quarta-feira

Movimentos fazem marcha contra agrotóxicos e novo Código Florestal


A “Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida” será lançada por movimentos de trabalhadores rurais e ambientalistas no Dia Mundial da Saúde, esta quinta-feira (7).
De acordo com a coordenadora do MST, Paola Pereira, haverá atos de lançamento nas principais capitais do Brasil. Em Brasília, uma marcha passará pelo Ministério da Saúde, da Agricultura e pelo Congresso Nacional com intuito de fazer dos agrotóxicos um debate público.
“A gente acredita que é importante fazer esse debate com a sociedade porque esse modelo de agricultura que está hoje implementado no Brasil, do agronegócio, tornou o país, desde 2009, em campeão mundial do uso de agrotóxico. Isso é perigoso para a saúde. Afeta os produtores que manejam inadequadamente o agrotóxico e os consumidores da cidade que acabam comprando produtos com um nível elevado de veneno. Por isso vamos fazer o lançamento no dia 7”, afirma.
De acordo com Paola, o Brasil consumiu cerca de 1 bilhão de litros de agrotóxicos em 2009 – uma média de 5 litros por pessoa.
A coordenadora do MST ressaltou que a marcha também protestará contra o projeto do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) de alteração do Código Florestal. “Nossa campanha defende um novo modelo agrícola, sem agrotóxico e que também viabilize o desmatamento zero. O projeto deste deputado é um desastre”.
Na mesma quinta-feira, na Câmara dos Deputados, a Comissão de Seguridade Social e Família promoverá uma audiência pública sobre agrotóxicos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Fórum Nacional de Agrotóxicos, o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) estão convidadas para expor sobre o tema.
Além do MST, a “Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida” reúne entidades como o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Instituto Socioambiental (ISA), Greenpeace, SOS Mata Atlântica, Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC).
Por Vinicius Mansur
Fonte: Site do MST.

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