quarta-feira

CONSCIÊNCIA POLÍTICA!

Muito se tem falado sobre “política”. Mas, o que é “política”, realmente? Se consultarmos o dicionário, veremos que “política” é uma arte, que, se bem empregada, pode trazer muitos benefícios.  Temos várias definições: Ciência dos fenômenos referentes ao Estado; - Ciência Política; - Sistema de regras respeitantes aos negócios públicos; - Arte de bem governar os povos; Habilidade no trato das relações humanas, com vista à obtenção dos resultados desejados; - Maneira hábil de agir; - E outras.
         No entanto, para que haja uma boa política, esta deve estar acompanhada de algo divino, Consciência.
         E, o que é “Consciência”? É o sentimento ou percepção do que se passa em nós; - Voz secreta da alma; - Senso de autocrítica, aprovando ou desaprovando nossas ações; - Senso de responsabilidade; - Honradez; - Retidão; - Sinceridade absoluta.
         Infelizmente, essas duas palavras “Consciência” e “Política” não têm estado ligadas ultimamente.
         Os nossos “pretensos políticos” talvez nem saibam o que realmente é “Consciência Política”
         Vários são os fatores que causam essa ignorância generalizada. Basicamente, o nosso povo ainda não despertou para a importância que tem o seu voto.  Assim como aqueles que se candidatam a cargos públicos também não estão preparados para exercê-los.  Em ambos os casos falta “Consciência”.  E o pior é que isso já vem de longa data.
         Parece-me que chegou a hora de revertermos este quadro. Precisamos fazer uma auto-análise e procurar descobrir o verdadeiro sentido da nossa existência.  Tomarmos consciência de que todos nós temos missões a cumprir, e, se possível, fazer sempre o melhor em tudo.
         Cito aqui um trecho de um Ensinamento de Meishu-Sama, Fundador da Igreja Messiânica Mundial, constante do livro Alicerce do Paraíso: “Aos políticos cabe esquecerem a si próprios, pondo a felicidade do povo acima de tudo e erigindo-se como exemplos de boa conduta. O povo também deve praticar boas ações e esforçar-se, constantemente, para desenvolver sua inteligência”.
         É certo que a perfeição do homem é uma utopia.  No entanto, devemos nos esforçar, ao máximo, para tentar alcançá-la.  Só assim poderemos ser considerados "homens" de fato.
Sinceramente!
Por : Jeronimo Madureira.
Referência:  http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=8758930129928756435

                                       

terça-feira

Capacitação em cisterna de enxurrada reúne pedreiros/as no Rio Grande do Norte

Kércio Henrique - comunicador popular da ASA
Campo Grande - RN
A cisterna de enxurrada acumula 52 mil litros de água | Foto: Kércio Henrique
A organização Núcleo Sertão Verde, que atua como Unidade Gestora Territorial (UGT) do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) no Rio Grande do Norte, iniciou na semana passada uma capacitação com 10 pedreiros e pedreiras para construção de cisternas de enxurrada. A atividade termina na próxima quinta-feira (13) e conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).

Para o animador Josivan Antônio “A capacitação contribui muito para a formação desses profissionais, para que eles se apropriem da tecnologia e toda a metodologia de trabalho da ASA. Além disso, todos os profissionais são da região onde as cisternas serão construídas, gerando renda nas comunidades”.

Os pedreiros e as pedreiras estão recebendo orientações teóricas e práticas sobre a construção da tecnologia. “Está sendo ótimo participar dessa capacitação, pois é mais um aprendizado pra minha vida. É uma área nova pra mim e acredito que seja uma nova porta que Deus está abrindo em minha vida”, diz Seu José Odilon.

Até novembro deste ano a UGT Sertão Verde vai construir 17 cisternas de enxurrada, sendo 10 na cidade de Augusto Severo e 7 em Patú, ambas localizadas nas microrregiões Médio e Alto Oeste do Semiárido do Rio Grande do Norte. Desta maneira proporcionará as famílias beneficiadas vida digna, segurança e soberania alimentar em suas mesas.

Agricultura familiar expõe seus produtos na Expointer e contrapõe agronegócio

Por Marcelo Granada
Da Página do MST
A agricultura camponesa marcou presença na Expointer 2012. Na 35° edição da feira, realizada anualmente no município de Esteio, no Rio Grande do Sul, algumas cooperativas mostraram e comercializaram produtos oriundos desse ramo da agricultura que se constitui como um contraponto ao agronegócio.

Entre as cooperativas presentes no evento, estavam a Monte Vêneto, produtora de sucos da serra gaúcha, a Cooperativa de Produção Agropecuária Nova Santa Rita (Coopan), produtora de arroz orgânico, carne suína e leite, a Cooperativa de produtores orgânicos da reforma agrária de Viamão (Cooperav), produtora de hortaliças, frutas, arroz orgânico e panifício e a Cooperterra, de Tupanciretã, produtora de leite e derivados.                                                    
 
O diferencial dos produtos da agricultura camponesa, afirmam os produtores, está na não utilização de agrotóxicos, assim como a não utilização de transgênicos na sua produção.       

A Expointer 2012 ocorreu entre os dias 25 de agosto e 2 de setembro no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil na cidade de Esteio, região metropolitana de Porto Alegre. A feira, espaço tradicionalmente dominado por ruralistas e pelo agronegócio, acontece desde o ano de 1972 e chega a receber um público de até 695 mil pessoas.

A agricultura camponesa está presente nesse evento há quatorze edições, desde 1998, sendo o Galpão da agricultura familiar o espaço mais visitado da feira.
 

Pesquisa mapeia contaminação por agrotóxicos em MT


Do Painel Florestal*

Uma pesquisa deve avaliar em 50 cidades mato-grossenses a presença de contaminação por agrotóxicos. Desenvolvida pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e pela Fundação Oswaldo Cruz, as cidades escolhidas tem em comum a produção agrícola em larga escala, associada ao uso intensivo de insumos.

Estudos já realizados em 2 municípios - Campo Verde e Lucas do Rio Verde - apontaram a contaminação humana e também de recursos hídricos por pelo menos 13 agrotóxicos utilizados nas lavouras. O grupo de pesquisadores analisou, por um período de 2 anos, amostras de águas de córregos, rios e de poços artesianos em propriedades próximas às áreas de plantio e também nas cidades. Somente nos poços, foram encontrados resíduos de 13 dos 27 princípios ativos que compõem os defensivos, fungicidas e herbicidas mais usados nas lavouras.

O pesquisador de toxicologia Wanderley Pignati explica que, em alguns casos, a concentração de agrotóxicos estava acima dos limites estabelecidos por lei. Ele também argumentou que até mesmo quando estão abaixo do permitido, a contaminação pode causar prejuízos, já que a exposição continuada a baixas doses de agrotóxicos, por longos períodos, pode causar danos não só ao meio ambiente como também a saúde humana. Outra preocupação, segundo o médico sanitarista, é a detecção de resíduos nas águas de chuva e de córregos, que indicam uma contaminação de áreas não cultivadas, como por exemplo os centros urbanos.

De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso (Famato), um quarto das propriedades mato-grossenses aplicam agrotóxicos por via aérea. Para o pesquisador, a prática é mais danosa tanto ao meio ambiente quanto à população. Isso porque o produto pode ser expandido pelo vento e também pelas chuvas. "Como não há limites de segurança para a presença de resíduos de agrotóxicos em água de chuva, é impossível dimensionar o real impacto que ele causa".

A aplicação de agrotóxicos via aérea é regulamentada pela Instrução Normativa 2, de janeiro de 2008. Uma das exigências é que seja feita com, no mínimo, 500 metros de distância de povoados, cidades, vilas, bairros e mananciais de captação de água para abastecimento de população

* com informações da A Gazeta

Projeto de Irrigação da Chapada do Apodi será uma das temáticas do Grito dos Excluídos 2012

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A edição 2012 do Grito dos Excluídos irá levantar, entre outros temas, a questão do Projeto de Irrigação da Chapada do Apodi. Segundo a advogada Judith Dantas, da Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares (Renap), o projeto será responsável pela desapropriação de vários assentamentos da região, oriundos da reforma agrária, para dar lugar ao agronegócio.
"A ordem de serviço já foi assinada pela presidenta Dilma Rousseff e as desapropriações devem ser iniciadas até outubro. No entanto, nenhum dos assentados está sabendo indenizações. Não foi realizada audiência pública para discutir a questão. As informações que estão chegando até eles são através da mídia", reclama a advogada.
Ainda de acordo com Judith Dantas, o projeto está orçado em R$ 280 milhões e somente R$ 40 milhões serão destinados às desapropriações. "Podemos perceber a incoerência entre os valores. Com isso, sabemos que os impactos serão iguais aos de Limoeiro do Norte, no Ceará, onde os pequenos produtores foram engolidos pelo agronegócio e os empresários foram beneficiados. Por esse motivo estamos nos articulando com o pessoal de lá que já passou por isso", destaca Judith Dantas.
Carlos Antonio, da organização do Grito dos Excluídos, diz que uma comitiva dos assentados virá a Mossoró para participar do desfile da Independência, dia 7 de setembro, e endossar a luta contra o projeto. "Além dessa temática, ainda teremos o Grito da Moradia Digna, em que irá participar a população do Tranquilim, o Grito da Educação, o Grito da Juventude, entre outros", explica o sindicalista.
Hoje será realizada mais uma plenária de construção do Grito dos Excluídos, no Sindicato dos Empregados no Comércio de Mossoró (Secom), às 17h. "Convidamos as igrejas, pastorais, movimentos sindicais e estudantis, além de toda a comunidade que deseja participar desse movimento de luta pelos nossos direitos", convida Carlos Antonio.
Fonte.: Site do Jornal O Mossoroense

segunda-feira

Uso de agrotóxicos traz problemas ambientais e já causou até um crime


Na Chapada do Apodi, no Ceará, os lotes do perímetro irrigado são pequenos, tem de quatro a 12 hectares. Milho verde é colhido praticamente o ano inteiro, por isso, tem plantio quase todo dia. A semente tem a cor avermelhada porque já vem tratada com veneno, mas antes do plantio, ainda recebe o reforço de um inseticida.
O técnico agrícola José Erivânio foi contratado especialmente para lidar com os agrotóxicos e garante que trabalha sempre usando o equipamento de produção individual, o epi.
Em outra propriedade, Luís Carlos Castro produz semente de milho, sorgo e feijão. Ele toca 200 hectares de terra em parceria com outros agricultores e afirma que controlar pragas e doenças é fundamental para o sucesso do negócio.
No caso da ferrugem, o controle é feito com aplicação de fungicidas. Os produtos vão direto para o pulverizador e as embalagens vazias passam pela tríplice lavagem. A água residual também vai para o pulverizador. Os frascos de veneno são inutilizados imediatamente e o trator usado na pulverização tem cabine pressurizada para reduzir o risco de contaminação do condutor. O equipamento, conta Luís, custou cerca de R$ 340 mil.
Uma área construída especialmente para lidar com veneno, abriga o depósito de agrotóxicos, todos com receituário agronômico, conforme determina a legislação. A estrutura ainda conta com uma sala para guardar embalagens vazias, uma para o tratamento de sementes, lavanderia para lavar os equipamentos e banheiro químico para o banho depois do serviço. A água do chuveiro e do tanque vai para uma fossa química equipada com carvão ativado. O custo ficou em torno de R$ 50 mil.
Clique aqui e confira o vídeo com a reportagem completa e saiba como funciona o sistema de quem não tem estrutura própria.
Fonte: Portal G1.

domingo

No Ceará, pesquisa alerta para os riscos do uso de agrotóxicos.


Pelo ar, por terra, em diversas formulações e preparos. Os agrotóxicos fazem parte do pacote tecnológico usado na maioria das propriedades rurais brasileiras. Com o crescimento da agricultura, na última década, a venda desses produtos no país aumentou 190%, situação que vem preocupando os profissionais da saúde.
A Abrasco, Associação Brasileira de Saúde Coletiva, publicou um dossiê que reúne os resultados de diversas pesquisas feitas em várias regiões do Brasil avaliando os efeitos dos agrotóxicos sobre o meio-ambiente e a saúde das pessoas.
O biólogo Fernando Carneiro é professor de saúde coletiva da Universidade de Brasília e membro da Abrasco. Foi ele quem reuniu as informações publicadas no dossiê. “De modo geral, em torno de 30% dos alimentos que o brasileiro consome não estão adequados para consumo humano em relação à questão dos agrotóxicos. Amostras são insatisfatórias ou porque têm agrotóxico não autorizado ou porque têm resíduo em quantidade inadequada”, explica.
O dossiê aponta que 14 agrotóxicos vendidos no Brasil já estão proibidos em outros países porque são suspeitos de causar danos neurológicos, mutação de genes e câncer.
Confira o vídeo com a reportagem completa e conheça uma das pesquisas que fazem parte do dossiê, um trabalho que relaciona o uso de agrotóxicos com a contaminação da água e o aumento do número de casos de câncer.
Fonte: Portal G1.

sexta-feira

Projeto dos ruralistas para privatizar a Embrapa avança no Congresso

 Do Sinpaf
No dia 1/2, o relator da matéria, senador Gim Argello (PTB/DF), apresentou parecer favorável ao PLS 222/08 , que propõe transformar a Embrapa em empresa de economia mista com ações negociadas na bolsa.

A proposta de abertura de capital da Embrapa, feita pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS) por meio do PLS 222/08 – conhecido como “projeto da Embrapa S/A” – avança sorrateira e discretamente no Senado.

Uma das justificativas apresentadas pelo autor do PLS (e referendada agora pelo relator Argello) é a necessidade de captação de recursos para cobrir os custos operacionais da empresa: “Esse procedimento permitirá que a empresa capte recursos de grandes companhias de pesquisas em produção agrícola”, afirma o texto da matéria.

Em agosto de 2009, a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária havia se posicionado contrariamente à proposta, salientando que o caminho da privatização é inadequado para atender o interesse público. “A introdução de sócios privados na Embrapa alteraria a lógica de investimentos da empresa, estabelecendo inevitavelmente uma preferência por projetos de pesquisa que tenderiam a proporcionar maiores retornos financeiros à empresa, em detrimento de projetos que, embora essenciais para a política agropecuária nacional, apresentem menores expectativas de retorno imediato para seus acionistas”, apontou o relator da Comissão, o então senador Expedito Júnior (PSDB-RO).

Em setembro daquele ano, o PL foi submetido à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e lá ficou parado até março de 2011, quando Amaral (presidente da comissão) designou Argello como relator.

No parecer, o parlamentar discorda que a medida colocaria em risco a pesquisa agropecuária e insiste no argumento de que faltam recursos para a área. “O Brasil ainda não dispõe de recursos suficientes para investir em todas as áreas estratégicas, ainda mais em campos nos quais os resultados são, em geral, de mais longo prazo. Muitas áreas da pesquisa agropecuária, a nosso ver, se enquadram nessa classificação”, afirma.

Monsanto é condenada por propaganda enganosa e abusiva


agrotxicosA 4ª Turma do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) condenou a empresa Monsanto do Brasil a pagar indenização de R$ 500 mil por danos morais causados aos consumidores ao veicular, em 2004, propaganda em que relacionava o uso de semente de soja transgênica e de herbicida à base de glifosato usado no seu plantio como benéficos à conservação do meio ambiente. Ainda cabe recurso contra a decisão.

Do site Última Instância

A empresa de biotecnologia, que vende produtos e serviços agrícolas, também foi condenada a divulgar uma contrapropaganda esclarecendo as consequências negativas que a utilização de qualquer agrotóxico causa à saúde dos homens e dos animais.
Segundo o MPF (Ministério Público Federal), que ajuizou a ação civil pública contra a Monsanto, o comercial era enganoso e o objetivo da publicidade era preparar o mercado para a aquisição de sementes geneticamente modificadas e do herbicida usado nestas, isso no momento em que se discutia no país a aprovação da Lei de Biossegurança, promulgada em 2005.
A campanha foi veiculada na TV, nas rádios e na imprensa escrita. Tratava-se de um diálogo entre pai e filho, no qual o primeiro explicava o que significava a palavra “orgulho”, ligando esta ao sentimento resultante de seu trabalho com sementes transgênicas, com o seguinte texto:
- Pai, o que é o orgulho?
- O orgulho: orgulho é o que eu sinto quando olho essa lavoura. Quando eu vejo a importância dessa soja transgênica para a agricultura e a economia do Brasil. O orgulho é saber que a gente está protegendo o meio ambiente, usando o plantio direto com menos herbicida. O orgulho é poder ajudar o país a produzir mais alimentos e de qualidade. Entendeu o que é orgulho, filho?
- Entendi, é o que sinto de você, pai.
A Justiça Federal de Passo Fundo considerou a ação improcedente e a sentença absolveu a Monsanto. A decisão levou o MPF a recorrer ao tribunal. Segundo a Procuradoria, a empresa foi oportunista ao veicular em campanha publicitária assunto polêmico como o plantio de transgênicos e a quantidade de herbicida usada nesse tipo de lavoura. “Não existe certeza científica acerca de que a soja comercializada pela Monsanto usa menos herbicida”, salientou o MPF.
O relator do voto vencedor no tribunal, desembargador federal Jorge Antônio Maurique, reformou a sentença. “Tratando-se a ré de empresa de biotecnologia, parece óbvio não ter pretendido gastar recursos financeiros com comercial para divulgar benefícios do plantio direto para o meio ambiente, mas sim a soja transgênica que produz e comercializa”, afirmou Maurique.
O desembargador analisou os estudos constantes nos autos apresentados pelo MPF e chegou à conclusão de que não procede a afirmação publicitária da Monsanto de que o plantio de sementes transgênicas demanda menor uso de agrotóxicos. Também apontou que agricultores em várias partes do mundo relatam que o herbicida à base de glifosato já encontra resistência de plantas daninhas.
Segundo Maurique, “a propaganda deveria, no mínimo, advertir que os benefícios nela apregoados não são unânimes no meio científico e advertir expressamente sobre os malefícios da utilização de agrotóxicos de qualquer espécie”.
O desembargador lembrou ainda em seu voto que, quando veiculada a propaganda, a soja transgênica não estava legalizada no país e era oriunda de contrabando, sendo o comercial um incentivo à atividade criminosa, que deveria ser coibida. “A ré realizou propaganda abusiva e enganosa, pois enalteceu produto cuja venda era proibida no Brasil e não esclareceu que seus pretensos benefícios são muito contestados no meio científico, inclusive com estudos sérios em sentido contrário ao apregoado pela Monsanto”, concluiu.
O valor da indenização deverá ser revertido para o Fundo de Recuperação de Bens Lesados, instituído pela Lei Estadual 10.913/97. A contrapropaganda deverá ser veiculada com a mesma frequência e preferencialmente no mesmo veículo, local, espaço e horário do comercial contestado, no prazo de 30 dias após a publicação da decisão do TRF4, devendo a empresa pagar multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.

Agricultores realizam dia de campo.



Do Blog da COOPAPI
No ultimo dia 20/08(Segunda), Núcleo de produtores da Cajucultura da região da Areia – ACOPASA realizaram dia de campo esse momento foi dando continuidade uma Formação de Cajucultura Orgânica que os mesmo já estão participando, nesse 3º momento, o instrutor Roberto Brígito, do SEBRAE, mostrou aos produtores como fazer a pratica de Composto, e Biofertilizantes para usa nas Propriedades de Produção Orgânica, essa atividade aconteceu na Propriedade do Srº, Francisco viera de Souza (Zominho), no Sítio Lagoa Amarela, e contou com a participação dos demais agricultores que estão no processo de Certificação das comunidades de Sítio Lagoa do Mato, Retiro, Córrego, Urbano, e Portal da Chapada, todos do Município de Apodi/RN.






quinta-feira

Rio Grande do Norte realiza Plenária Estadual de Economia Solidária


Acontecerá em Natal, nos dias 24 e 25 de agosto, a Plenária Estadual de Economia Solidária. O evento, que terá lugar no Centro de Treinamento João Paulo II, localizado na rua João Rodrigues Oliveira, 149, no bairro de Ponta Negra, é organizado pelo Fórum Potiguar de Economia Solidária e o Fórum Brasileiro de Economia Solidária.
Tendo como tema “Economia Solidária: o bem viver, a cooperação e a autogestão para um desenvolvimento justo e sustentável”, o encontro vai reunir entidades que trabalham nesse segmento nas diversas regiões do Rio Grande do Norte.
Estarão presentes representantes de grupos produtivos, cooperativas e sindicatos, membros de organizações governamentais e não governamentais de todo o estado que trabalham e apóiam a construção da economia solidária.
O principal objetivo do encontro é debater sobre as experiências postas em prática para, a partir dessa análise, traçar novos caminhos no fortalecimento da economia solidária, bem como ampliar articulações estratégicas com diversos segmentos e movimentos sociais, na construção de uma sociedade justa, solidária e sustentável.
Para a concretização da plenária em nível estadual foram realizadas 04 (quatro) plenárias inter-territoriais envolvendo os dez territórios da Cidadania do Rio Grande do Norte (Assú Mossoró, Sertão do Apodi, Alto Oeste, Sertão Central, Potengi, Agreste, Litoral Sul, Mato Grande, Terras dos Potiguaras, Trairi e Seridó). Destas foram delegadas 90 pessoas representantes de instituições e movimentos para participar da Plenária Estadual.
Deste evento estadual sairá um balanço do Rio Grande do Norte, que será levado à V Plenária Nacional de Economia Solidária, que acontecerá em Brasília, no período de 09 a 13 de dezembro deste ano.
Na programação do encontro teremos mesa temática com análise de conjuntura e trabalhos em grupo para debate e proposições a partir dos eixos norteadores da plenária: Orientação Política do movimento,Orientação das ações do movimento e Organicidade do movimento.

Militantes do Encontro Unitário ocupam a praça dos Três Poderes, em Brasília


encontro unitario 05
Cerca de 10 mil pessoas marcharam na manhã de hoje, 22 de agosto, do Parque da Cidade em direção ao Palácio do Planalto. Essa ação é resultado do Encontro Unitários dos Trabalhadores, Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas.


Ao chegar à Praça dos Três Poderes os militantes ocuparam a praça e construíram barracos, com o objetivo de chamar a atenção da presidenta Dilma para a lentidão da reforma agrária no país, entre outras pautas. Cerca de 15 mulheres, representantes dos vários movimentos que fazem parte desse momento de unidade das lutas do campo, foram recebidas pelo ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, ao qual foi entregue a Declaração Final do Encontro Unitário.
O documento ressalta a importância da agricultura familiar e livre de agrotóxicos para garantir uma alimentação saudável para a população brasileira, além de pautas sobre a necessidade de ações mais efetivas do governo para acabar com a violência no campo, contra trabalhadores, trabalhadoras, comunidade tradicionais e indígenas.
A declaração destaca ainda a necessidade urgente da reforma agrária como política essencial para um desenvolvimento justo, o respeito às mulheres e a superação da divisão sexual de trabalho, além da garantia da educação no campo e a democratização dos meios de comunicação.

quarta-feira

Movimentos sociais do campo realizam marcha contra o agronegócio e a paralização da Reforma Agrária em Brasília

encontro unitario 04Os 7 mil participantes do Encontro Unitário dos Trabalhadores e Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas saem em marcha nesta quarta-feira (22) pela Esplanada dos Ministérios, com a saída marcada às 8h do Parque da Cidade, em Brasília.


Também se somarão à marcha diversos outros servidores públicos em greve, assim como outras entidades da sociedade civil, totalizando mais de 10 mil pessoas nas ruas da capital brasileira.
Os trabalhadores e trabalhadoras do campo partem rumo ao Congresso Nacional, onde farão um ato público para denunciar a paralização da Reforma Agrária e a aliança do estado brasileira com o agronegócio e a complacência do governo federal com tal modelo de produção.
Além disso, os povos do campo também denunciam os malefícios do agronegócio e a inviabilidade econômica, social e ambiental desse modelo, já que sua base de produção está alicerçada na enorme utilização de agrotóxicos, na alta concentração da terra, na ampliação da pobreza, na não geração de emprego no meio rural, na expulsão das famílias do campo e na produção de commodities para exportação.
Em contrapartida, os movimentos sociais exigem a mudança do modo de produção agrícola, levando para o centro do debate a necessidade da realização da Reforma Agrária para a superação da pobreza. Lutam, portanto, pela transição desse modo de produção para um modelo agrícola baseado na agroecologia, sem necessidade de utilização de agrotóxicos, que produz alimentos saudáveis a sociedade brasileira e que gere renda, emprego e dignidade às famílias do campo.

terça-feira

Edílson Neto aniversaria hoje (21).

Edílson Neto - Presidente do STTR de Apodi


Homem determinado! Edilson Neto presidente do STTR de Apodi está aniversariando hoje. A ele os nossos parabéns e que Deus possa encher a sua vida de bênçãos para que continue firme e forte na Luta por dias melhores para os Agricultores e Agricultoras Familiares de Apodi. Ao longo de toda a sua vida Francisco Edilson Neto têm se dedicado a lutar por uma sociedade mais justa e igualitária. 
PARABÉNS que está data possa se repetir cada vez mais.
Estes são os sinceros votos de felicidades de todos (as) os seus Companheiros (as) de LUTA.

segunda-feira

Brasil tem sistema político ruralista, afirma jornalista Alceu Luís Castilho



Uma pesquisa meticulosa do jornalista Alceu Luís Castilho, no livro “Partido da Terra” (Editora Contexto), reativa o debate sobre a força e os interesses dos ruralistas na política brasileira.

Alceu apresenta um mapa dos políticos mais poderosos, que se confundem de maneira perturbadora com o latifúndio.
Com a tese central que a força da influencia ruralista vai muito além de sua bancada mais aparente, Alceu Luíz Castilho analisou por três anos as 13 mil declarações de bens que políticos eleitos apresentaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de 2008 e 2010.
Setenta e sete políticos tem mais de 5 000 hectares cada um – território maior que Porto Rico. Não existe obrigatoriedade de declaração da área total da propriedade. Muitos divulgam apenas o valor em reais, em muitos casos defasado. Mesmo assim, pelo menos 2,03 milhões de hectares estão registrados na Justiça Eleitoral.
"A maior surpresa foi o PSDB ter liderado o ranking de prefeitos com mais hectares de terras", disse Alceu.A pesquisa do jornalista mostra também o peso das empresas do agronegócio no financiamento privada da campanha de parlamentares. Um exemplo é a JBS-Friboi, que “elegeu”, em 2008, 41 deputados federais e sete senadores.
Empresas de apenas cinco políticos – o senador Blairo Maggi (PR-MT), o prefeito de Lucas do Rio Verde (MT), Marino Franz (PPS), o deputado federal Newton Cardoso (PMDB-MG), o prefeito de Pompeu (MG), Joaquim Reis (PPS) e o deputado federal João Lyra (PTB-AL) – somam 1,1 milhões de hectares.
Abaixo, leia a entrevista concedida à Pàgina do MST.
De onde surgiu a ideia do livro?
Nas eleições de 2006, eu era correspondente da Associação Paulista de Jornais, que reúne 16 jornais de circulação no interior de São Paulo e ABC. Nesse ano, surgiu a ideia de levantar dados de deputados federais. Eu li o livro do Fernando Rodrigues, “Políticos do Brasil”. Achei interessante levantar dados fresquinhos dos 513 deputados. Isso virou uma série chamada “Câmara bilionária”, já que o total de bens passava de um bilhão de reais.
Percebi que os bens rurais eram os mais interessantes do ponto de vista jornalístico, porque existiam muitas contradições, como terras a preço de banana. A dimensão era muito grande.
A característica curiosa é que eles gostam de ostentar esses bens rurais. É claro que têm propriedades não listadas. O próprio livro diz isso. Mas muitos deles parecem ter um certo prazer em enumerar essas fazendas. É um fetiche.
Por que você seguiu essa metodologia de analisar bens declarados ao Tribunal Superior Eleitoral? Você encontrou informações incompletas ou defasadas nas declarações?
É algo que eles não podem contestar. No máximo, podem alegar algum erro. Por exemplo: eu vi um caso em 2006 de uma declaração de um deputado mineiro que constava 300.000 hectares. Depois, ele alegou que aquilo era um erro de digitação e disse que era 3.000. Agora, em princípio, é algo que não é uma investigação, uma denúncia jornalística. É uma base sólida para apuração.
Sobre os erros, na dúvida, eu deixava de lado. Me deparei com imprecisões; como no caso do deputado Nelson Mantovani (PSC), do Paraná. Tudo indica que ele tem milhares de hectares também. Cheguei a tentar contato, mas ele não respondeu.
Em outros momentos, dava pra ver que tinha erro, até de vírgula. Aí eu comparei com declarações antigas, no caso de deputados reeleitos. Aliás, eu analisei as declarações de todos aqueles que já tinham anteriores. Foi um meio de checar as informações.
Em algum momento da pesquisa, você pensou em desviar o foco dos ocupantes de cargos eletivos e analisar dos secretários indicados ou do Poder Judiciário, por exemplo?
O livro conta histórias também de políticos não eleitos de 2008 a 2010. Tem uma ou outra referência ao Poder Judiciário. Entretanto, o ponto de partida foi o critério metodológico de mapear os políticos eleitos para cargos vigentes nesse período de realização do livro.
O sistema de transparência na declaração de posses dos políticos em cargos eletivos está retrocedendo. Muitos não falam em tamanho território e, sim, em valor, que é mais facilmente manipulável para parecer menor.
Durante esses três anos de pesquisa, o quanto você se doava para esse projeto?
Em alguns períodos, eu trabalhei muito, algo como 14 horas por dia e nas minhas férias. Se eu tiver que calcular uma média diária, acho que foram umas cinco horas por dia espalhadas nesses três anos, entre pesquisa e texto. A pesquisa tem o trabalho braçal de checar cada uma das 13 000 declarações á procura de propriedades rurais. Foi um trabalho infernal. 
Como seu livro mostra a relação entre opressão de trabalhadores rurais, perseguição a movimentos camponeses e trabalho escravo com a posse de terra desses políticos? Em qual região esse tipo de violência é mais nítida?
Disparado Norte e Nordeste. A região Sul quase não tem relato de político envolvido em trabalho escravo. Tem muita gente no Pará e no Maranhão. Também não é por acaso. Maranhão é o estado que mais exporta trabalhadores aliciados para o trabalho escravo e Pará é o que mais recebe. Essas histórias são conectadas a alguns bens declarados, mas independem deles. O ponto de partida não foi esse necessariamente, mas foi que eles fazem isso. Foi uma tentativa de sistematização dessas histórias que estão dispersas.
Importante é destacar que o arco dos territórios desses políticos bate com o arco do trabalho escravo, do desmatamento, das mortes de militantes. Nem preciso falar do arco de terras griladas já que está espalhado por todo o território.
Em relação ao trabalho escravo, tive a preocupação de fazer a conexão com os bens que eles declaram. Isso porque existe caso de político investigado, que chegou a ir para a lista suja, mas que nunca declarou a fazenda. Então, tem essa novidade, alguns dados são absolutamente inéditos nesse sentido.
Até cruzando dados no meio da pesquisa dá para perceber que tal pessoa é político. Isso em relação a crime ambiental foi mais comum no livro. Saia de  nomes envolvidos em crime ambiental que eram prefeitos.
Como o financiamento de campanha entra nesse jogo de interesses? Você faz o mapeamento das empresas e dos congressistas influenciados por estas nas votações, por exemplo: na aprovação do novo Código Florestal?
No capítulo sobre financiamento de campanha, listo empresas que mais fizeram doações para políticos, caso da JBS-Friboi, e menciono o caso da votação do novo Código Florestal. Da bancada da JBS-Friboi, na votação do ano passado do Código Florestal, só um deputado votou contra o projeto. Em 2012, apenas dois que receberam dinheiro do grupo votaram contra.
O livro mostra que partidos da “esquerda e direita” têm políticos donos de terra. Algum deles surgiu como surpresa para você?
A maior surpresa foi o PSDB ter liderado o ranking de prefeitos com mais hectares de terras. Eu achava que seria o PMDB. Os números são absolutos. Não fiz a conta de proporcionalidade em relação à dimensão do partido. Isso é um dado extremamente relevante, porque o PSDB não é o primeiro nem o segundo partido do país.
O PR não é um partido tão grande e avança muito também, ficando entre os três primeiros na lista. Achei que o DEM teria mais prefeitos latifundiários, por conta do número de parlamentares.
Por um lado, a gente destacar que são partidos tradicionalmente associados com coronéis, como o PMDB e DEM, estão no topo desse ranking, somados ao PSDB, que geralmente não é associado a isso. Em paralelo a essa representação das elites, tem o que eu chamei de esquerda latifundiária, que são políticos do PPS e do PSB.
Se os latifundiários estão espalhados por quase todos os partidos, existem interesses antagônicos à bancada ruralista no Congresso?
Mais que uma bancada ruralista, existe um sistema político ruralista. Essa bancada é maior do que se considera e composta por mais políticos do que esses que se costuma associar à bancada ruralista, como a Kátia Abreu Ronaldo Caiado, Abelardo Lupion. Isso precisa ser desmitificado.
A começar: José Sarney é um ruralista, Renan Calheiros é um ruralista. Presidentes do Senado, simplesmente. O Michel Temer está citado no livro, acusado de grilagem em Goiás. O José Alencar também está citado no livro, por conta da Coteminas (empresa do ramo têxtil fundada por ele) ser acusada de promover trabalho escravo. Então, estamos falando de vice-presidentes da República.
É importante falar disso. Os figurões do PT e PSDB não são caracterizados por isso, já quem orbita em torno deles está, como os ministros de seus governos e os líderes que controlam o Congresso. Os presidentes dependem de maioria no Congresso, então formam e são reféns do que eu chamo de sistema político ruralista. Eles dependem dos políticos de origem patrimonialista e coronelista.
Você fala de famílias tradicionais e até clãs se mantendo nos cargos de poder. Como isso se dá?
Tudo isso tem a ver com o coronelismo. Inclusive é, em muitos casos, anterior à era Vargas e à ditadura de 1964, que se perpetuam por essa questão do apadrinhamento, inclusive o apadrinhamento político.
O livro procura documentar casos de parentesco. Por exemplo, irmãos no Mato Grosso que são senador e deputado federal: Jayme e Júlio Campos. Prefeito e mulher deputada estadual, Cleide Coutinho e o prefeito Humberto Coutinho, que estão entre os maiores latifundiários. Um caso importante é o do Abelardo Lupion, que é neto do Moisés Lupion, ex-governador, que é apontado por mais de um autor com emblemático na grilagem e doação de terras públicas.
Em relação à ditadura militar, esse sistema ruralista independe. Proporcionalmente, filhos do MDB têm mais terras que os filhos da Arena. É só olhar quais são os partidos com maior número de hectares: PMDB e PSDB. São filhos do Arena? Não.
Se a base da maioria desses políticos é regional, como eles continuam sendo eleitos, mesmo tomando medidas impopulares?
Não entro diretamente nesse ponto. No entanto, boa parte das medidas tomadas por esses políticos tem interesse privado. Por exemplo, o prefeito faz uma estrada que leva às propriedades dele ou mantém uma ambulância na sua fazenda. O controle dos coronéis em relação ao seu eleitorado se dá por meio da violência e da pressão econômica e política.
Eu questionaria essa ideia de que as medidas são necessariamente impopulares. São impopulares, sim, para o campesinato conscientizado. Já em outros casos, entra no clientelismo. O eleitor acha que está sendo beneficiado, porque não vê o conjunto e suas consequências.
Políticos eleitos são acusados de manter trabalhadores em situações análogas à escravidão em seus territórios, o que agride os direitos humanos. Provas como essas apontam um desgaste do sistema de representação política no Brasil?
Essas pessoas estão comprometidas com o poder econômico. Não  necessariamente com o das multinacionais. Pode ser até um poder do atraso, ligado ao latifúndio. É preciso haver uma mudança no nosso sistema de representações, sem dúvida. Não serão reformas cosméticas que vão mudar essa lógica política predadora, patrimonialista, clientelista, excludente e violadora de direitos humanos elementares, como no caso do trabalho escravo e dos indígenas e sem-terra mortos e ameaçados.