quarta-feira

Mal começaram as obras do Projeto de Irrigação da Chapada do Apodi e agricultores já sofrem com a falta de água.


Leito do Rio Apodi-Mossoró. 
Na edição do Bom Dia RN da Inter Cabugi na manhã de hoje foi ao ar matéria que denuncia a falta de água no leito do rio Apodi-Mossoró.
Agricultores denunciam que depois que iniciaram as obras de instalação do Projeto de Irrigação da Chapada do Apodi o leito está praticamente seco.

Clique no link e assista a matéria completa: http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/bom-dia-rn/videos/t/edicoes/v/produtores-de-arroz-do-vale-do-apodi-estao-receosos-om-a-seca-do-rio-apodi-mossoro/2891304/

terça-feira

Um café com a agroecologia: Coletiva de lançamento da Caravana Agroeocológica de Apodi.

convite-coletiva
Em um gostoso “café com a agroecologia”, a coletiva de imprensa de lançamento da Caravana Agroecológica e Cultural da Chapada do Apodi acontecerá nesta quinta, 17, às 9:30h, no Centro Feminista 8 de Março. O objetivo é explicar a importância do encontro nordestino de agroecologia que vai acontecer na região da Chapada do Apodi (RN e CE).

A mesa composta por Conceição Dantas (MMM/CF8); Agnaldo Fernandes (Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Apodi); Paulo Segundo (Articulação do Semi-Àrido RN); Francisca Antônia de Lima (P.A Laje do Meio, Apodi) falará sobre a agroecologia, programação e rotas da Caravana e da resistência aos projetos do agronegócio na Chapada do Apodi.
De acordo com Paulo Segundo (ASA), Caravanas como esta de Apodi acontecem em todas as regiões do país em preparação para o III Encontro Nacional de Agroecologia que ocorrerá no próximo ano, na Bahia, “na perspectiva de trazer a agroecologia como alternativa de vida e produção respeitando a terra e as pessoas que nela/dela vivem”.
Com abertura no dia 23, às 19h, no Centro de Treinamento Seminário Santa Teresinha, a Caravana Agroecológica e Cultural da Chapada do Apodi contará com a participação de mais de 200 pessoas de todo o Nordeste e país. Nos dias 24 e 25 o evento segue de forma itinerante passando pelos municípios de Impanguaçu, Olho D’água do Borges, Campo Grande, Tibau, Grossos, Limoeiro do Norte, na Rede Xique Xique em Mossoró e nos assentamentos rurais de Apodi para realizar o intercâmbio de experiências agroecológicas, destacando as redes locais de agricultura familiar e a agroecologia.
Além de pautar a agroecologia, a Caravana também denuncia a ameaça do projeto do Perímetro Irrigado da Chapada do Apodi, obra do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas que pretende desapropriar mais de 13 mil hectares onde vivem e produzem agroecologicamente cerca de 800 famílias para entregar a cinco empresas do agronegócio.
No dia 26 de outubro, último dia da Caravana, um grande ato, com estimativa de 2.000 pessoas, sairá da feira livre da cidade de Apodi em solidariedade à luta da Chapada.  “Pra nós, essa Caravana vem contribuir muito pra troca de conhecimentos sobre a agricultura familiar e também pra dar força pra nossas lutas pelas nossas terras e pelo direito de viver e plantar nelas” é o que diz Francisca Antônia de Lima, agricultora do P.A laje do Meio, um dos locais que será visitado pela Caravana.
Para mais informações sobre a Caravana: facebook.com/caravanaagroecologicaapodi
Ivone Brilhante, Apodi
Foto: Jackson Angell

segunda-feira

NOTA DE REPÚDIO AS AGRESSÕES SOFRIDAS PELAS COMUNIDADES DA CHAPADA DO APODI POR PARTE DO DNOCS.

Área devastada na comunidade de Agrovila Palmares.

NOTA DE REPÚDIO AS AGRESSÕES SOFRIDAS PELAS COMUNIDADES DA CHAPADA DO APODI POR PARTE DO DNOCS.
 

Os Movimentos Sociais do Estado do Rio Grande do Norte, juntamente com diversas entidades organizadas, instituições públicas e universidades, vem a público manifestar seu repúdio à conduta do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – DNOCS, na região da Chapada do Apodi/RN. Por diversas vezes, com início na primeira semana de setembro, máquinas tem entrado nas propriedades dos agricultores sem qualquer permissão legal, derrubado cercas, devastado a mata, afugentado e matando animais.    
É inaceitável a ação do DNOCS que, sob a justificativa da implantação do Projeto de Irrigação Santa Cruz do Apodi - já uma grande violação aos direitos humanos, com a expulsão de mais de 6.000 agricultores de suas terras - continue de forma arbitrária com atos de desrespeito à população local.
Há muito os movimentos sociais e as organizações da sociedade civil apontam a inviabilidade técnica do projeto, que ainda fará desaparecer cerca de 30 comunidades rurais junto com seus aspectos culturais, históricos e sócio-econômicos próprios, hoje referência nacional em produção agroecológica e familiar.
O Projeto da Morte, a cada dia, mostra suas posturas arbitrárias e antidemocráticas. Aceitar sua continuidade, nos moldes até agora propostos, é assumir o risco do dispêndio de milhões de reais dos cofres públicos sem nenhuma perspectiva de resultado econômico e social além de servir como propulsor de uma das maiores tragédias do sertão nordestino dos últimos cem anos.
Lutamos por um projeto de vida que respeite a agroecologia e a agricultura familiar, bem como as formas tradicionais de produção, resistência e cultura dos agricultores.

NÃO AO PROJETO DA MORTE NA CHAPADA DO APODI!
NÃO ÀS AÇÕES DO DNOCS NAS COMUNIDADES!
NÃO AO AGRONEGÓCIO!
_______________________________________
Assinam esta Nota:
Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Apodi STTR | Movimento dos Trabalhadores/as Rurais Sem Terra | FETRAF-RN I FETARN | CUT | Comissão Pastoral da Terra – CPT | Marcha Mundial de Mulheres MMM | Centro Feminista 08 de Março | ASA Potiguar | COOPERVIDA | CENTRO TERRA VIVA | SEAPAC | SER-TÃO: assessoria jurídica e educação popular | Via Campesina | Centro de Referência em Direitos Humanos – CRDH | MIRE – mística e revolução | Pastoral Operária | DCE UERN | DCE UFERSA | Grupo de Estudos em Direito Crítico, Marxismo e América Latina – GEDIC | Coletivo DIVERGEN.

terça-feira

Acampamento Edivan Pinto completa dois meses de resistência!










Projeto de Irrigação da Chapada do Apodi será debatido no Comitê da Bacia do Rio Apodi-Mossoró.



No próximo dia 27 (sexta-feira) a partir das 8h30min. estará acontecendo a 4ª Reunião Ordinária do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró, que acontecerá no auditório da Casa de Cultura Popular, na Praça Francisco Pinto, S/N – Centro de Apodi/RN.

Na oportunidade o DNOCS estará apresentado o Projeto de Irrigação da Chapada do Apodi, conforme ofício enviado pela coordenação do Comitê. Portanto é de fundamental importância que além dos delegados que compõe o comitê da bacia a sociedade também se faça presente no intuito de questionar e opinar sobre tal projeto.

Abaixo ofício de convocação para a 4ª Reunião Ordinária do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró:
Clique na imagem para ampliar

sexta-feira

Crianças do RN perdem as digitais na quebra da castanha de caju.

Meninos e meninas têm as mãos queimadas por ácido e perdem as digitais dos dedos no processo de quebra da castanha de caju. Mesmo após denúncias, o problema persiste no Rio Grande do Norte.
Passado um primeiro momento de grande arrancada na prevenção e eliminação do trabalho infantil no Brasil, do início dos anos 1990 a meados dos anos 2000, o país enfrenta um novo desafio para manter o ritmo de queda. Enquanto a primeira fase foi marcada pela retirada de crianças e adolescentes das cadeias formais de trabalho, o novo desafio são as piores formas de exploração, como o processamento da castanha, que o poder público tem mais dificuldade de erradicar. O trabalho informal e precário atinge especialmente os adolescentes e jovens e está relacionado à evasão escolar e à falta de alternativas oferecidas pelo mercado. A erradicação requer um plano com ações, metas e indicadores. E uma ação política coordenada.
Muitos leitores ficam irritados quando conectamos trabalho infantil ou escravo ao nosso consumo, o que significa nos inserir como parte beneficiária da cadeia de escoamento. Pois não deveriam. Não é culpa que se busca com a transparência da origem dos produtos que consumimos, mas essa informação é fundamental para pressionar governos e empresas a adotarem políticas a fim de garantir que isso não aconteça. Afinal de contas, a ignorância é um lugar quentinho.
A reportagem é de Daniel Santini, da Repórter Brasil, que foi a João Camara, no Rio Grande do Norte, verificar as condições das crianças que perdem as digitais no processamento da castanha:

Olhe a ponta do seu dedo. Repare no conjunto minúsculo de linhas que formam sua identidade. Essa combinação é única, um padrão só seu, que não se repete. As crianças que trabalham na quebra da castanha do caju em João Câmara, no interior do Rio Grande do Norte, não têm digitais. A pele das mãos é fininha e a ponta dos dedos, que costumam segurar as castanhas a serem quebradas, é lisa, sem as ranhuras que ficam marcadas a tinta nos documentos de identidade.
O óleo presente na casca da castanha de caju é ácido. Mais conhecido como LCC (Líquido da Castanha de Caju), esse líquido melado que gruda na pele e é difícil de tirar tem em sua composição ácido anacárdico, que corrói a pele, provoca irritações e queimaduras químicas. No vilarejo Amarelão, na zona rural de João Câmara, as castanhas são torradas – além de corroer a pele, o óleo é inflamável – e quebradas em um sistema de produção que envolve famílias inteiras, incluindo as crianças.

quarta-feira

Empreiteiras do "Projeto da Morte" invadem as terras de agricultores/as familiares da Agrovila Palmares.

Na semana passada agricultores/as da Comunidade da Agrovila Palmares foram surpreendidos pela invasão de suas terras por máquinas que estão executando a obra de irrigação da Chapada do Apodi, segundo moradores daquela localidade as máquinas entraram pela parte dos fundos das pequenas propriedades pertencentes às famílias daquela localidade, o maquinário quebrou arames das cercas da propriedade, derrubou a mata nativa que há muito tempo vem sendo preservada pelos moradores e escavaram alguns buracos.
Veja a seguir imagens feitas no local da destruição causada pela invasão das máquinas na Comunidade de Agrovila Palmares: