Por Camila Paula
O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Apodi
realizou hoje, 7 de agosto, junto a diversas entidades que trabalham no
contexto da agroecologia da região, o seminário para construção da
Caravana Agroecológica da Chapada do Apodi, no Rio Grande do Norte e
Ceará.
A Caravana Agroecológica consiste em uma etapa regional do III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA), que acontece desde o ano de 2002 a fim de reunir movimentos sociais e ONGs para fortalecer o desenvolvimento agroecológico no país.
A Caravana Agroecológica consiste em uma etapa regional do III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA), que acontece desde o ano de 2002 a fim de reunir movimentos sociais e ONGs para fortalecer o desenvolvimento agroecológico no país.
É um espaço de socialização de experiências agroecológicas e de
acusação dos modelos que intentam destruir a autonomia da agricultura
camponesa das regiões. Um dos motivos para que a Caravana Agroecológica
da região nordeste aconteça na Chapada do Apodi, entre os dias 16 a 19
de outubro, é a denúncia das ameaças que rondam os territórios da
Chapada, como o projeto de perímetro irrigado do Departamento Nacional
de Obras Contra as Secas (DNOCS) em que mais de 6.000 agricultores e sua
produção agroecológica serão desapropriados de suas terras em
favorecimento de implantação de cinco empresas do agronegócio.
O encontro será um momento de grande mobilização e visibilidade das
realidades de produção da região e inclui rotas por diversas áreas
próximas à Chapada do Apodi (RN), como Limoeiro do Norte (CE) e
Ipanguaçu que já sofrem com a implantação do perímetro irrigado do
DNOCS. O presidente do STTR Apodi, Edilson Neto, reforça que: “Não
podemos esquecer os que estão sofrendo com o projeto da morte dentro e
fora de Apodi”.
Conceição
Dantas, da Marcha Mundial de Mulheres, sobre as experiências de
perímetro irrigado do DNOCS, alerta: “Como é triste ver terra sem gente e
gente sem terra. Não podemos deixar que este projeto se instale e
destrua nossa produção viva em que mulheres e homens convivem bem com a
natureza e produzem alimentos limpos de agrotóxico”.
(*) Camila Paula é do Centro Feminista 8 de Março (CF8) e da Marcha Mundial de Mulheres (MMM)
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