terça-feira

Mobilização de Agricultores da Chapada vira materia no Jornal De Fato

Agricultores querem suspensão do Distrito

Na tarde desta quarta-feira, 8, aconteceu no auditório do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Apodi, uma reunião com representantes do DNOCS, MDA, STTR e Fórum das Associações, tendo como pauta o projeto de irrigação da Chapada do Apodi. A reunião foi concluída com os moradores pedindo, ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), a suspensão imediata da implantação do Distrito Irrigado na Chapada do Apodi e a devolução das terras já desapropriadas.
Na reunião, o engenheiro José Augusto Guerra, representante do Dnocs, fez uma explanação do projeto. Apontou o projeto de irrigação de Tabuleiro do Norte e em Russas como modelo, como forma de convencer os agricultores da região de mais de 10 mil hectares a se convencer de que o distrito irrigado não vai trazer prejuízo e sim benefício à região.
Só que os agricultores da região da Chapada de Apodi conhecem os distritos irrigados de Taboleiro do Norte, Limoeiro e Russas e, segundo eles, lá o negócio não é bem como o Dnocs está pregando. Existe uma verdadeira guerra na Chapada de Apodi no lado do Ceará dos moradores da região contra os grandes empresários que estão poluindo a água de consumo humano, além de está destruindo a identidade cultural dos moradores da região.
Segundo os representantes dos moradores da Chapada do Apodi, existe uma necessidade de que o órgão responsável pela execução do projeto (Dnocs) veja, analise onde estão as pessoas, onde elas residem, tanto dos Assentamentos assistidos pela Instituto Nacional de Obras Contra as Secas (INCRA) como pelo Crédito Fundiário para que não seja ninguém prejudicado e sim beneficiado com o projeto do Distrito Irrigado na Chapada, mas não é bem o que os moradores estão interessados.
Os moradores disseram que é preciso debater melhor a implantação do projeto e não chegar lá e ir logo empurrando de goela abaixo sem uma explicação mais apurada, sobre o que será feito e como. Querem explicações também sobre a viabilidade econômica e possíveis prejuízos ambientais, para evitar o que acontece atualmente no lado do Ceará. Explicam que para bombear água da Barragem de Santa Cruz para a Chapada haverá um custo de energia muito alto.
Segundo os moradores explicaram aos servidores do Dnocs na reunião, esse custo é o que inviabiliza o projeto na Chapada. Citaram como exemplo, o Distrito Irrigado do Baixo do Açu, no Vale do Açu. Foi um investimento de R$ 200 milhões feito no final da década de oitenta e até hoje só funciona 50% da área e assim mesmo beneficiando pessoas de outros estados, precisamente do Estado do Pernambuco e não da região. Temem que o mesmo aconteça em Apodi.
Os agricultores defendem que o Distrito Irrigado seja instalado na região do Vale, onde existe uma área enorme e que não seria necessário bombeamento para irrigar, pois seria por gravidade. Os agricultores reconhecem que na região da Chapada o solo é muito bom, mas afirmam que na região do Vale as áreas de solo também são tão boas quanto e que não correriam risco de ver um investimento de R$ 200 milhões se transformando numa área improdutiva, como no Vale do Açu.

Dnocs se mostra irredutível na proposta
Apesar das apelações do Fórum das Associações de agricultores da Chapada de Apodi, os representantes dos Dnocs se mostraram firme com a proposta. Explicaram que já foram feitos vários investimentos na elaboração de projetos, levantamento topográfico e iniciado o processo de licenciamento ambiental. Deixaram a entender que é tarde pra voltar atrás.
Inclusive, Keila, também representando o Dnocs, informou que a Agrovila dos Palmares, Imóvel Algodão e Letícia já haviam sido retiradas do projeto, que prevê irrigação com água da Barragem de Santa Cruz numa área de aproximadamente 10 mil hectares e benefício direto para mais aproximadamente 30 mil pessoas, ou seja, 80% da população de Apodi.
O diretor presidente do Dnocs, Elias Fernandes, informou há poucos meses que o projeto do Distrito Irrigado é um antigo sonho da população da região Oeste. Vem da década de noventa e que agora está encontrando no Governo Federal interesse em liberação dos recursos. Inclusive afirmou que já tem a garantir de liberação de pelo menos 50% do montante necessário.

Um comentário:

Anônimo disse...

Esta conversa do DNOCS não convence ninguem , nenhum morador da chapada sera´beneficiado,e sim os granes empresarios financiadores das campnhas destes politcos como é o caso de Gustavo Fenrnandes, Dilma, ou seja PT, PMDB, PR, PC DO B, PSB estes sim serao beneficiados e os agricultores serão prejudicados pois serão expulsos de suas terras e tambem envenenados por agrotoxico, e nos agricultores não temos nada haver e nem vamos pagar pelo erro do DNOCS, e m fazer um projeto sem consultar os envolvidos, se gastaram dinheiro o problema é do DNOCS, E PERGUNTO como gastarm muito dinheiro se não tem nada feito, vamos investigar onde foi gast, vamos denunciar ao TCU e CGU, É BO APURAR OS FATOS, continuamos sem aceitar o projeto desta foram doa a quem doer, vamos nos armar de pau, cipo cacetete, mas não vamos deixar eles entrarem na nossas terras.