segunda-feira

10 milhões para compra de sementes crioulas

O Governo Federal comprará, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), sementes crioulas das organizações da agricultura familiar. Serão reservados R$ 10 milhões para a iniciativa, que está também associada à estratégia de fomentar bancos de sementes comunitários.
 
A iniciativa, associada à inclusão produtiva rural do Plano Brasil Sem Miséria, envolve o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
 
Esta ação é complementar ao fomento produtivo, que articula a oferta, a partir deste mês, de assistência técnica, sementes adaptadas da Embrapa e o Fomento Produtivo - transferência direta de R$ 2,4 mil por família, para 33 mil famílias neste ano, entre agricultura familiar, povos e comunidades tradicionais e assentados.
 
Essa boa notícia foi divulgada na segunda-feira (10) pelo jornal Folha de São Paulo. De acordo com o jornal, "o governo decidiu comprar de agricultores familiares R$ 10 milhões de um tipo rústico de semente para doar à população extremamente pobre - com renda individual de até R$ 70 mensais".
 
A ação faz parte do Plano Brasil Sem Miséria e será anunciada nesta sexta-feira (14) pela presidente Dilma Rousseff, durante a assinatura de um pacto na região sul para o cumprimento do programa.
 
A compra será feita por edital, a ser lançado, que selecionará quais pequenos produtores venderão sementes. A aquisição beneficiará 2200 famílias, que poderão receber até R$ 4.500 pela venda. "Para você garantir maior distribuição de renda, é interessante canalizar esse poder de compra do governo federal para os agricultores mais pobres", disse Maya Takagi, secretária de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social. "Em vez de você comprar das empresas, adquire uma parte disso da agricultura familiar", afirma.
 
A chamada semente crioula é menos produtiva do que as tratadas geneticamente, porém sua produção é mais independente do uso de tecnologia e pode se adaptar melhor à região nativa. A necessidade de aquisição das sementes decorre do fato de a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) não possuir esse tipo de insumo, disse Takagi.
 
A Embrapa, segundo ela, trabalha com sementes já modificadas para condições específicas. Cerca de 150 toneladas começarão a ser distribuídas, na quinta, para 43 mil famílias de Minas Gerais.
 
Fonte: MDS e Folha de São Paulo
Enviado por Valdivan Almeida - Ass. Popular

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