segunda-feira

Cerca de 4 mil trabalhadores rurais estarão reunidos e debaterão temas como reforma agrária e educação no campo

da Redação

A partir da próxima segunda-feira (22), cerca de 4 mil trabalhadores e trabalhadoras rurais de 23 estados e do Distrito Federal estarão reunidos em Brasília (DF) no Acampamento por Reforma Agrária da Via Campesina. A mobilização integra a Jornada Nacional de Luta por Reforma Agrária, iniciada no último dia 17 com diversas ações em todo o Brasil.
Representantes dos movimentos sociais participarão de uma coletiva de imprensa, na segunda-feira pela manhã, no estacionamento do Ginásio Nilson Nelson, onde será montado o acampamento.
Segundo a Via Campesina, durante a mobilização serão abordados três temas centrais relacionados com a implementação da reforma agrária. O primeiro é o assentamento das mais de 60 mil famílias acampadas, algumas há mais de cinco anos, através da desapropriação dos grandes latifúndios improdutivos, muitos em mãos do capital estrangeiro.

Um jardim de sonhos e lutas para quase 100 mil margaridas

Se o capitalismo condena a humanidade ao que de pior ela pode produzir para o conjunto da sociedade, as mulheres são as que mais sofrem com as consequências. Sobretudo as negras, as pobres, as indígenas, as camponesas, as mães solteiras, as lésbicas, as que já abortaram.

A covardia da organização social patriarcal há séculos as condena ao racismo, além de atos de violência machista que partem dos homens e das relações do capital em suas mais variadas formas – com assassinatos, espancamentos, estupros, violações, liberdade subjugada.
 

O MEDO GLOBAL




Os que trabalham têm medo de perder o trabalho. Os que não trabalham têm medo de nunca encon­trar trabalho.

Quem não tem medo da fome, tem medo da comida.


Os motoristas têm medo de caminhar e os pedestres têm medo de ser atropelados.


Os civis têm medo dos militares, os militares têm medo da falta de armas, as armas têm medo da falta de guerras.


É o tempo do medo.


Medo da mulher da violência do homem e medo do homem da mulher sem medo.


Medo dos ladrões, medo da polícia. Medo da porta sem fechaduras, do tempo sem reló­gios, da criança sem televisão, medo da noite sem com­primidos para dormir e medo do dia sem comprimidos para despertar.


Medo da multidão, medo da solidão, medo do que foi e do que pode ser, medo de morrer, medo de viver.
Texto enviado por: Antonio Nilton Bezerra Júnior
-Júnior da CPT

domingo

Presidente do STTR de Apodi está Aniversariando Hoje (21)

Hoje (21) O Grande Companheiro de LUTA Edílson Neto está aniversariando e nós não podiamos deixar de parabeniza-lo por esta importante data onde estás apagando mais uma vela. 
Que DEUS coloque em sua vida grandes bençãos, saúde e alegria; para que continue firme e forte na LUTA por uma sociedade mais justa e igualitária. E o mais você conseguirá.
Estes são os sinceros votos de Felicidade de todos (as) fazemos o STTR de Apodi. 
Por: Agnaldo Fernandes

sexta-feira

Feira viabiliza permanência de agricultores e familiares no campo.

Por Aline Oliveira e Marcelo Matos
Da Página do MST

Até amanhã (18/8),Canindé - município do Estado do Ceará - sediará a IV Feira da Reforma Agrária e Agricultura Familiar, organizada pela Associação de Cooperação Agrícola do Estado do Ceará (ACACE).

O evento contará com a participação de 102 agricultores vindos de assentamentos da Reforma Agrária e comunidades rurais, sendo 96%  de áreas de assentamentos. Canindé é o município brasileiro com maior número de assentamentos da Reforma Agrária, mais de 70.

A Feira da Reforma Agrária e Agricultura Familiar é promovida desde julho de 2008. Iniciou com a participação de 15 feirantes, que vem dando continuidade, hoje, com um número maior de assentamentos e comunidades rurais da região. De acordo com a  Maria Verônica, da Coordenação Estadual do MST, em Canindé, a Feira “possibilita a permanência das famílias  no campo,  a melhoria da qualidade de vida das famílias assentadas, gerando emprego e renda”.

Para  Josenildo Miguel, da Coordenação Geral da feira e da Associação de Cooperação Agrícola do Estado do Ceará (ACACE)  “o  diferencial das feiras da Reforma Agrária e Agricultura Familiar é que são comercializados  diversos produtos, livres de agrotóxicos e tem a participação de um  numero  expressivo de agricultores e agricultoras”.

Os principais produtos vendidos na Feira, são: cheiro verde, tomate, alface, acerola, coco, milho verde ata, tapioca, beiju de farinha, ovos, galinha caipira, capote (galinha Guiné), peixe e artesanatos de palha e barro entre outros. Tudo produzido pelas famílias assentadas. “isso mostra que a Reforma Agrária dá certo”, completa Josenildo.

A Feira conta com o apoio do  Instituto Agropolos, Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Instituto Vida Melhor (IVM), Rede de Ates e Rádio São Francisco de Canindé.


Fonte: Site do MST

quinta-feira

Anvisa autua duas empresas por vender agrotóxico vencido


Por Lígia Formenti
Do Estado de S.Paulo

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autuou na semana passada as empresas Basf e Servatis por participarem de uma operação para reintroduzir no mercado, supostamente sem controle, agrotóxicos vencidos ou próximos da data de vencimento. A agência diz que identificou o "reprocessamento" de pelo menos 113 mil litros do defensivo Opera. O material, estimado em R$ 7,7 milhões, já estaria em postos de venda.

As duas empresas autuadas responderão a um processo administrativo sanitário. Elas estão sujeitas ao pagamento de multas que variam de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão. A Basf e a Servatis têm 15 dias para apresentar a defesa. Usado principalmente na cultura da soja, o Opera é um dos principais produtos da Basf, uma das líderes do mercado de agrotóxicos.

quarta-feira

Do Código Florestal à água da torneira.


 Por Suzana M. Padua, Claudio Padua,
Eduardo Ditt e Thomaz Almeida
Folha de S.Paulo
 
Para muita gente pode ser difícil perceber que as perdas de florestas decorrentes da mudança no Código Florestal vão afetar nosso bem-estar. Estamos falando de perdas fundamentais, como a água. Desmatamento em nascentes, cursos d'água e reservatórios afetarão a disponibilidade da água, e a tendência é que isso aconteça exponencialmente se o código sofrer as mudanças em discussão.

Vamos usar um exemplo que conhecemos amiúde. O reservatório do rio Atibainha, localizado em Nazaré Paulista, São Paulo, é uma das represas que compõem o sistema Cantareira. Construído entre as décadas de 1960 e 1970, o sistema visava atender à demanda crescente por água decorrente do aumento da população da Grande São Paulo.

Hoje, o sistema fornece mais de 50% da água de São Paulo, 95% da água de Campinas e quase a totalidade das cidades da região, com mais de 9 milhões de habitantes-consumidores.

Aproximadamente 50% das terras no entorno do Atibainha são ocupadas por remanescentes de mata atlântica. Uma proporção extraordinária. É essa riqueza ambiental que torna a região uma verdadeira produtora de águas. As matas garantem a proteção das nascentes dos rios, a qualidade dos cursos d'água e sua produção, e o reservatório funciona como uma grande caixa d'água.

O desmatamento, se permitido legalmente pelas mudanças propostas no Código Florestal, causará um efeito direto que pode ameaçar a quantidade e a qualidade de água disponível em um dos maiores conglomerados humanos do país. Estudos do IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas) quantificam o efeito dos usos do solo.

Uma área de 7.000 hectares ao redor do reservatório tem sedimentação quase inexistente se ocupada por floresta nativa. Se substituída por pastagem, nosso cálculo é que seja como um carregamento de 1.470 toneladas de sedimentos entrando na represa por ano -equivalente a 270 caminhões de terra-, o que o encherá até não haver espaço para a água, comprometendo sua disponibilidade para consumo.

Desde que o reservatório Atibainha foi construído, as pressões têm aumentado, como em outras regiões do país. É um exemplo de local com riqueza natural e desafios sociais, o que pode dar a impressão de que para ter progresso é preciso destruir a natureza.

Mas o mundo mudou, e os valores precisam ser atualizados para que haja chance de um futuro de bem-estar para todos. A natureza não deveria mais ser computada como um "presente", sem valor nas equações econômicas.

O IPÊ há mais de 15 anos vem tornando a região um laboratório de pesquisa e ação, desenvolvendo metodologias de reflorestamento e restauração da paisagem. Melhorias sociais, no entanto, podem levar mais tempo.

Se o Código Florestal for alterado, os desmatamentos serão permitidos por lei e trarão impactos que incluem a água produzida na região do Atibainha, que sai nas torneiras de milhares de pessoas.

SUZANA M. PADUA, 60, doutora em educação ambiental pela UnB, é presidente do IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas) e vencedora do Prêmio Empreendedor Social 2009.
CLAUDIO B. V. PADUA, 62, doutor em ecologia pela Universidade da Flórida (EUA), é reitor da Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade (Escas) e vencedor do Prêmio Empreendedor Social 2009.
EDUARDO H. DITT, 40, doutor em ciência ambiental pelo Imperial College London, é diretor da empresa Arvorar Soluções Florestais.
THOMAZ ALMEIDA, 27, biólogo, é pesquisador do IPÊ e mestrando na Escas.

Fonte Site do MST.