sábado

Agricultores de Apodi participam da IV Conferência Nacional da CSD em São Paulo.


Delegação Potiguar
Entre os dias 2 e 4 de março, a CUT Socialista e Democrática (CSD) está realizando a sua IV Conferência Nacional, em São Paulo. Na oportunidade o município de Apodi/RN, assim como a Agricultura Familiar Potiguar, estará representada pelos companheiros (as) Agricultores (as) Kika e Agnaldo do STTR de Apodi, e a mobilizadora social Wberlhane Cavalcante do STTR de Upanema. Além dos companheiros militantes da área do Comércio que atuam na região oeste do RN, José Rodrigues e Aílson Costa que fazem parte do Sindicato dos Comerciários de Mossoró e Região Oeste (SECOM-RN).
O evento está acontecendo no Hotel San Raphael, na zona central da cidade, e terá como objetivos principais a realização de um balanço dos 10 anos da experiência do sindicalismo combativo na construção da CUT e a preparação da intervenção da corrente sindical no XI Congresso da central sindical, que ocorrerá esse ano.
A abertura da conferência acontecerá na sexta-feira, às 18h, e será transmitida ao vivo pela internet. O link para a transmissão será divulgado posteriormente pelos site da CSD e pelo portal da DS.
Confira abaixo a programação completa: 

IV Conferência Nacional da CUT Socialista Democrática – CSD 
Sexta-feira | 02 de março 
15h00   Início do credenciamento
            Reunião Rurais CSD
18h00   Abertura da IV Conferência Nacional da CSD
            Ato político: CSD 10 anos construindo a CUT para uma nova fase da luta de classes
21h00   Jantar

Sábado | 03 de março 
09h00      Apresentação do Anteprojeto de Resolução
               • Em meio à crise mundial do neoliberalismo, um novo ciclo de desenvolvimento no Brasil
               • A CUT na construção do bloco histórico da revolução democrática
               • O feminismo e a Revolução Democrática
               Exposições: Anderson Campos e Nalu Faria
12h30      Almoço
15h30      Apresentação do Anteprojeto de Resolução
               • CSD: 10 anos construindo a CUT para a nova fase da luta de classes
               Exposição: Rosane Silva
21h00     Confraternização Não me chame pra uma revolução onde eu não possa dançar

Domingo | 04 de março 
09h00  Votação das emendas
                Eleição da Coordenação Nacional da CSD (triênio 2012-2015)

terça-feira

Pulverização de agrotóxicos deixou crianças com deficiência grave na Índia.

Luana Taís Nyland
Blog do Instituto Humanitas Unisinos


Em uma nota para o blog do Instituto Humanitas Unisinos – IHU foram relatadas algumas das consequências de exploração do trabalho infantil, entre elas, crianças que sofreram com acidentes caseiros ou agressões físicas ao precisarem trabalhar para ajudar a família e sobreviver. Além dessas, as explorações de trabalhos agrícolas com crianças, adolescentes e adultos, em alguns vilarejos deKerala, trouxeram consequências da pulverização de pesticidas. Na metade das famílias têm uma criança com deficiência grave. A companhia multinacional Bayer dispôs-se a retirar da Argentina, em 2009, o endosulfan, que já estava proibido em mais de 60 países, incluindo toda a União Europeia. Ele era utilizado de forma massiva nos campos de soja, algodão, girassol, milho e tabaco. E em 2011 a história continua….
A reportagem do sítio The Guardian, traduzida por Moisés Sbardelotto traz a situação do povo de Kerala. “Em uma pequena casa afastada de uma estrada principal cercada por plantações de castanhas de caju, Chandika Raí pega seu filho de 11 anos, Kaushiq, e o carrega para a sala da frente da casa. Por 30 minutos, enquanto o médico, uma enfermeira e um fisioterapeuta estão lá, a sua vida é um pouco mais fácil. Depois que a equipe médica vai embora – para uma casa vizinha, onde outra criança seriamente incapacitada está esperando –, Chandika fica sozinha novamente. O Dr. Asheel tem uma grande demanda no Kattuka, um amontoado de casas de cimento e madeira em uma encosta de terra vermelha e luxuriantes árvores verdes no extremo norte do estado indiano de Kerala. Em 50% das casas do vilarejo, há uma criança ou um adulto com sérias deficiências.”

.
Os ativistas dizem que a situação das milhares de pessoas como Chandika e Kaushiq significa que o envenenamento por endosulfan no sul da Índia é um dos desastres mais graves desse tipo no mundo – e um dos menos conhecidos. A Suprema Corte indiana deu continuidade à proibição do uso de endosulfan. Rejeitando os argumentos de dezenas de produtores, que dizem que não há ligação entre o pesticida e as deficiências observadas em Kerala e no estado vizinho de Karnataka, os juízes mantiveram a moratória sobre o uso do produto químico na Índia.
.
Durante 20 anos, os helicópteros eram uma visão frequente no céu ao longo dos distritos de Kasagod, em Kerala, e de Dakshina Kannada, em Karnataka. Duas ou três vezes por ano, eles faziam rasantes para pulverizar produtos químicos sobre os cajueiros plantados em fazendas recentemente desmatadas. Muitos dos moradores jamais haviam visto um helicóptero antes e não tinham ideia do que eles estavam fazendo. Havia 60 comunidades no entorno das plantações de caju, que produzem castanhas para o mercado indiano ou para exportação, e, depois de alguns anos, os moradores se acostumaram com a pulverização. Depois, no fim dos anos 1980, os médicos visitantes começaram a perceber uma grande variedade de problemas de saúde, particularmente entre as crianças, e começaram a suspeitar que a culpa era do endosulfan.
.
As consequências podem se agravar, pois testes realizados no ano passado encontraram altos níveis de endosulfan ainda no solo. Com isso, dezenas de milhares de crianças não nascidas podem ser afetadas e mais problemas virão com as gerações futuras.

Camponeses lançam manifesto pela Reforma Agrária após encontro histórico.

 Da Página do MST
Os movimentos sociais do campo, que fizeram uma reunião no começo desta semana em Brasília, lançaram um manifesto em defesa da Reforma Agrária, do desenvolvimento rural com o fim das desigualdades, da produção e acesso a alimentos saudáveis, da agroecológica e da garantia e ampliação de direitos sociais aos trabalhadores rurais.
As entidades mais representativas do meio rural no Brasil consideraram a reunião "um momento histórico, um espaço qualificado, com dirigentes das principais organizações do campo que esperam a adesão e o compromisso com este processo".
No manifesto, foi criticado também o modelo de produção de commodities agrícolas baseado em latifúndios, na expulsão das famílias do campo e nos agrotóxicos.
"O agronegócio representa um pacto de poder das classes sociais hegemônicas, com forte apoio do Estado Brasileiro, pautado na financeirização e na acumulação de capital, na mercantilização dos bens da natureza, gerando concentração e estrangeirização da terra, contaminação dos alimentos por agrotóxicos, destruição ambiental, exclusão e violência no campo, e a criminalização dos movimentos, lideranças e lutas sociais", afirmam no manifesto.
O documento é assinado pelo MST, Via Campesina, Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e a Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf), entre outras entidades (veja a lista no final).
Os movimentos sociais prometem "um processo de luta unificada em defesa da Reforma Agrária, dos direitos territoriais e da produção de alimentos saudáveis".
Na tarde desta terça-feira (28/2), os movimentos apresentam o manifesto à sociedade em ato político no plenário 15 da Câmara dos Deputados, em Brasília.

segunda-feira

Via Campesina, Contag e Fetraf realizam ato político na Câmara dos Deputado

Nesta terça (28/2), a Via Campesina, Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e a Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf) farão um ato político às 14h, no plenário 15 da Câmara dos Deputados, em Brasília.
Na ocasião, as organizações divulgarão as decisões tomadas durante o Seminário Nacional de Organizações Sociais do Campo, que se inicia hoje na sede da Contag.
“É preciso unir forças para que as nossas pautas sejam priorizadas pelo governo federal e construir uma visão conjunta acerca da questão agrária no Brasil. Nossa articulação busca o compromisso de setores do Governo, senadores, deputados e de toda a sociedade para questões como reforma agrária, políticas de crédito, habitação e comercialização”, explica Rosângela Piovizani, integrante da Via Campesina.
O seminário nacional conta com a presença de cerca de 100 dirigentes de movimentos sociais nacionais e regionais, como o MST, MPA, MMC, Contag e Fetraf para aprofundar a articulação e definir os pontos de consenso e as táticas comuns.
Propostas de mobilizações unificadas e o retorno da reforma agrária para a centralidade das políticas do País são as principais questões a serem debatidas. “A ideia é que todos os movimentos presentes apresentem elementos que contribuam na construção de uma unidade em torno desse tema”, completa Willian Clementino, secretário de Política Agrária da Contag.

Dow e Monsanto somam forças para envenenar população dos Estados Unidos


Em um casamento que muitos diriam foi engendrado no inferno, os dois maiores produtores de agroquímicos do país somaram forças em uma parceria para reintroduzir o uso do herbicida 2,4-D, metade do infame desfolhante Agente Laranja, que foi usado pelas tropas norte-americanas para limpar as florestas durante a Guerra do Vietnã. Essas duas gigantes da biotecnologia desenvolveram um programa de administração de semente que, se for bem sucedido, será um grande passo na direção de dobrar o uso do herbicida nocivo no cinturão de milho dos Estados Unidos durante a próxima década.
O problema para os fazendeiros de milho é que as “super sementes” vem desenvolvendo resistência ao Roundup, herbicida campeão de vendas nos Estados Unidos, que é pulverizado em milhões de hectares do centro-oeste e em outros lugares. A Dow Agrosciences desenvolveu uma variedade de milho que ela diz que resolve esse problema. A nova variedade geneticamente modificada tolera o 2,4-D, que vai matar as ervas resistentes ao Roundup, mas deixará o milho em pé.  Os fazendeiros que optarem pelo sistema terão que dar uma dose dupla a suas plantações, com o coquetel mortífero de Roundup mais o 2,4-D, ambos fabricados pela Monsanto.
Mas este plano alarmou os ambientalistas e também muitos fazendeiros, que relutam em reintroduzir um químico cuja toxicidade já foi muito bem documentada. O 2,4-D foi banido por vários países da Europa e em províncias do Canadá. Suspeita-se que a substância seja carcinogênica, e já foi provado, em um estudo conduzido pelo patologista Vincent Garry, da Universidade de Minnesota, que a incidência de defeitos de nascença dobra em filhos de aplicadores de pesticidas.