segunda-feira

Alimentos do campo: dos pequenos produtores para a merenda escolar


Imagem Retirada da Internet
Que os alimentos retirados do campo fazem muito bem à saúde, isso não há dúvida! Porém, agora, a exigência da presença deles no cardápio da merenda escolar deve virar Lei depois do projeto do vereador Claudionor dos Santos. O Programa Agricultura Familiar Urbana na Escola Cidadã dá condições das escolas comprarem dos pequenos agricultores os elementos necessários para o cardápio dos alunos.
Antes mesmo do projeto do legislativo municipal vir a campo, o Governo Federal havia incrementado em 2009 a Lei 11.947 que determina que 30% dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) sejam destinados à compra de produtos da agricultura familiar. A iniciativa é saudada pela nutricionista Leila Paiva, responsável pela elaboração do cardápio escolar da rede municipal. "É inquestionável a relevância dos produtores cultivados pelos agricultores na merenda escolar", diz ela, apontando que os estudantes ganham, principalmente, mas vitamina e minerais.
Em contrapartida, não esconde a dificuldade que todas as escolas enfrentam para conseguir atender a demanda de produtos necessários. Tanto que no ano passado, das 51 escolas distribuídas entre a zona urbana e rural, apenas duas delas conseguiram atingir a quantidade mínima de 30% de alimentos oriundos do pequeno agricultor, conforme estabelece o Governo Federal.
As demais, o equivalente a 59% das unidades, oscilou na quantidade de alimentos agrários. A pior situação, no entanto, para as demais 21 escolas que, sequer, conseguiu comparar algo neste sentido. "Abrimos chamada pública, orientamos as escolas a fazer as compras, mas, infelizmente ainda não há uma oferta equivalente a nossa demanda", alerta a nutricionista.
A preocupação dela é ratificada pelo gerente da Agricultura, Abastecimento e Recursos Hídricos, Rondinel Carlos Santos. Ele explica que o contingente de pequenos agricultores do município ainda é pequeno e não conseguiria, na atual situação, atender a todas as escolas. "Ora, pra ser considerado da agricultura familiar, a exigência básica é a produção para subsistência. O excedente, sim, é que deve ser comercializado", explica o titular, reforçando os esforços para expandir o número da produção familiar.
A estimativa é que cerca de 5.000 agricultores plantem em regime de pequena produção. "Mesmo que todos os nossos agricultores fornecessem para as escolas, mesmo assim, ainda não conseguiríamos abarcar a todas", pondera Rondinel. Mesmo a ênfase na produção agrícola estando na zona rural, a quantidade de escolas que não consumiram nada desses gêneros no ano passado é equilibrado entre os dois perímetros.
Das 35 escolas localizadas na zona urbana, 11 tiveram desempenho negativo e esse percentual chega a 10 entre as 16 escolas distribuídas pela zona rural. Das duas que conseguiram chegar ao mínimo de 30%, a Escola Municipal Sindicalista Antônio Inácio está na comunidade da Barrinha e a Escola Municipal José Benjamin, no conjunto do Inocoop.

"Orientamos aos gestores a adquirirem alimentos da vocação agrícola da região. Não tem lógica comprarmos morango. A escola deve adquirir frutas e legumes da vocação agrícola da região a qual o estudante está acostumado", enfatiza a nutricionista Leila Paiva.
Fonte: Jornal De Fato

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