A situação do camponês do Brasil é pior do que a de um cão. Sim, porque os cachorros podem ao menos escolher o lugar onde se deitam e têm liberdade de ação, enquanto que o nosso caboclo tem que se sujeitar às fétidas pocilgas que o senhor da terra lhe dá para morar, ficando tão endividado diante do regime do vale, que só fugindo da fazenda poderá temporariamente fugir da escravidão. Paga o nosso homem do campo pelo crime de ser trabalhador. (Cândido Portinari, em entrevista ao jornal Hoje São Paulo: 17 de janeiro de 1947).
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