quarta-feira

Projeto de Irrigação da Chapada do Apodi; o que acontece do outro lado da Chapada.


Desenvolvimento para quê e para quem?
Grito dos Excluídos na Chapada do Apodi
A chapada do Apodi está sendo alvo de inúmeros problemas sociais e ambientais trazidos pelo agronegócio através de empresas nacionais e transnacionais como a Nolem, a Banesa, Del Monte, a Frutacor, a Fyffes e a Syngenta que atuam no grande negócio da fruticultura irrigada. Esses problemas estão relacionados, sobretudo, com as denúncias de conflitos de terras envolvendo a questão de grilagem de terra pública, o desaparecimento de comunidades e pequenos produtores que perderam suas terras e são obrigados a morarem nas periferias das cidades; o uso abusivo de venenos na produção de frutas gerando a contaminação do ar e das águas inclusive as subterrâneas; a degradação do solo, e o aparecimento de doenças causadas pelos agrotóxicos na saúde dos trabalhadores e comunidades exposto (a) s aos venenos.
Além disso, são muitas as das denúncias ligadas às condições desumanas de trabalho e de baixos salários dos trabalhadores das empresas.
Inúmeros estudos dos impactos sociais, ambientais e na saúde da população têm sido feito por pesquisadores e pesquisadoras de diferentes instituições públicas de pesquisa preocupadas com o futuro da população e do meio ambiente dessa região, a exemplo do Núcleo Tramas (UFC).
Nos últimos anos, a chapada tem sido palco do conflito social intenso onde de um lado estão as empresas do agronegócio e de outro, as comunidades que tentam resistir a esse modelo devastador. Os movimentos sociais, pesquisadoras (es) e ambientalistas vêm realizando diversas ações de denúncia desse modelo. Em 2007, as mulheres da Via Campesina trancaram a Estrada do Agronegócio para chamar a atenção da sociedade sobre o uso abusivo de venenos nas plantações de melão, abacaxi e melancia feito pela Empresa Del Monte. Em 2008, trabalhadores das empresas fizeram greve para exigir melhores condições de trabalho, salários e assistência à saúde. Em 2009, foi a vez do Grito dos Excluídos que teve como lema: “Tirem as mãos, a chapada é nosso chão”.
Apesar das mobilizações, as empresas geram, cada vez mais, pobreza, destruição e violência. Mas a população não ficou quieta, ao contrário, tem reagido e se organizado para lutar em defesa de seus direitos sociais e ambientais, porque a LUTA contra os agrotóxicos é uma luta pela saúde e pela VIDA!

Texto extraído de panfleto elaborado por: Via Campesina – Núcleo Tramas / UFC – RENAP – CPT – Caritas Diocesana de Limoeiro – Pastorais Sociais / Limoeiro – FAFIDAM. 
Postado por: Agnaldo Fernandes

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