quinta-feira

Chuva destrói trecho da rodovia 226.

O rompimento de pequenos açudes construídos sem fiscalização da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH) destruiu de novo outro trecho de rodovia federal no Rio Grande do Norte. O primeiro local danificado foi na BR 226, perto da cidade de Tangará, ainda no mês de janeiro. O segundo trecho destruído foi na BR-110. A cidade de Campo Grande ficou isolada. Nesta terça-feira, a força das águas destruiu trecho da BR-226, perto de Florânia. Nos três casos, os bueiros não suportaram a quantidade de água.
No primeiro caso, registrado em Tangará, choveu na região do Trairi mais de 200 milímetros de uma só vez. Dois pequenos açudes não suportaram a quantidade de água e se romperam. Quase levaram junto o Açude Guarita, também particular, que armazena quase 5 milhões de metros cúbicos de água. Mesmo o Guarita suportando, a água que transbordou sobre a parede destruiu a BR-226, inclusive arrastou um Uno Mille com o motorista por mais de 13km.
No segundo caso, foram dois açudes particulares na região entre Upanema, Caraúbas e Campo Grande que se romperam, levando tudo que tinha pela frente. Na entrada da cidade de Campo Grande, a enxurrada levou 50 metros da BR-110 e duas motos e um carro que passava na ocasião. Os nove passageiros dos três veículos conseguiram sair antes dos veículos serem arrastados. As motos e carros tiveram perca total.
No início da noite desta terça-feira, não se tem certeza se houve rompimento de pequenos açudes particulares como foi o primeiro e o segundo caso ou foi somente a água da chuva que se avolumou nas encostas da região. O que se tem certeza é que o bueiro da BR-226 não suportou a quantidade de água e, no transbordamento, a pista de rolamento foi destruída. Abriu uma enorme cratera. A Polícia Rodoviária Federal interditou o local.
No treco da BR-226, perto de Tangará, a força da água não destruiu totalmente a BR, pois a ponte deu conta da demanda de água. Já nos trechos perto de Florânia e de Campo Grande, haviam bueiros, que não suportaram a quantidade de água. No caso de Campo Grande, o DNIT deve iniciar a recuperação nos próximos 30 dias. Vai construir uma ponte no lugar do bueiro. Em Florânia, o trabalho deve começar nos próximos 15 dias. Vai depender do inverno.
Enquanto não é recuperada, o motorista que estiver em Jucurutu precisando ir para Currais Novos ou Florânia, terá que ir pelo município de Caicó. Se for para Natal, o caminho mais indicado é seguir por São Rafael até a BR-304. A PRF sinalizou a rodovia nas imediações de Currais Novos e no trevo com a RN-118, perto de Jurucutu, para orientar os motoristas.
No Rio Grande do Norte existe mais de 2 mil pequenos açudes em propriedades particulares. Destes, apenas 26 são monitorados pela SEMARH e outros 19 pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT). Os açudes de pequenas propriedades, segundo a Assessoria da Semarh serão fiscalizados em parceria com os municípios. "Temos uma equipe empenhada em averiguar caso a caso, mas é pouco em se comparado com a demanda de trabalho", informa a Semarh.

AMEAÇA

A RN-117, saída de Caraúbas para Olho D'água dos Borges, também está ameaçada por açudes particulares na zona rural de Caraúbas e o Açude Público e Saboia dentro da cidade. Além da rodovia, a Prefeitura de Caraúbas informa que também existem pelo menos 30 residências que estão ameaçadas. A recomendação neste caso é investir no reforço da parede do açude e também dos demais em propriedades particulares.

Fonte: Jornal De Fato.

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