quinta-feira

Para movimentos, governo cede ao poder do agronegócio e dos ruralistas.




Por Fernanda Faustino
DO GGN

O governo está cedendo ao poder de pressão do agronegócio e da bancada ruralista na Câmara, ao anunciar que vai reduzir o poder da Fundação Nacional do Índio (Funai) nas demarcações de terras indígenas. A opinião é compartilhada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). Dos movimentos sociais consultados pelo Jornal GGN, a única discordância é do presidente da Confederação dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), Alberto Brock, para quem “é preciso ter bom senso e cuidado para não ter problemas com os agricultores familiares”.

Diretamente atingidos pela medida do governo, e envolvidos nos últimos conflitos de terra que vitimaram suas lideranças, todavia, os índios e o Cimi, no entanto, demonstram divergências radicais para com o governo, que pretende submeter a outros órgãos do governo, como a Embrapa, os laudos da Funai que determinem demarcação de terras indígenas.

Oriel Kaiowa, membro da Apib, deu um depoimento dramático ao Jornal GGN. “Queremos a terra e somos a favor da vida. Embora os produtores rurais tenham poder financeiro e político, nós temos poder dentro do nosso povo e vamos lutar até o último homem, até ter a nossa terra de volta”, disse o indígena.
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