Mais de 50 famílias estão desabrigadas
O inverno deste ano já ganhou proporção de enchente no município de Ipanguaçu. A cada chuva que cai na região do Vale do Açu cresce o tamanho da lâmina de água da sangria do Açude Pataxó e a água avança sobre as casas de centenas de famílias que moram em éreas de risco.
Até a tarde dessa quinta-feira, 28, o número de famílias desabrigadas pela enchente somava mais de 50. A previsão era que mais famílias fossem expulsas de casa por conta do sangramento do Açude Pataxó, que já chegava a 34 centímetros, ainda no dia de ontem.
Três localidades já foram atingidas pela água que desce do Açude. Inicialmente, foi o bairro de Maria Romana, mas nas últimas horas o alagamento também chegou aos bairros de Ubarana e Manoel Bonifácio.
A reportagem do Jornal de Fato esteve no bairro Ubarana e constatou que para sair e entrar em casa as famílias precisam colocar os pés na lama.
Muitas famílias já deixaram suas residências e foram para abrigos ou casas de amigos e parentes.
Quem está insistindo em ficar, sabe que a qualquer momento pode ter que sair também.
É o caso do casal de aposentados Francisco Joaquim da Costa e Anália Bento da Silva.
A água já chegou ao portão da casa deles e se continuar chovendo eles serão os próximos a serem expulsos.
Situação a qual o casal já está acostumado. "Faz nove anos que moramos aqui e enfrentamos sempre o mesmo problema quando tem inverno, relatou Joaquim, criticando, logo na sequência, a falta de atitude do poder público para acabar com os alagamentos em Ipanguaçu".
Anália lembrou que todos os anos são feitas promessas para resolver o problema, "mas nunca é feito nada", lamentou.
A casa dos dois aposentados já está pronta para o pior. Eles resolveram "pendurar" todos os móveis antes mesmo que a água chegue. "No último inverno perdemos vários móveis, que deram um trabalho danado para serem comprados novamente. Por isso, nos preparamos dessa vez", salientou Joaquim.
A enchente expulsa, mas também faz muita gente ficar dentro de casa. Uma dezena de localidades de Ipanguaçu, como Itu, Porto e Água de Pedra, estão ilhadas. Entrar ou sair desses locais só através de canoas.
O agricultor Raimundo de Lima Tavares mora numa parte alta de Ipanguaçu, mas ele também não está livre dos efeitos da enchente. A casa e a propriedade dele estão ilhadas. Para entrar em casa, que fica à beira da RN-118, só encarando a lama. "Olhe (apontando), na minha casa não entra água, mas tem essa dificuldade para entrar e sair por conta dessa água (apontando novamente) que cerca a propriedade", explicou o agricultor, enquanto estava do outro lado da pista.
Neste ano, até o último dia 28, choveu 460.5 milímetros em Ipanguaçu, de acordo com informações da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN).
O inverno deste ano já ganhou proporção de enchente no município de Ipanguaçu. A cada chuva que cai na região do Vale do Açu cresce o tamanho da lâmina de água da sangria do Açude Pataxó e a água avança sobre as casas de centenas de famílias que moram em éreas de risco.
Até a tarde dessa quinta-feira, 28, o número de famílias desabrigadas pela enchente somava mais de 50. A previsão era que mais famílias fossem expulsas de casa por conta do sangramento do Açude Pataxó, que já chegava a 34 centímetros, ainda no dia de ontem.
Três localidades já foram atingidas pela água que desce do Açude. Inicialmente, foi o bairro de Maria Romana, mas nas últimas horas o alagamento também chegou aos bairros de Ubarana e Manoel Bonifácio.
A reportagem do Jornal de Fato esteve no bairro Ubarana e constatou que para sair e entrar em casa as famílias precisam colocar os pés na lama.
Muitas famílias já deixaram suas residências e foram para abrigos ou casas de amigos e parentes.
Quem está insistindo em ficar, sabe que a qualquer momento pode ter que sair também.
É o caso do casal de aposentados Francisco Joaquim da Costa e Anália Bento da Silva.
A água já chegou ao portão da casa deles e se continuar chovendo eles serão os próximos a serem expulsos.
Situação a qual o casal já está acostumado. "Faz nove anos que moramos aqui e enfrentamos sempre o mesmo problema quando tem inverno, relatou Joaquim, criticando, logo na sequência, a falta de atitude do poder público para acabar com os alagamentos em Ipanguaçu".
Anália lembrou que todos os anos são feitas promessas para resolver o problema, "mas nunca é feito nada", lamentou.
A casa dos dois aposentados já está pronta para o pior. Eles resolveram "pendurar" todos os móveis antes mesmo que a água chegue. "No último inverno perdemos vários móveis, que deram um trabalho danado para serem comprados novamente. Por isso, nos preparamos dessa vez", salientou Joaquim.
A enchente expulsa, mas também faz muita gente ficar dentro de casa. Uma dezena de localidades de Ipanguaçu, como Itu, Porto e Água de Pedra, estão ilhadas. Entrar ou sair desses locais só através de canoas.
O agricultor Raimundo de Lima Tavares mora numa parte alta de Ipanguaçu, mas ele também não está livre dos efeitos da enchente. A casa e a propriedade dele estão ilhadas. Para entrar em casa, que fica à beira da RN-118, só encarando a lama. "Olhe (apontando), na minha casa não entra água, mas tem essa dificuldade para entrar e sair por conta dessa água (apontando novamente) que cerca a propriedade", explicou o agricultor, enquanto estava do outro lado da pista.
Neste ano, até o último dia 28, choveu 460.5 milímetros em Ipanguaçu, de acordo com informações da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN).
Por: MAGNOS ALVES
Da Redação
Fonte: Site do Jornal De Fato
Da Redação
Fonte: Site do Jornal De Fato
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