quinta-feira

Na Chapada do Apodi movimentos lembram três anos de assasinato de Zé Maria.

Clique na imagem para ampliar
Legado
Presidente da Associação dos Desapropriados Trabalhadores Rurais Sem Terra da Chapada do Apodi, José Maria foi assaninado aos 44 anos, deixando esposa e três filhos. Combativo, junto com a organização comunitária do Tomé, denunciou a contaminação indiscriminada por agrotóxicos da água consumida pela comunidade, o problema de moradia enfrentado por uma parte das/os trabalhadas/res rurais da região, e a apropriação indevida de terras pertencentes à União por empresas de agroexportadoras de frutas.
 Filho de Zé Maria planta Ipê onde seu pai foi assassinado. Foto: Camila Garcia.
Pouco antes do assassinato, a comunidade do Tomé travava uma forte batalha contra a pulverização aérea. Em 2009, haviam conseguido aprovar uma lei municipal proibindo esse tipo de pulverização, entretanto, a pressão de políticos e interesses econômicos levou o prefeito de Limoeiro a apresentar outro projeto de lei para revogar a conquista popular encampada por Zé Maria. Acredita-se que esses fatos estiveram intimamente ligados a motivação do crime.
Em Tomé, a organização comunitária continua na resistência tentando prosseguir com o legado deixado por Zé Maria. Iniciativas contra a contaminação da água e a luta por moradia digna tem sido encaminhadas pelo movimento local. Para Maiana Maia, bacharel em direito e pesquisadora que atua na região, existe entre os moradores a compreensão sobre a contaminação da água, bem como a conquista de uma determinação Ministério Público para que a comunidade seja abastecida por carros pipa. “Mas o abastecimento tem sido inconstante e a água não é considerada de confiança”.
Somando força a organização local, as lutas das comunidades da chapada estão se fortalecendo com a indignação e solidariedade de pessoas comprometidas que criaram o Movimento 21 (número que simboliza o dia do assassinato). O grupo formado a partir da uma aliança entre lideranças locais, professores universitários de Limoeiro do Norte, lideranças sindicais, estudantes e pesquisadores nacionais tem provocado uma série de iniciativas de formações e pesquisas para dar visibilidade e subsídios ao debate sobre os impactos dos agrotóxicos e a expropriação das/os pequenos agricultores do território da Chapada do Apodi.

quarta-feira

Movimento que resiste ao Projeto do DNOCS é recebido por ministros em Brasília.


Secretaria Geral da Presidência da República e Ministério do Desenvolvimento Agrário recebe agricultores apodienses.
Na quinta feira (04) da semana passada integrantes dos movimentos campesino do estado do Rio Grande do Norte e do país estiveram em uma extensa agenda em Brasília/DF. 
Na oportunidade o presidente do STTR, Edílson Neto e a Vice-Presidente do STTR, Antonia de Lima ou Kika como é mais conhecida, estiveram fazendo parte da comitiva, onde discutiram o projeto de irrigação da Chapada do Apodi/RN colocando as dificuldades vivenciadas pelas famílias da chapada perante ao que vem sendo proposto pelo DNOCS.
 
Ministro do MDA - Pepe.
O movimento camponês foi atendido pelo  Ministro do Desenvolvimento Agrário – Pepe Vargas por volta das 14h00min. Já o atendimento no Gabinete do Secretário Geral da Presidência da República – Gilberto Carvalho se deu por volta das 17h00min.
O estudioso da UFRN professor João Abner esteve também acompanhando a comitiva e apresentou o Projeto Alternativo que viabiliza a utilização das águas da Barragem de Santa Cruz para o fortalecimento da Agricultura Familiar de Apodi e região.
Secretário Geral - Gilberto Carvalho
Foi entregue o Dossiê denuncia que aponta erros técnicos gravíssimos do Projeto que está sendo proposto pelo DNOCS, em meio a tantos destaca-se a incapacidade hídrica da Barragem de Santa Cruz, a não citação no RIMA na presença de comunidades e pessoas que estão morando na área onde está sendo desapropriada, a falta de uma política de "re-manejo" das famílias desapropriadas para outras localidades.
Os ministros se prontificaram em dialogar e transmitir as informações repassadas pelos campesinos a presidente da república Dilma.


Ambas audiências foram acompanhadas de representantes do STTR de Apodi/RN, CUT/RN, ASA-Potiguar, CPT, FETARN, MMM, MST e UFRN-Professor João Abner.

Abaixo mais fotos das reuniões: 




Por: Agnaldo Fernandes

terça-feira

Chuvas marcaram a tarde de ontem (08) no Apodi/RN.

Na tarde de ontem (08) caiu sobre solo apodiense chuvas segnificativas, foram vários registros de chuvas na zona rural do município.
A chuva veio trazer um pouco mais de esperança para o camponês que tem vivido uma das maiores secas dos últimos anos segundo relato de pessoas com mais experiência.
Registro de chuvas por comunidade de Apodi/RN;
Trapiá II - 61mm
Baixa Fechada - 20 mm
São Lourenço - 80 mm
Água Fria - 72 mm
Bamburral - 62