quinta-feira

Eventos lembram um ano da morte de José Maria

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O Povo - [Rita Célia Faheina] Quase um ano após a morte de José Maria, em Limoeiro do Norte, as investigações sobre os autores do assassinato ainda não foram concluídas. Vários eventos estão programados para lembrar o primeiro ano de morte.
Debates sobre o uso indiscriminado de agrotóxicos, caminhadas, panfletagens, inauguração de um memorial, celebração eucarística, vigília. São eventos programados para lembrar um ano da morte do ambientalista e líder comunitário José Maria Filho. São organizados pela Comissão Diocesana da Caridade, da Justiça e da Paz de Limoeiro do Norte.
No dia 21 de abril do ano passado, Zé Maria do Tomé, como era conhecido, foi assassinado no caminho de casa, na Chapada do Apodi. Até agora, os autores do crime não foram identificados pela polícia.
Em carta aberta, os sacerdotes que fazem parte da Comissão Diocesana estão divulgando vários eventos programados para os próximos dias 19 e 20. Ocorrerão tanto na sede do município como na localidade do Tomé, onde o ambientalista lutava por melhores condições de vida e saúde dos moradores.

Contra os agrotóxicos
Entidades e movimentos sociais acreditam que a morte de Zé Maria Filho foi por causa da insistente luta dele para acabar com o uso de agrotóxicos. Também pelas denúncias que fazia sobre a poluição das águas e a exploração dos trabalhadores. No dia em que morreu, Zé Maria seguia sozinho para casa, na comunidade do Tomé.
O primeiro evento, na tarde do dia 19, será um encontro das pastorais sociais sobre os grandes projetos desenvolvimentistas e os impactos na vida do povo.
E à noite haverá, na Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos, outro debate, que reunirá pesquisadores, profissionais de saúde, trabalhadores rurais e lideranças comunitárias em áreas de conflito com o uso de agrotóxico no Ceará.
Além disso, será realizado o lançamento de um livro de cordel sobre a utilização indiscriminada de agrotóxicos naquela região.

Quem
ENTENDA A NOTÍCIA
O ambientalista e líder comunitário José Maria Filho, conhecido como Zé Maria do Tomé, lutava contra o uso indiscriminado de agrotóxicos na localidade onde morava, em Limoeiro do Norte, no Vale do Jaguaribe. Foi morto a tiros. Os autores do crime ainda não foram identificados.

PROGRAMAÇÃO
No próximo dia 19, imo, à tarde, haverá o Encontro Estadual das Pastorais Sociais sobre os grandes projetos e seus impactos na vida do povo, no Centro Diocesano de Pastoral.
À noite, um debate envolvendo comunidades em conflito com o uso de agrotóxico nas várias regiões do estado e lançamento do cordel sobre o uso de agrotóxicos. Local: Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos (Fafidam).
No dia 20, pela manhã, haverá um café comunitário no Centro Diocesano de Pastoral; visita e panfletagem nos bairros de Limoeiro do Norte; caminhada na comunidade do Tomé; marcha pelo centro de Limoeiro do Norte; almoço no Centro Diocesano de Pastoral.
Na tarde do dia 20, às 16 horas, haverá concentração no local do assassinato de Zé Maria, na Chapada do Apodi; caminhada para o Tomé e inauguração do Memorial da Chapada.
Às 18 horas, começa a celebração eucarística, que será seguida por uma vigília. Em seguida, show com o cantor Zé Vicente.

Matéria Elaborada por: Rita Célia Faheina
Extraída do: Portal Diário Liberdade 

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