Deus esqueceu-se de mencionar a natureza. Entre as ordens que nos enviou do Monte Sinai, o Senhor poderia ter acrescentado, por exemplo: “Honrarás a natureza, da qual tu és parte.” Mas, isso não lhe ocorreu. Há cinco séculos, quando a América foi aprisionada pelo mercado mundial, a civilização invasora confundiu ecologia com idolatria.

A comunhão com a natureza era pecado. E merecia castigo. Segundo as crônicas da Conquista, os índios nômades que usavam cascas para se vestirem jamais esfolavam o tronco inteiro, para não aniquilarem a árvore, e os índios sedentários plantavam cultivos diversos e com períodos de descanso, para não cansarem a terra. A civilização, que vinha impor os devastadores monocultivos de exportação, não podia entender as culturas integradas à natureza, e as confundiu com a vocação demoníaca ou com a ignorância. Para a civilização que diz ser ocidental e cristã, a natureza era uma besta feroz que tinha que ser domada e castigada para que funcionasse como uma máquina, posta a nosso serviço desde sempre e para sempre.
A natureza, que era eterna, nos devia escravidão. Muito recentemente, inteiramo-nos de que a natureza se cansa, como nós, seus filhos, e sabemos que, tal como nós, pode morrer assassinada. Já não se fala de submeter a natureza. Agora, até os seus verdugos dizem que é necessário protegê-la. Mas, num ou noutro caso, natureza submetida e natureza protegida, ela está fora de nós. A civilização, que confunde os relógios com o tempo, o crescimento com o desenvolvimento, e o grandalhão com a grandeza, também confunde a natureza com a paisagem, enquanto o mundo, labirinto sem centro, dedica-se a romper seu próprio céu.


Por Eduardo Galeano
Escritor e jornalista uruguaio

Fonte: Site do MST