sábado

Crescimento do agronegócio revela a necessidade de ações de vigilância de efeitos nocivos dos agrotóxicos.


Os efeitos dos agrotóxicos para a saúde humana podem ser divididos em dois grupos: agudos e crônicos. Os primeiros ocorrem quando os indivíduos, em geral trabalhadores, se expõem a uma concentração alta de agrotóxicos em um curto espaço de tempo.
O Brasil é hoje o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Desde 2006, o país só ficava atrás dos Estados Unidos. Em 2008, foi alçado ao primeiro lugar do ranking, após uma safra recorde de soja, milho e algodão. Esse mercado de alimentos movimenta aproximadamente US$ 7 bilhões por ano e representa algo em torno de 42% a 45% de todas as exportações nacionais, segundo estimativas de pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz). Não surpreende, portanto, que exista uma tendência ao aumento do uso de substâncias químicas no meio rural – mais de 1 bilhão de litros de agrotóxicos foram jogados nas lavouras em 2009. Esse cenário requer vigilância e controle, pois os agrotóxicos têm sido associados a prejuízos para a saúde humana e ambiental. Em outras palavras, a importância que o agronegócio adquiriu na economia e nas finanças do Brasil funciona também como um alerta para as instituições de saúde sobre as consequências e riscos da exposição aos agrotóxicos.
Entre as instituições que trabalham para detectar e combater esses riscos, destaca-se o Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/Ensp), que desenvolve trabalhos para avaliar a exposição ocupacional e ambiental aos agrotóxicos e os diferentes aspectos da contaminação por essas substâncias. Segundo o pesquisador Wanderlei Antônio Pignati, doutor em saúde pública pela Ensp e professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), os impactos são negativos para o trabalhador, que aplica diretamente os produtos químicos; para sua família, que mora dentro das plantações, na periferia da cidade; e também para o ambiente, por causa da contaminação das águas dos rios e daquelas armazenadas em poços artesianos.
Os efeitos para a saúde humana podem ser divididos em dois grupos: agudos e crônicos. Os primeiros ocorrem quando os indivíduos, em geral trabalhadores, se expõem a uma concentração alta de agrotóxicos em um curto espaço de tempo. As consequências mais comuns são distúrbios nervosos e estomacais, tonteiras, desmaios, dores de cabeça, enjoos e, em alguns casos, ataques cardíacos e falências pulmonares.
Por outro lado, existem os efeitos crônicos, decorrentes de doses mais baixas do agente químico, mas por um longo período de tempo. Não há um episódio de intoxicação tão grave, porém a substância vai se acumulando no organismo do indivíduo e seus efeitos podem ser sentidos em cinco, dez, quinze ou mesmo trinta anos após a exposição. Nesses casos, os sintomas mais comuns são os cânceres e as disfunções endócrinas – muitas vezes não diretamente relacionados à exposição aos agrotóxicos, mas sim ao consumo de produtos contaminados. “Essa contaminação de populações não diretamente expostas ocorre principalmente pela alimentação. Atualmente, dois tipos de organoclorados ainda têm o uso permitido em lavouras, o endossulfan e o dicofol. Neste ano, no entanto, a Anvisa colocou em consulta pública a retirada do endossulfan”, afirma a pesquisadora do Cesteh Paula Sarcinelli.


Entre os vários estudos realizados pelo Cesteh sobre o assunto, destaca-se uma pesquisa segundo a qual mulheres que trabalhavam na agricultura apresentavam risco estatisticamente maior de gerar filhos com peso abaixo do normal. Esse trabalho analisou os prontuários médicos de uma localidade agrícola no interior do Estado do Rio de Janeiro. Outras pesquisas mais recentes abordam a legislação nacional de água para consumo humano e as formas de contaminação dos agrotóxicos. “Falamos de substâncias lipossolúveis, altamente persistentes no organismo e no ambiente, e a exposição tem sido associada, em diversos estudos, à diminuição do desempenho reprodutivo e ao comprometimento do sistema imunológico, além de problemas endócrinos e câncer”, diz Paula. “Esses compostos ficam armazenados no tecido adiposo e são transferidos para o bebê durante a amamentação”, acrescenta.
FONTE: Portal do Ecodebate

Manhã de Chuva no Apodi.

Hoje (9) pela manhã finalmente a Chuva Voltou a cair no Município de Apodi. As chuvas tem caído de Forma Irregular o que tem deixado o Agricultor (a) preocupados com a situação de suas lavouras, pois estamos Chegando no período mais delicado da planta que é quanto ela esta "carregando" onde a mesma não pode passar por um longo tempo de estiagem. Esperamos que as chuvas voltem e se tornem mais contínuas para ue não venha a ocorrer maiores prejuízos aos trabalhadores (as) rurais.
Por: Agnaldo Fernndes
    

sexta-feira

AUDIÊNCIA PÚBLICA: Revisão do Código Florestal Brasileiro.

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CONVITE: Lançamento de Livro em Apodi.


Gostaria de convidá- los (as) para o Lançamento do Livro Extensão Universitária, Juventude e Formação: Experiência e Prática educativa em espaços não escolares, no dia 09 de abril de 2011, na sala de reuniões da POUSADA APODI (Pousada de Humberto), a partir das 13h30min. O Lançamento ocorrerá durante a programação do debate sobre Reforma Política, com a Deputada Federal Fátima Bezerra, promovido pelo Diretório Municipal do   Partido dos Trabalhadores de Apodi, o qual, também, estendo o convite para participar.
 
Atenciosamente,
Simone Cabral
 
Sinopse do Livro:
 
Trata-se de relatos de experiências sobre o processo de formação política da juventude a partir da realização, no período de julho de 2007 a fevereiro de 2009, do Projeto de Extensão Escola de Formação Política e Cidadã para Jovens nos municípios de Apodi, Caraúbas e Campo Grande, sob execução da Pró-Reitoria de Extensão, da UERN, em parceria com o Projeto Dom Hélder Câmara. Por meio de várias perspectivas que, ao mesmo tempo, articulam-se e se diferenciam, professores, militantes sociais e alunos participantes do Projeto trazem para esse livro, através da heterogeneidade da escrita , suas experiências da situação dialogada e vivenciada no desenvolvimento desse projeto extensionista.
 
Autores (as) do livro:
 
Viínicius Claudino de Sá (ORG.)
Simone Cabral Marinho dos Santos (ORGª)
Ana Maria Morais Costa
Marcos Roberto Fernandes Gurgel
Francisco Caramuru de O. M. Paiva e Azevedo
Francisco Clebson Rodrigues de Lima
Antonia Gilvana Mota Souza
Debora Rute de Paiva Mota
Miriam Leia da Mota
Elielma de Sousa Pereira
E-mail Enviado por: Simone Cabral Marinho dos Santos 

CONHEÇA A AGRICULTURA FAMILIAR NO INTERIOR DO PARANÁ

Cerca de 60% dos alimentos consumidos pela população brasileira são produzidos por agricultores familiares. Eles utilizam pequenas propriedades para desenvolver a produção. É pouca a tecnologia mas o trabalho exige dobro de cuidado e dedicação.
A reportagem de Adriane Kappes, acadêmica de Jornalismo da Faculdade Assis Gurgacz, mostra uma propriedade do interior de Quatro Pontes, Oeste do Paraná, que é considerada modelo para a Agricultura Familiar.

Link da matéria:

Matéria Enviada por: Adriane Cintia Kappes 
Assessora de Imprensa Prefeitura Municipal de Quatro Pontes

LUTO



Veja lista das vítimas
Karine tragédia Realengo (Foto: G1)
2- Rafael Pereira da Silva, 14 anos
3- Milena dos Santos Nascimento, 14 anos
Mariana tragédia realengo (Foto: Reprodução)
4- Mariana Rocha de Souza, 12 anos
Larissa dos Santos Atanázio Tragédia Realengo (Foto: G1)
5- Larissa dos Santos Atanázio, (aguardando documento)
6- Bianca Rocha Tavares, 13 anos
7- Luiza Paula da Silveira, 14 anos
8- Laryssa Silva Martins, 13 anos
9- Géssica Guedes Pereira (aguardando documento)
10- Samira Pires Ribeiro, 13 anos
11- menina não identificada - aguardando identificação de familiares
12 - menino não identificado - aguardando identificação de familiares























































Fonte:G1.

Presidente Dilma chora e se diz 'chocada'.

O ataque de um ex-aluno à Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, fez a presidente Dilma Rousseff encerrar solenidade em Brasília e pedir um minuto de silêncio às vítimas. O perfil do Blog do Planalto no Twitter divulgou na tarde desta quinta-feira que a presidente pretende vir ao Rio para o velório dos alunos mortos.
"Presidenta Dilma diz que pretende comparecer ao velório das crianças mortas em ataque no Rio", diz o perfil.
Após evento com mulheres do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Dilma disse que fará "todo o esforço possível" para ir ao Rio prestar solidariedade às famílias das vítimas do atirador. Ela afirmou estar aguardando informações do prefeito Eduardo Paes sobre o horário do velório e enterro. O mais provável é que Dilma vá para o Rio na tarde de sexta-feira, depois de receber o líder da banda U2, Bono, no Palácio da Alvorada. A presidente embarcaria do Rio, à noite, para a China, onde cumprirá agenda oficial na próxima semana.
Encerrada a solenidade desta quinta-feira, ela decretou luto oficial de três dias . Dilma, que festejava a marca de um milhão de empreendedores individuais, alcançada graças ao fim da informalidade e à redução da alíquota da Previdência de 11% para 5%, disse, com voz embargada:
- Hoje temos que lamentar o fato que aconteceu em Realengo com crianças indefesas. Não era característico no país ocorrer esse tipo de crime. Vamos nos unir aqui em repúdio a esse ato de violência, sobretudo contra crianças indefesas. Crianças que perderam a vida e o futuro - disse a presidente. - Vamos fazer um minuto de silêncio em homenagem a esses brasileirinhos que foram tirados tão cedo da vida - completou Dilma, chorando.
Dilma conversou com o governador do Rio, Sérgio Cabral, e com o prefeito Eduardo Paes por telefone e determinou ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que tome providências em conjunto com as autoridades de segurança do estado.
A ministra Maria do Rosário, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, vai para a escola, seguindo orientação de Dilma. Segundo o secretário estadual de Assistência Social, Rodrigo Neves, depois de passar pelo local da tragédia, a ministra visitará parentes das vítimas.
O presidente do Senado, José Sarney, classificou a ação como um atentado terrorista. Ele acrescentou que a tragédia deve servir de alerta para as autoridades sobre a questão da segurança nas escolas brasileiras.

O RN Contará com Parque Eólico ainda este Ano.

A Eólica Potiguar, responsável pelo parque eólico Mangue Seco 1 a 4, Cabugi, Potiguar e Juriti em Guamaré, anunciou que deve começar a funcionar até setembro deste ano. O complexo terá uma potência instalada de 104MW, suficiente para suprir uma cidade com 540 mil habitantes. O empreendimento é uma parceria da Petrobras e Wobben Windpower
O investimento total para implantação dos projetos, que também contam com apoio da Alubar Energia e Eletrobras, é de aproximadamente R$ 430 milhões. Ontem, o Banco do Nordeste anunciou uma operação de crédito de R$ 84 milhões. Os recursos são oriundos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES).
Quando instaladas, as quatro usinas terão 52 aerogeradores construídos pela própria Wobben Windpower, empresa brasileira subsidiária da Enercon GmbH. Cada torre possui 108 metros de altura e pás com 42 metros. 
A Wobben é a única fabricante de aerogeradores de grande porte instalada no Brasil, embora a sede fique na Alemanha. Isso é considerado mais uma vantagem, segundo os administradores do empreendimento. Cerca de 700 pessoas trabalham, atualmente, na execução dos projetos.
De acordo com o diretor-presidente Edmilson Cinquini, a experiência das empresas envolvidas é o que garante o sucesso do projeto. Ele ressalta que o grupo não enfrentou problemas com relação à instalação da linha de transmissão: "Nosso trecho é muito curto, de 8km. Além disso, vamos utilizar uma subestação já existente que é da Petrobras."
O superintendente estadual do Banco do Nordeste, José Maria Vilar, disse que essa é a primeira operação de crédito para geração de energia eólica firmada em 2011, mas a instituição financeira tem interesse de continuar apoiando empreendimentos como esse.
"Contribuímos assim, para o estabelecimento da infraestrutura necessária ao desenvolvimento da região", disse.
Fonte: Jornal De Fato.

quinta-feira

Você consome transgênicos, mas não te dizem nada

O Ministério da Justiça instaurou processos administrativos contra empresas de alimentos por terem descumprido regras de rotulagem de produtos que contém ingredientes transgênicos. De acordo com o governo, foi encontrado mais de 1% de organismos geneticamente modificados em mercadorias que usam milho ou soja em sua composição – quantidade em que a rotulagem é necessária. Isso descumpre o Código de Defesa do Consumidor e um decreto federal que exigem essa informação.
Segundo matéria na Folha de S. Paulo e no Valor Econômico de hoje, empresas afirmaram que não podiam se pronunciar porque não foram notificadas (ah, vá! Só por isso?), negaram a situação, informaram que analisarão o caso ou não se pronunciaram.
Da mesma forma que a obrigação de estampar que o tabagismo mata nos maços de cigarro, a exigência de rotulagem de produtos que contenham transgênicos também é alvo de furiosas reclamações.
Parte das empresas de publicidade e da indústria afirma que toda essa movimentação é um atentado à liberdade de expressão. Mas, ao usar essa justificativa, o que elas acabam defendendo é o direito de ficar em silêncio para não se expor diante à sociedade. O problema é que essa omissão de informações acaba sendo um atentado contra a liberdade de escolha. Como é possível decidir se não há informação suficiente para isso nos rótulos dos produtos? Atentado à liberdade de expressão fazem eles com esse comportamento.
Esse “capitalismo self-service” brasileiro, em que não se cumprem todas as regras do jogo, mas, pelo contrário, deixa-se de lado o que não convém, irrita muito. Pois apesar de haver dúvidas sobre os transgênicos para a saúde do consumidor e para o meio ambiente, não se está proibindo nada, apenas exigindo que seja informado se esse tipo de produto foi usado. Se alguém não se importar em consumir, ótimo, compre, frite um bolinho de milho. Mas se não quiser, este tem o direito de saber.
Ter informação é fundamental para poder exercer a cidadania. Afinal de contas, comprar é um ato político, pois ao adquirir um produto você dá seu voto para a forma através da qual uma mercadoria foi fabricada e mesmo o que ela representa. Seria importante, por exemplo, que toda a carne viesse com informações sobre sua fazenda de origem. Dessa forma, o consumidor poderia decidir se vai considerar apenas os fatores preço e qualidade na hora da compra ou se elementos como desmatamento, trabalho escravo, ocupação ilegal de territórios indígenas também influenciariam. Quanto mais informação tivermos, mais liberdade teremos ao tomar uma decisão.
Outra batalha que ainda não terminou é a obrigação de anúncios publicitários de produtos gordurosos ou com muito açúcar de trazerem informação de que seu consumo em excesso pode trazer doenças cardíacas, hipertensão, diabetes. Tempos atrás, a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação afirmou que alimentos e bebidas como refrigerantes e sucos concentrados não estão previstos como itens que podem receber advertências (como álcool e tabaco), que publicidade teria que ser normatizada por lei federal e que isso não vai dar certo porque a ação não educa o consumidor.
Incrível como é sagrado o direito dos operadores de mercado de ter toda a informação do mundo, mas pedir dados para o cidadão comum, mesmo que sejam migalhas, é um pecado.

quarta-feira

ISTO É FATO:





Agrotóxicos aumentam índice de câncer no meio rural.

Não é a toa que, entre 2000 e 2006, os agricultores tiveram uma maior incidência proporcional de câncer do que a população urbana, mostrou Raquel Maria Rigotto, integrante do Núcleo Tramas, da Universidade Federal do Ceará. “A leucemia é o principal câncer associado ao uso de agrotóxico”, afirmou.

Os agrotóxicos podem causar intoxicação aguda – aquelas em que se pode perceber imediatamente após o contato com o produto químico – ou doenças crônicas, que aparecem semanas e meses depois.
Os agrotóxicos podem causar, entre as doenças crônicas,dermatite, câncer, desregulamentação endócrina, neurotoxidade retardada, efeitos sobre o sistema imunológico, doença do fígado, má formação fetal e aborto.
Apesar disso, há uma grande barreira para associar o agrotóxico como causa dessas enfermidades. “Quando a gente vai discutir com as indústrias que os agrotóxicos são responsáveis pelas doenças, elas dizem que não há problema algum com os produtos químicos. O que dificulta a comprovação de que os agentes químicos são os causadores das doenças crônicas”, desabafou a pesquisadora da área de estatística e saúde publica da Fiocruz, Rosany Bochner.
Para avançar na construção de um banco de dados com informações sobre as intoxicações, Rosany ainda fez um apelo de que “é muito importante que as pessoas nos informem sobre os casos de doenças crônicas causadas pelo contato com agrotóxicos”.
A Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica, sob coordenação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Fiocruz, possui um disque intoxicação (0800 722 6001), por onde a população pode informar os centros sobre os casos de contaminação por agrotóxicos.
Para os estudiosos, é necessário que se criem políticas públicas que viabilizem uma produção agrícola sem o uso de agrotóxicos. “O problema do agrotóxico não é mais só do agricultor, mas também do consumidor”, afirmou Rosany.
O país é o maior consumidor de agrotóxico do mundo. Cerca de 451 produtos químicos estão registrados hoje no Brasil. Mais de 1090 produtos químicos são comercializados em território nacional e o governo brasileiro ainda faz redução fiscal para o uso de agrotóxico.
O integrante da coordenação nacional do MST João Pedro Stedile apresentou preocupação com a falta de estudos sobre os impactos dos agrotóxicos no meio ambiente nas áreas tropicais, uma vez que as indústrias de agrotóxicos fizeram testes somente em solos de clima temperado.

Por Vanessa Ramos
Da Página do MST

Movimentos fazem marcha contra agrotóxicos e novo Código Florestal


A “Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida” será lançada por movimentos de trabalhadores rurais e ambientalistas no Dia Mundial da Saúde, esta quinta-feira (7).
De acordo com a coordenadora do MST, Paola Pereira, haverá atos de lançamento nas principais capitais do Brasil. Em Brasília, uma marcha passará pelo Ministério da Saúde, da Agricultura e pelo Congresso Nacional com intuito de fazer dos agrotóxicos um debate público.
“A gente acredita que é importante fazer esse debate com a sociedade porque esse modelo de agricultura que está hoje implementado no Brasil, do agronegócio, tornou o país, desde 2009, em campeão mundial do uso de agrotóxico. Isso é perigoso para a saúde. Afeta os produtores que manejam inadequadamente o agrotóxico e os consumidores da cidade que acabam comprando produtos com um nível elevado de veneno. Por isso vamos fazer o lançamento no dia 7”, afirma.
De acordo com Paola, o Brasil consumiu cerca de 1 bilhão de litros de agrotóxicos em 2009 – uma média de 5 litros por pessoa.
A coordenadora do MST ressaltou que a marcha também protestará contra o projeto do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) de alteração do Código Florestal. “Nossa campanha defende um novo modelo agrícola, sem agrotóxico e que também viabilize o desmatamento zero. O projeto deste deputado é um desastre”.
Na mesma quinta-feira, na Câmara dos Deputados, a Comissão de Seguridade Social e Família promoverá uma audiência pública sobre agrotóxicos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Fórum Nacional de Agrotóxicos, o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) estão convidadas para expor sobre o tema.
Além do MST, a “Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida” reúne entidades como o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Instituto Socioambiental (ISA), Greenpeace, SOS Mata Atlântica, Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC).
Por Vinicius Mansur
Fonte: Site do MST.

Aumenta destruição da camada de ozônio devido ao uso de produtos químicos, advertem cientistas.

Aumenta destruição da camada de ozônio devido ao uso de produtos químicos, advertem cientistas
A Organização Mundial de Meteorologia (cuja sigla em inglês é WMO) identificou um aumento na destruição na camada no Ártico. A perda é considerada inédita, mas não inesperada. A principal causa da destruição é a elevação no uso de produtos químicos presentes em aerossóis, geladeiras e extintores de incêndio. A camada de ozônio é a que protege a vida no planeta dos efeitos nocivos dos raios ultravioleta.
O aumento da quantidade de gases de efeito estufa geram altas temperaturas na superfície da terra. Desde o final de março, a região considerada mais afetada pela destruição da camada de ozônio estende-se entre a Groenlândia e a Escandinávia. As medições mostram que a perda de ozônio ocorre entre 15 e 23 quilômetros acima do solo. Na região, mais de dois terços do ozônio foram destruídos até o momento.
De acordo com os cientistas, a tendência é que a radiação de raios ultravioleta não aumente nas regiões mais frias com mesma intensidade que nas áreas tropicais. Os raios ultravioleta (UV-B) têm sido associados ao aparecimento de câncer de pele, catarata e danos ao sistema imunológico humano.
O estudo divulgado hoje (5) informa ainda que a destruição do ozônio estratosférico é mais intensa nas regiões polares, quando as temperaturas caem abaixo de – 78 graus Celsius (ºC). “A perda de ozônio, pela experiência, depende das condições meteorológicas. A perda de ozônio em 2011 mostra que temos de permanecer vigilantes e manter um olhar atento sobre a situação no Ártico nos próximos anos “, disse o secretário-geral da organização, Michel Jarraud.
Um acordo internacional, firmado por vários países, define uma série de medidas para a recuperação da camada de ozônio. As medidas incluem iniciativas que devem ser implementadas até 2060.
Sem o Protocolo de Montreal, segundo os especialistas, a destruição na camada de ozônio poderia ser mais intensa. De acordo com os peritos, a lenta recuperação da camada de ozônio se deve ao fato de que as substâncias que a destroem permanecem na atmosfera por várias décadas.
A camada de ozônio fica na estratosfera, que é a segunda maior cobertura da atmosfera. Na Antártida, a destruição na camada de ozônio aumenta no período da primavera devido à existência de temperaturas extremamente baixas na estratosfera.
No Ártico, as condições meteorológicas variam mais de um ano para o outro, e as temperaturas são mais quentes do as registradas na Antártida. Os invernos árticos, de acordo com os cientistas, não apresentam perdas na camada de ozônio, enquanto as temperaturas frias na estratosfera do Ártico causam destruição.
Reportagem de Renata Giraldi, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate.
Fonte: Site do Ecodebate

segunda-feira

Compartilhe:Brasil registra aumento de transgênicos e agrotóxicos nas lavouras

De acordo com levantamento da consultoria Céleres, três variedades de sementes geneticamente modificadas – conhecidas como transgênicas – ocuparam mais de 25 milhões de hectares na safra brasileira 2010 /2011. Este número representa 67% da área plantada com soja, milho e algodão – únicas commodities do Brasil em que a modificação pode ser utilizada. No total, foram plantados mais de 37 milhões de hectares das três variedades. A soja conta com a maior área plantada. Dos quase 24 milhões de hectares, 75% são transgênicos. O milho fica em segundo lugar. Dos 5,30 milhões de hectares, pouco mais de 4 milhões são de produção transgênica. Já o algodão ocupou 25,7% da área destinada a cultura.
O aumento das áreas cultivadas explica o crescimento no uso de agrotóxicos. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), no primeiro semestre deste ano foram vendidas 8,6 milhões toneladas de fertilizantes. Um aumento de 5% se comparado ao mesmo período do último ano. De acordo com a integrante da organização Terra de Direitos, Larissa Packer, o uso de fertilizantes aumentou significativamente depois que os transgênicos entraram nas lavouras brasileiras.
“Os campos cultivados de soja e de milho, por exemplo, têm uma determinada semente que é viciada em determinado agrotóxico. Os agricultores não encontram outras sementes e agrotóxicos disponíveis e, com essa compra do pacote tecnológico, é a população quem sofre pela redução de seu padrão alimentar.”
De acordo com a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), 15% dos alimentos consumidos pelos brasileiros apresentam taxa de resíduos de veneno em um nível prejudicial à saúde. Segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas), o Brasil é o principal destino de agrotóxicos proibidos no exterior. Dez variedades vendidas livremente aos agricultores não circulam na União Europeia e Estados Unidos.

De São Paulo, da Radioagência NP, Danilo Augusto, publicado pelo EcoDebate.
Fonte: Site do EcoDebate