FABIANO SOUZA
Da Redação
fabianosouz@hotmail.com
Cerca de três mil agricultores e agricultoras de Apodi e cidades vizinhas realizaram grande manifestação de protesto contra o Projeto do Perímetro Irrigado da Chapada do Apodi proposto pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Os manifestantes se concentraram na comunidade de Canto de Varas, a 5km da Cidade, e seguiram em marcha ganhando as ruas da cidade do Apodi.
Com faixas, cartazes, carro de som e grito de ordem, os manifestantes repudiaram a proposta do Perímetro Irrigado, denunciando que o projeto irá expulsar centenas de famílias de suas terras para que as terras da chapada e a água da barragem de Santa Cruz passem para o controle de cinco empresas do agronegócio.
Segundo o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Apodi, Francisco Edilson Neto, esse projeto trará como consequência a destruição da agricultura familiar da região e da biodiversidade, a poluição do solo e das águas e o envenenamento da população. Para Nilton Júnior, da Comissão Pastoral da Terra, esse Projeto vem de encontro ao modelo de desenvolvimento que há mais de 10 anos vem sendo construído na região, modelo este de base agroecológica e de convivência com o semiárido.
Para a vice-presidente do STTR Apodi, Francisca Antônia, a região da chapada do Apodi é responsável pela maior produção de mel de abelha do Estado e com esse projeto toda essa produção irá se acabar, visto que o modelo adotado pelo Perímetro Irrigado é baseado no uso de grande quantidade de agrotóxico e isso ocasionará a morte das abelhas.
A manifestação teve como objetivo também denunciar a falta de Assistência Técnica para a Agricultura Familiar. Segundo os organizadores, o Projeto Dom Hélder Câmara, que atende a centenas de famílias no território sertão do Apodi, está ameaçado de ter suas atividades paralisadas por falta de investimentos do Governo Federal. “Os técnicos estão sem receber desde maio e muitos estão ameaçando parar as atividades”, disse a vice-presidente Francisca Antônia.
Assentados estão sem receber assistência técnica
Os participantes da mobilização em Apodi afirmaram que nas áreas de assentamento, as famílias assentadas já se encontram há mais de quatro anos sem assistência técnica, que é responsabilidade do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).
No final da caminhada, os manifestantes se concentraram em frente à agência do Banco do Nordeste para protestar contra a burocracia do banco.
Segundo os organizadores, mesmo com o anúncio feito pelo Governo Federal de que há recursos para amenizar os efeitos da seca, esse dinheiro não tem chegado aos trabalhadores na maioria dos municípios do RN. Uma comissão se reuniu com o gerente do Banco, que informou que na agência de Apodi apenas 10 projetos tinham acessado recursos do crédito emergencial.
No final da conversa, o gerente entrou em contato com a Superintendência do Banco, que garantiu que na quinta-feira, 2 de agosto, técnicos do banco estarão em Apodi para se reunir com representantes dos movimentos sociais.
Fonte: Site do Jornal de Fato.
Da Redação
fabianosouz@hotmail.com
Cerca de três mil agricultores e agricultoras de Apodi e cidades vizinhas realizaram grande manifestação de protesto contra o Projeto do Perímetro Irrigado da Chapada do Apodi proposto pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Os manifestantes se concentraram na comunidade de Canto de Varas, a 5km da Cidade, e seguiram em marcha ganhando as ruas da cidade do Apodi.
Com faixas, cartazes, carro de som e grito de ordem, os manifestantes repudiaram a proposta do Perímetro Irrigado, denunciando que o projeto irá expulsar centenas de famílias de suas terras para que as terras da chapada e a água da barragem de Santa Cruz passem para o controle de cinco empresas do agronegócio.
Segundo o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Apodi, Francisco Edilson Neto, esse projeto trará como consequência a destruição da agricultura familiar da região e da biodiversidade, a poluição do solo e das águas e o envenenamento da população. Para Nilton Júnior, da Comissão Pastoral da Terra, esse Projeto vem de encontro ao modelo de desenvolvimento que há mais de 10 anos vem sendo construído na região, modelo este de base agroecológica e de convivência com o semiárido.
Para a vice-presidente do STTR Apodi, Francisca Antônia, a região da chapada do Apodi é responsável pela maior produção de mel de abelha do Estado e com esse projeto toda essa produção irá se acabar, visto que o modelo adotado pelo Perímetro Irrigado é baseado no uso de grande quantidade de agrotóxico e isso ocasionará a morte das abelhas.
A manifestação teve como objetivo também denunciar a falta de Assistência Técnica para a Agricultura Familiar. Segundo os organizadores, o Projeto Dom Hélder Câmara, que atende a centenas de famílias no território sertão do Apodi, está ameaçado de ter suas atividades paralisadas por falta de investimentos do Governo Federal. “Os técnicos estão sem receber desde maio e muitos estão ameaçando parar as atividades”, disse a vice-presidente Francisca Antônia.
Assentados estão sem receber assistência técnica
Os participantes da mobilização em Apodi afirmaram que nas áreas de assentamento, as famílias assentadas já se encontram há mais de quatro anos sem assistência técnica, que é responsabilidade do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).
No final da caminhada, os manifestantes se concentraram em frente à agência do Banco do Nordeste para protestar contra a burocracia do banco.
Segundo os organizadores, mesmo com o anúncio feito pelo Governo Federal de que há recursos para amenizar os efeitos da seca, esse dinheiro não tem chegado aos trabalhadores na maioria dos municípios do RN. Uma comissão se reuniu com o gerente do Banco, que informou que na agência de Apodi apenas 10 projetos tinham acessado recursos do crédito emergencial.
No final da conversa, o gerente entrou em contato com a Superintendência do Banco, que garantiu que na quinta-feira, 2 de agosto, técnicos do banco estarão em Apodi para se reunir com representantes dos movimentos sociais.
Fonte: Site do Jornal de Fato.
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