sexta-feira

Agricultores e agricultoras trocam experiências e técnicas de convivência com o Semiárido

Mirian Oliveira - Comunicadora popular da ASA
Riachão do Jacuípe - Bahia
26/05/2014
Agricultores e agricultoras de três municípios foram para Riachão do Jacuípe | Foto: Mirian Oliveira
O sol nem tinha raiado. Estava nas primeiras horas do dia. Os orvalhos típicos de inicio de inverno da Bahia se já faziam presentes nos galhos das árvores. Mas nem o frio, ou outros empecilhos, impediram que 45 agricultores e agricultoras saíssem de suas casas. Eles e elas deixaram o plantio com a responsabilidade de outra pessoa da família e seguiram com um desejo: buscar novas experiências e novas descobertas que facilitem a vida no Semiárido.

Uma das atividades previstas no Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), realizado pela ASA, é o intercâmbio entre agricultores e agricultoras. Em Serrinha, na Bahia, esta troca de conhecimentos da agricultura familiar é executada pela Apaeb Serrinha.

Por volta das 5h da manhã da última terça-feira (21), agricultores e agricultoras dos municípios baianos de Nordestina, Queimadas e Cansanção partiram em busca de novas descobertas e trocas de saberes. O destino de todos e todas foi o município de Riachão do Jacuípe, na Bahia. Eles e elas conheceram as propriedades de Seu Eduardo Emídio, localizada na comunidade Barreiros, e a de Seu Abelmanto Carneiro, na comunidade de Mucambo.

As expectativas eram muitas. A ansiedade maior ainda. A cada quilometro percorrido, as mesmas perguntas se repetiam: “já chegou?” “É aqui?” “Falta muito?”. Ansiedade que só foi sanada quando o grupo foi recebido com um sorriso largo por seu Eduardo Emídio, agricultor que desenvolve o Projeto Produzir e Preservar, que surgiu há 14 anos, com o objetivo de criar alternativas para se conviver no Semiárido. A iniciativa também mexe com o imaginário social a região semiárida brasileira. ‘’Nasceu a necessidade de desenvolver este projeto para mostrar que esta visão pode ser transformada, ou melhor, que podemos conviver neste clima e que tem pessoas aqui que vivem dignamente. Então o projeto nasceu dessa necessidade de mostrar que o nordeste não é só região de miséria e sim também uma região boa para viver, para morar’’, destacou Eduardo.
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