terça-feira

Reunião diminui impasse entre governo e agricultores de Apodi.

Está cada vez mais próxima a excussão do projeto de Irrigação Santa Cruz do Apodi, com investimentos provenientes do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC). O impasse entre agricultores e Prefeitura foi amenizado na última sexta-feira, 12, depois de uma reunião com o secretário Nacional de Irrigação, Ramon Flávio Gomes Rodrigues, representante do Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, e do diretor do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), sobre o assunto.
Os agricultores acusavam o poder público de querer beneficiar o agronegócio com a atração de empresas de irrigação, enquanto a Prefeitura reclamava que os campesinos estavam atrapalhando o processo de desenvolvimento da chapada. Com o encontro, foi sugerida uma fusão das propostas. Novos encontros estão sendo marcados para quinta-feira, 18, no intuito de facilitar o diálogo entre as partes.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Apodi, Francisco Edilson Neto, houve avanço porque, devido à pressão da classe agricultora, o projeto será revisto e direcionado para atendimento da agricultura familiar. Edilson enfatiza a importância da participação da Prefeitura no processo e falou em confiança. "Se houver consenso e confiança, é possível acreditar que vai dar certo", enfatiza.
Mas não foi fácil. Para conseguir fazer avançar, os trabalhadores contaram com o apoio da deputada federal Fátima Bezerra, que intermediou e trouxe para o debate o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Mesmo com todas essas intervenções, Edilson garante que não haverá atraso na excussão do projeto. "Nada vai atrasar, porque o projeto tem muitas pendências e precisa ser revisto", alerta o sindicalista.
A melhoria da qualidade de vida do homem é o principal objetivo a ser alcançado com a instalação desse polo produtivo, segundo o Dnocs. O órgão explica que será viabilizado com a construção da barragem de Santa Cruz, garantindo o fornecimento de água, possibilitando o desenvolvimento da região através de ações de diversas naturezas suficientes para o desenvolvimento das ações relacionadas com o aproveitamento dos recursos de água e solo e demais atividades correlatas.

PROJETO
Em sua 1ª Etapa, o Projeto terá 5.200 hectares de área irrigada, de um total de 9.000 hectares, com investimentos da ordem de R$ 280 milhões, sendo R$ 240 milhões com as obras de infraestrutura e R$ 40 milhões para execução das ações complementares (desapropriação, reassentamento, aquisição de área de preservação e ações ambientais).


FONTE: Site do Jornal De Fato.

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