No início de julho, previa-se para 2012 um recorde mundial na produção de alimentos. Poucas semanas depois, os preços do milho e da soja quebraram os recordes alcançados na crise alimentar de 2007-08, quando revoltas disparadas pela fome espalharam-se por trinta países. Os preços do trigo também subiram, mais de 50% só nas últimas seis semanas.
Tudo isso coloca o mundo à beira de uma nova crise alimentar. Quando a ONU lançar seu relatório global sobre a fome, em setembro, é provável que o número de pessoas famintas no planeta – atualmente estimado em 925 milhões – tenha se ampliado.
A culpa principal foi atribuída à seca devastadora nos Estados Unidos, que arrasou mais lavouras que qualquer outro fenômeno climático desde 1956. À medida em que a mudança climática evolui, tais extremos estão se tornando normais.
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