sábado

Um relatório derruba os mitos da indústria: Os cultivos transgênicos agonizam na Europa

Rebelion/Amigos da Terra

No mesmo dia do lançamento de uma nova pesquisa sobre a comercialização de transgênicos em escala mundial patrocinado pela indústria, um novo relatório da Amigos da Terra Internacional revela que os cultivos transgênicos continuam em queda livre, ao mesmo tempo em que aumenta o número de países que os proíbem(1).

O relatório “Quem se  beneficia com os cultivos transgênicos” demonstra que em apenas 0,06% dos campos europeus são cultivados transgênicos, uma diminuição de 23% de 2008 para cá. Sete Estados-membros da União Européia proíbem o cultivo de milho transgênico da Monsanto pelas evidências cada vez maiores de seus impactos ambientais e sócio-econômicos, assim como pela incerteza de seus efeitos sobre a saúde. Três países proibiram o cultivo da batata transgênica da BASF por precauções sanitárias logo depois  que seu plantio foi aprovado na primavera de 2010, e cinco Estados-membros levaram a Comissão Européia aos tribunais pela sua autorização(2). A oposição pública  aos alimentos e cultivos transgênicos cresceu até chegar a 61% da população(3).

David Sánchez, responsável pela área de agricultura e alimentação dos Amigos da Terra-Espanha afirmou: “Os cultivos transgênicos não tem nenhum futuro na Europa por causa forte oposição social, seus demonstrados impactos ambientais, sociais e econômicos e pelos riscos que apresentam à saúde. É lamentável que o governo espanhol continue sem se dar conta e brinque com nosso meio-ambiente, nossa alimentação e com o futuro de nossa agricultura”.

Em escala global, o novo relatório mostra que inclusive os países que mais tem apostado nos cultivos transgênicos na América Latina foram forçados a tomar medidas para mitigar os impactos negativos sobre a agricultura, a cidadania  e o meio-ambiente. Nesse sentido, o governo brasileiro lançou um programa de soja livre de transgênicos para facilitar aos agricultores o acesso a sementes de soja não modificadas geneticamente; na Argentina, novas evidências científicas mostram os graves impactos sobre a saúde do herbicida Glifosato (4), utilizado na imensa maioria das plantações de transgênicos a nível mundial, o que levou à proibição da fumigação próxima aos núcleos de população, e no Uruguai são cada vez mais as administrações locais que se declaram áreas livres de transgênicos.

A coordenadora de soberania alimentar dos Amigos da Terra Internacional, Kirtana Chandrasekaran acrescentou: “Os agricultores e a sociedade latino-americana sofrem as conseqüências de dez anos de cultivos transgênicos, com graves efeitos sobre a saúde e custos crescentes. Os mitos sobre os quais se baseiam toda a indústria dos transgênicos estão sendo derrubados, e os estragos causados em toda a América do Sul mostram claramente que essa tecnologia não serve. Trata-se de chamar a atenção  a nível mundial para avançar em direção a uma agricultura mais responsável social e ambientalmente”.

O relatório “Quem se beneficia com os cultivos transgênicos? Uma industria baseada em mitos” demonstra, por sua vez, que:

·          Uma nova geração de cultivos transgênicos desenvolvidos para promover o uso de perigosos pesticidas, como Dicamba e 2-4 D está pronta para liberação nos EUA. As multinacionais biotecnológicas a está promovendo como solução para o fracasso dos transgênicos  atuais no controle das ervas daninhas e na redução do uso de agrotóxicos.
·          A indústria dos transgênicos, com o apoio do governo dos EUA, procura novos mercados na África com a intenção de melhorar seus negócios. A Fundação Gates, que investe bilhões de dólares em projetos agrícolas naquele continente, tem comprado ações da Monsanto, manifestando seu interesse direto em maximizar os lucros da indústria dos transgênicos e não em proteger os interesses dos pequenos agricultores africanos.

(1)     Novo relatório: “Quem se beneficia com os cultivos transgênicos? Uma indústria baseada em mitos” http://www.foei.org/en/who-benefits-from-gm-crops-2011/view
(2)     Ficha de informações da Amigos da Terra-Espanha
(3)     Comissão Européia (20l0), Eurobarômetro: Relatório sobre Biotecnologia, Outubro de 2010.              http://ec.europa.eu/public_opinion/archives/ebs/ebs_341_en.pdf
(4)     Paganelli, A et al. Glyphosate-Based Herbicides Produce Teratogenic Effects on Vertebrates by Impairing Retinoic Acid Signaling, Chem.Rex Toxicol.., 2010, 23 (10), pp 1586-1595,            http://pubs.acs.org/doi/abs/10.1021/tx1001749

Original:

Tradução do espanhol: Renzo Bassanetti
Enviado por: Júnior da CPT

sexta-feira

Temas rurais e mulheres do campo serão o foco do 8 de março deste ano

Este ano, as atividades em torno do Dia Internacional da Mulher (08 de março) terão como foco principal temáticas do campo e as mulheres trabalhadoras rurais. A escolha da pauta se deu em decorrência da Marcha das Margaridas, uma das principais mobilizações do movimento feminista e do sindicalismo rural do país que será realizada nos dias 16 e 17 de agosto de 2011, na Esplanada dos Ministérios.
Durante a plenária estadual realizada no mês passado em Mossoró, as militantes decidiram prorrogar as atividades do 08 de março para a semana seguinte ao Carnaval. Assim, entre os dias 14 e 18/03 serão organizadas mobilizações nos municípios da Região Oeste onde a Marcha Mundial das Mulheres atua.
“Como o 08 de março este ano é durante a semana de Carnaval e muita gente se dispersa ou viaja, vamos organizar as atividades na outra semana. Teremos um encontro de formação envolvendo diversas temáticas, momento de articulação com a pauta da Marcha das Margaridas 2011 e também uma passeata. Alguns municípios optaram por fazer atividades na semana do Carnaval mesmo, como é o caso de Tibau, que organiza o Grito Carnavalesco”, conclui Adriana.

Planejamento da Rede Xique-xique


A Rede de Comercialização Solidária Xique-xique, que tem o compromisso de contribuir com as ações da economia solidária no estado do Rio Grande do Norte, através do fortalecimento da cultura popular solidária, estará realizando nos dias 26 e 27 de fevereiro de 2011, no município de São Miguel do Gostoso-RN, o seu planejamento anual. O mesmo conta com a participação dos representantes dos núcleos municipais, coordenação e entidades parceiras.
Fonte: Blog da Rede Xique xique 

quinta-feira

Encontro sobre compras governamentais reuniu mais de 70 participantes em Messias Targino.

 


Encontro da Asa realizado em Messias Targino foi bastante participativo

Mais de 70 participantes entre secretários de educação, agricultura, membros dos conselhos da merenda escolar, dirigentes de sindicatos e associações rurais dos municípios de Almino Afonso, Apodi, Baraúna, campo Grande, Felipe Guerra, Governador Dix-Sept Rosado, Itaú, Janduís, Messias Targino, Olho D`água dos Borges,Patu, Rafael Godeiro, Rodolfo Fernandes, Severiano Melo, Triunfo Potiguar e Upanema estiveram reunidos nesta quinta-feira (24) em Messias Targino no encontro da ASA Micro Regional Médio Oeste, onde foi discutido as políticas de compras governamentais e as experiências do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) da agricultura familiar.

Agricultores fizeram vários esclarecimentos durante o encontro

Na abertura do encontro foi exibido o documentário do projeto Meu Sertão que Produz, que foi o ganhador do premio Sebrae prefeito empreendedor do RN, que o município de Messias Targino foi vencedor.
Edivânia do Sintraf de Apodi

Sobre os programas de compras governamentais foram feita uma exposição por Breno, que coordenou toda implantação do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) da agricultura familiar, no município de Mossoró e Jair Barreto, assessor do Mandato do deputado estadual Fernando Mineiro que tem tido uma atuação de destaque no estado na implantação do PNAE.

Jair destacou conquistas da agricultura familiar

Mais de 70 representantes participaram do evento
Breno destacou a necessidade de diálogo com o Poder Público
Os dois destacaram as experiências já existente e a necessidade de uma grande parceria entre o poder público e os segmentos organizados que atuam na agricultura familiar para a implantação de no mínimo 30% dos produtos da agricultura familiar para a complementação da merenda escolar. Após as exposições foram feitas várias intervenções buscando esclarecimentos sobre o assunto.

Agricultora Maria José

Dirigentes Sindicais da FETRAF-RN, participaram do encontro
Agricultor Edson Tavares

As experiências bem sucedidas dos agricultores familiares também foram apresentadas e debatidas durante o encontro. Os agricultores familiares de Messias Targino, Edson Tavares e Maria José, que produzem hortaliças orgânicas falaram de suas experiências na produção e comercialização e a importância das políticas de compras governamentais para venda de suas produções.

Avaliação do encontro foi bastante positiva
Representante da Cooafap durante encontro sobre compras governamentais
Integrante da Cooperativa da Agricultura Familiar de Apodi (COOAFAP) apresentou sua experiência tanto do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) da agricultura familiar. Também foi feita a apresentação do diagnostico sobre o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) da agricultura familiar que trabalhou nos municípios do Território do Sertão do Apodi feito pelo Projeto Nutri.
Raimundo Canuto destacou importância da Credioeste-Sol para a agricultura familiar
Fábio destacou a realização do evento

Foram definidos vários encaminhamentos para garantir que o PNAE da agricultura familiar seja implantado na base de Asa, e que o tema voltará a ser discutido nos próximos encontro.
Fonte: Site do Pôla Pinto

Raquel Rigotto: A herança maldita do agronegócio

Manuela Azenha
agencia Vi o Mundo, 22 de fevereiro de 2011
"O uso dos agrotóxicos não significa produção de alimentos, significa concentração de terra, contaminação do meio ambiente e do ser humano”

Raquel Rigotto é professora e pesquisadora do Departamento de Saúde Comunitária da
Dr. Raquel Rigotto - Coordenadora do Núcleo Tramas
(imagem retirada do Site do Ministério da Saúde)
Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará. Coordenadora do Núcleo Tramas – Trabalho, Meio Ambiente e Saúde, Raquel contesta o modelo de desenvolvimento agrícola adotado pelo Brasil e prevê que para as populações locais restará a "herança maldita” do agronegócio: doenças e terra degradada.
Desde 2008, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos para se tornar o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Segundo dados da Organização das Nações Unidas, é também o principal destino de agrotóxicos proibidos em outros países.
Na primeira parte da entrevista, Raquel fala sobre o "paradigma do uso seguro” dos agrotóxicos, que a indústria chama de "defensivos” agrícolas. De um lado todo mundo sabe que eles são nocivos. De outro se presume que haja um "modo seguro” de utilizá-los. O aparato legislativo existe. Mas, na prática… Raquel dá um exemplo: o estado do Ceará, que é onde ela atua, não dispõe de um laboratório para fazer exames sobre a presença de agrotóxicos na água consumida pela população. Ela começa dizendo que em 2008 e 2009 o Brasil foi campeão mundial no uso de venenos na agricultura.
Na segunda parte da entrevista, Raquel diz que os agrotóxicos contribuíram mais com o aumento da produção de commodities do que com a segurança alimentar. Revela que cerca de 50% dos agrotóxicos usados no Brasil são aplicados na lavoura da soja. Produto que se tornará ração animal para produzir carne para os consumidores da Europa e dos Estados Unidos. Diz que o governo Lula financiou o agronegócio a um ritmo de 100 bilhões de reais anuais em financiamento — contra 16 para a agricultura familiar — e que foi omisso: não mexeu na legislação de 1997 que concedeu desconto de cerca de 60% no ICMS dos agrotóxicos. Enquanto isso, o Sistema Único de Saúde (SUS) está completamente despreparado para monitorar e prevenir os problemas de saúde causados pelos agrotóxicos.
Na terceira parte da entrevista Raquel diz que Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nem sempre tem apoio dentro do próprio governo para tratar do problema dos agrotóxicos. Afirma que é tarefa de pesquisadoras como ela alertar o governo Dilma para a gravidade do problema, já definida por pesquisadores como uma "herança maldita” que as grandes empresas do agronegócio deixarão para o Brasil; doenças, terras degradadas, ameaça à biodiversidade. Ela lembra que o rio Jaguaribe, que corta áreas de uso intensivo de agrotóxicos, é de onde sai a água para consumo da região metropolitana de Fortaleza.

Transcrição da entrevista:
Viomundo – O Brasil continua sendo o maior consumidor de agrotóxicos do mundo?
Raquel Rigotto - Os dados de 2008 e 2009 apontaram isso, eu não vi ainda os de 2010. Mas nos anos anteriores tivemos esse triste título.

V – Por que a senhora acha que o Brasil vai nesse contra-fluxo? Os Estados Unidos e a UE proibindo o uso de agrotóxicos e o Brasil aumentando o consumo?
RR - É um fenômeno que tem muito a ver com o contexto da reestruturação produtiva, inclusive da forma como ela se expressa no campo. Nós estamos tendo na América Latina, como um todo, uma série de empreendimentos agrícolas que se fundam na monocultura, no desmatamento, são cultivos extensivos, de área muito grande, então isso praticamente obriga a um uso muito intenso de agrotóxicos. Então tem a ver com a expansão do chamado agronegócio na América Latina, como um todo.

V – Existem pesquisas que comprovam os malefícios dos agrotóxicos?
RR – Sim, os agrotóxicos antes de serem registrados no Brasil, eles são analisados pelo Ministério da Saúde, da Agricultura e do Meio Ambiente e eles são classificados de acordo com sua toxicidade para a saúde humana e de acordo com o seu impacto para o meio ambiente. Então desde o começo, quando eles são registrados, a gente já sabe que eles são produtos nocivos. Isso já vem descrito nas monografias que as próprias indústrias fabricantes apresentam para os órgãos dos governos. Aqueles que são classificados como grupo 1, por exemplo, do ponto de vista da toxicidade para a saúde humana, são aqueles que são extremamente tóxicos, depois vêm os altamente tóxicos e os moderadamente tóxicos ou os pouco tóxicos.
Já sabemos desde o início que são substâncias nocivas à vida e têm impacto não só sobre as pragas mas sobre as pessoas e os ecossistemas. Agora, para além disso nós temos uma larga gama de estudos mostrando os impactos ambientais dos agrotóxicos, as contaminações de água, de ar, de solo, de redução da biodiversidade, de contaminação de alimentos, e também do ponto de vista da saúde humana, que vai desde a intoxicação aguda até os chamados efeitos crônicos.

V – Se a nocividade desses produtos é algo comprovado, por que eles não são banidos?
RR - Na verdade, o que se construiu foi o que a gente chama de paradigma do uso seguro. Quer dizer, se reconhece que háuma nocividade mas também se propõe estabelecer condições para o uso seguro. Aí você tem limitações desde os tipos de cultivos em que cada produto pode ser usado, o limite máximo de tolerância dele no ambiente de trabalho, até mesmo na água de consumo humano, o tipo de equipamento de proteção que deve ser fornecido aos trabalhadores e também a informação que eles devem ter.
Você tem um amplo aparato legislativo que criaria condições para um suposto uso seguro desses produtos. Mas a partir das experiências nossas aqui de cultivo na fruticultura irrigada para exportação no Ceará, a gente vem questionando muito se existe esse uso seguro. Por exemplo, o governo estadual, que tem o órgão estadual de meio ambiente, que deteria a atribuição de acordo com a legislação federal de monitorar os impactos ambientais dos agrotóxicos, não dispõe de um laboratório que seja capaz de identificar a contaminação da água por agrotóxicos. Na pesquisa, enviamos as amostras para Minas Gerais porque no Ceará não tem órgãos públicos que o façam. E nem mesmo no setor privado tem instituições de segurança. E existem uma série de outras evidências de que essas condições do uso seguro não estão vigendo.

V – Hoje o mundo precisa dos agrotóxicos?
RR – Vivemos um discurso de que os agrotóxicos redimiriam o mundo da fome. Isso nós experimentamos historicamente e própria ONU e a FAO reconhecem que houve o aumento da produção daquilo que chamamos hoje de commodities, como a soja, o açúcar, a cana, mas isso não implicou segurança alimentar e redução dos padrões de desnutrição e subnutrição entre os mais pobres. Ampliou-se a produção dessas commodities mas sequer a gente pode chamá-las de alimentos porque o problema da fome persiste.
Quem produz alimentos, quem produz comida realmente no Brasil, é a agricultura familiar. No ano de 2008, mais de 50% dos agrotóxicos consumidos no Brasil foi nas plantações de soja. Essa soja é em grande parte exportada para ser transformada em ração animal e subsidiar o consumo europeu e norte-americano de carne. Então isso não significa alimentação para o nosso povo, significa concentração de terra, redução de biodiversidade, contaminação de água, solo e ar e contaminação dos trabalhadores e das famílias que vivem no entorno desses empreendimentos. Além das enormes perdas para os ecossistemas, o cerrado, a caatinga e até mesmo o amazônico, que está sendo invadido pela expansão da fronteira agrícola.
Então é claro que deixar de usar agrotóxico não é algo que se possa fazer de um dia para o outro, de acordo com o que os agrônomos têm discutido, mas por outro lado nós temos muitas experiências extremamente positivas de agroecologia, que é a produção de alimentos utilizando conhecimentos tradicionais das comunidades e saberes científicos sensíveis da perspectiva da justiça sócio-ambiental. Esses sim, produzem qualidade de vida, bem viver, soberania e segurança alimentar, e conservação e preservação das condições ambientais e culturais.

V - Como a senhora avalia a política do governo Lula em relação aos agrotóxicos?
RR – O governo Lula teve um papel muito importante na expansão do agronegócio no Brasil. Para dar dados bem sintéticos, o financiamento que o governo disponibilizou para o agronegócio anualmente foi em torno de 100 bilhões de reais e para a agricultura familiar foi em torno de 16 bilhões de reais. Então há um desnível muito grande.
O governo Lula foi omisso em relação às legislações vigentes no Brasil desde 1997, que concedem uma isenção de 60% do ICMS para os agrotóxicos. Ou seja, existe um estímulo fiscal à comercialização, produção e uso dos agrotóxicos no país. Isso, evidentemente, atrai no espaço mundial investimentos para o nosso país, investimentos que trabalham com a contaminação. Também poderíamos falar das políticas públicas, continuamos com o Sistema Único de Saúde, que apesar de ser da maior importância enquanto sistema de universalidade, equidade, participação e integração, ainda é um sistema completamente inadequado para atender a população do campo.
Ainda é um sistema cego para as intoxicações agudas e os efeitos crônicos dos agrotóxicos. E com raríssimas exceções nesse enorme país, é um sistema que ainda não consegue identificar, notificar, previnir e tratar a população adequadamente. Existe uma série de hiatos para a ação pública que precisam ser garantidos para que se possa respeitar a Constituição Federal no que ela diz respeito ao meio ambiente e à saúde.

V – Alguns agrotóxicos têm sido revistos pela ANVISA. Como esse processo tem corrido?
RR – A ANVISA pautou desde 2006, se não me engano, a reavaliação de 14 agrotóxicos. Segundo estudos inclusive dos próprios produtores, as condições relatadas no momento do registro tinham se alterado e, portanto, pensaram em reavaliar as substâncias. Esse processo vem correndo de forma bastante atropelada porque o sindicato da indústria que fabrica o que eles chamam de "defensivos agrícolas”, utiliza não só de suas articulações com o poder político no Senado Federal, com a bancada ruralista, mas também de influências sobre o Judiciário, e gerou uma série de processos judiciais contra a ANVISA, que é o órgão do Ministério da Saúde responsável legalmente por essas atribuições. Mas alguns processos já foram concluídos.

V – A senhora acha que essa reavaliação pode ser vista como um avanço na política nacional?
RR – A ANVISA é um órgão que tem lutado com competência para cumprir aquilo que a legislação exige que ela faça mas às vezes ela tem encontrado falto de apoio dentro dos próprios órgãos públicos federais. Muitas vezes o próprio Ministério da Agricultura não se mostra comprometido com a preservação da saúde e do meio ambiente como deveria, a Casa Civil muitas vezes interfere diretamente nesses processos, o Ministério da Saúde muitas vezes não tem compreensão da importância desse trabalho de reavaliação dos agrotóxicos. A ANVISA é uma das dimensões da política pública, no que toca às substâncias químicas, que vem tentando se desenvolver de maneira adequada, mas com muitos obstáculos. No contexto mais geral, a gente ainda enxerga poucos avanços.

V – As perspectivas daqui pra frente, no governo Dilma, não trazem muita esperança, então…
RR – Acho que vamos ter a tarefa histórica, enquanto pesquisadores, movimentos sociais e profissionais da saúde, de expor ao governo Dilma as gravíssimas implicações desse modelo de desenvolvimento agrícola para a saúde da população como um todo. Porque não são só os agricultores ou os empregados do agronegócio, os atingidos por esse processo. Aqui no nosso caso [do Ceará], por exemplo, o rio que banha essas empresas e empreendimentos, que é o rio Jaguaribe, é o mesmo cuja água é trazida para Fortaleza, para abastecer uma região metropolitana de mais de 5 milhões de pessoas. Essa água pode estar contaminada com agrotóxicos e isso não vem sendo acompanhado pelo SUS.
Nós temos toda a questão das implicações da ingestão de alimentos contaminados por agrotóxicos na saúde da população. Em que medida esse acento dos cânceres, por exemplo, na nossa população, como causa de morbidade e de mortalidade cada vez maior no Brasil, não tem a ver com a ingestão diária de pequenas doses de diversos princípios ativos de agrotóxicos, que alteram o funcionamento do nosso corpo e facilitam a ocorrência de processos como esse, já comprovado em diversos estudos. Então é preciso que o governo esteja atento.
Nós temos uma responsabilidade de preservar essa riqueza ambiental que o nosso país tem e isso é um diferencial nosso no plano internacional hoje. Não podemos deixar que nossa biodiversidade, solos férteis, florestas, clima, luz solar, sejam cobiçados por empresas que não têm critério de respeito à saúde humana e ao meio ambiente quando se instalam naquilo que elas entendem como países de terceiro mundo ou países subdesenvolvidos.

V – Por que o Brasil com tamanha biodiversidade, terra fértil e água necessita de tanto agrotóxico?
RR – Porque a monocultura, que é a escolha do modelo do agronegócio, ao destruir a biodiversidade e plantar enormes extensões com um único cultivo, cria condições favoráveis ao que eles chamam de pragas, que na verdade são manifestações normais de um ecossistema reagindo a uma agressão. Quando surgem essas pragas, começa o uso de agrotóxico e aí vem todo o interessa da indústria química, que tem faturado bilhões e bilhões de dólares anualmente no nosso país vendendo esse tipo de substância e alimentando essa cultura de que a solução é usar mais e mais veneno.
Nós temos visto na área da nossa pesquisa, no cultivo do abacaxi, eram utilizados mais de 18 princípios ativos diferentes de agrotóxicos para o combate de cinco pragas. Depois de alguns anos, a própria empresa desistiu de produzir abacaxi porque, ainda que com o uso dos venenos, ela não conseguiu controlar as pragas. Então é um modelo que, em si mesmo, é insustentável, é autofágico. As empresas vêm, degradam o solo e a saúde humana e vão embora impunemente. Fica para as populações locais aquilo que alguns autores têm chamado de herança maldita, que é a doença, a terra degradada, infértil e improdutiva.

Fonte: Entrevista extraída do Blog Vi o mundo de Luiz Carlos Azenha
enviada por: Antonio Nilton Bezerra Júnior
- Ass. Social da CPT/RN.
Dr. Raquel Rigotto - Coordenadora do Núcleo Tramas
(imagem retirada do Site do Ministério da Saúde)

quarta-feira

Danos à saúde causados pelo Cosumo de água contaminada na Chapada do Apodi


Dr. Raquel Rigotto - Coordenadora do Núcleo Tramas
(imagem retirada do Site do Ministério da Saúde)

O estudo do grupo Tramas, da Faculdade de Medicina da UFC, constatou a presença de 22 princípios ativos de agrotóxicos na água consumida pela comunidade de Tomé, assim como em outras quatro localidades. Entre os defensivos há inseticidas, fungicidas, herbicidas e acaricidas. Eles são usados, segundo o geógrafo Diego Gadelha, do curso de Saneamento Ambiental do IFCE (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará), especialmente para combater uma praga das plantações de banana, a sigatoka-amarela, um fungo que aparece nos bananais em períodos chuvosos, por causa da umidade.
 
Quando há pulverização aérea, o veneno não atinge só a água. As casas dos moradores da região também são afetadas, além dos próprios moradores. A pulverização com trator também não evita estragos. “Há um estudo da Cogerh (Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará) que mostra que água subterrânea, de poços, também está contaminada. Com isso, os animais, os alimentos, as pessoas, tudo está sendo atingido. E os danos vão aparecer principalmente a longo prazo, já que o veneno fica se acumulando no organismo”, disse.
 
Para alguns que trabalham na agricultura, os sintomas, porém, já são visíveis. Pelo menos 17 pessoas na comunidade tiveram câncer, doença que pode estar relacionada à exposição prolongada aos agrotóxicos. Outros apresentaram doenças como dermatites, desregulação hormonal, dificuldades respiratórias e insuficiência do fígado e dos rins. Um agricultor de 29 anos morreu por uma doença crônica no fígado. Em todos esses casos, percebeu-se a influência de substâncias usadas nos defensivos agrícolas.
 
Depois da morte de Zé Maria com 19 tiros, bem na época em que foi divulgado o estudo da UFC comprovando a existência de agrotóxicos na água entregue no Tomé, a população dali - cerca de 2.000 pessoas - ficou assustada. Ainda assim, todo dia 21, data em que o líder da comunidade foi morto, acontece uma manifestação na região.
 
A constatação de que a água está imprópria para o consumo humano, porém, não fez com que a maioria parasse de usá-la. “Há uns três meses, a prefeitura começou a mandar água em carros-pipa para abastecer caixas d'água da localidade. Só que, aos poucos, como não é nada simples sair de casa com o balde para buscar água, as pessoas voltaram a usar a da torneira. E a própria prefeitura, há um mês, deixou de abastecer de novo os reservatórios com água potável”, disse o geógrafo Gadelha. “Como os problemas não surgem do dia para a noite, todos vão usando”, completou.
 
Para o presidente do SAAE, Antônio Mauro da Costa, as pessoas querem a água ali, e não há agora outra forma de levar se não retirando do projeto de irrigação. A única alternativa seria a construção de uma adutora, no valor de R$ 7,5 milhões, dinheiro que ainda não tem previsão de ser conseguido. Costa afirma que também tem estudos que mostram que a água é boa para o consumo, apesar de a Fapija ter instalado placas informando que ali a água não é potável.
 
“Se ali a água é contaminada, a do rio Jaguaribe também é, e a dos outros afluentes e de toda região do Vale do Jaguaribe também são, porque aqui existe a maior empresa a céu aberto do Nordeste, onde mais de 10 mil pessoas são empregadas. E a luta é para se aumentar a área irrigada. Se não puder mais usar os defensivos, tudo isso vai acabar”, disse Costa.
 
Fonte: Uol Notícias, 13/02/2011
enviado por: Antonio Nilton Bezerra Júnior - Ass. Social da CPT/RN.

Sem alternativa, comunidade usa água contaminada por agrotóxicos no interior do Ceará

Incolor, inodora, insípida. Assim é a água que a comunidade de Tomé, no alto da Chapada do Apodi, em Limoeiro do Norte (a 198 km de Fortaleza), recebe nas torneiras de todas as suas casas. Contudo, ao analisar 46 amostras dessa água retiradas de diferentes pontos de distribuição, um estudo da Faculdade de Medicina da UFC (Universidade Federal do Ceará) constatou que em todas há resquícios de diferentes tipos de defensivos agrícolas [agrotóxicos], o que faz dessa água uma ameaça à saúde de todos que a ingerem.
Supostamente por denunciar esse fato, o líder comunitário José Maria Filho, conhecido como Zé Maria do Tomé, foi morto com 19 tiros em abril do ano passado, crime até hoje impune. E agora, o Ministério Público do Estado do Ceará ingressou na Justiça uma ação civil pública para pedir a suspensão imediata da entrega dessa água aos moradores do local e sua substituição por água potável, própria para o consumo, nem que seja por carros-pipa.
A água, distribuída pelo SAAE (Sistema Autônomo de Água e Esgoto) de Limoeiro do Norte, é retirada de canais do projeto de irrigação Jaguaribe-Apodi, do Dnocs (Departamento Nacional de Obras contra as Secas). Nesse projeto, estão instaladas empresas nacionais e multinacionais que produzem frutas e grãos e que pulverizam agrotóxicos nas plantações, tanto com o auxílio de tratores como de aviões. Da mesma forma que atingem as lavouras, esses defensivos caem na água, que corre a céu aberto entre os lotes irrigados, até chegar nas casas das famílias de Tomé.
A água é cobrada regularmente pelo SAAE. “Em síntese, o SAAE de Limoeiro do Norte cobra pelo serviço de fornecimento de água, o qual vem prestando de forma absolutamente ineficiente, pois fornece água imprópria ao consumo humano aos consumidores residentes na comunidade do Tomé”, diz a ação civil pública assinada pela promotora Bianca Leal Mello da Silva Sampaio.
A permissão para o uso da água é dada pela Fapija (Federação das Associações do Perímetro Irrigado Jaguaribe-Apodi), que, em troca, recebe do SAAE o equivalente aos custos da energia elétrica do projeto de irrigação, cerca de R$ 350 mil por mês. Apesar de fornecer a água, o próprio presidente da Fapija, Raimundo César dos Santos, não garante que ela é potável. “Essa é uma água de uso exclusivo para irrigação. A gente não se responsabiliza por ela”, afirmou, minimizando, em seguida, o tom de alerta da própria fala. “Fizemos um estudo de R$ 1.500 nessa água e não encontramos nada de errado. E lá está disponível para qualquer cidadão atestar isso também.”
Em frente a um das piscinas do projeto que funcionam como reservatório, porém, a própria entidade mandou instalar placas com os seguintes dizeres: “Atenção, água não potável” e “Atenção, proibido banho e pesca”.
Santos justifica a permissão para o uso da água para abastecimento humano como uma forma de viabilizar o uso da energia elétrica para o bombeamento para irrigação. “Estamos no alto da Chapada do Apodi, a 110 metros de altitude, e toda a água que passa pelos 40 quilômetros de canais precisa ser bombeada o tempo todo. São 4.800 metros cúbicos de água por hora e sete bombas. Se não for assim, não dá para ter plantação de nada”, afirmou.
Fonte: Uol Notícias, 13/02/2011
enviado por: Antonio Nilton Bezerra Júnior - Ass. Social da CPT/RN.

Amanhã haverá reunião da Coordenação Local do MOVA - Brasil em Apodi.

Amanhã pela manhã (23), todos os Educadores (as) que Foram selecionados pelo Projeto MOVA – Brasil nesta 3ª Etapa – 2010 estarão amanhã pela manhã participando de uma Reunião Convocada pela Coordenadora Local Edjanete Fernandes, para esclarecimentos sobre toda a documentação necessária para o ato da Contratação e assuntos Relativos à Viagem para a formação que se dará entre os dias 28 de Fevereiro e 04 de Março na Cidade de Assú/RN onde estarão participando 12 educadores Apodienses e 03 Felipense que compõem o Núcleo do Apodi.
A reunião acontecerá na Sede do STTR de Apodi a partir das 8h00min.
Por: Agnaldo Oliveira

Agricultoras de Pernambuco garantem mais renda com produção de doces e polpas de frutas

A organização de duas unidades para beneficiamento de doces e polpas de frutas na comunidade de Monte Alegre, município de Afogados da Ingazeira (PE), e na comunidade de Pereiros, no município de Flores (PE), gerou empregos e uma segunda opção de renda para 46 mulheres da região. Com a venda dos produtos, as agricultoras familiares  contam com  renda de cerca de R$ 400/mês por agricultora. A comercialização é realizada em escolas, mercados, feiras agroecológicas e nas feiras da agricultura familiar promovidas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Essas agricultoras fazem parte da Organização Casa da Mulher do Nordeste, situada em Recife (PE). O grupo reúne o trabalho de 450 mulheres  agricultoras familiares de onze municípios do Estado. Juntas, elas produzem, artesanato em cabaça, crochê, palha de milho,  jornal; bordados, sombrinha para dançar o  frevo e peças de barro, entre outras criações. As frutas da região  complementam a produção desse grupo. São Umbu, cupuaçu, graviola e manga, utilizadas para fabricação dos doces e polpas. Uma máquina auxilia as agricultores no momento de embalar as polpas, assim, não há desperdício de tempo.
Em suas propriedades, junto com a família, as agricultoras trabalham  na lavoura plantando entre tantas culturas disponíveis  para a região, o milho e o feijão. Além disso, criam pequenos animais como galinhas e cabras para subsistência e venda no comércio local.
“A nossa produção é diversificada e nosso trabalho está voltado para a valorização dos produtos da agricultura familiar”, relata Thaísa Soares, técnica da organização que presta assessoria aos projetos das agricultoras. Ela esclarece ainda que para fomentar o trabalho realizado na instituição, hoje, a entidade já conta com projetos de apoio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Thaísa destaca que as mulheres têm recebido o apoio das políticas públicas e programas do MDA. “É como uma colcha de retalhos, a junção das políticas públicas e linhas de crédito complementam as unidades de beneficiamento”, destaca, ao relatar que, muitas agricultoras já acessaram os financiamentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). "Todo nosso trabalho é pautada na demanda efetiva das mulheres agricultoras”, finaliza Thaísa.

Quase sete mil têm Bolsa Família cancelados

Beneficiários que não atualizaram seus dados até 31 de dezembro perderam o Bolsa Família neste mês. Foram cancelados 6.916 benefícios no pagamento de fevereiro no Rio Grande do Norte, de um total de 28.232 de famílias que precisaram passar pela revisão cadastral em 2010. A atualização das informações no Cadastro Único, promovida pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) em parceria com os municípios alcançou um percentual de 76% do público envolvido nesse processo, no ano passado.
A cada dois anos, os beneficiários do programa de transferência de renda do Governo Federal necessitam ir à prefeitura do município em que moram e confirmar ou alterar suas informações cadastrais.
Neste ano, mais 1,3 milhão de famílias têm que fazer a renovação de seus cadastros em todo o Brasil. Mudança de endereço ou de renda, localização da escola dos filhos para acompanhamento da frequência escolar e composição familiar são informações que precisam ser apresentadas.
Para continuar a receber os valores do programa, além da atualização de dados, os beneficiários precisam manter os filhos na escola e a agenda de saúde em dia.

Fonte: Jornal De Fato.

Assistência técnica atende 295 mil famílias e melhora produção nos assentamentos

Assistência técnica atende 295 mil famílias e melhora produção nos assentamentos
Foto: Eduardo Aigner
Em 2003, cerca de 95 mil famílias assentadas foram beneficiadas pelo Programa de Assessoria Técnica, Social e Ambiental (Ates) do Incra. Esse número evoluiu significativamente e, em 2010, quase 300 mil famílias foram atendidas. Atualmente, os serviços de Ates são prestados por 70 entidades, que reúnem cerca de três mil técnicos. O Ates garante mesa farta para as famílias assentadas e números expressivos na produção dos assentamentos.
A entrada em vigor da Lei de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), em 2010, permitiu o lançamento de 17 chamadas públicas para a seleção e contratação de entidades prestadoras de serviço de assistência técnica visando atender 165.647 famílias em 13 estados. Em dezembro, dois estados saíram na frente. Foram assinados contratos para atender 8.697 famílias no Acre e em Minas Gerais.
Até março de 2011, a estimativa é concluir o processo de seleção de entidades para o atendimento aos demais assentados. Os trabalhos do Incra fazem parte do plano de universalização do acesso aos serviços de assistência técnica para os assentados da reforma agrária.

Lei de Ater
Em janeiro de 2010 foi sancionada a Lei de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) atualmente em vigor. Ela beneficia não apenas os agricultores familiares, mas também assentados da reforma agrária, povos indígenas, remanescentes de quilombos e comunidades tradicionais como extrativistas, aquicultores, silvicultores e pescadores. A Lei admite que, além da Emater, ONGs, cooperativas de agrônomos e veterinários possam organizar-se para o atendimento às demandas de serviços de Ater, e garante a prioridade para a contratação de entidades e órgãos públicos oficiais de assistência técnica.

Fonte: Site do MDA

terça-feira

Primeira turma de Pedagogia da Terra prepara formatura.

Foto: Incra/RN

A primeira turma a concluir o curso superior em licenciatura plena em Pedagogia da Terra iniciou esta semana os preparativos para colação de grau, que ocorrerá em março. No último sábado (19), às 11h, foi realizado um encontro entre os 156 formandos,  professores e coordenadores do curso. A atividade aconteceu no Centro de Treinamento Libânia Lopes Pessoa, em Mossoró (RN), e contou com a presença do superintendente regional em exercício do Incra/RN, Mário Moacir de Almeida, e de representantes de  instituições e entidades que compõem a parceria do Programa Nacional de Educação para Reforma Agrária (Pronera).
O último módulo de aula foi aplicado no segundo semestre do ano passado. Os estudantes são de assentamentos da reforma agrária dos Territórios da Cidadania do Açu/Mossoró e Sertão do Apodi. Eles realizaram os trabalhos de conclusão de curso nos próprios assentamentos em que moram. Esta é a primeira turma de nível superior a cursar Pedagogia da Terra. A ação é uma parceria do Incra com a Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (Uern) e com movimentos sociais.
O curso teve carga horária de 3.270 horas-aula. A grade incluiu disciplinas com temas relacionados à licenciatura plena em pedagogia e ao meio rural. Os estudantes assistiram aulas presenciais (tempo/escola) no Campus Central da Uern e no Centro de Treinamento Libânia Lopes Pessoa, em Mossoró. Também realizaram vivência nos assentamentos rurais (tempo/comunidade). A grade escola foi concluída em janeiro passado com a apresentação da monografia de final de curso, cujo tema foi Pedagogia e o Meio Rural.
De acordo com Mário Moacir, depois de formados, os assentados poderão trabalhar como professores das séries iniciais do Ensino Fundamental, na educação de jovens e adultos, na coordenação pedagógica de instituições de ensino e na gestão e desenvolvimento de projetos na área de educação.
Fonte: Site do MDA 

O Conselho Municipal do FUMAC de Apodi convida a toda a população Apodiense.

Atual Diretoria do FUMAC/Apodi
O Conselho Municipal do FUMAC de Apodi está se preparando para realizar um mega evento de Inauguração dos projetos Aprovados no Ano de 2010, entre eles 06 projetos que visam o melhoramento das Infra-estruturas e da qualidade de vida do Homem e da mulher do Campo. Além dos vários agricultores (as) o evento contará com a presença de várias lideranças e organizações que contribuíram para o êxito da execução destes projetos no ano de 2010; entre estas parcerias destacamos: Associações Comunitárias e dos P. A.s; STTR de Apodi; Projeto de Desenvolvimento Solidário (PDS); Petrobras e o Acompanhamento técnico do SEAPAC e o Centro Juazeiro.
O Evento irá acontecer no dia 25 de Fevereiro de 2011 no auditório do STTR de Apodi a partir das 08h00min da manhã.
Hoje pela manhã em conversa com o Presidente do FUMAC/Apodi, o Senhor Júnior Morais nos falou que “o Evento é um momento de celebrar os êxitos junto a todos que participaram deste processo de luta e conquista”, e ainda nos adiantou a seguinte Programação:
PROGRAMAÇÃO
ü  08h00min – Acolhida;
ü  08h30min – Formação de Mesa;
ü  09h30min – Apresentação dos Projetos;
ü  10h00min – Reflexão;
ü  10h30min – Confraternização;
ü  11h00min – Encerramento.
Por: Agnaldo Oliveira

Agricultores do RN irão receber seguro safra no inicio do proxímo Mês.


Os 23.387 agricultores rurais do Rio Grande do Norte que aderiram ao Programa Garantia Safra, do Governo Federal, deverão receber a primeira parcela nos primeiros dias de março. A informação foi dada ontem, 21, pela Delegacia Federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no Estado aos 81 municípios potiguares inscritos no programa.
O Garantia Safra é um dos principais programas voltados para proteger o agricultor familiar que sofreu com perda total ou parcial da safra. Criado em 2002, objetiva minimizar os drásticos efeitos em decorrência histórica de estiagem prolongada, fenômeno climático que ocasiona grandes transtornos na região semiárida do Brasil.
Como houve perda, provocada principalmente pela seca, os 23.387 agricultores receberão R$ 600,00 cada, divididos em quatro parcelas de R$ 150,00.
No início deste ano, o governo que tomou posse em 2011 herdou uma dívida de R$ 910.728,00, deixa pelo governo anterior, referente ao não pagamento da contrapartida estadual do Garantia Safra. Através de um esforço realizado pela Secretaria de Estado de Agricultura Pecuária e Pesca, e de instituições e entidades ligadas à agricultura familiar, a dívida foi paga, permitindo ao RN a continuidade da ação. Desta forma, deverão circular no estado, a partir de março, o montante de R$ 14.032,200,00, somente com o pagamento do Garantia Safra, segundo afirmação do delegado federal do MDA/RN, Valmir Alves.
O município potiguar com o maior número de agricultores inscritos no Programa é São Tomé, com 1.499. É seguido por São Paulo do Potengi, com 983, e São Miguel do Gostoso, com 905. Já os municípios de Acari, Baraúna e Martins são os que apresentaram menor número de adesão, com 31,41 e 41, respectivamente.
FUNDO - O Fundo Garantia Safra conta com a participação de recursos em percentual,
dos três entes federativos (Municípios, Estados e União), e com uma contribuição, embora pequena, do agricultor. A confirmação das inscrições dos agricultores no início do ano agrícola ocorre através da Declaração de Aptidão ao Pronaf e quando for efetivada a
adesão ao programa com o pagamento dos aportes estaduais, municipais e o pagamento do boleto pelo agricultor.
Na safra 2010/2011, os relatórios do sistema garantia-safra, quantificam 32.679 agricultores potiguares inscritos. Caso ocorra seca ou enchente, com perda de 50% ou mais da safra, cada agricultor deverá receber R$ 640,00 em 2012.
Fonte: Eu vi no Blog de Castelo Morais.

segunda-feira

Saiu a lista dos Monitores Convocados pelo MOVA - Brasil.

Clique na Imagem para ampliar.
Depois de muita ansiedade por parte dos Educadores (as) que estavam concorrendo ao processo de seleão do MOVA - Brasil, o resultado foi divulgado. Com as definiões o Núcleo de Apodi contará com um Total de 15 turmas sendo 12 instaladas no município de Apodi e 03 no município de Felipe Guerra.
A Coordenadora Local Edjanete Fernandes está  convocando todos selecionados (as) para se fazerem presentes na Proxima Quinta - Feira (24) no Auditório do STTR de Apodi para a elaboração de encominhamentos para a Formação Geral que ocorrerá em Assu/RN entre os 28 de Fevereiro e 04 de Março.

Por: Agnaldo Oliveira                                              



Intercâmbio entre Jovens de Cajazeiras/PB e Jovens de Apodi/RN.


Cerca de 60 Jovens participaram
do Intercâmbio.

No último Sábado (19/02/2011) Os jovens da Comissão de Jovens do STTR de Apodi estiveram recebendo a visita de uma Comitiva de Jovens de Cajazeiras/PB onde na oportunidade foram partilhadas várias experiências de práticas agroecológicas e experiências de práticas de Formção Juvenil.
Por: Agnaldo Oliveira

Sugestão de Leitura de Blog

A VOZ ESTUDANTIL



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