Greves simultâneas de funcionários públicos e privados do Rio Grande do Norte estão prejudicando uma série de serviços para a população. Os efeitos das paralisações também apareceram na área da segurança pública.
Os presos que chegaram nos últimos dias a uma delegacia de Natal foram algemados a rodas de mobiletes.
“Então não tem como, nós temos que algemar porque esses presos fugindo daqui, quem vai responder?”, explicou o delegado Pedro Paulo Falcão.
Dentro das celas, não há mais espaço. A superlotação aumentou com a greve dos policiais civis, que começou há uma semana. A paralisação está prejudicando as transferências para presídios.
Nesta terça-feira (24), a Secretaria de Segurança do estado conseguiu vagas em penitenciárias, mas ainda há presos em salas improvisadas.
Uma outra greve mexeu com a rotina de quem depende do transporte público. Desde segunda-feira (23), de cada três ônibus, apenas um está circulando porque motoristas e cobradores pedem aumento salarial e melhores condições de trabalho. “Vim a pé, de guarda-chuva, debaixo da chuva mesmo”, contou uma senhora.
Nas escolas do estado, a paralisação de professores já dura 23 dias. São 290 mil alunos sem aulas.
“A maioria, a maioria mesmo está decidindo que não vai fazer vestibular por causa da greve, da falta de professores”, contou a estudante Izadora Nascimento.
Funcionários da Secretaria Estadual de Tributação e do Detran também pararam. “Eu vim renovar minha habilitação. Lamentavelmente encontra-se em greve, corro o risco, não sei, de ser preso talvez, porque a minha carteira já se encontra vencida e o que se há de fazer?” questionou um aposentado.
Ao todo, 14 categorias estão negociando com o governo e não há nenhuma previsão de quando o estado vai sair desta crise.
“Se pudesse, seria o mais rápido possível. Mas nós temos que trabalhar com números. Mas pode ficar certa, a minha vontade é de poder ter essa negociação o mais rápido possível”, disse a governadora Rosalba Ciarline.
Referências para esta Postagem: Blog do Heitor Gregório
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