segunda-feira

Pulverização aérea tem fiscalização precária e regulamentação frágil

 

Por Elizângela Araújo
Do SINPAF

Dados da Embrapa mostram que mesmo com calibração, temperatura e ventos ideais, a pulverização aérea deixa cerca de 32% dos agrotóxicos retidos nas plantas e 49% no solo, enquanto 19% se expandem para áreas circunvizinhas à da aplicação.
Essa atividade atinge 15% da área agrícola do país, segundo estimativas do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag). Ainda de acordo com o Sindag, as operações se dão, principalmente, na produção de soja (54%), algodão (25%) e arroz.
A pulverização aérea foi debatida nesta quinta (22/9), na Câmara dos Deputados, numa mesa-redonda promovida pela Subcomissão Especial Sobre Uso de Agrotóxicos e suas Consequências à Saúde. Falaram sobre o assunto representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), do Sindag e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), cada um sobre sua respectiva área.
O debate deixou claro que o Estado brasileiro tem pouco controle sobre a pulverização aérea de venenos agrícolas e uma estrutura de fiscalização precária. Além disso, a legislação específica para o setor é frágil, como concluiu o deputado Padre João (PT-MG), relator da subcomissão.

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