Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os agrotóxicos foram
utilizados como arma química, tendo seu uso se expandido a partir de
então.
Patrícia Benvenuti
da Redação
A
utilização dos agrotóxicos na agricultura iniciou-se na década de 1920,
quando seus efeitos ainda eram pouco conhecidos do ponto de vista
toxicológico.
Durante a Segunda Guerra Mundial
(1939-1945), os agrotóxicos foram utilizados como arma química, tendo
seu uso se expandido a partir de então.
Depois do
conflito, o uso dos agrotóxicos foi difundido nos Estados Unidos e na
Europa. Foi quando começaram a ser utilizados como “defensivos
agrícolas” na Revolução Verde, que prometia aumentar produção mundial de
alimentos através de técnicas modernas.
Os
agrotóxicos, porém, não deixaram de ser usados como arma química. O caso
mais emblemático ocorreu na Guerra do Vietnã (1964-1975), com o uso do
laranja, um herbicida altamente tóxico. Aviões estadunidenses despejaram
83 milhões de litros da substância sobre 26 mil aldeias Sudeste
Asiático.
O produto era fornecido por várias
empresas, mas o mais utilizado era o da Monsanto, que possuía níveis
maiores de dioxinas, que provocam cânceres e má formação. O agente
laranja causou doenças e incapacidades tanto em soldados quanto em civis
e até hoje vietnamitas e veteranos da guerra sofrem seus efeitos no
organismo.
O primeiro alerta mundial contra a
prática do uso de agrotóxicos veio com o livro Primavera Silenciosa, de
Rachel Carson. Publicado em 1962, a obra descreveu diversos casos de
pulverizações – especialmente de diclorodifeniltricloroetano (DDT) – nos
Estados Unidos, nos anos de 1950 e 1960, quando morreram enormes
quantidades de animais e houve a contaminação de águas de rios, córregos
e solos.
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